domingo, 8 de setembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 09/09/2019

ANO C


Lc 6,6-11

Comentário do Evangelho

A Lei de Deus deve proteger o dom da vida e da liberdade.

A prática do descanso sabático, com a sua respectiva interpretação, distancia, entre outras questões ligadas à prática e à interpretação da Lei, Jesus de seus adversários, mais especificamente dos escribas e dos fariseus. É e será sempre oportuno lembrar que o dom da vida (criação) e da liberdade (saída do Egito) precedeu a Lei. Este dado é fundamental, pois a Lei de Deus deve proteger o dom da vida e da liberdade. Este é o princípio através do qual Jesus interpreta e pratica a Lei. Daí a pertinência da pergunta de Jesus aos escribas e fariseus: “Eu vos pergunto: em dia de sábado, o que é permitido, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixar morrer?” (v. 9). A pergunta de Jesus desvela o equívoco na prática legalista e rigorista do descanso sabático. Ademais, a prescrição deuteronômica do descanso sabático não diz que Deus descansa: “Não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava… Recorda que foste escravo na terra do Egito, e que o Senhor te tirou de lá com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus te ordenou guardar o sábado” (Dt 5,14-15). A memória da saída do Egito devia tornar presente ao povo a misericórdia de Deus e, ao mesmo tempo, levar todo o povo a proceder assim em relação aos semelhantes.
No evangelho segundo João, na cura junto à piscina de Bezata, num dia de sábado, quando contestado por violar o sábado, Jesus diz: “Meu pai trabalha sempre, e eu também trabalho” (Jo 5,17).
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 09/09/2013

Vivendo a Palavra

Em um tempo em que os doentes eram desprezados como pecadores – o seu mal era considerado um castigo de Deus – Jesus, antes de curar aquele homem que tinha a mão seca, liberta–o do preconceito que sofria, valorizando sua presença e o chamando para o centro da sala.
Fonte: Paulinas em 09/09/2013

Vivendo a PalavrA

Em um tempo em que os doentes eram desprezados como pecadores – o seu mal era considerado um castigo de Deus – Jesus, antes de curar aquele homem que tinha a mão seca, liberta–o do preconceito que sofria, valorizando sua presença e o chamando para o centro da sala.

Reflexão

Duas perguntas podem ser feitas a partir do Evangelho de hoje: a primeira é sobre o motivo da existência da lei, e a segunda é sobre a nossa atitude em relação ao modo de agir das outras pessoas. No primeiro caso, a lei pode existir tanto para garantir direitos como para ser instrumento de opressão e de dominação. Os fariseus e os mestres da Lei fizerem da Lei de Deus não um meio para garantir o bem, mas um meio de estabelecerem relações de poder e dominação. No segundo caso, quando uma pessoa faz algo que nos surpreende, nós podemos condená-la e excluí-la porque não segue os padrões da normalidade ou podemos buscar os seus motivos, e talvez aprendamos novas formas de amar.
Fonte: CNBB em 09/09/2013

Reflexão

Volta a questão da observância do sábado. Desta vez, na sinagoga, enquanto Jesus ensina. Doutores da Lei e fariseus o observam “para terem motivo de acusá-lo”. O benefício redunda em favor de um homem com a mão paralisada. Antes de curá-lo, Jesus deixa mudos os adversários, dirigindo-lhes a pergunta: No sábado, deve-se ou não se deve fazer o bem, salvar uma vida ou destruí-la? Com certeza, o povo simples, a quem o Pai revela seus segredos (cf. Lc 10,21) sabia responder: tudo o que é bom glorifica a Deus. Mas os doutores da Lei e fariseus “se encheram de raiva”. Buscam, na verdade, motivos para eliminar Jesus. Ao curar esse enfermo, Jesus reafirma sua posição tomada anteriormente: a salvação de uma vida diminuída está acima das disposições negativas da lei do sábado.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/9-segunda-feira#.XXXl525FyUk

Meditação

É fácil deixar que cada um viva sua vida sem ficar controlando o que os outros fazem ou deixam de fazer? - Percebe em sua comunidade irmãos que ficam excluídos do convívio fraterno? - Podem fazer algo de positivo para eles? - Jesus se preocupa com a vida dos pobres, dos abandonados, dos oprimidos. O Papa Francisco insiste muito nas “periferias do mundo!” E sua comunidade como age? Dê alguns testemunhos.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 09/09/2013

Meditando o evangelho

FAZER O BEM É SEMPRE PERMITIDO

A mão direita simbolizava, nas culturas antigas, o poder de fazer o bem; a mão esquerda, pelo contrário, o poder de fazer o mal. Ter a mão direita seca era uma experiência terrível. Significava que o indivíduo estava impossibilitado de realizar o bem. Só podendo agir com a mão esquerda, as obras de suas mãos não eram bem vistas.
Por isso, quando Jesus se defrontou, na sinagoga, com um homem cuja mão direita estava seca, antecipou-se e se propôs a curá-lo antes que lhe fosse feito o pedido. Assim como conhecia o pensamento de seus adversários, Jesus conhecia também o drama pessoal daquele homem. Sem dúvida, sua limitação física era humilhante e o identificava como portador de maus augúrios. É bem possível que as pessoas o evitassem.
Embora fosse sábado, Jesus sentiu-se na obrigação de curar aquele homem. E o fez, contrariando os mestres da Lei e os fariseus, para os quais o repouso sabático era uma exigência absoluta. Jesus não pensava assim. Quando se tratava de fazer o bem, não se importava com nada, nem mesmo com o fato de violar a lei do sábado. O amor era a exigência absoluta de sua vida, não as tradições religiosas. Este princípio de vida norteava sua ação, mesmo sabendo que se tornaria objeto do ódio de seus adversários.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE  e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, não permitas que eu deixe de fazer o bem, por estar apegado a costumes e a preconceitos que não correspondem à tua vontade.

Liturgia comentada

Meu rochedo... (Sl 62 [61])
Entre as imagens bíblicas mais expressivas, surge a figura do rochedo: a rocha sólida na qual se encontra apoio definitivo. Em hebraico, o verbo “aman” [de que deriva “emunah”, a fé] encerra a ideia de fixar raízes, consolidar-se na rocha. Não admira que daí provenha o AMÉM que a comunidade brada para expressar sua confirmação: sim, é sólido, merece confiança!
Assim é nosso Deus: um rochedo que nos oferece sua solidez, de modo que as tempestades deste século não nos arrastem para a ruína. No Apocalipse, lemos: “Assim fala o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Príncipe da criação de Deus”. (Ap 3,14) Uma nota da Bíblia Tradução Ecumênica – TOB ensina: “Palavra hebraica, cuja raiz significa a solidez, a certeza, utilizada nas liturgias judaica e, depois, cristã como expressão da resposta de fé à Palavra de Deus. Em todos estes sentidos, Cristo é o Amém”. Escrevendo aos coríntios, Paulo o confirma: “E todas as promessas de Deus encontraram seu SIM na pessoa dele [Cristo]. É também por ele que nós dizemos AMÉM”. (2Cor 1,20)
É pena que tenha sido adotada a tradução “assim seja”, que soa aos nossos ouvidos como uma espécie de aceitação, conformada e conformista, em lugar de um brado de aclamação geral que nos compromete com a própria vida. Para Rey-Mermet, “a palavra evoca a imagem de um edifício de alicerces inabaláveis; melhor ainda, a da rocha sobre a qual está construído”. E diz mais: “Deus é esse Amém (Is 65,16). Ele não engana, não decepciona. Deus de Verdade, de Fidelidade; Deus de Palavra”.
O Deuteronômio traz um cântico ao Rochedo de Israel: “Reconhecei a grandeza de nosso Deus. Ele, o Rochedo, sua ação é perfeita, todos os seus caminhos são justos; ele é o Deus fiel, não há nele injustiça”. (Dt 32,3-4)
Como se isto não bastasse, é do Rochedo que mana a água da vida: “Eis que estarei ali diante de ti, sobre o rochedo do Monte Horeb: ferirás o rochedo e a água jorrará dele; assim o povo poderá beber”. (Ex 17,6) Os Padres da Igreja primitiva identificaram esse rochedo-fonte com a pessoa do Crucificado: “Naqueles dias, jorrará uma fonte para a casa de Deus e para os habitantes de Jerusalém, que apagará seus pecados e suas impurezas”. (Zc 13,1)
Naturalmente, o primeiro Israel jamais teria imaginado que do Rochedo jorraria sangue, ao golpe da lança do centurião romano. O sangue de Cristo que nos resgatou e nos confirmou na salvação de Deus. O mesmo sangue que se atualiza em cada Eucaristia, nosso alimento de eternidade.
Orai sem cessar: “Não há rocha firme como nosso Deus!” (1Sm 2,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança
Fonte: NS Rainha em 09/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Descubra que a sua vida tem sentido

Levemos a vida onde ela está sendo ameaçada, levemos o sentido da vida para aqueles que perderam o sabor, a alegria de viver.

Jesus disse: “O que é permitido fazer no sábado: o bem ou mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” (cf. Lc 6,9).

Os judeus estavam incomodados, sobretudo os mestres da lei e os fariseus, porque era dia de sábado e um homem de mão seca se aproximou do Senhor para ser curado.
Jesus pediu para que ele ficasse de pé. Eles se opuseram à ação do Senhor, pois não queriam, de modo nenhum, que Ele fizesse isso, porque o sábado para os judeus é um dia sagrado, quando não se trabalha, não se faz milagres, não se faz nada em favor do outro. É um dia totalmente voltado para Deus, e nenhuma atividade é permitida nesse dia.
Jesus tem misericórdia da dor, do sofrimento daquele homem que, a pedido do Senhor, estende suas mãos e é curado.
É permitido fazer o bem ou fazer o mal; salvar a vida ou deixar que ela se perca? Não existe dia, não existe momento, condição para que se faça o bem e para que se salve uma vida. Jesus veio para que todos tenham vida e para que a tenham em plenitude.
Não existe lei religiosa, humana, civil que possa ser contra a vida ou que possa nos impedir de salvá-la. Aqueles que se põem ao lado do Senhor, opõem-se a tudo o que é contrário à vida.
Na vida tem acontecido de vermos tanta gente sofrendo, desanimada, tantas situações que as levam à morte… Nós não podemos simplesmente nos silenciar, não podemos deixar de fazer a nossa parte.
Levemos a vida onde ela está sendo ameaçada, levemos o sentido da vida para aqueles que perderam o sabor, a alegria de viver. Salvemos as pessoas, operemos a graça de Deus e não conheçamos nem tempo nem lugar para sermos testemunhas de Deus para elas.
Às vezes, nossas obrigações nos prendem, mas se nosso irmão está ao nosso lado, sofrendo, precisando de nós, tenhamos a coragem de sair das situações cômodas e levemos a vida e a esperança àqueles que precisam encontrar um sentido para sua existência.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova 09/09/2013

Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a capacidade de acolher com amor fraterno todos os homens e mulheres da terra. Livra-nos de toda espécie de preconceito e nos faze lembrar que Tu habitas bem no íntimo de cada um de teus filhos, de onde esperas ser manifestado. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/09/2013

Oração FinaL
Pai Santo, dá à tua Igreja a capacidade de acolher com amor fraterno todos os homens e mulheres da terra. Livra-nos de toda espécie de preconceito e nos faze lembrar que Tu habitas bem no íntimo de cada um de teus filhos, de onde esperas ser manifestado. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/pai-santo-livra-nos-de-toda-especie-de-preconceito/

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