segunda-feira, 10 de outubro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 11/10/2016

Ano C


Lc 11,37-41

Comentário do Evangelho

Esta é uma ocasião para Jesus ensinar a prática da misericórdia.

Jesus já havia sido convidado para uma refeição na casa de Simão, um fariseu (7,36). Há entre Jesus e os fariseus uma mescla de simpatia e resistência. Os fariseus, efetivamente, desejam viver fielmente sua religião e creem servir a Deus através de suas práticas, sobretudo, uma determinada prática da Lei. Mas a rigidez quase obsessiva os cega, liga-os de modo estreito à letra do texto; a Lei de Deus é para eles um conjunto de regras e preceitos. Esse modo de cumprir a Lei, que eles julgavam ser o correto, fazia com que se esquecessem do essencial da Lei: o amor a Deus e o amor fraterno. Um modo de interpretar a Lei os impedia, inclusive, de olhar para os outros com misericórdia e pôr em prática a palavra do Senhor: “É misericórdia que eu quero, e não sacrifícios” (Os 6,6).
A atitude de Jesus de não cumprir as regras de pureza prescrita para as refeições causa admiração no fariseu que o convidou (v. 38). É para Jesus uma ocasião de ensinar: a hipocrisia dos fariseus consiste na oposição entre exterior e interior. A esmola, como obra de caridade, é mais importante dos que as regras de pureza ritual (ver: Tb 4,8.11; Is 58,3ss; 1Pd 4,8).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, purifica de todo pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
Fonte: Paulinas em 15/10/2013

Vivendo a Palavra

Jesus ensina ao fariseu e a todos nós que a Lei a ser seguida é aquela escrita no coração e não as prescrições catalogadas pelos homens. A Lei é o Amor, vivido o tempo todo e naqueles lugares em que nos encontramos, de forma criativa, livre, generosa e humilde.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/10/2013

Vivendo a Palavra

Os textos sagrados de hoje nos ajudam a compreender que a liberdade de filhos do Pai Misericordioso que assumimos, nos livra de cumprir regras exteriores apenas para sermos vistos pelos homens; mas nos leva a assumir atitudes silenciosas de compaixão com os peregrinos que caminham conosco de volta à Casa Paterna.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

O Evangelho que nos é proposto para a reflexão a partir da liturgia de hoje é altamente questionador no que diz respeito à nossa fé e à nossa vivência religiosa. Para quem crê verdadeiramente, o importante não é a prática exterior, pois esta prática só encontra seu verdadeiro sentido quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, caso contrário, caímos na insensatez: celebramos o que não vivemos nem construímos, e revelamos valores que não são nossos, nem são importantes para nós. O Evangelho de hoje exige de nós coerência entre o que celebramos e o que vivemos, para que as nossas celebrações não sejam ritos vazios e estéreis, mas espírito e verdade.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=10&dia=11

Meditação

Podemos dizer que temos muita bondade no coração? - Será que às vezes não estamos preocupados demais com exterioridades apenas? - Não somos muitas vezes fariseus disfarçados? - Como trabalhamos com o ar de superioridade que se encontra por toda parte? - Somos fáceis em criticar os outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 15/10/2013

Meditando o evangelho

A VERDADEIRA PURIFICAÇÃO

A censura velada do fariseu, admirado por ver Jesus sentado à mesa sem ter feito as abluções de praxe, foi devidamente desmascarada. O fato de ter aceitado, de bom grado, o convite para o almoço, não significava que o Mestre estivesse disposto a se submeter a todas as manias de seu anfitrião.
De fato, o fariseu não chegou a censurá-lo verbalmente. Jesus, porém, deu-se conta da situação, pelo modo como ele agiu. Aliás, a mentalidade farisaica era assaz conhecida. Daí a iniciativa de denunciar a falta de coerência na prática da pureza ritual, tão valorizada pelos círculos farisaicos.
O argumento de Jesus parte da constatação de que existem dois níveis de pureza: interior e exterior, com suas respectivas exigências de purificação. Os fariseus preocupavam-se com a purificação exterior, que se faz com água e sabão, cujo efeito é eliminar possíveis impurezas que se apegam ao corpo. A preocupação de Jesus ia na direção oposta: centrava-se no tema da pureza interior. Este nível profundo de impureza resulta do pecado e do egoísmo que se apoderam do coração humano, tornando-o incapaz de se relacionar com Deus. Só a prática da caridade pode tornar o ser humano livre dela.
De nada serve purificar o copo e o prato, nem lavar as mãos antes de sentar-se à mesa, se o coração está cheio de malícia e egoísmo. Importa, antes, purificar o coração.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, purifica de todo o pecado e egoísmo o mais íntimo de meu ser, pois eles me tornam incapazes de viver em comunhão contigo e com o meu semelhante.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-10-11

Oração Final
Pai Santo, infunde em nós a coragem e o desprendimento para partilhar com os companheiros esta viagem encantada pelo mundo que, por tua graça inefável, nós fazemos. Mas ensina-nos também, Pai amado, a fazer todo de forma discreta e humilde. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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