quarta-feira, 14 de junho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/06/2023

ANO A


Mt 5,17-19

Comentário do Evangelho

Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor

Em primeiro lugar, nosso texto visa eliminar o equívoco de que Jesus tivesse vindo para eliminar a Escritura. A expressão “a Lei e os Profetas” (v. 17a) não é um registro puramente jurídico, mas um modo de designar a Escritura na sua totalidade. A Lei designa o Pentateuco enquanto receptáculo do imperativo divino. Os Profetas são portadores da promessa e, enquanto tais, podem ser invocados como testemunhas do direito de Deus. Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor, pois dos dois mandamentos do amor a Deus e ao próximo dependem toda a Lei e os Profetas (cf. 22,40). A Torá é integralmente respeitada e cumprida por Jesus e o deve ser para a Comunidade dos discípulos, porque recomposta sobre a exigência do amor. Nesse sentido, a Lei é pensada a partir da cristologia. É nela que a Lei encontra sua instância de validade e, em consequência, o princípio de ponderação das suas prescrições.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de plenificação, como Jesus, quero estar submisso à vontade primeira do Pai para a humanidade, pondo em prática, de maneira perfeita, as suas exigências.
Fonte: Paulinas em 12/06/2013

Vivendo a Palavra

Nós devemos e desejamos cumprir a Lei de Deus plenamente. Não o fardo pesado das 613 prescrições farisaicas – 365 ‘façam’ e 248 ‘não façam’ – pois era assim que os escribas e doutores traduziam a Lei para o povo, mas a Lei do Amor trazida por Jesus de Nazaré. Amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Opção radical: o Mestre condena a ‘obediência seletiva’ a que a sociedade de consumo nos conduz. Não raras vezes, nós nos consideramos obrigados a cumprir algumas prescrições, mas nos liberamos de seguir outras. Seguimos ritos que são confortáveis e visíveis, mas nos esquecemos de praticar, no silêncio do coração, a Justiça e a Fraternidade com os nossos companheiros de caminhada.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2019

VIVENDO A PALAVRA

A Lei do Amor estabelece um critério – que é aparentemente simples, mas é muito mais exigente do que o mero cumprimento de regras, por muito minuciosas, específicas e numerosas que elas sejam. O Amor, como viveu e ensinou Jesus de Nazaré, exige que nos superemos sempre, em uma escalada de conversão permanente por todos os nossos dias. Eu devo ser hoje mais santo do que fui ontem e, amanhã, mais misericordioso do que sou hoje.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/06/2021

Reflexão

O verdadeiro cumprimento da Lei não significa apenas a obediência a ela. Significa descobrir os valores que são inerentes a ela, as motivações que estão por trás dela e as conseqüências da sua observância para a felicidade pessoal, para a construção de um mundo melhor para todos e principalmente para que possamos descobrir o bem maior para as nossas vidas, que é o projeto de Deus para a humanidade, e assumir como próprio de cada um de nós este projeto que nos é proposto pelo próprio Deus. Jesus nos mostra que Deus não quer de nós a infantilidade da obediência cega, mas a maturidade da co-responsabilidade no projeto do Reino.
Fonte: CNBB em 12/06/2013

Reflexão

Jesus vem para cumprir integralmente a vontade do Pai: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. A Lei e os Profetas foram dados e escritos para orientar o povo a viver segundo o projeto de Deus. Acertadamente Jesus afirma que não veio descartar, mas realizar de modo pleno as Escrituras sagradas. Jesus fala com autoridade que está acima da legislação antiga. Sua interpretação é autêntica. Ele cumpre a Lei e os Profetas no seu sentido profundo. Se Jesus corrige algumas tradições (doutrinas humanas) inseridas na Escritura, é no sentido de libertar de toda opressão o ser humano e dotá-lo de vida e liberdade. Para Jesus, a síntese da Lei e dos Profetas é o amor a Deus e ao próximo. “A caridade é a plenitude da Lei” (Rm 13,10).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 12/06/2019

Reflexão

Jesus vem para cumprir integralmente a vontade do Pai: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. A Lei e os Profetas foram dados e escritos para orientar o povo a viver segundo o projeto de Deus. Acertadamente Jesus afirma que não veio descartar, mas realizar de modo pleno as Escrituras Sagradas. Jesus fala com autoridade que está acima da legislação antiga. Sua interpretação é autêntica. Ele cumpre a Lei e os Profetas no seu sentido profundo. Se Jesus corrige algumas tradições (doutrinas humanas) inseridas na Escritura, foi no sentido de libertar de toda opressão o ser humano e dotá-lo de vida e liberdade. Para Jesus, a síntese da Lei e dos Profetas é o amor a Deus e ao próximo. “O amor é o cumprimento total da Lei” (Rm 13,10).
Oração
Ó Jesus, nosso Mestre, estás em perfeita sintonia com o projeto original de Deus. Os planos do Pai foram manifestados ao povo, sobretudo pela Lei de Moisés e pela pregação e escritos dos profetas. Concede-nos, Senhor, o conhecimento dos teus mandamentos e a força para praticá-los. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 09/06/2021

Reflexão

Jesus vem para cumprir integralmente a vontade do Pai: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6,38). A Lei e os Profetas foram dados e escritos para orientar o povo a viver segundo o projeto de Deus. Acertadamente Jesus afirma que não veio descartar, mas realizar de modo pleno as Escrituras Sagradas. Jesus fala com autoridade que está acima da legislação antiga. Sua interpretação é autêntica. Ele cumpre a Lei e os Profetas no seu sentido profundo. Se Jesus corrige algumas tradições (doutrinas humanas) inseridas na Escritura, foi no sentido de libertar de toda opressão o ser humano e dotá-lo de vida e liberdade. Para Jesus, a síntese da Lei e dos Profetas é o amor a Deus e ao próximo. “A caridade é a plenitude da Lei” (Rm 13,10).
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Não vim para abolir, mas para cumprir»

Rev. D. Miquel MASATS i Roca
(Girona, Espanha)

Hoje escutamos do Senhor: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (...), não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Escritura e as punha em prática, aos cristãos convêm a meditação freqüente —diária, se fosse possível— das Escrituras.
Em Jesus temos a plenitude da Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14), que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: «Se me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).
No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que —também— pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.
Jesus nos ensina a malicia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele» (1Jo2,4).
Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Um mandato, por mais suave que seja, torna-se duro quando imposto por um coração tirânico e cruel, mas torna-se fácil quando é o Amor quem o ordena» (São Francisco de Sales)

- «A lei é a sabedoria. A sabedoria é a arte de ser homem, a arte de poder viver bem e poder morrer bem. E só se pode viver e morrer bem quando a verdade foi recebida e quando a verdade nos mostra o caminho» (Bento XVI)

- «O cumprimento perfeito da Lei só podia ser obra do divino Legislador, nascido sujeito à Lei na pessoa do Filho (362). Em Jesus, a Lei já não aparece gravada em tábuas de pedra, mas ‘no íntimo do coração’ (Jr 31,33) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 580)

Reflexão

Jesus não veio abolir a Lei de Moises, senão a lhe dar pleno cumprimento

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, Jesus Cristo afirma diante os judeus seu pleno respeito pela “Lei de Moises”. A declaração é oportuna, pois o Senhor causou surpresa ao não se comportar como um mero intérprete de Moises, senão que o “desbordou” levando dita Lei a sua mais alta perfeição, inclusive se colocando por cima dela como sua mesma “Fonte”.
Do Messias esperava-se que trouxesse uma “nova Torá”. A novidade messiânica comportou a universalização do povo de Deus, graças a qual Israel pode abranger agora a todos os povos do mundo, e o Deus de Israel —o único Deus —foi levado a todas as nações (tal como estava prometido). Já não é decisiva a “carne” (a descendência física de Abraão) senão o “espírito”: o participar na herança de fé e de vida de Israel através da comunhão com Jesus Cristo, o qual “espiritualiza” a Lei transformando-a assim no caminho da vida aberto a todos.
Através de seu Evangelho, Jesus fala de modo novo e de continuo a Israel... e a todos!

Meditação

Os adversários achavam que Jesus era um perigo para a fé e as esperanças do povo, porque estaria rejeitando as Escrituras do passado. Seu modo de olhar para a fé não lhes permitia ver que as promessas e os planos de Deus iam muito além de suas interpretações estreitas. Também nós, em nome do passado, podemos querer impedir que Deus nos leve por caminhos novos e mais altos.
Oração
Ó Deus, fonte de todo o bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho


Hoje Jesus se defende… O Senhor curou enfermos o sábado, comeu com publicanos, rejeitou o divorcio… e lhe acusam de não cumprir a Lei de Moisés. O mundo ao revés! Jesus Cristo se defende… e nos pede amar como Ele ama, e evitar a hipocrisia de alguns fariseus (cumpriam muitos preceitos, mas seus corações estavam “secos”).
—As palavras de Jesus não são teoria. Cristo cumpre plenamente a Lei de Deus morrendo por nós na Cruz. Vamos com Ele!

Meditando o evangelho

UMA OBEDIÊNCIA DIFERENTE

O modo como Jesus se comportava e ensinava os discípulos a se comportarem fez com que seus adversários suspeitassem de que o Mestre fosse um anarquista. Numa sociedade firmemente alicerçada sobre os ditames da Lei mosaica seria uma loucura contrariar algo inquestionável. A prudência aconselhava a submeter-se sem muitas delongas. Além disso, os fariseus funcionavam como uma espécie de fiscais do cumprimento da Lei. Ai de quem ousasse contrariá-la por menor que fosse! Era denúncia na certa.
Por outro lado, os discípulos mal-avisados poderiam enganar-se e pensar que, de fato, com suas palavras e gestos, o Mestre estivesse propondo uma independência radical em relação à Lei, declarando, desta forma, inútil um elemento venerável da piedade popular.
Qual foi a verdadeira postura de Jesus em relação à Lei? Ele não a proclamou inútil, mas também recusou-se a se submeter a ela de maneira servil e ingênua. Antes, introduziu uma maneira diferente de obedecer às exigências dela. Como? Superando a materialidade da letra para buscar o desígnio divino que a inspirou. Diante de cada mandamento concreto, importava colocar-se a questão: o que o Pai estava desejando ao dar este preceito ao povo? A obediência de Jesus tocava este nível de profundidade. Por isso, sua obediência era tão diferente da de seus adversários, a ponto de dar-lhes a impressão de parecer uma perigosa desobediência.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, livra-me do perigo de reduzir minha obediência aos teus mandamentos à execução mecânica de gestos exteriores. Revela-me, cada vez mais profundamente, a tua vontade.
Fonte: Dom Total em 12/06/2019 e 09/06/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Nova Aliança em Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quem deu o Decálogo á Moisés? O Deus da Aliança. Essa afirmativa é suficiente para entender que jamais Jesus Cristo poderia abolir a Lei e os Profetas. Justo Ele que veio para revelar o Pai e anunciá-lo a toda humanidade, nunca poderia confrontar a Lei que o Pai havia dado á seu Povo através de Moisés.
No Centro do Código da Aliança feita com o Povo, está o fundamento da Lei: Não Matar. Vamos imaginar que em nosso coração haja o desejo pecaminoso de acabar com a vida de alguém, e quando somos interrogados por outra pessoa, sobre o por que de ainda não termos matado a esse alguém, simplesmente respondemos “É que a Lei de Deus não permite, e esse é um pecado grave”. Levemos isso para a vida conjugal, o marido deseja sair com uma vizinha, mas reprime a sua vontade porque tem medo de cometer adultério e ser castigado por Deus.
Em ambos os casos, o pecado em verdade já existe, sendo matéria para uma boa confissão, mas externamente, nenhuma Lei foi violada ou transgredida. Seguindo essa linha de pensamento, há os entendidos que arranjaram uma boa definição para a Religião: Ela é um Freio que segura o homem que deseja praticar alguma maldade.
Será que vale a pena praticar uma religião assim? Claro que não. Tenho o desejo de fazer o mal mas tenho medo das consequências diante de Deus. O Judeu via a Lei com essa visão legalista, e por isso, a transgressão da mesma imputava-lhe um castigo Divino, mas o cumprimento e a observância lhe garantia uma “Ficha Limpa” diante de Deus, que seria assim obrigado a lhe dar Bênção e Salvação.
Jesus veio para dar plenitude e interiorizar essa Lei, que não mais será gravada sobre a Pedra, como na Antiga Aliança, mas sim no coração do homem, que irá participar da Nova Aliança. É a mesma Lei, aquela oriunda do Decálogo e que tem n o Centro a Preservação da Vida, como o Dom mais agrado, que não pode jamais ser aviltado, e não as mais de seiscentas, regrinhas e normas, que os homens foram inventando, e que , de um instrumento de libertação, acabou se tornando em opressão.
Quem tem em seu coração a nova Lei do Senhor “Ama-vos uns aos outros assim como eu vos amei”, e a vive com fidelidade, já está cumprindo toda Lei e os Profetas. O Apóstolo Paulo dá maior consistência a essa afirmação ao afirmar que “O Amor é a Plenitude da Lei”.

2. O menor no Reino dos Céus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O evangelista São Mateus não desvincula Jesus da Primeira Aliança. Ele não veio abolir a Lei e os Profetas. O que está nas Escrituras Sagradas é para ser cumprido e ensinado. Quem assim proceder, será considerado grande no Reino dos Céus. Jesus veio cumprir o que está escrito. Evidentemente, Jesus tem a sua compreensão do que está escrito, que nem sempre coincide com a compreensão dos Mestres da Lei, tanto da Primeira quanto da Nova Aliança. Sem romper com o passado, a atitude de Jesus mostra a importância e as dificuldades das interpretações. Os Mestres da Lei de todos os tempos não podem anular o que é vontade de Deus com os seus preceitos e suas hermenêuticas. A expressão “Lei e Profetas” significa toda a Sagrada Escritura do Antigo Testamento. Dizer que Jesus não veio abolir as Escrituras antigas significa que elas devem ser conhecidas, praticadas e ensinadas. Assim está escrito: “Quem praticar os mandamentos e os ensinar, será considerado grande no Reino dos Céus”. Ler a Bíblia e meditá-la, Antigo e Novo Testamento, faz parte do programa diário do cristão. Para compreender o Novo Testamento é preciso conhecer o Antigo. Antigo não quer dizer ultrapassado ou abolido. Antigo Testamento significa Primeira Aliança, a que Deus fez com o povo de Israel e que perdura até hoje.
Fonte: NPD Brasil em 12/06/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Lei Verdadeira.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Diz o salmo 19,7 que “A Lei do Senhor é perfeita, restaura a alma e o coração...”, mas a Lei que os Doutores da Lei, Escribas e Fariseus haviam inventado a partir do decálogo, esta estava realmente ultrapassada e se constituía em um peso na costa do povo. Quando Jesus diz nesse evangelho que não veio para revogar a Lei, mas sim leva-la a sua plenitude, estava se referindo a Lei de Deus, aquela Lei perfeita como diz o nosso salmo, e que permitia sintetiza-la no “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, é precisamente esta lei que nas profecias de Ezequiel Deus irá gravar no coração do homem e não mais em uma pedra.
As 613 leis que regiam a Vida e o quotidiano dos Judeus eram a princípio um desdobramento ou uma tentativa de interpretar a Lei, que assim foi se ramificando, em seus mínimos detalhes chegando até ao ponto de determinar, por exemplo, quantos passos alguém poderia dar no Sábado, que era para eles o Dia do Descanso, fundamentado no livro do Gênesis. Esses pormenores minuciosos da Lei, Jesus combateu duramente, pois a defesa e a preservação da Vida Humana, que era a essência da Lei de Deus, tinha sido deixado de lado há muito tempo. Mas quando aquele Doutor da Lei lhe perguntou qual era a Lei mais importante em todo aquele conjunto, Jesus imediatamente se reportou ao coração do Decálogo, o amor a Deus em primeiro lugar, e ao próximo, em segundo, ressaltando que toda Lei e os Profetas estão fundamentados nessa lei.
Em nossa vivência cristã sempre há esse perigo de criarmos certas normas e regrinhas que são periféricas na verdade, isso pode acontecer, como de fato acontece, em alguns movimentos dos nossos tempos, que sem uma boa assessoria religiosa, pode ter em seus estatutos uma excessiva preocupação com a conduta moral menosprezando aquilo que é essencial. Mas não são só nos movimentos, pois também as nossas pastorais podem ser deturpadas em seus trabalhos, com certas regras inventadas pela coordenação, sem nenhum conhecimento do Direito Canônico e sem o aval do Padre, que quando as coisas dão erradas, acabam pagando o pato sem saberem do que se trata, como aquele Ministro da Eucaristia que em uma celebração da Palavra junto com outro ministro, na hora da comunhão, tirou da fila um colega de trabalho,  que segundo ele, estava em sério pecado mortal e não poderia comungar. E tudo isso fora o drama das mães solteiras e dos casais de segunda união, que na maioria das vezes, não resistindo a pressão e marcação acirrada, acabam deixando a comunidade.
Por isso é bom nos acautelarmos contra acontecimentos assim, não só em nossas comunidades como também em nossas famílias, a plenitude da Lei de Deus é o Amor, quanto ao resto, de normas de conduta moral, principalmente, não nos esqueçamos daquele sábio ditado popular “Por trás de um grande moralista, está sempre um grande vigarista”.

2. Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas - Mt 5,17-19
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus não veio abolir a Lei de Moisés. Veio dar-lhe cumprimento. Ele nos ensinou a colocar cada coisa em seu lugar e no lugar certo. Algumas vezes, a boa vontade de proteger o mandamento levou mestres da Lei, antiga e nova, a sobrepor tradições e preceitos humanos à verdadeira vontade de Deus. Vivemos interpretando os acontecimentos da vida, às vezes com sabedoria, às vezes sem bom entendimento. Para ajudar o nosso discernimento, Jesus deixou claro o seu mandamento, que consiste no amor fraterno. Paulo, conhecedor da Lei, nos fez ver a importância da sensibilidade fraterna para o discernimento da vontade de Deus. A Lei de Deus não é um catálogo de normas que permitem ou que proíbem. É um pedagogo que nos faz perceber o que realmente tem valor aos olhos de Deus. São José de Anchieta não veio a esta terra, que foi chamada de Terra de Santa Cruz, para desfazer o que era bom, explorar pessoas e tirar vantagens para si. Quando veio, estava enfermo no corpo, mas forte no espírito, e decidiu-se vir porque queria ser grande, não aqui, mas no Reino dos Céus. Veio para ensinar e praticar o que lhe transmitiram do projeto de Deus para este mundo. Foi um homem de virtudes heroicas comprovadas. Logo depois da sua morte em 1597, já se falava abertamente de sua canonização.

3. A PRÁTICA DA LEI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

Jesus respeitava a Lei mosaica, porém tratando-a com a liberdade que lhe era característica. Seu cumprimento da Lei deu-se de forma tão radical, a ponto de poder dizer tê-la plenificado. Portanto, longe de abolir os preceitos da Lei, Jesus os viveu em radicalidade e ensinou seus discípulos a fazer o mesmo.
O respeito radical de Jesus à Lei não se deu em forma de submissão fanática à formulação dos preceitos legais. A letra da Lei importava pouco para Jesus. Ele cumpriu plenamente a Lei ao nortear sua vida pelo espírito que subjazia à letra. O espírito da Lei correspondia à vontade do Pai escondida atrás de suas palavras.
A atitude de Jesus serve de modelo para os discípulos do Reino, que têm a obrigação de respeitar a Lei e os Profetas, porém procurando atingir-lhe o espírito sem apegar-se exageradamente à sua letra. Essa postura lhes propicia um apego criativo à Lei, sem o risco de descambar para o fanatismo e a intransigência.
A violação da Lei, na perspectiva de Jesus, é de suma gravidade e pode ter conseqüências desastrosas por ser uma forma de afronta ao Pai. Rejeitando a vontade de Deus, o indivíduo ousa constituir-se em autor de sua própria lei, atitude de soberba exclusão de Deus. Jesus, de forma alguma, foi um violador da Lei como o acusavam seus adversários.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a cumprir a Lei, em plenitude, como tu, de modo a submeter toda a minha vida ao querer do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 09/06/2021

HOMILIA DIÁRIA

Os mandamentos são o caminho para a vida

Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.

Disse Jesus:“Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mt 5,19).

Jesus está chamando nossa atenção para o fato de que nós, de forma nenhuma, podemos dar menos importância a nenhum, sequer, dos mandamentos da Lei de Deus.
Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.
Observando estes mandamentos, nós não podemos transgredi-los nem ensinar outros a fazer o mesmo ou dar menos importância à Palavra de Deus e aos Seus ensinamentos. Que seja o esforço do nosso coração, o esforço da nossa vida para colocá-los em prática.
Uma boa coisa é relembrar quais são esses mandamentos, desde o primeiro – ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’ – até os outros que vêm em seguida, do jeito como aprendemos na catequese.
Quando éramos crianças, aprendemos, de cor, esses ensinamentos; agora, precisamos saber colocá-los em prática, exercitá-los no cotidiano de nossa vida, no mundo em que vivemos, cercado por mentiras, impurezas e maldades. É muito importante que ensinemos o caminho da verdade, da vida, os quais estão nos mandamentos da Lei do Senhor nosso Deus.
Deus abençovocê!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 12/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

O amor é o fundamento de todas as coisas

Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mateus 5,19).

Numa sociedade relativista como a nossa, é comum percebermos nos meios onde estamos, as pessoas relativizarem a própria fé, os próprios mandamentos e ensinamentos de Jesus. As pessoas estão sempre dizendo: “Não é bem assim. Não é daquele jeito”.
É claro que há aqueles que exageram, não têm os pés no chão, não têm caridade nem misericórdia, mas isso não justifica distorcer ou, quanto menos, desconsiderar a Palavra de Deus e os mandamentos do Senhor.
Não matar é não matar, não roubar é não roubar, não cometer adultério é não cometer adultério, não pecar é não pecar. É claro que levamos em consideração a nossa fragilidade humana, mas ela nunca pode ser a justificativa para nos acomodarmos em nossos pecados, nos nossos erros, e partir sempre daquela primícia: “Porque Deus é bom e misericordioso”. Deus será sempre bom e misericordioso, mas isso não pode fazer de nós pessoas sem vergonha ou sem atitudes de mudanças.
O Deus bom e misericordioso nos dá a graça de nos formar e nos alimentar na fé, de nos ajudar a crescer na vivência dessa fé. O que não podemos, em nome de um certo relaxo, de uma sociedade laxista, que tudo facilita, tudo concorda, dizer que tudo está bom e maravilhoso.
O importante é só o amor, pois ele é o fundamento de todas as coisas, ele jamais pode faltar, mas não podemos simplesmente relativizar, tornar o que é importante menos importante, tornar o que é grave como se fosse insignificante e, assim, não corrigirmos uns aos outros, não modificarmos o nosso comportamento, não revermos as nossas atitudes, e vamos levando a vida de qualquer jeito. Por isso, não só temos de cuidar de não desobedecer os mandamentos de Deus como também cuidar para não ensinar os outros a fazer a mesma coisa.

Precisamos crescer no zelo, no amor, na observância, precisamos crescer na conversão a cada dia

Precisamos crescer no zelo, no amor, na observância, precisamos crescer na conversão a cada dia, porque senão vivemos uma conversão relaxada.
Há aquela conversão primeira onde aderimos a Deus, ao Evangelho, e talvez tenhamos nos convertido, porque nascemos numa religião, porque os nossos pais nos deram [ensinamentos cristãos], mas não cuidamos de nossa conversão diária, da nossa revisão de vida, não cuidamos de olhar no espelho da fé e ver como está a vivência dos mandamentos do Senhor na nossa própria vida.
Meus irmãos, nada de relativizar, nada de diminuir ou desconsiderar a Palavra de Deus em vista da sociedade em que estamos, onde tudo pode, tudo é permitido e o que é importante é o amor.
Que o amor seja o fundamento de tudo que vivemos e realizamos. Ele só não pode ser justificativa para relaxarmos, relativizarmos nem desconsiderarmos a ação de Deus que transforma a nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 12/06/2019

HOMILIA DIÁRIA

Valorizemos todos os mandamentos de Deus

“Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mateus 5,19).

Na cultura do relativismo, as pessoas relativizam tudo, e dizem: “O essencial eu fiz”, “O importante eu fiz”, e desconsideram coisas que são importantes. No Reino dos Céus, não podemos seguir de forma alguma essa tendência, essa influência, esse mal.
“Eu sou uma pessoa boa e justa”, “Sou uma pessoa honesta”, “Eu não roubo”, “Eu não mato”. Desculpe-me, mas os únicos mandamentos não são matar e roubar, porque uma pessoa vai dizer: “Não preciso me confessar, porque eu não roubo, eu não mato, eu não faço nada que esses grandes fazem. Não cometo os pecados que os outros cometem”.

Não posso tornar nenhum dos mandamentos menores

Não paremos nesse pensamento relativista e enganoso que nos tira da luz da verdade. Precisamos fazer isso sem deixar de praticar aquilo, porque acaba sendo uma desculpa para uma coisa errada que fazemos na vida, ou um comportamento errado que estamos cultivando, mas colocamos em conta, porque as outras coisas praticamos.
Temos que praticar, temos que nos esforçar para fazer tudo, e não relativizar. Não é porque não matamos, não roubamos, que temos o direito de fazer isso ou aquilo. Não podemos tornar nenhum dos mandamentos menores; temos que, na verdade, nos esforçar, sermos dedicados e trabalhar pela santidade, para sermos homens íntegros.
Às vezes, relativizamos algumas coisas na vida. “Eu sou assim mesmo”. Não é porque você é uma pessoa que ajuda os outros, que faz o bem, e por causa disso você pode ser grosseiro e sem educação.
Continue sendo bom, justo e honesto, mas trabalhe o temperamento. Nada justifica agredirmos o outro. “É uma fraqueza que tenho”. É verdade, temos as nossas fraquezas, reconhecemos todas elas, o problema é quando relativizamos as coisas, o problema é quando nos escondemos por trás delas e dizemos: “É porque eu sou assim mesmo. O mais importante são as coisas que eu faço”.
Precisamos continuar fazendo as coisas boas sem, contudo, relativizar aquilo que não está bom. Porque quem desobedece a um só desses mandamentos, por menor que seja, por menor que considere, por menor que o relativize, não só precisa se esforçar para vivê-lo, como não pode cair na tentação de, além de fazer o que é errado, ensinar errado aos outros.
Às vezes, começa com coisas pequenas, vividas no cotidiano da vida. A pessoa descobriu o meio de levar vantagem numa situação, ganhar dinheiro sem esforço, mas fazendo de uma forma desonesta. “É pequeno, não estou roubando o banco”. Não pode fazer, nem banco, nem o que é do outro, nem da empresa ou seja lá o que for, nem ensinar os outros a fazer.
Sejamos honesto nas pequenas e nas grandes coisas. Sejamos coerentes nas pequenas e nas grandes coisas. Se temos dificuldades com isso e com aquilo, trabalhemos a dificuldade, mas nunca devemos ensinar o errado como se fosse certo; e não relativizemos o certo, transformando-o como se fosse coisa errada. É assim que vivemos o seguimento de Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/06/2021

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a amar. Amar como Jesus amou: com leveza e alegria, sem impor pesados sacrifícios aos irmãos, amor que semeia a esperança pelos caminhos desta vida a todos os homens e mulheres de boa vontade. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o cumprimento dos nossos deveres rituais tenha o significado profundo da nossa adesão ao jeito de caminhar de Jesus de Nazaré. Ao lado dos momentos de culto comunitário, caminhe a nossa solidariedade com os mais necessitados e a fraternidade com todos os companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espirito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que és a Fonte da Sabedoria, nós desejamos ser discípulos – muito mais do que meros alunos. Queremos estar com Jesus, vivendo como Ele viveu, não nos contentando em apenas memorizar as suas lições – por mais encantadoras que elas sejam. Ajuda-nos, amado Pai, a seguir o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/06/2021

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