segunda-feira, 6 de junho de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 06/06/2022

ANO C


Jo 19,25-34

Bem-aventurada Virgem – Maria Mãe da Igreja

Comentário do Evangelho

As mulheres ao pé da cruz

A presença das mulheres no momento da crucifixão é registrada pelos três evangelistas sinóticos. Contudo, elas permanecem à distância. João, no seu evangelho, as apresenta junto à cruz, Maria Madalena e Maria, a mãe de Jesus, acrescentando o discípulo que Jesus amava.
Neste contexto, João introduz as duas falas de Jesus: "Mulher, eis teu filho", à sua mãe, e "Eis a tua mãe", ao discípulo. Sua mãe está presente neste momento final do ministério de seu filho, assim como estivera no início, nas bodas de Caná, quando Jesus afirma que ainda não é chegada sua hora. Jesus dirige-se a sua mãe com o termo "mulher". Com esta expressão, repetida, Jesus irá se dirigir também à mulher samaritana, à beira do poço, e será a expressão com que o Ressuscitado se dirigirá a Maria Madalena, ao lado do túmulo vazio.
Agora é chegada a hora. É a hora do sinal maior: a glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte, estando garantida a continuidade de sua missão pelas novas comunidades.
Em Maria, a mulher, temos a mãe de Deus. Maria Madalena, que sairá em busca de Jesus no horto, como nos Cânticos dos Cânticos, representa a nova comunidade como esposa do Ressuscitado. João, recebendo Maria como mãe, representa o discipulado, como filhos de Deus, herdeiros da vida eterna, em Jesus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, a prática do amor e da justiça revele tua ação no íntimo do meu coração, transformando-me em instrumento de tua misericórdia, que eleva a humanidade decaída.
Fonte: Paulinas em 15/09/2012

Vivendo a Palavra

A pessoa do apóstolo-evangelista João abriga a todos nós, que somos a Igreja de Jesus. Também nós, não apenas nos sentimos entregues pelo Cristo à maternidade da Virgem, mas recebemos Maria como nossa Mãe e modelo para o seguimento de Jesus. E por tudo, damos graças ao Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/09/2012

VIVENDO A PALAVRA

Na figura de Maria nós devemos enxergar todas as pessoas e circunstâncias que ajudam a gerar em nós o amor a Jesus e, por Ele, ao Pai Misericordioso. Certamente, a contemplação da Mãe nos aproxima do Filho e de seu Caminho. João, o discípulo amado, somos nós, a quem cabe cuidar de tudo o que concorre para a nossa pertença alegre e agradecida à Família de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/06/2020

Reflexão

Mediante Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, publicado em 11/02/2018, o Papa Francisco instituiu a memória da “Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja”, a ser celebrada na segunda-feira depois de Pentecostes. Ao promover esta memória obrigatória, o Papa Francisco visa favorecer o crescimento materno da Igreja nos pastores, nos religiosos e nos fiéis, como também a genuína piedade mariana. Considerando o evangelho do dia, o Decreto afirma: “A Mãe, que estava junto à cruz, aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos os homens, personificados no discípulo amado… tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na cruz, dando o Espírito. Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do seu amor para com a Mãe”.
Oração
Senhor Jesus, que morreste na cruz para nos salvar, e designaste tua querida Mãe como proteção e guia de tua Igreja, faze que sejamos seus filhos amorosos e fiéis discípulos teus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 01/06/2020

Reflexão

“A Igreja é verdadeiramente mãe, a nossa mãe Igreja, uma mãe que nos dá vida em Cristo e que nos faz viver com todos os outros irmãos na comunhão do Espírito Santo. Nessa sua maternidade, a Igreja tem como modelo a Virgem Maria, o modelo mais bonito e mais excelso que possa existir. Foi o que já as primeiras comunidades cristãs esclareceram e o Concílio Vaticano II expressou de modo admirável (cf. Lumen Gentium, n. 63-64). A maternidade de Maria é, sem dúvida, única, singular, cumprindo-se na plenitude dos tempos, quando a Virgem deu à luz o Filho de Deus, concebido por obra do Espírito Santo. E, todavia, a maternidade da Igreja insere-se precisamente em continuidade com a de Maria, como sua prolongação na história. Na fecundidade do Espírito, a Igreja continua a gerar novos filhos em Cristo, sempre à escuta da Palavra de Deus e em docilidade ao seu desígnio de amor. A Igreja é mãe. Com efeito, o nascimento de Jesus no ventre de Maria é prelúdio do nascimento de cada cristão no seio da Igreja, dado que Cristo é o primogênito de uma multidão de irmãos. Nós, cristãos, não somos órfãos, temos uma mãe, e isso é sublime! Não somos órfãos! A Igreja é mãe, Maria é mãe” (Papa Francisco, Catequese, 03/09/14).
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditando o evangelho

Maria, o Israel fiel

Às várias características próprias do Evangelho de João junta-se esta: ele é o único que menciona a presença da mãe de Jesus e de discípulos junto à cruz. Nos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, as mulheres permanecem a distância, observando. A mãe de Jesus é mencionada apenas duas vezes neste Evangelho: no início do seu ministério, nas bodas de Caná e, agora, no momento de sua crucifixão. Nas duas vezes é destacada a proximidade entre Jesus e sua mãe. Nas bodas, quando ainda não era chegada a hora de Jesus, a mãe representa o antigo Israel fiel, particularmente os samaritanos, que busca o socorro de Jesus e reconhece que deve ser feito tudo o que ele disser. Agora é a sua hora. É a hora da glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte, tendo, porém, garantida a continuidade de sua missão nas comunidades. Em pé, junto à cruz, destacam-se sua mãe, Maria Madalena e o discípulo que Jesus amava. Maria Madalena, procurando por Jesus no horto, em uma alusão ao Cântico dos Cânticos, representa a comunidade como esposa do Ressuscitado. O discípulo amado simboliza a comunidade que continuará a missão de Jesus. A mãe, o Israel fiel, encontrará sua identidade inserindo-se nestas comunidades.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.
Fonte: Dom Total em 10/06/2019 01/06/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O FILHO DO HOMEM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus refere-se a si mesmo como "o Filho do Homem". A expressão "filho de homem" aparece dezenas de vezes no profeta Ezequiel, onde se refere ao profeta, na sua simples e frágil condição de "humano". Aparece também duas vezes no livre de Daniel, sendo uma delas como um "humano" que vem entre as nuvens do céu, agora revestido de poder. Nos evangelhos, Jesus identifica-se como o filho do homem, revestido de fragilidade (cf. segunda leitura), conforme o sentido do profeta Ezequiel, para que não o confundissem com o messias glorioso, esperado pelos judeus. O Filho do Homem significa o humano, o encarnado na vida, na história. Contudo os discípulos originários do judaísmo, na sua incompreensão, vão, com freqüência, interpretar o "filho do homem" com o qual Jesus se identifica, no sentido messiânico de glória e poder, conforme a única vez que aparece em Daniel.
O Filho do Homem desceu do céu e será levantado. É o Verbo que se fez carne e vimos a sua glória. Temos aqui a dinâmica característica do evangelho de João. Jesus desceu do céu para elevar o humano. João prima pela revelação da exaltação da condição humana a partir da encarnação do Filho de Deus, Jesus. A elevação do Filho do Homem é a elevação do humano. Conforme o livro de Números, Moisés fez uma serpente de bronze e a levantou, para que todos a vissem. Quem recebesse a mordida mortal de uma serpente contemplava a serpente de bronze e não morria (primeira leitura).
Este antigo modelo da Lei de Moisés é substituído pela graça e a verdade de Jesus (Jo 1,17). Quem nele crer tem a vida eterna. Na encarnação Deus deu seu Filho ao mundo, que veio como enviado para anunciar e testemunhar sua Palavra da salvação. A sua divina missão não é a da condenação do mundo, mas a de fecundar a vida e fazê-la germinar e frutificar no mundo. É a missão da misericórdia e do amor. Crer em Jesus, segui-lo e assumir a sua missão é entrar na vida eterna.
Jesus ao manifestar o amor de Deus atrai e comunica este amor a todos. Jesus é dom de Deus para comunicar a vida ao mundo. A glorificação de Jesus é fidelidade total à sua missão, sem recuar, mesmo diante da morte. Jesus elevado na cruz é a consumação de uma vida de amor. É a glória de Deus no seu projeto de elevação da humanidade à participação de sua vida eterna.
Fonte: NPD Brasil em 15/09/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. TUDO ESTÁ CONSUMADO.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

São João nos apresenta o texto da crucificação do Mestre. E nele duas figuras se destacam: Maria, a Mãe de Jesus e João, o discípulo amado. Como ontem, continuamos hoje refletindo sobre a realidade da Cruz. Antes de Jesus, a cruz era vista como um instrumento de castigo, de humilhação, de condenação dos criminosos. Porém, o fato de Jesus, o Filho de Deus ter sido crucificado deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a condenação e a morte, para significar exaltação da vida. E esta mudança radical da maneira de se ver a cruz foi por causa da vida de Jesus. Jesus, pela sua existência impecável só fazendo o bem e anunciando a Boa Notícia para a nossa salvação, aceitou a morte de cruz, e isto demonstrou a sua fidelidade ao plano do Pai em relação ao Filho, Cordeiro imolado pelos nossos pecados e para a nossa salvação. Nela ficou patente que Deus era o Senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhum fariseu ou escriba foi suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai.
Jesus, apesar de ter pedido ao Pai no Horto das Oliveiras que o livrasse daquele cálice amargo, deixou, contudo, que se realizasse a vontade desse mesmo Pai. Por isso Jesus não vacilou e enfrentou o martírio de cruz com cabeça erguida, até o final em que disse: “Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito”. Por outras palavras, diríamos que tinha chegado a hora d’Aquele que se fez contar entre os ladrões para salvar a todos. Ele não teve outra sina senão a Cruz. Assim Jesus Cristo, tido como um criminoso, carregou a sua cruz e tendo chegado ao cimo da montanha foi pregado nela.
Uma característica importante do seguidor de Jesus é a perseverança, ou seja, o compromisso de vida que se prolonga no tempo, vencendo as crises. Quando Jesus pede para: “permanecer em mim e eu nele” (Jo 6,56; 15,4) ou “permanecer no meu amor” (Jo 15,9) expressa uma sintonia profunda, uma comunhão de mente e de coração. Este é o sentido da imagem da videira e dos ramos (15,1-11). Como também: “Se vocês permanecerem na minha palavra, serão verdadeiramente meus discípulos. Vocês conhecerão a verdade, e a verdade fará de vocês pessoas livres” (cf. Jo 8,31s). Jesus promete: “Se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, peçam o que quiserem, e o Pai lhes concederá” (Jo 15,7). Na primeira epístola de João também se diz desta atitude de vida: “Quem pretende permanecer nele, deve também andar no caminho que Jesus andou” (1 Jo 2,6).
Manter-se junto à cruz expressa a atitude de estar em sintonia com Jesus, exercitando a fé no momento de crise da morte e de sua passagem para o Pai. Maria, as mulheres e o discípulo amado são os que perseveram neste momento crucial. Permanecem com Jesus e em Jesus. É certo que este momento significou um grande sofrimento para Maria. Mas, parece que perseverar assume mais importância do que sofrer.
Qual é o sentido do encontro de Maria com o discípulo amado, ao pé da cruz? Não é resolver um problema de família, ou seja, quem iria tomar conta da mãe de Jesus depois da morte dele. Nesse momento tão importante da cruz, João quer nos dizer algo mais. Ele deixa impresso na memória de todos os cristãos que Maria não é somente a mãe, que concebeu, gestou, deu à luz, nutriu e educou Jesus. Novamente, ela é chamada de “mulher”, como em Caná (Jo 2,4 e 19,25). Seu lugar está além dos laços de sangue e das relações familiares. Por vontade de Jesus, Maria é adotada como mãe pela comunidade cristã de todos os tempos. O discípulo amado, que representa a comunidade, recebe-a como mãe. E Maria é investida nessa nova missão. Acolhe os membros da comunidade cristã como seus filhos.
Que Maria me acolha como filho bem amado do seu Filho afim de que, olhando para a glória que me está reservada no Céu, carregue a minha cruz todos os dias. E quando chegar a minha hora eu diga como Jesus: Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito.

2. Tenho sede!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“A presença das mulheres no momento da crucifixão é registrada pelos três evangelistas sinóticos. Contudo, elas permanecem a distância. João, no seu evangelho, as apresenta junto à cruz, Maria Madalena e Maria, a mãe de Jesus, acrescentando o discípulo que Jesus amava. Neste contexto, João introduz as duas falas de Jesus: ‘Mulher, eis teu filho’, à sua mãe, e ‘Eis a tua mãe’, ao discípulo. Sua mãe está presente neste momento final do ministério de seu filho, assim como estivera no início, nas bodas de Caná, quando Jesus afirma que ainda não é chegada sua hora. Jesus dirige-se a sua mãe com o termo ‘mulher’.
Com esta expressão, repetida, Jesus irá se dirigir também à mulher samaritana, à beira do poço, e será a expressão com que o Ressuscitado se dirigirá a Maria Madalena, ao lado do túmulo vazio. Agora é chegada a hora. É a hora do sinal maior: a glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte, estando garantida a continuidade de sua missão pelas novas comunidades.
Em Maria, a mulher, temos a mãe de Deus. Maria Madalena, que sairá em busca de Jesus no horto, como no Cântico dos Cânticos, representa a nova comunidade como esposa do Ressuscitado. João, recebendo Maria como mãe, representa o discipulado, como filhos de Deus, herdeiros da vida eterna, em Jesus. [...]
As narrativas da Paixão se diversificam nos evangelhos, trazendo a marca de cada evangelista. Segundo João, Jesus é crucificado na véspera (‘preparação’) da Páscoa, que naquele ano coincidiu com o sábado. Com hipocrisia, para que a solenidade da Páscoa não fosse profanada pelos mortos, os judeus se preocupam em retirar das cruzes Jesus e os outros dois. Era comum os crucificados se sustentarem sobre o apoio dos pés na ânsia de evitar a morte. Os romanos só os retirariam mortos; assim, os judeus pedem que lhes quebrem as pernas para acelerar sua morte. A Jesus, já encontraram morto, porém um soldado golpeia seu lado com uma lança, saindo sangue e água. No sangue temos a expressão do amor de Jesus, que se doou sem limites, e na água temos a expressão da origem da vida nova no Espírito de amor, doado por Jesus”.
Fonte: NPD Brasil em 10/06/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. As mulheres no Calvário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Pedi socorro á minha equipe de Teólogos para juntos pensarmos nos três versículos que compõe esse Evangelho das três Marias, das quais a primeira mencionada é Maria de Nazaré, cujo nome foi omitido pelo evangelista que preferiu chamá-la de "mulher".
E no meu grupo, Maria, que atua nos Vicentinos, foi a primeira a manifestar-se "Eu acho que o fato de Jesus chamar Maria de Mulher, tem algum significado especial".
"Bom, eu acho que é aquilo mesmo que sempre ouvimos falar, nesse momento Jesus nos deu uma mãe que é Maria e nos deu a Maria, como Filhos e Filhas" - comentou um jovem que está começando em nosso grupo.
"Eu estava aqui pensando com meus botões, quando a menina se torna adulta, adquirindo a maioridade, se costuma dizer que agora é uma mulher, isso é, está preparada para a missão de ser mãe, pelo menos Biologicamente" - disse a catequista Vera.
Podemos trabalhar essa idéia que é boa, nesse diálogo entre Jesus, Maria e João, indica que algo novo está nascendo ali naquele momento. "Nossa! No meio daquela tragédia?" - exclamou Jorjão.
Não podemos nos esquecer que para João, a morte de Jesus na cruz não é uma tragédia, ao contrário, é uma vitória do seu Reino de Amor, por isso que nesse evangelho há sempre uma referência á "minha hora".
Nesse momento, aos pés da cruz nasce o povo da Nova Aliança, isso é, a Igreja, a qual Maria é dada por Mãe, e em João, todos os cristãos se tornam Filhos de Maria, por isso a denominação Mulher que significa Igreja. Aquele que se fez serva desde o anúncio, e que serviu a Deus com tanta fidelidade na missão que lhe fora confiada, amadureceu a sua maternidade e agora está preparada para ser Mãe de uma multidão que iria aderir ao Filho Jesus. Nada mais justo que a primeira discípula e primeira cristã, seja Mãe da Igreja, ao ser ela a própria Igreja, que deve continuar gerando Jesus para o mundo.
E a Maria que é Vicentina, não perdeu a ocasião para um comentário inteligente e provocador ao mesmo tempo "Aos pés da cruz, na igreja que nascia, como a gente acabou de ver, haviam três mulheres e um homem, parece que desde o início nós mulheres somos a maioria".
"Pois é minha irmã, isso é verdade, mas nossos pastores são todos homens" - emendou do seu canto o Jorjão. E antes que se iniciasse uma acirrada discussão entre o papel do homem e da mulher dentro da nossa igreja, eu arrematei: Calma gente, os pastores da nossa Igreja, Padres, Bispos e Diáconos têm a missão de cuidar com carinho da Igreja, assim como João acolheu Maria em sua casa para cuidar dela, segundo a missão confiada pelo próprio Jesus.

2. Mulher, eis o teu filho! - Jo 19,25-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No dia de Pentecostes o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos reunidos com Maria. Aí está o núcleo fundamental da Igreja: a mãe e seus filhos. A Igreja é a mãe e a mãe da Igreja é Maria. A Virgem Maria é Mãe de Cristo e com ele Mãe da Igreja. É mãe da cabeça e dos membros que compõem o corpo numa só unidade. Em Cristo, Maria se tornou a mãe de todos os que se unem a seu Filho pela graça e pela decisão da vontade. Morrendo na cruz, Jesus entregou a mãe ao discípulo e o discípulo à mãe. Sem um nome próprio, o discípulo amado recolhe em si os nomes de todos os discípulos de todos os tempos.
Fonte: NPD Brasil em 01/06/2020

HOMILIA DIÁRIA

Maria conhece as nossas dores

Postado por: homilia
setembro 15th, 2012

Diante da Virgem Maria, ao pé da cruz, tanta dor e tanto sofrimento, mas também tanta fortaleza e fé, que Jesus crucificado não poderia dar maior presente aos Seus discípulos e a toda humanidade (representada ali por João, o discípulo amado), senão a Sua santíssima Mãe. Maria conhece as dores do nosso coração, por isso, depositemos no coração transpassado dela os nossos pedidos e súplicas, confiantes de que todos os pedidos feitos à Mãe o Filho atende. Os santos e a Tradição da Igreja nos ensinaram a amar e a venerar Maria na alegria ou na dor.
Somos convidados, hoje, a meditar os episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egito (Mateus 2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus ao Calvário (João 19,12ss.); a crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss.).
Vejamos o que nos diz São Bernardo, um santo profundamente mariano: "O martírio da Virgem é mencionado tanto na profecia de Simeão quanto no relato da Paixão do Senhor. Este foi posto, diz o santo ancião, sobre o menino, como um sinal de contradição, e em Maria: 'e uma espada transpassará tua alma' (cf. Lc 2,34-35).
Verdadeiramente, ó santa Mãe, uma espada transpassou tua alma. Aliás, somente transpassando-a, penetraria na carne do Filho. De fato, visto que o teu Jesus – de todos certamente, mas especialmente teu – a lança cruel, abrindo-lhe o lado sem poupar um morto, não atingiu a alma dele, mas ela transpassou a tua alma. A alma dele já ali não estava, a tua, porém, não podia ser arrancada dali. Por isso, a violência da dor penetrou em tua alma e nós te proclamamos, com justiça, mais do que mártir, porque a compaixão ultrapassou a dor da paixão corporal.
E pior que a espada transpassando a alma, não foi aquela palavra que atingiu até à divisão entre alma e o espírito:‘Mulher, eis aí o teu filho’? (Jo 19,26).
Oh! Que troca incrível! João, Mãe, te é entregue em vez de Jesus. O servo em lugar do Senhor, o discípulo pelo Mestre, o filho de Zebedeu pelo Filho de Deus, o puro homem em vez do Deus Verdadeiro. Como ouvir isso deixaria de transpassar tua alma tão afetuosa, se até a sua lembrança nos corta os corações tão de pedra, tão de ferro.
Não vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria sido mártir na alma. Poderia espantar-se quem não se recordasse do que Paulo afirmou que entre os maiores crimes dos gentios estava o de serem sem afeição. Muito longe do coração de Maria tudo isto; esteja também longe de seus servos.
Talvez haja quem pergunte: ‘Mas não sabia ela, de antemão, que iria ele morrer?’ Sem dúvida alguma! ‘E não esperava que logo ressuscitaria?’ Com toda a confiança. ‘E mesmo assim sofreu com o Crucificado?’ Com toda a veemência. Aliás, tu quem és ou donde tua sabedoria, para te admirares mais de Maria que compadecia, do que do Filho de Maria a padecer? Ele pôde morrer no corpo; não podia ela morrer juntamente no coração? É obra da caridade: ninguém a teve maior! Obra de caridade também isto: depois dela nunca houve igual”.
(Dos sermões de São Bernardo, abade).
Tendo diante de nós tão grande testemunho de fidelidade e grandeza de alma, eu pergunto a você: ”Como anda a sua piedade mariana, sua devoção a Virgem Maria, mãe de Jesus e nossa?”
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA
Ó Mãe das Dores, Rainha dos Mártires, que tanto chorastes vosso Filho, morto para me salvar, alcançai-me uma verdadeira contrição dos meus pecados e uma sincera mudança de vida.
Mãe, pela dor que experimentastes quando vosso Divino Filho, no meio de tantos sofrimentos, inclinando a cabeça expirou à vossa vista sobre a cruz, eu vos suplico que me alcanceis uma boa morte.
Por piedade, ó Advogada dos pecadores, não deixeis de amparar a minha alma na aflição e no combate da temível passagem desta vida à eternidade.
E como é possível que, neste momento, a palavra e a voz me faltem para pronunciar o vosso nome e o Nome de Jesus, rogo-vos, desde já, a vós e a vosso Divino Filho, que me socorras nessa hora extrema e, assim, direi : “Jesus e Maria, entrego-vos a minha alma. Amém!”
Padre Luizinho - Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 15/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

A Virgem Maria é nosso modelo de Igreja

“‘Mulher, este é o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Esta é a tua mãe’” (João 19,26-27).

Um dia depois de Pentecostes, a Mãe Igreja nos dá a graça de celebrar a Mãe da Igreja, a Virgem Maria. Ela estava na Igreja nascente, na celebração de Pentecostes, quando o Espírito Santo veio sobre os apóstolos reunidos com Ela no cenáculo.
Maria é o protótipo, modelo de Igreja, é nela que a Igreja se encarna. A cabeça da Igreja é o Seu Filho, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Igreja, como aquela que leva a salvação a todos os povos, leva Jesus a todos os homens, veem em Maria aquela que nos traz o Salvador como modelo, onde Jesus deve ser levado, anunciado e, acima de tudo, acolhido.
Hoje, quando celebramos Maria, Mãe da Igreja, tomamos consciência do nosso papel de sermos igreja, de fazermos parte do corpo místico de Cristo, essa é a graça que o batismo concedeu a cada um de nós. O fato de sermos batizados nos torna membros desta Igreja.
Olhamos para aquela que é Mãe, que viveu o modelo de ser igreja para também aprendermos a ser igreja.
Igreja não é simplesmente o templo onde vamos rezar, participar das celebrações litúrgicas, e assim por diante. Não podemos ter uma visão ingênua de igreja como templo, mas Igreja como o lugar que congrega os filhos de Deus por todo o mundo.

Maria é o protótipo, modelo de Igreja, é n’Ela que a Igreja se encarna

A Igreja é o próprio coração de Deus que acolhe todos os Seus filhos. Por isso, a nossa missão na igreja é participarmos e sermos, acima de tudo, igreja viva, que realmente estejam incorporadas em Cristo Jesus.
Que Maria, Mãe da Igreja, nos ensine a sermos também igreja. Ela como Mãe auxilia, protege, está perto, nos dá o exemplo, intercede por nós e nos ensina tão viva, atuante, participante e, acima de tudo, oblativa como aquela que se doa para a causa do Reino.
Ser igreja é doar-se para que o Reino de Deus aconteça e esteja sendo celebrado, anunciado e proclamado no meio dos homens. Ser igreja é fazer o Reino de Deus acontecer.
No seu silêncio operante, Maria torna-se o modelo de igreja orante, como Aquela que ora, intercede e vive uma comunhão profunda com o mistério da Trindade. Precisamos, como Ela, aprender a sermos também orantes, fazermos da oração o alimento principal da nossa vida cristã. Aquele que ora a Deus ama o seu próximo, por isso, na igreja, a exemplo de Maria, que foi ser igreja para sua prima Isabel, nós também somos igreja uns para os outros acolhendo, amando e cuidando.
Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/06/2020

Nossa Senhora Rainha, Mãe da Igreja

Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação

Instituída pelo Papa Pio XII, celebramos hoje a Memória de Nossa Senhora Rainha, que visa louvar o Filho, pois já dizia o Cardeal Suenens: “Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar”.
Paralela ao reconhecimento do Cristo Rei encontramos a realeza da Virgem a qual foi Assunta ao Céu. Mãe da Cabeça, dos membros do Corpo místico e Mãe da Igreja; Nossa Senhora é aquela que do Céu reina sobre as almas cristãs, a fim de que haja a salvação: “É impossível que se perca quem se dirige com confiança a Maria e a quem Ela acolher” (Santo Anselmo).
Nossa Senhora Rainha, desde a Encarnação do Filho de Deus, buscou participar dos Mistérios de sua vida como discípula, porém sem nunca renunciar sua maternidade divina, por isso o evangelista São Lucas a identifica entre os primeiros cristãos: “Maria, a mãe de Jesus” (Atos 1,14). Diante desta doce realidade de se ter uma Rainha no Céu que influencia a Terra, podemos com toda a Igreja saudá-la: “Salve Rainha” e repetir com o Papa Pio XII que instituiu e escreveu a Carta Encíclica Ad Caeli Reginam (à Rainha do Céu): “A Jesus por Maria. Não há outro caminho”.

Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!

Nossa Senhora se encontra no Céu, na sua qualidade de Rainha do Céu e da Terra e junto de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, de São José, seu justo Esposo e na glória de Todos os Anjos e Santos.

Se você:
- sofre de uma doença complicada
- atravessa dificuldades econômicas, tem dívidas ou está desempregado
- vive com problemas familiares, com o seu cônjuge, filhos ou pais
- deseja falar com Nossa Senhora Rainha através de uma oração maravilhosa

Reze com devoção e confiança esta oração:

“Oh Maria sem pecado concebida!
A mais Preciosa Menina, Rainha das Maravilhas.
Ajuda-me neste dia a ser sempre teu verdadeiro filho,
para chegar um dia ao Deus da Vida.
És Rainha do Céu e da Terra, gloriosa
e digna Rainha do Universo
És Rainha do Céu e da Terra, gloriosa e digna Rainha do Universo a quem podemos invocar de dia e de noite, não só com o doce nome de Mãe, mas também com o de Rainha, como te saúdam no Céu com alegria e amor todos os Anjos e Santos.
Nossa Senhora Rainha, Celeste Aurora, enviai a luz divina do Universo para me ajudar a resolver estes problemas (descrever resumidamente os problemas)
Amém.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

- Reze esta oração todos os dias, à noite, antes de se deitar.
- Quando alcançar a graça que procura, vá a uma igreja agradecer a Nossa Senhora Rainha.
- A melhor maneira de celebrar o dia de Nossa Senhora Rainha é rezar o Terço e ir a missa.

“Óh Maria, Rainha do Céu e da Terra, rogai por nós!

Oração
Salve, Virgem Santa Maria, mãe generosa do Senhor do universo, rei de paz e de justiça. Mulher humilde, acolhida já no céu pelo amor do Pai, inspira o nosso serviço na edificação do reino de Cristo. Mãe feliz, que acreditaste, fica connosco para nos ajudar a guardar e a alimentar a lâmpada da nossa fé. Esposa do Espírito Santo, ensina-nos a perseverar nas obras de misericórdia, de justiça, de paz. Amém!

Oração do dia
Ó Deus, que fizestes a mãe de vosso Filho nossa mãe e rainha, dai-nos, por sua intercessão, alcançar o reino do céu e a glória prometida aos vossos filhos e filhas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Orações da Igreja Católica em Agosto de 2016

Oração Final
Pai Santo, que nos deste Maria como Mãe, dá-nos coragem para segui-la como discípulos de seu Filho, Jesus de Nazaré. Que o exemplo que ela nos deixou nos inspire para proclamar aos que peregrinam conosco nesta vida que o Reino do Céu está próximo – ele já está em nós! Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/09/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, nós agradecemos por nos chamares para a Família de Jesus. Sim, Pai misericordioso, apesar de nossas escusas e das justificativas que apresentamos, teus mensageiros fizeram chegar até nós o teu convite. Agora, nós pedimos, dá-nos sabedoria, força, coragem e perseverança para prosseguir no Caminho de Jesus, o Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/06/2020

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