quarta-feira, 12 de junho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/06/2019

ANO C


Mt 5,17-19

Comentário do Evangelho

Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor

Em primeiro lugar, nosso texto visa eliminar o equívoco de que Jesus tivesse vindo para eliminar a Escritura. A expressão “a Lei e os Profetas” (v. 17a) não é um registro puramente jurídico, mas um modo de designar a Escritura na sua totalidade. A Lei designa o Pentateuco enquanto receptáculo do imperativo divino. Os Profetas são portadores da promessa e, enquanto tais, podem ser invocados como testemunhas do direito de Deus. Jesus realiza plenamente a Lei a partir da centralidade do mandamento do amor, pois dos dois mandamentos do amor a Deus e ao próximo dependem toda a Lei e os Profetas (cf. 22,40). A Torá é integralmente respeitada e cumprida por Jesus e o deve ser para a Comunidade dos discípulos, porque recomposta sobre a exigência do amor. Nesse sentido, a Lei é pensada a partir da cristologia. É nela que a Lei encontra sua instância de validade e, em consequência, o princípio de ponderação das suas prescrições.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de plenificação, como Jesus, quero estar submisso à vontade primeira do Pai para a humanidade, pondo em prática, de maneira perfeita, as suas exigências.
Fonte: Paulinas em 12/06/2013

Vivendo a Palavra

Nós devemos e desejamos cumprir a Lei de Deus plenamente. Não o fardo pesado das 613 prescrições farisaicas – 365 ‘façam’ e 248 ‘não façam’ – pois era assim que os escribas e doutores traduziam a Lei para o povo, mas a Lei do Amor trazida por Jesus de Nazaré. Amor espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Opção radical: o Mestre condena a ‘obediência seletiva’ a que a sociedade de consumo nos conduz. Não raras vezes, nós nos consideramos obrigados a cumprir algumas prescrições, mas nos liberamos de seguir outras. Seguimos ritos que são confortáveis e visíveis, mas nos esquecemos de praticar, no silêncio do coração, a Justiça e a Fraternidade com os nossos companheiros de caminhada.

Reflexão

O verdadeiro cumprimento da Lei não significa apenas a obediência a ela. Significa descobrir os valores que são inerentes a ela, as motivações que estão por trás dela e as conseqüências da sua observância para a felicidade pessoal, para a construção de um mundo melhor para todos e principalmente para que possamos descobrir o bem maior para as nossas vidas, que é o projeto de Deus para a humanidade, e assumir como próprio de cada um de nós este projeto que nos é proposto pelo próprio Deus. Jesus nos mostra que Deus não quer de nós a infantilidade da obediência cega, mas a maturidade da co-responsabilidade no projeto do Reino.
Fonte: CNBB em 12/06/2013

Reflexão

Jesus vem para cumprir integralmente a vontade do Pai: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. A Lei e os Profetas foram dados e escritos para orientar o povo a viver segundo o projeto de Deus. Acertadamente Jesus afirma que não veio descartar, mas realizar de modo pleno as Escrituras sagradas. Jesus fala com autoridade que está acima da legislação antiga. Sua interpretação é autêntica. Ele cumpre a Lei e os Profetas no seu sentido profundo. Se Jesus corrige algumas tradições (doutrinas humanas) inseridas na Escritura, é no sentido de libertar de toda opressão o ser humano e dotá-lo de vida e liberdade. Para Jesus, a síntese da Lei e dos Profetas é o amor a Deus e ao próximo. “A caridade é a plenitude da Lei” (Rm 13,10).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

UMA OBEDIÊNCIA DIFERENTE

O modo como Jesus se comportava e ensinava os discípulos a se comportarem fez com que seus adversários suspeitassem de que o Mestre fosse um anarquista. Numa sociedade firmemente alicerçada sobre os ditames da Lei mosaica seria uma loucura contrariar algo inquestionável. A prudência aconselhava a submeter-se sem muitas delongas. Além disso, os fariseus funcionavam como uma espécie de fiscais do cumprimento da Lei. Ai de quem ousasse contrariá-la por menor que fosse! Era denúncia na certa.
Por outro lado, os discípulos mal-avisados poderiam enganar-se e pensar que, de fato, com suas palavras e gestos, o Mestre estivesse propondo uma independência radical em relação à Lei, declarando, desta forma, inútil um elemento venerável da piedade popular.
Qual foi a verdadeira postura de Jesus em relação à Lei? Ele não a proclamou inútil, mas também recusou-se a se submeter a ela de maneira servil e ingênua. Antes, introduziu uma maneira diferente de obedecer às exigências dela. Como? Superando a materialidade da letra para buscar o desígnio divino que a inspirou. Diante de cada mandamento concreto, importava colocar-se a questão: o que o Pai estava desejando ao dar este preceito ao povo? A obediência de Jesus tocava este nível de profundidade. Por isso, sua obediência era tão diferente da de seus adversários, a ponto de dar-lhes a impressão de parecer uma perigosa desobediência.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, livra-me do perigo de reduzir minha obediência aos teus mandamentos à execução mecânica de gestos exteriores. Revela-me, cada vez mais profundamente, a tua vontade.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A PRÁTICA DA LEI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus respeitava a Lei mosaica, porém tratando-a com a liberdade que lhe era característica. Seu cumprimento da Lei deu-se de forma tão radical, a ponto de poder dizer tê-la plenificado. Portanto, longe de abolir os preceitos da Lei, Jesus os viveu em radicalidade e ensinou seus discípulos a fazer o mesmo.
O respeito radical de Jesus à Lei não se deu em forma de submissão fanática à formulação dos preceitos legais. A letra da Lei importava pouco para Jesus. Ele cumpriu plenamente a Lei ao nortear sua vida pelo espírito que subjazia à letra. O espírito da Lei correspondia à vontade do Pai escondida atrás de suas palavras.
A atitude de Jesus serve de modelo para os discípulos do Reino, que têm a obrigação de respeitar a Lei e os Profetas, porém procurando atingir-lhe o espírito sem apegar-se exageradamente à sua letra. Essa postura lhes propicia um apego criativo à Lei, sem o risco de descambar para o fanatismo e a intransigência.
A violação da Lei, na perspectiva de Jesus, é de suma gravidade e pode ter conseqüências desastrosas por ser uma forma de afronta ao Pai. Rejeitando a vontade de Deus, o indivíduo ousa constituir-se em autor de sua própria lei, atitude de soberba exclusão de Deus. Jesus, de forma alguma, foi um violador da Lei como o acusavam seus adversários.
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a cumprir a Lei, em plenitude, como tu, de modo a submeter toda a minha vida ao querer do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 12/06/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Nova Aliança em Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quem deu o Decálogo á Moisés? O Deus da Aliança. Essa afirmativa é suficiente para entender que jamais Jesus Cristo poderia abolir a Lei e os Profetas. Justo Ele que veio para revelar o Pai e anunciá-lo a toda humanidade, nunca poderia confrontar a Lei que o Pai havia dado á seu Povo através de Moisés.
No Centro do Código da Aliança feita com o Povo, está o fundamento da Lei: Não Matar. Vamos imaginar que em nosso coração haja o desejo pecaminoso de acabar com a vida de alguém, e quando somos interrogados por outra pessoa, sobre o por que de ainda não termos matado a esse alguém, simplesmente respondemos “É que a Lei de Deus não permite, e esse é um pecado grave”. Levemos isso para a vida conjugal, o marido deseja sair com uma vizinha, mas reprime a sua vontade porque tem medo de cometer adultério e ser castigado por Deus.
Em ambos os casos, o pecado em verdade já existe, sendo matéria para uma boa confissão, mas externamente, nenhuma Lei foi violada ou transgredida. Seguindo essa linha de pensamento, há os entendidos que arranjaram uma boa definição para a Religião: Ela é um Freio que segura o homem que deseja praticar alguma maldade.
Será que vale a pena praticar uma religião assim? Claro que não. Tenho o desejo de fazer o mal mas tenho medo das consequências diante de Deus. O Judeu via a Lei com essa visão legalista, e por isso, a transgressão da mesma imputava-lhe um castigo Divino, mas o cumprimento e a observância lhe garantia uma “Ficha Limpa” diante de Deus, que seria assim obrigado a lhe dar Bênção e Salvação.
Jesus veio para dar plenitude e interiorizar essa Lei, que não mais será gravada sobre a Pedra, como na Antiga Aliança, mas sim no coração do homem, que irá participar da Nova Aliança. É a mesma Lei, aquela oriunda do Decálogo e que tem n o Centro a Preservação da Vida, como o Dom mais agrado, que não pode jamais ser aviltado, e não as mais de seiscentas, regrinhas e normas, que os homens foram inventando, e que , de um instrumento de libertação, acabou se tornando em opressão.
Quem tem em seu coração a nova Lei do Senhor “Ama-vos uns aos outros assim como eu vos amei”, e a vive com fidelidade, já está cumprindo toda Lei e os Profetas. O Apóstolo Paulo dá maior consistência a essa afirmação ao afirmar que “O Amor é a Plenitude da Lei”.

2. O menor no Reino dos Céus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O evangelista São Mateus não desvincula Jesus da Primeira Aliança. Ele não veio abolir a Lei e os Profetas. O que está nas Escrituras Sagradas é para ser cumprido e ensinado. Quem assim proceder, será considerado grande no Reino dos Céus. Jesus veio cumprir o que está escrito. Evidentemente, Jesus tem a sua compreensão do que está escrito, que nem sempre coincide com a compreensão dos Mestres da Lei, tanto da Primeira quanto da Nova Aliança. Sem romper com o passado, a atitude de Jesus mostra a importância e as dificuldades das interpretações. Os Mestres da Lei de todos os tempos não podem anular o que é vontade de Deus com os seus preceitos e suas hermenêuticas. A expressão “Lei e Profetas” significa toda a Sagrada Escritura do Antigo Testamento. Dizer que Jesus não veio abolir as Escrituras antigas significa que elas devem ser conhecidas, praticadas e ensinadas. Assim está escrito: “Quem praticar os mandamentos e os ensinar, será considerado grande no Reino dos Céus”. Ler a Bíblia e meditá-la, Antigo e Novo Testamento, faz parte do programa diário do cristão. Para compreender o Novo Testamento é preciso conhecer o Antigo. Antigo não quer dizer ultrapassado ou abolido. Antigo Testamento significa Primeira Aliança, a que Deus fez com o povo de Israel e que perdura até hoje.

HOMILIA DIÁRIA

Os mandamentos são o caminho para a vida

Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.

Disse Jesus: “Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus” (Mt 5,19).

Jesus está chamando nossa atenção para o fato de que nós, de forma nenhuma, podemos dar menos importância a nenhum, sequer, dos mandamentos da Lei deDeus.
Os mandamentos são o caminho para a vida, para a nossa salvação. Precisamos nos esforçar para colocá-los em prática e ensinar os outros a também observá-los.
Observando estes mandamentos, nós não podemos transgredi-los nem ensinar outros a fazer o mesmo ou dar menos importância à Palavra de Deus e aos Seus ensinamentos. Que seja o esforço do nosso coração, o esforço da nossa vida para colocá-los em prática.
Uma boa coisa é relembrar quais são esses mandamentos, desde o primeiro – ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’ – até os outros que vêm em seguida, do jeito como aprendemos na catequese.
Quando éramos crianças, aprendemos, de cor, esses ensinamentos; agora, precisamos saber colocá-los em prática, exercitá-los no cotidiano de nossa vida, no mundo em que vivemos, cercado por mentiras, impurezas e maldades. É muito importante que ensinemos o caminho da verdade, da vida, os quais estão nos mandamentos da Lei do Senhor nosso Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 12/06/2013

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a amar. Amar como Jesus amou: com leveza e alegria, sem impor pesados sacrifícios aos irmãos, amor que semeia a esperança pelos caminhos desta vida a todos os homens e mulheres de boa vontade. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o cumprimento dos nossos deveres rituais tenha o significado profundo da nossa adesão ao jeito de caminhar de Jesus de Nazaré. Ao lado dos momentos de culto comunitário, caminhe a nossa solidariedade com os mais necessitados e a fraternidade com todos os companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espirito Santo.

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