ANO C
Jo 11,19-27
Comentário do Evangelho
Senhor, eu creio…
Com a chegada de Jesus, Marta vai ao seu encontro, enquanto sua irmã, Maria, permanece sentada. Marta se destaca do grupo, formado pela irmã e pelos judeus, caracterizado pelo luto. Deixando o grupo para ir ao encontro do Senhor, Marta dissocia-se do luto e se coloca do lado do Senhor dos vivos. Diante de Jesus, ela se coloca como uma mulher de fé que confia em Jesus: “Senhor, se estivesses estado aqui… Mesmo assim, eu sei que tudo o que pedires a Deus, ele te concederá” (vv. 21.22).
A intervenção confiante de Marta é constituída de uma dupla fórmula: a presença de Jesus teria livrado o seu irmão da morte e a presença de Jesus permite reavivar toda a esperança. “Teu irmão ressuscitará” (v. 23), diz Jesus. Diante disso, Marta afirma a sua adesão ao credo do judaísmo sobre a ressurreição (cf. v. 24).
Mas ante à nova afirmação de Jesus, “Eu sou a Ressurreição e a vida”, ela supera a fé judaica na ressurreição, para professar: “Eu creio…” (v. 27). É exatamente nisso que ela é cristã. O diálogo de Jesus com Marta é o cume do capítulo 11. A profissão de Marta equivale à de Pedro, em Jo 6,69.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.
Fonte: Paulinas em 29/07/2013
Comentário do Evangelho
Catequese sobre a ressurreição.
O capítulo onze do evangelho de João é uma catequese sobre a ressurreição. Marta aparece, aqui, como a mulher de fé. Sua profissão de fé equivale à profissão de fé de Pedro nos evangelhos sinóticos (Mc 8,27-30; Mt 16,13-20; Lc 9,18-21) e no evangelho de João (6,69). Marta dissocia-se do círculo da morte para colocar-se ao lado do Senhor da vida. Ante ele, ela é uma mulher de fé que confia plenamente em Jesus. Sua confiança em Jesus se exprime numa dupla afirmação: a presença de Jesus, em primeiro lugar, teria livrado seu irmão da morte e, em segundo lugar, no contexto fúnebre, permitiu reavivar toda a esperança. A esperança de Marta, que era a de todo o povo judeu, é superada pela sua adesão à nova afirmação de Jesus e se realiza pelo sopro vivificante da Palavra de Cristo. Nessa sua adesão – “Eu creio”–, ela é plenamente cristã. O fundamento da fé cristã é a fé na ressurreição de Jesus Cristo (1Cor 15,13).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que o meu agir não seja movido por um ativismo insensível à palavra de Jesus. Antes, seja toda a minha ação decorrência da escuta atenta desta palavra.
Fonte: Paulinas em 29/07/2014
VIVENDO A PALAVRA
No Evangelho, em sua Primeira Carta (que ouvimos hoje), e em todos os seus demais escritos, João fala sempre do seu tema predileto: Deus é Amor. E de tal forma o Pai nos amou, que entregou seu Filho Unigênito para que, todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a Vida Eterna. Esta é a síntese de toda a História Sagrada, resumo de tudo em que cremos e esperamos.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2020
Reflexão
A morte de uma pessoa querida é, muitas vezes, causa de desespero para todos nós, pois nos parece que as nossas preces não foram ouvidas. Marta afirma: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido”. Ela mandou chamar Jesus, mas ele não estava presente no momento em que ela tanto precisava. Porém, ela não se desesperou por causa disso, continuou acreditando e o resultado da sua fé foi o retorno do seu irmão à vida, mostrando-nos, assim, que não devemos questionar a ação divina, mas sempre confiar em Deus, que faz tudo para o nosso bem, para a nossa felicidade e para a nossa salvação.
Fonte: CNBB em 29/07/2013 e 29/07/2014
Reflexão
Marta, irmã de Maria e de Lázaro, morava em Betânia, onde o amigo Jesus descansava do trabalho apostólico. Espontânea, dinâmica, hospitaleira e serviçal, são qualidades que se podem atribuir a Marta. Um dia, estando Jesus em sua casa, Marta queixa-se da irmã que, sentada aos pés do Senhor, ouvia-lhe a palavra. Jesus lhe mostra bondosamente a primazia dos valores espirituais (cf. Lc 10,38-42). Na doença de Lázaro, suas irmãs mandam chamar Jesus. Quando ele chega, Lázaro já está morto. Marta então expressa a Jesus sincera profissão de fé: “Eu acredito que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo”. Esse diálogo entre Jesus e Marta é um dos mais antigos temas batismais preparatórios para a Páscoa. Também usado na liturgia fúnebre, para reavivar nos fiéis a esperança cristã.
Oração
Ó Filho de Deus, vais ao encontro das duas irmãs enlutadas, Marta e Maria. E ouves dos lábios de Marta palavras densas de confiança no teu poder divino: “Eu sei que tudo o que pedires a Deus, ele te dará”. E tu a confortas, respondendo: “Quem acredita em mim, ainda que morra, viverá”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 29/07/2020
Reflexão
Hospitaleira e serviçal: adjetivos que se aplicam adequadamente a Marta, membro de uma família por quem Jesus tinha grande predileção: “Jesus amava Marta, a irmã dela [Maria] e Lázaro” (Jo 11,5). Mergulhada nos afazeres domésticos, Marta recebeu do Mestre doce repreensão por agitar-se “com tantas coisas”, quando o certo era concentrar-se no essencial: a presença do ilustre hóspede. Quando morreu seu irmão, ela correu ao encontro de Jesus, expressando-lhe sentida queixa e manifestando, ao mesmo tempo, clara profissão de fé em seu poder: “Eu acredito que tu és o Cristo, o Filho de Deus…” (v. 27). Uma semana antes da Páscoa, Jesus uma vez mais foi cordialmente recebido na casa de Marta, que lhe serviu o jantar. Foi quando Maria ungiu os pés de Jesus com precioso perfume (cf. Jo 12,1s).
Oração
Ó Filho de Deus, vais ao encontro das duas irmãs enlutadas, Marta e Maria, e ouves dos lábios de Marta palavras densas de confiança no teu poder divino: “Eu sei que tudo o que pedires a Deus, ele te dará”. E tu a confortas, respondendo: “Quem acredita em mim, ainda que morra, viverá”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 29/07/2021
Recadinho
Como vivo minha fé? - Nos momentos de solidão, procuro me unir mais a Deus pelas oração? - Lembro-me sempre de que orar é conversar com Deus? Faço isso com frequência? - Consigo sorrir para meu próximo mesmo quando a dor me pesa na alma? - Levo sempre meu coração partido, machucado, para que Deus o possa consertar?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 29/07/2013 e 29/07/2014
Comentário do Evangelho
Marta é mencionada apenas em uma cena de Lucas, e em duas cenas de João. Em Lucas, Jesus está em casa de Marta, em Betânia, Maria a seus pés e Marta servindo (Lc 10,38-42). Em João, temos o diálogo com Marta na cena da morte e ressurreição de Lázaro (evangelho de hoje), e a cena da ceia em sua casa, cinco dias antes da última ceia com os apóstolos (Jo 12,1-2). No diálogo com Jesus, Maria reafirma a crença farisaica na ressurreição do último dia. Jesus revela-lhe a sua novidade: "Eu sou a ressurreição e a vida". A ressurreição é a vida de Deus, que vence a morte e que nos é dada em Jesus. A ressurreição de Lázaro revela a continuidade da vida e a presença da vida eterna, já, naqueles que crêem em Jesus. "Todo aquele que crê em mim, não morrerá jamais". A comunidade que crê em Jesus e vive sua missão de amor é a comunidade dos que já estão inseridos na vida divina e eterna.
Oração
Pai todo-poderoso, cujo filho quis hospedar-se em casa de Marta, concedei por sua intercessão que, servindo fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos recebidos por vós em vossa casa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 29/07/2014
Meditando o evangelho
O ÚLTIMO SINAL
A ressurreição de Lázaro conclui a série dos sinais realizados por Jesus, ao longo do seu ministério, e, de certo modo, prepara o caminho para o sinal definitivo: sua ressurreição. O último sinal contém elementos importantes para a correta compreensão do que estava para acontecer.
Jesus é apresentado como vencedor da morte e doador da vida. Não importava que o amigo estivesse doente, morresse e depois passasse quatro dias sepultado. O Messias Jesus era suficientemente poderoso para chamá-lo de volta à vida.
Quem estivera morto levanta-se do sepulcro e volta para a vida, obedecendo à ordem dada por Jesus. Este se apresenta como o princípio e a causa da ressurreição da Lázaro. A ressurreição de Jesus acontecerá por que traz dentro de si uma força divina, que faz jorrar a vida onde reina a morte.
A ressurreição de Lázaro possibilitará aos discípulos solidificarem sua própria fé. Jesus se alegra por eles não terem encontrado Lázaro com vida. Assim, teriam a chance de testemunhar uma manifestação inquestionável do poder do Mestre, e, por conseguinte, crerem nele.
Por sua vez, o diálogo com Marta e Maria, em torno da fé na ressurreição dos mortos, põe as bases para a compreensão da gloriosa ressurreição do Senhor.
Desta forma, os discípulos foram preparados para enfrentar o impacto da morte iminente do Mestre.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, dá-me a graça de compreender a ressurreição de Jesus como vitória da vida e como sinal de que a morte não tem a última palavra sobre o destino daqueles que creem.
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Marta recebeu Jesus em sua casa
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Marta, Maria e Lázaro eram três irmãos que moravam em Betânia, perto de Jerusalém. Jesus os conhecia. Eram amigos e se davam bem. São João escreve que: “Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro”. São Lucas narra este encontro de Jesus com Marta e Maria no início da segunda etapa formativa dos discípulos, marcada pelo tema da oração. Teríamos aqui a união da ação e da contemplação, centradas na pessoa de Jesus. A acolhida é perfeita. O hóspede não fica sozinho. Senta-se na sala e Maria lhe faz companhia, atenta ao que ele tem a dizer. Marta, na cozinha, prepara uma refeição. Se ambas estivessem na cozinha, o hóspede ficaria sozinho. Se ambas estivessem com ele, não haveria o que comer. Assim, repartidas as tarefas da hospitalidade, tudo parecia correr bem. Já sabemos que a hospitalidade é a flor da caridade, segundo o teólogo Karl Rahner. A cena só não foi perfeita porque os atores eram humanos e o ser humano é, por natureza, imperfeito. Marta se incomodou por estar fazendo sozinha o trabalho manual, ou deixou-se levar por uma ponta de ciúme, e reclamou. Jesus posiciona-se em favor da atitude contemplativa de Maria. Ela escolheu a melhor parte, mas é bom ser “Marta Maria”.
Fonte: NPD Brasil em 29/07/2020
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Santa Marta
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
As mulheres têm um destaque todo especial no Novo Testamento e entre elas está Marta, irmã de Maria e de Lázaro, no episódio da hospedagem de Jesus pelas duas irmãs, parece que ficou um mal-entendido sobre Marta, que estava atarefada e mereceu de Jesus uma correção, mas na narrativa da ressurreição de Lázaro, Marta demonstra uma Fé madura e consciente ao professar sua Fé em Jesus Cristo enquanto Filho de Deus.
A conversa de Marta com Jesus no primeiro momento se refere á morte do irmão, mas na resposta de Jesus ele não está falando da morte biológica, mas da Morte que irá experimentar os que não crerem Nele, e que é realmente a Morte enquanto fim de tudo.
Marta compreende o nível da conversa, e professa sua Fé, mesmo em um momento de abatimento como é a morte do seu irmão.
Um belo testemunho, mesmo com o coração dolorido, cheio de tristeza, essa mulher não deixa de dizer que crê em Jesus porque crê na Vida nova da ressurreição que ele traz. E quando Jesus ressuscita Lázaro, mostrando a Marta que ele é realmente o Deus da Vida, é como uma resposta ao seu ato de Fé.
Hoje é Dia de Santa Marta – vivendo em uma sociedade marcada por tantos sinais de morte, tenhamos a coragem e a Fidelidade dessa grande Santa da nossa Igreja, e professemos a nossa Fé com testemunho e Palavra, atestando que Jesus é o Deus da Vida Verdadeira, aquela que não terá fim no coração dos que creem. Aquela que supera os limites humanos levando-nos a mergulhar um dia no infinito de Deus, onde o amor, essência de todas as virtudes, nos levará a glorificá-lo eternamente.
2. Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá - Jo 11,19-27
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Dizem que o sábio entende e o tolo acredita. Como não entendi, acredito. Hoje é festa de Santa Marta, irmã de Maria e de Lázaro. Lázaro tinha morrido, e Jesus disse a Marta que ele ia ressuscitar. Ela conhecia o ensinamento dos fariseus e sabia que Lázaro ia ressuscitar no último dia. Jesus, porém, acrescentou algo inesperado. Disse a Marta que ele é a ressurreição e a vida. Aqui precisamos de um sábio para entender e de um tolo para acreditar. E disse mais, disse que quem nele crê, mesmo que tenha morrido, viverá e não morrerá jamais. E perguntou a Marta: “Você crê nisso?”. Marta deu uma reposta sábia, juntando a fé ao entendimento. De ressurreição ela não entendia nada, mas sabia com quem estava conversando. Quem fala é Jesus, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo. Nele eu creio. Jesus é uma pessoa, alguém real, que se pode ouvir, ver e tocar. Não é uma ideia vaga ou uma poderosa energia. Amor e fé caminham juntos. Ela o ama e o aceita plenamente. Entrega-se com confiança, como fez Abraão.
Fonte: NPD Brasil em 29/07/2021
HOMILIA DIÁRIA
Santa Marta é modelo de fé e seguimento a Jesus
“Respondeu ela: ‘Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo’” (João 11,27).
Hoje, celebramos Santa Marta, a irmã de Maria e de Lázaro. Celebramos Marta, a discípula de Jesus. Talvez, você se inquiete: “Marta não serviu a Jesus, quem O serviu foi Maria”. As duas serviram muito bem ao Senhor do jeito e da maneira delas. Ainda que escutemos do Evangelho: “Maria escolheu a melhor parte”, não significa que Marta não escolheu Jesus. É claro que ela escolheu, acolheu e amou Jesus, mas queremos celebrar Marta como aquela que professou a sua fé em Jesus.
Marta é para nós modelo de seguimento porque quando Lázaro morreu e ela acolheu Jesus em sua casa, ela mesmo disse: “Senhor, se estivesse aqui, meu irmão não teria morrido”. Veja, ela acreditava que Jesus era a vida. Jesus mesmo disse a Marta: “Seu irmão ressuscitará. Não se preocupe”. Marta responde: “Sim. Senhor, eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição do último dia”. Jesus diz: “Marta, Eu sou a ressurreição e a vida”. Marta proclama: “Eu creio firmemente que Tu és o Messias. Eu creio que Tu és o Filho de Deus que devia vir ao mundo”. No meio da dor, no momento em que perdeu seu próprio irmão, ela estava firme na fé.
Jesus é a ressurreição e a vida, se cremos, deixamos que Ele levante a nossa fé e nos coloque de pé como colocou Marta
No meio das tribulações, aflições e perdas que temos na vida, não podemos perder a fé, pelo contrário, é a hora de manifestarmos o quanto cremos em Deus, qual é de verdade o tamanho da nossa fé e se temos fé; porque, ter fé quando está tudo maravilhoso, quando só vemos abundância na frente é simples.
A fé é no meio das tribulações, no meio das provações, viver o que estamos vivendo e não desanimarmos porque tem um Deus cuidando de nós. Olhemos para Marta, a discípula de Jesus, que em meio a grande tribulação da sua vida, professou a sua fé.
Quero, hoje, te convidar a levantar o coração como Marta em meio à dor, aos sentimentos e às perdas que já passou na vida. Muitas vezes, quando perdemos alguém que é muito querido para nós, pai, mãe, irmão, irmã, amigo, nos desesperamos quando, na verdade, é o contrário. A perda precisa ser para nós ganho na fé, porque Jesus é a ressurreição e a vida, se cremos, deixamos que Ele levante a nossa fé e nos coloque de pé como colocou Marta.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/07/2020
HOMILIA DIÁRIA
Saibamos valorizar os verdadeiros amigos
“Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão” (João 11,19).
A Igreja nos dá a graça de celebrarmos, hoje, a festa dos irmãos Lázaro, Marta e Maria. É interessante, porque essa memória, até então, era somente de Santa Marta, mas foi o Papa Francisco quem uniu numa só festa, numa só celebração, os três irmãos. Esses irmãos eram tão unidos, eles viviam praticamente na mesma casa – apesar de Lázaro ter a sua casa. Ele era tão próximo de suas irmãs, Marta e Maria, que entre eles há um testemunho de amor e cuidado de um para com o outro.
É para nós o exemplo da convivência fraterna, de que irmão cuida de irmão, de que irmão se importa com o irmão, e de que irmão dá a vida pelo irmão. É Marta e Maria que estão desconsoladas pelo irmão que perderam (Lázaro).
Aqui tem uma coisa importante: os três irmãos serviam a Jesus, amavam a Jesus, eram amigos de Jesus. Ele fazia questão de passar em Betânia para ir à casa dos Seus amigos. Betânia é a casa dos amigos de Jesus. Marta, Maria e Lázaro são os amigos de Jesus. Só quem sabe o que é ter amigos sabe valorizar verdadeiramente a amizade. Muitas pessoas conheciam Jesus, muitas pessoas até O seguiam, mas não eram amigas d’Ele. Porque nem todo mundo que é próximo a nós é nosso amigo.
Não é que amigo precisa ser algo seletivo, mas precisa ser bem escolhido; amigo é coisa realmente do peito, do coração; e nós contamos nos dedos das nossas mãos quem são nossos amigos.
Só quem sabe o que é ter amigos, sabe valorizar verdadeiramente a amizade
Jesus tinha os apóstolos, os discípulos e toda uma multidão, era muito bem conhecido pelo bem que fazia a tantos, mas amigos, além dos três discípulos que eram próximos (Pedro, Tiago e João), estão os irmãos Marta, Maria e Lázaro.
Todos nós podemos ser amigos de Jesus à medida que O acolhemos primeiro, que O amamos e somos autênticos com Ele.
Muitas vezes, não sabemos ser amigos nem uns dos outros, quanto mais sermos amigos de Deus. E uma vez que também não sabemos ser amigos de Deus, nós também não sabemos ser amigos uns dos outros.
Amigo é aquele que goza da nossa intimidade, do nosso respeito e da nossa consideração. Amigo é, muitas vezes, mais do que irmão. Tem irmão que é amigo e tem irmão que não é tão amigo, mas tem amigo que é um verdadeiro irmão para o nosso coração.
Que aprendamos com os irmãos Marta, Maria e Lázaro, que foram os amigos de Jesus, a termos poucos amigos, mas verdadeiros e autênticos. Só pelos amigos soltamos as lágrimas mais profundas do nosso coração. Muitas pessoas morreram na época de Jesus, mas Ele não chorou tanto e não soltou o Seu coração como quando morreu seu amigo, seu irmão Lázaro. Amigo é unido, é parte de você.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/07/2021
Oração Final
Pai Santo, que nossos atos de socorro ao irmão atendam às suas necessidades e desejos muito mais do que nossa comodidade e conforto. Que nós lhe ofereçamos não o que nos sobra, mas o que lhe falta. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai, que tanto nós queremos, conduze-nos por teus Caminhos, que são os Caminhos do Amor. Faze de nós, a Igreja de Jesus, sinais e instrumentos de Paz, de Justiça, de Fraternidade e de Compaixão. Que nós, sentindo-nos como Povo amado e eleito, sejamos sinais da presença do teu Reino nesta Terra cheia de encantos. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2020
OU
Lc 10,38-42
Reflexão
Marta, irmã de Maria e de Lázaro, morava em Betânia, onde o amigo Jesus descansava do trabalho apostólico. Espontânea, dinâmica, hospitaleira e serviçal são qualidades que se podem atribuir a Marta. Um dia, estando Jesus em sua casa, Marta queixa-se da irmã que, sentada aos pés do Senhor, ouvia-lhe a palavra. Jesus lhe mostra bondosamente a primazia dos valores espirituais (cf. Lc 10,38-42). Na doença de Lázaro, suas irmãs mandam chamar Jesus. Quando ele chega, Lázaro já está morto. Marta então expressa a Jesus sincera profissão de fé: “Eu acredito que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo”. Esse diálogo entre Jesus e Marta é um dos mais antigos temas batismais preparatórios para a Páscoa. Também usado na liturgia fúnebre, para reavivar nos fiéis a esperança cristã.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Vivendo a Palavra
O Mestre ensina delicadamente o melhor jeito de acolher o peregrino que chega. Marta cuidava da casa e da comida, enquanto Maria parava para ouvi-lo. Jesus caminhava para Jerusalém, com a perspectiva sombria de sofrimentos e, na circunstância, o que desejava era o que Maria lhe oferecia: sua companhia, sua atenção.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2013
Vivendo a Palavra
O nosso Mestre queria nos ensinar a estabelecer prioridades. Marta estava no mundo, e a lida com as coisas do mundo devia ser natural, sem agitações. O necessário, essencial mesmo, era a busca de Maria pelos sinais do Reino que o Pai Misericordioso já nos oferece nesta vida, ainda que não em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2014
VIVENDO A PALAVRA
O Mestre ensina delicadamente o melhor jeito de acolher o peregrino que chega a nós. Marta cuidava zelosamente da casa e da comida, enquanto Maria parou para ouvir Jesus. O Mestre caminhava para Jerusalém, com a perspectiva sombria de sofrimentos e, naquela circunstância, o que desejava era o que Maria lhe oferecia: companhia e atenção.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2021
HOMILIA DIÁRIA
Busquemos em Jesus o essencial para a nossa vida
As agitações da vida nos deixam muitas vezes tensos, preocupados. Busquemos em Jesus o essencial para a nossa vida.
Celebramos com muita alegria o dia de Santa Marta. Celebrando essa discípula do Senhor, nós vamos contemplar a importância que os amigos tiveram na vida de Jesus.
Cristo teve multidões atrás de Si, teve muitos discípulos – pelo menos setenta e dois foram instruídos e formados na escola do Senhor. Jesus teve doze Apóstolos. Mas Ele tinha os Seus amigos: aqueles que eram mais próximos, aos quais Jesus partilhava, descansava e vivia momentos mais pessoais.
E a gente conhece essa família: a família de Marta, Maria e Lázaro. Quantas vezes o Senhor fez questão de ir à Bethânia, ou passar por ali, para hospedar-se na casa dos Seus amigos.
Marta, aquela que celebramos hoje, a irmã de Lázaro e Maria, nós a conhecemos do Evangelho no qual a sua irmã ocupou-se de estar aos pés do Mestre e Marta servindo ao Senhor e cuidando dos afazeres da casa. E Jesus até elogiou a opção de Maria e chamou à atenção de Marta por suas constantes inquietações e preocupações em só fazer as coisas.
É uma chamada de atenção a todos nós! Não é que nós sejamos menos santos. É que, na verdade, quem se ocupa só dos seus afazeres corre o risco de perder o essencial, corre o risco de não crescer na intimidade e na relação com o Mestre quando não damos a devida atenção a Ele, à Sua Palavra e à Sua ação na nossa vida.
Não adianta trabalhar para Deus, estarmos apenas no serviço do Senhor, sermos apenas cumpridores das nossas tarefas e obrigações… Aquele que quer ser amigo do Senhor, próximo a Jesus, precisa ter tempo para Ele! Tempo para escutá-Lo, para estar aos Seus pés, para contemplá-Lo. Para tirar do Coração de Jesus as riquezas insondáveis do Seu amor e misericórdia.
As agitações da vida nos deixam muitas vezes tensos, preocupados. Elas nos levam a perdermos a essência a vida. Que hoje aprendamos – como Marta teve que aprender escutando o Senhor – que o essencial nunca será tirado.
Que busquemos em Jesus o essencial para a nossa vida.
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 29/07/2013
HOMILIA DIÁRIA
O trabalho deve estar unido à vida de oração
Ao celebrarmos hoje o Dia de Santa Marta, a mulher do trabalho, queremos pedir a Deus a graça de trabalhar sem nos esquecermos de contemplar e orar.
“Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa” (Lucas 10, 38).
A liturgia nos dá a graça de celebrarmos hoje a festa de Santa Marta, a irmã de Maria e de Lázaro. Marta, a hospedeira de Deus, a mulher que tem o dom da acolhida, a mulher laboriosa, do trabalho. Vemos Jesus a comparando à sua irmã, Maria, porque, ao chegar à casa de Marta, Ele é acolhido com muito amor por ela, pois Ele é de casa. E Maria vai aos pés de Jesus dar atenção ao Senhor e Marta dá atenção a Ele de outro modo, cuidando da casa, da refeição, da comidinha para que Jesus se sinta bem também.
Marta reclama ao Senhor: “Peça para que minha irmã venha aqui trabalhar comigo, adiantar o serviço. O Senhor responde: “Marta, Marta estas inquieta, preocupada com muitas coisas. Maria escolheu a melhor parte e esta jamais lhe será tirada“.
Maria escolheu a parte da contemplação; Marta escolheu a parte da ação, do trabalho. Não é que as duas coisas sejam contrapostas ou opostas uma a outra; é que uma depende da outra. Não adianta vivermos só contemplando, rezando e meditando se não colocamos em prática aquilo que nós tanto meditamos e contemplamos e não trabalhamos com as nossas próprias mãos para construir um mundo novo e para ganhar o pão de cada dia para o nosso sustento.
Até as irmãs contemplativas no seu mosteiro, no seu carmelo, trabalham com as próprias mãos para fazer o Reino de Deus acontecer. Mas não adianta só trabalhar, não adianta simplesmente correr, labutar, levar uma vida frenética que, muitas vezes, nos deixa estressados, cansados e fadigados na vida, se não tivermos tempo para repousar o coração em Deus, para a contemplação, para a meditação, para a reflexão e para a busca do nosso interior.
Ao celebrarmos hoje o dia de Santa Marta, a mulher do trabalho, queremos pedir a Deus que nos dê o dom de saber trabalhar sem nos esquecermos de O contemplar. Que Deus nos dê mãos para edificar o Seu Reino, para trabalharmos numa vida justa, mas sem nos esquecermos de levar o nosso coração a Ele, sem nos esquecermos de priorizar a oração, de preencher o nosso trabalho e as nossas ocupações com a presença divina.
Que, ao longo do nosso dia, por mais que estejamos trabalhando com Deus e para Ele, tenhamos um tempo e um canto para estar aos pés do Mestre, servindo-O, escutando-O e deixando que Ele fale ao nosso coração e direcione a nossa vida e nos mostre o caminho que devemos seguir a cada dia!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/o-trabalho-deve-estar-unido-a-vida-de-oracao/?sDia=29&sMes=7&sAno=2014 (29/07/2014)
Oração Final
Pai Santo, que nossos atos de socorro ao irmão atendam às suas necessidades e desejos muito mais do que nossa comodidade e conforto. Que nós lhe ofereçamos não o que nos sobra, mas o que lhe falta. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2013
Oração Final
Pai Santo, a vida nos induz a pressa e agitação. São as seduções enganosas do mundo que devemos vencer. Às vezes parecem estradas confortáveis, mas são desvios que nos afastam da Vida que nos ofereces. Dá-nos, Pai amado, força e coragem para fazermos nossa opção pelo seguimento do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que nossos atos de socorro ao irmão atendam às suas necessidades e desejos muito mais do que à nossa comodidade ou conforto. Que nós nos esforcemos para lhe oferecer não o que nos sobra, mas o que lhe falta. Nós te pedimos, amado Pai, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 29/07/2021
Nenhum comentário:
Postar um comentário