quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 18/02/2021

ANO B


Lc 9,22-25

Comentário do Evangelho

O caminho dos discípulos não pode ser outro que o do Mestre.

Nosso texto de hoje está situado um pouco antes do início da seção central do terceiro evangelho, denominada “subida para Jerusalém”. O anúncio da paixão, morte e ressurreição tem por finalidade preparar os discípulos, como também o leitor, para entrarem no mistério pascal sem esmorecer e preveni-los contra o escândalo da paixão e morte de Jesus. Essa prolepse informa os discípulos acerca das condições do seguimento de Jesus Cristo. O caminho dos discípulos não pode ser outro que o do Mestre. Por essa razão, é preciso liberdade diante da própria vida. A decisão livre de seguir o Senhor deve ser acompanhada da atitude que caracteriza o seguimento: “Renunciar a si mesmo”. Trata-se do desafio de não permitir que seus projetos pessoais se anteponham à vontade de Deus, e exige uma atitude positiva de entregar a própria vida. A vida recebida como dom de Deus não está garantida na defesa das seguranças e privilégios pessoais, mas na disposição da própria vida em favor do “evangelho de Jesus Cristo” (cf. Mc 1,15). Nós não seremos plenamente livres enquanto persistir o medo da morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.
Fonte: Paulinas em 06/03/2014

Vivendo a Palavra

Perder a nossa vida por causa do Cristo significa nos esforçarmos para viver como Jesus viveu: fazendo o bem a todos, lutando pela justiça e a fraternidade, trazendo alívio para quem sofre e consolo para quem chora. Em resumo: esquecidos da nossa própria cruz, ajudando o irmão a carregar a sua.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

‘Perder’ a nossa vida por causa do Cristo significa nos esforçarmos para viver como Jesus de Nazaré viveu: fazendo o bem a todos, lutando pela justiça, testemunhando a fraternidade, trazendo alívio para quem sofre e consolo para quem chora. Em resumo: esquecidos da nossa própria cruz, ajudando os irmãos a carregarem as deles.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2020

VIVENDO A PALAVRA

Seguir a Jesus não é se amoldar docilmente aos critérios da sociedade egoísta em que vivemos, mas é buscar cristianizá-la, fazendo com que nela germinem e apareçam os sinais do Reino de Deus. Isto não acontecerá sem que nós, discípulos do Mestre, soframos perseguições e condenações. Essa é a nossa Cruz, que devemos assumir e carregar pela vida afora, seguindo a Jesus.

Reflexão

O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que vive como o próprio Jesus e faz dele o modelo de sua vida. Jesus nunca viveu para si, mas sempre viveu para o Pai e para os seus irmãos e irmãs, fazendo do seu dia a dia um serviço a Deus e ao próximo. A exemplo de Jesus, nós devemos passar por esse mundo não para buscar a satisfação dos nossos interesses e necessidades, mas para deixar de lado tudo o que nos impede de ir ao encontro de nossos irmãos e irmãs que precisam de nós, da nossa presença e do nosso serviço, e que também nos impede de ir ao encontro do próprio Deus para vivermos com ele a sua vida.
Fonte: CNBB em 06/03/2014

Reflexão

Jesus se confronta com as autoridades civis e religiosas e será condenado à morte. Essa é a realidade reservada ao Mestre; este é o itinerário que todo cristão deverá percorrer: “Quem quiser salvar a própria vida, a perderá. Mas quem perder a própria vida por causa de mim, a salvará”. Morrer para viver. Parece atitude absurda, mas a nossa salvação é fruto do extremo sacrifício de Jesus. “Alguém pagou preço alto pelo resgate de vocês” (1Cor 6,20). Essa era a catequese ensinada aos primeiros cristãos: “Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para as nações” (1Cor 1,23). Aos discípulos de Jesus cabe trilhar o caminho percorrido por ele. Quais são os meus projetos pessoais? Quais são os projetos de Jesus para mim?
Oração
Divino Mestre, tu nos revelas o fim trágico que te espera em Jerusalém: serás capturado, condenado e morto pelas mãos dos dirigentes do povo. Mas acrescentas que, no terceiro dia, ressuscitarás. Dá-nos, Senhor, a graça de compreender e viver intensamente os momentos finais de tua vida na terra. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 27/02/2020

Reflexão

Já no início da Quaresma, a Igreja, por meio do Evangelho de hoje, nos alerta sobre o fi m trágico de Jesus e desafia quem estiver disposto a segui-lo. O Mestre não quer enganar ninguém, prometendo “mundos e fundos”, mas fala claramente qual seu destino e apresenta as exigências para segui-lo na fidelidade. O caminho do cristão é seguir a Cristo até as últimas consequências. Não é fácil seguir alguém que não propõe sucesso e aplausos. Também não é fácil assumir a própria cruz diariamente. Por outro lado, Jesus não nos propõe algo impossível, embora possa trazer incompreensões e até perseguições. O discípulo sabe também que a derrota do Mestre não é definitiva, mas aponta para algo glorioso, sua ressurreição. Quaresma é tempo de renovar o compromisso com o projeto de Jesus.
ORAÇÃO
Divino Mestre, tu nos revelas o fi m trágico que te espera em Jerusalém: serás capturado, condenado e morto pelas mãos dos dirigentes do povo. Mas acrescentas que, no terceiro dia, ressuscitarás. Dá-nos, Senhor, a graça de compreender e viver intensamente os momentos fi nais de tua vida na terra. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

Jesus é claro ao questionar-nos: Que adianta ganhar o mundo inteiro? - Para que serve tanta ganância na busca dos bens deste mundo se não tiverem um fim social? - Renunciar! Tomar a cruz! Que experiência tenho de cruzes em minha vida? - Aceito minhas cruzes espelhando-me na caminhada do crucificado? - Faço com que a fé me sustente ao carregar as cruzes da vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/03/2014

Meditando o evangelho

O CAMINHO DO MESTRE

Quem se propõe a seguir Jesus, não pode escusar-se de refazer o caminho do Mestre. Este caminho tem uma dinâmica bem definida. Jesus começa recusando-se a se apegar à sua igualdade com Deus, e, por conseqüência, dispondo-se a assumir, plenamente, a condição humana. Passa pelo testemunho radical do Pai e de seu Reino, sem se importar com a opinião de quem o critica. E se consuma na morte de cruz, como desfecho natural de uma vida de total renúncia de si mesmo.
Também do seguidor de Jesus exige-se a disposição de abrir mão de seus projetos pessoais, escolhendo somente os que são compatíveis com o Reino, sem poupar-se ou estabelecer limites, quando se trata de executá-los. Põe em risco a própria salvação, quem se deixa levar pela prudência humana, e procura salvaguardar certas dimensões de sua vida, temendo colocá-las em jogo.
À imitação de Jesus, seu seguidor tem um coração desapegado, livre dos ideais mesquinhos de ganhar o mundo inteiro, ao preço da própria condenação. Esta liberdade capacita-o a trilhar o caminho de Jesus, embora tendo de enfrentar a cruz, com seu componente de rejeição e de morte.
O seguimento exige disposição e coragem para não nos determos na metade do caminho. Como seguidores do Mestre, somos desafiados a concluir, com ele e como ele, a sua mesma caminhada.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Torna-me, Espírito Santo, capaz de renunciar aos meus projetos pessoais e colocar-me, corajosamente, no seguimento de Jesus, até a cruz.
Fonte: Dom Total em 27/02/2020

Meditando o evangelho

A PERDA É SALVAÇÃO

A conclusão da caminhada terrena de Jesus escondia um sentido dificilmente compreensível pelos discípulos. O horizonte messiânico no qual se moviam e com o qual interpretavam a pessoa do Mestre impedia-os de compreender, em profundidade, o que o fato requeria. Para ser entendida, em sintonia com o pensar de Jesus, era preciso fazer uma violenta inversão de valores. O esquema tradicional era insuficiente para explicá-la.
Na lógica de Jesus, ou seja, na lógica do Reino, a perda é penhor de salvação, ao passo que a salvação, entendida à maneira do mundo, é fator de perda. Daí ser possível esperar que, da humilhação de Jesus resulte exaltação, do abandono por parte dos amigos e conhecidos provenha a solidariedade do Pai, do sofrimento redunde a mais plena alegria, e a morte seja superada pela ressurreição.
O contraste entre o projeto de Jesus e a mentalidade de seus discípulos era flagrante. Não lhes passava pela cabeça a possibilidade de existir um Messias cuja glória fosse alcançada em meio a sofrimentos e, muito menos, num contexto de morte violenta.
Só a fé na ressurreição pode nos levar a dar crédito às palavras de Jesus. Com ela, o Pai deu seu aval às palavras do Filho, assegurando-lhe sua veracidade. Jesus provou ser impossível experimentar a misericórdia do Pai sem abrir mão das ambições mundanas. Só quem é capaz de renunciar-se a si mesmo como ele, experimentará a salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. De que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo? - Lc 9,22-25
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus sofreu fisicamente e foi rejeitado. A rejeição é certamente mais dolorosa do que a dor física, e deixa mágoas. Se a sua cruz está pesada, renuncie a si mesmo e será mais fácil carregá-la. Deixe de ser o centro das preocupações, esqueça um pouco de si mesmo e coloque sua causa nas mãos do Pai. Dizia o Irmãozinho Arturo Paoli que as palavras de Jesus: “Quem quiser salvar a sua alma, deve perdê-la” é um conselho radical. “Quer livrar-se da angústia? Perca a sua alma, assim a angústia não saberá onde pousar”. Jesus sofreu, por isso compreende a nossa dor. Entre na dor de alguém que lhe é próximo, ou de alguém que está distante, e “sinta como é belo viver quando se ama, quando a vida não é mais nossa”, concluía Arturo. “Que adianta ganhar o mundo inteiro e acabar se perdendo?” A vida é cheia de contrariedades. Deixe, por um instante, de ser o personagem contrariado e viva o momento presente como ele é. “Quem perder a vida por causa de mim, a salvará”. Perder a vida pode significar ser morto por causa de Cristo e de seu Evangelho. É a sorte dos mártires. Pode também significar a libertação dos pensamentos que povoam a mente e tornam a cruz mais pesada. Comprometa-se já com a vida sem se deixar abater pelos aborrecimentos e pelas aflições.
Fonte: NPD Brasil em 27/02/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Perder é preciso...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nos dias de hoje inventaram um CRISTIANISMO sem cruz e sem calvário, criaram um atalho para se chegar à ressurreição, sem que seja preciso passar pelos tropeços e vergonhosa humilhação de se carregar a cruz. Diante de uma sociedade que apregoa e incentiva a busca desenfreada de todos os prazeres, era mesmo necessário se criar um Cristo mais "folgado" e menos exigente, para se ostentar a fachada de um Cristianismo milenar, mas adaptado as conveniências humanas.
Nosso Deus não é masoquista, Jesus, o Filho de Deus, nunca buscou o sofrimento físico ou moral, ao contrário, veio para nos dar Vida Plena, isso significa alegria, felicidade e realização humana na vocação do amor. O sofrimento veio como consequência da sua postura séria e da sua fidelidade aos Desígnios Divino.
Ser cristão é saber perder e morrer a cada dia, como é que isso pode ser aceito e compreendido em uma sociedade tão competitiva onde somos sempre impelidos a vencer e a dominar? Que morte é essa e que perdas são essas que fala esse evangelho?
A resposta vem da comunidade, melhor lugar para se exemplificar esse ensinamento. Dona Maria - Ministra dos enfermos e das exéquias, já tinha trabalhado arduamente naquela semana, dois velórios na quinta, visita a quatro enfermos na sexta, e no sábado ainda cuidou de uma vizinha enferma que estava acamada e precisava tomar banho não tendo quem o fizesse. No domingo o esposo e os filhos haviam programado um passeio a chácara da Família para um merecido descanso, pois também o esposo e os filhos atuavam na comunidade em trabalhos pastorais… Entretanto...
Justo naquele domingo o Padre convocou os agentes de pastorais para um retiro espiritual e formação, a presença era obrigatória - avisou a coordenadora. Tristeza e desânimo naquela manhã de domingo, cheia de sol e de vida, a família guardou os apetrechos de lazer, roupas de banho para a piscina, varas de pescar, pois na chácara tinha um riozinho que dava bons peixes, a carne do churrasco, e seguiram para a comunidade logo cedo, onde o almoço foi um lanche comunitário em lugar do churrasco. Foi uma perda e tanto, algo morreu dentro deles naquele domingo... O amor pela comunidade e pela Igreja falou mais alto que suas necessidades de lazer, que ficaram para uma próxima oportunidade.
Essa renúncia e desapego, esse esvaziamento de si mesmo e aniquilamento, são as marcas características do Senhor, e que torna autêntica toda e qualquer ação dessa natureza. Essa linguagem e essa conduta, o mundo jamais compreenderá! Não tiremos a cruz de nossa vida, senão não haverá ressurreição…

2. De que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo? - Lc 9,22-25
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Tome sua cruz e siga-me.” Estamos começando a Quaresma e queremos chegar à Páscoa da Ressurreição. Para seguir e continuar até o fim é preciso boa disposição e não ter muito peso para carregar. A visão da ressurreição ilumina e dá sentido ao que hoje não é tão claro. É até obscuro e cheio de porquês. Por que tem que ser assim? Por que Deus permite que isso aconteça? Por que para os outros sim e para mim não? Diminua a bagagem, e a caminhada se tornará ágil. Renuncie a si mesmo e caminhe com leveza. Perder a vida por causa de Cristo é salvar-se. É Quaresma, tempo exigente até para compreender o que se espera de nós. Sabemos, porém, pela experiência dos outros, pessoas de heroica virtude, que a oração, a esmola e o jejum aliviam o peso da vida. Somos pó agora e colocamos sobre os ombros cargas pesadas que serão reduzidas a pó. Na semana das Cinzas fica na memória que somos pó e pó nos tornaremos. A vantagem do pó é ser leve e levantar-se com o sopro do vento. Contamos com o Vento e o seu sopro, desde já e depois também. Leves e ressuscitados nos levantaremos na Páscoa da Ressurreição. Salve a sua vida agora e não a perca. Os fortes caminham dia após dia com a cruz às costas. Movidos pelo Amor, que é o mesmo Vento, amam a caminhada.

HOMILIA

A VITÓRIA DA VIDA SOBRE A MORTE

 Para Lucas, a morte de Jesus é a garantia da Sua ressurreição. Porque ele vê no anúncio a certeza deste falto. Pela confiança que ele próprio deposita nas palavras de Mestre: O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado.
Portanto, narra a morte de Jesus como vitória sobre o sofrimento e, sobretudo sobre os poderes da morte ,e a de descer aos infernos e lutar com a morte, era uma idéia bem conhecida no oriente e no ocidente. Faz parte da mitologia de muitos povos que a aplicavam aos seus heróis. Esta idéia penetrou no judaísmo tardio e dali passou para o Novo Testamento. Nesta mesma perspectiva, também Cristo tem vencido os poderes da perdição. Ele conquistou a salvação descendo ao reino dos mortos, libertando os que aí estavam presos , desde Adão até o último homem.
“A concepção é de que Cristo, na hora de sua morte, desce até ali e derrota – numa luta – o príncipe dos demônios. No Novo Testamento encontram-se vestígios desta visão mítica. Em Mt 27,51-53 se narra que no momento da morte de Jesus a terra tremeu e se abriu, muitos mortos saíram de suas sepulturas e entraram na cidade. Assim Jesus, pela sua morte liberta os mortos que lá estavam presos. Com esta visão mítica, personifica-se o poder que age sobre a morte. O diabo, a morte e as forças do mal se confundem. A morte de Jesus assim é vista como resgate e a destruição deste poder. Pela sua morte Jesus destruiu a morte (1Cor 15,24.26; 2Ts 2,8; 2Tm 1,10; Hb 2,14). “Assim, pois, já que os filhos têm em comum o sangue e a carne, também Ele participou igualmente da mesma condição, a fim de, por sua morte, reduzir à impotência daquele que detinha o poder da morte, isto é, o diabo” (Hb 2,14).
Através de sua morte, Jesus destruiu o poder da morte, deixando o ser humano livre. Mas, antes da Ressurreição existe a cruz. E Ele quer advertir os seus para que fiquem preparados para ela. Como aos apóstolos também cada um de nós está sendo convidado a segui-lo, passando por tudo o que Ele passou, a fim de que no final possamos ressuscitar com Ele para a eternidade.
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Uma vida plena em Jesus é feita de renúncias diárias

Quando nós sabemos renunciar à nossa vontade e abraçamos a nossa cruz de cada dia, a nossa vida passa a ter um outro sentido!

Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9,23)

Seguir Jesus significa ir atrás dos Seus passos, fazer aquilo que Ele fez. Seguir Jesus não é simplesmente imitá-Lo, copiá-Lo, mas é ir na mesma direção, no caminho da vida, no sentido da vida. E por isso que o Senhor não só ensina o caminho, mas Ele mesmo faz e é o caminho, Ele mesmo desce ao nosso meio e se faz um de nós e caminha para o céu, nos chamando para irmos atrás d’Ele.
Para irmos atrás do Senhor, antes de passarmos pela porta do céu, precisaremos passar por “Jerusalém” como o Senhor mesmo fez. Ali o Senhor viveu a vida no meio de nós, primeiro renunciando a si mesmo: renunciou a Sua condição divina, renunciou aos títulos, às honrarias humanas para viver o projeto do Reino de Deus. E tomou a Sua cruz, a cruz da rejeição, a cruz do peso dos nossos pecados, a cruz da não aceitação e se entregou inteiramente ao Pai.
Quem quiser segui-Lo precisa tomar a mesma atitude: renunciar a si mesmo. Sim, ser capaz de renunciar ao próprio “eu”, muitas vezes, aos afetos, ao desejo de agradar e viver a vida conforme o projeto de Deus para nós.
Como é difícil renunciar a nós mesmos, porque somos tão orgulhosos, egoístas, queremos ver o mundo do nosso jeito, da nossa maneira!
Quando sabemos ceder, quando, mesmo nos achando certos, somos capazes de abaixar a nossa cabeça, conseguimos viver renúncias em nossa vida. Renúncia à vontade de ter isso ou aquilo, renuncia a afetos que gostaríamos de viver com mais intensidade e não é possível os viver. Tudo isso devemos fazer como oblação, como entrega, como oferta a Deus.
Quando nós, então fazemos isso tudo, nós pegamos a nossa cruz e vamos atrás de Jesus, mas essa cruz é a mais pesada: a cruz dos nossos dramas pessoais, familiares, a cruz da doença, da enfermidade, dos pequenos sofrimentos, dos aborrecimentos que vivemos em nossa vida, em nosso corpo, em nossa mente. Vivemos tudo isso em um espírito de entrega e oblação a Deus quando nós sabemos renunciar à nossa vontade e abraçamos a nossa cruz de cada dia; dessa forma a nossa vida passa a ter um outro sentido! Não é que deixamos de viver, ao contrário, a nossa vida se torna mais plena, ela passa ter um sentido de eternidade, ela passa a caminhar na direção do céu.
Que nós possamos, em vez de imaginar que estamos perdendo a vida, tomar consciência de que seguir Jesus é perder a vida neste mundo para ganhá-la aqui e para sempre com um sentido mais pleno.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Renunciar é, acima de tudo, esvaziar a alma

“E Jesus disse: ‘se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e siga-Me'” (Lc 9,23).

O convite do mestre Jesus é para segui-Lo, mas todo seguimento exige condições; e para seguir a Jesus não é diferente. Muitos querem segui-Lo e não dão conta, outros começam a segui-Lo, porém, O abandonam, porque os caminhos do mundo parecem mais fáceis e atrativos. Porém, para seguir a Jesus, primeiro, é preciso renunciar a si mesmo.
A palavra “renúncia” parece muito pesada, mas, acima de tudo, ela é abandono, esvaziamento. Nós somos muito “cheios de nós”, “cheios de vontade própria”, “cheios de querer”; e como nós nos “enchemos muito”, nos tornamos incapazes de nos esvaziarmos.
Renunciar é, acima de tudo, esvaziar a alma, a vontade, os pensamentos, os sentimentos, para que, assim, possamos nos encher dos sentimentos de Deus e para que eles estejam em nós! Por isso, trabalhemos a renúncia em cada dia de nossa vida.
Renunciemos as pequenas coisas. Renunciemos a essa vontade que temos de aparecer, a essas discussões que travamos em casa, com a família, nas redes sociais; renunciemos a essas vaidades que nos cercam a cada dia; renunciemos a nossa petulância, o nosso orgulho, nossa soberba; renunciemos o ressentimento, o rancor, a mágoa; renunciemos a esse sentimento de vingança que alimentamos dentro de nós; renunciemos a maldade que está na alma. É necessário renunciar para poder avançar e crescer na intimidade, na espiritualidade e na nossa relação com Deus.

A palavra “renúncia” parece muito pesada, mas, acima de tudo,  ela é abandono

Então, a primeira necessidade para seguir a Jesus é a disposição de renunciar; depois, tome e abrace a sua cruz, porque não adianta só a tomar e dizer: “Ai que cruz pesada”, também é preciso abraçá-la. Abraçar a cruz como a salvação da própria vida é dar sentido à própria vida e existência. Em vez de ficar reclamando das circunstâncias da vida, da dor, da enfermidade; das situações que enfrentamos: o casamento que não está tão bem ou está, mas não do jeito que queríamos ou da família que enfrenta “essa ou aquela” situação, abrace a essa cruz. Aquilo que você reclama, rejeita, que não toma para si: você não o abraçou, não amou. Cruz é para ser amada; Cristo abraçou a cruz e a carregou com todo o Seu coração.
Nós somos convidados a vivermos a espiritualidade do Crucificado, é mais do que carregar uma cruz no peito, é abraçar a cruz da vida, da existência com todas as suas circunstâncias e transforma-la pela luz do Evangelho, pela luz de Cristo Jesus. Sem cruz ninguém segue a Jesus.
Sejamos discípulos do mestre, renunciando, a cada dia, o nosso ego e abraçando as cruzes que estão ao longo da vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 27/02/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos grandeza de alma para compartilhar com os irmãos as suas dores. Que sejamos para cada um deles uma fonte de esperança, exemplo de alegria, de fé e de gratidão pelos dons que nos dás – muito especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos grandeza d’alma para compartilhar com os irmãos as suas dores e angústias. Que sejamos para cada um deles uma fonte de esperança, exemplo de alegria, de fé e de gratidão pelos dons que nos ofereces – muito especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/02/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai que tanto amamos, nós confiamos em Ti! Dá-nos sabedoria e coragem para escolher o caminho da Vida. Ajuda-nos a fazer a opção pelo seguimento a Jesus, o Mestre de Nazaré, mesmo conscientes dos obstáculos que serão colocados à nossa frente. Faze-nos, amado Pai, testemunhas fiéis do teu Reinado de Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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