quarta-feira, 22 de maio de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 23/05/2019

ANO C


Jo 15,9-11

Comentário do Evangelho

A fonte do amor é o Pai

Nosso texto é sequência da parábola da vinha (15,1-8). Tal parábola dá o apoio simbólico para a segunda parte do discurso (VV. 11-17), que é, podemos dizer, uma meditação sobre o amor tipicamente cristão. O amor é o fruto esperado de quem permanece unido à videira. A parábola é um apelo à unidade do discípulo com o seu senhor: “... permanecei em mim e eu permanecerei em vós … Aquele que permanece em mim, e eu nele, dá muito fruto” (VV. 4.5b).
A fonte do amor é o Pai (cf. v. 9). O autor da Primeira carta de João diz que “Deus é amor” (1Jo 4,16). O Pai ama criando, gerando a vida, entregando o próprio Filho: “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho único” (Jo 3,16). É com esse mesmo amor que o Filho, a verdadeira videira, amado pelo Pai, nos ama: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo” (13,1). Uma das características do discípulo é que ele é aquele que “permanece” no/com seu Senhor. “Permanecer” é estar arraigado, profundamente unido, a tal ponto de poder viver o mesmo dinamismo do amor. Já o dissemos mais acima, o amor não é ideia; ele engaja a pessoa amada e a que ama num compromisso profundo: “Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (v. 10). O amor assim entendido é o caminho da verdadeira felicidade. Esta é a finalidade de todo o discurso: “Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa” (v. 11). Mas não nos esqueçamos de que esta alegria é alegria de Cristo, portanto, dom.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, completa a alegria que o Espírito Santo faz brotar em mim, pois estou disposto a permanecer unido a ti e a teu Filho, e a ser fiel aos teus mandamentos, apesar das adversidades.
Fonte: Paulinas em 02/05/2013

Vivendo a Palavra

Jesus valoriza a alegria. Ele a quer completa para os discípulos. A alegria talvez seja a manifestação mais natural do Amor que habita em nós. Uma alegria sem efusivas manifestações exteriores, mas que se possa ver na paz interior, na vontade de servir aos irmãos, no ardor da esperança e na fé no Deus que é Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/05/2013

VIVENDO A PALAVRA

Palavras fortes no texto de hoje, que são chaves para o seguimento de Jesus: ‘alegria’ e ‘permanecer no Amor’. A Igreja, ouvindo o Mestre, também valoriza a vivência do Amor, às vezes até fazendo releituras da letra rígida dos mandamentos antigos. Estes continuam válidos e bons na medida em que nos ajudam a viver com alegria e leveza a fraternidade – que é a realidade mais bonita.

Reflexão

Os mandamentos que Deus nos deu na verdade constituem-se na grande manifestação do seu amor, pois os mandamentos de Deus nos possibilitam a descoberta dos valores que podem fazer o homem verdadeiramente feliz. O cumprimento dos mandamentos tem dois significados: o primeiro é a correspondência ao amor de Deus que nos amou primeiro, e o segundo é trilhar os caminhos para a verdadeira felicidade, pois o amor faz com que permaneçamos unidos a Deus, que é a única fonte da verdadeira alegria, a alegria plena, que é a alegria da perfeita comunhão com aquele que nos ama com amor eterno.
Fonte: CNBB em 02/05/2013

Reflexão

Se há um tema sobre o qual Jesus não se cansa de insistir é o amor: “Permaneçam no meu amor”. O amor de Jesus é concreto, real, feito de obediência à vontade do Pai. Jesus é infinitamente amado pelo Pai e, por sua vez, ama intensamente seus discípulos, a ponto de entregar-lhes a própria vida. Esse é o modelo de amor: dar a vida pela pessoa amada. Mas o amor de Jesus pede nossa resposta. De que maneira podemos expressar o nosso amor a Jesus? Nossa maneira de amar será pôr em prática os seus mandamentos. Esse é o amor que Jesus pede a seus seguidores. Um amor incondicional, que nada espera como recompensa. À medida que atingirmos esse nível de amor, poderemos experimentar a alegria completa que só Jesus pode dar.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

FIRMES NO AMOR

O amor que Jesus nutriu por seus discípulos é reflexo do amor que ele mesmo recebeu do Pai. Amor eterno, permanente, total, exclusivo. Amor sem imposição ou pré-requisitos. Amor absolutamente gratuito. Foi assim que Jesus amou os seus, tal como aprendera na escola do Pai.
A exortação que Jesus dirigiu aos seus - "Permaneçam no meu amor!" - tem duas vertentes. A primeira refere-se ao relacionamento Jesus-discípulo, a segunda, ao dos discípulos entre si.
O discípulo ama Jesus com o mesmo amor com que é amado por ele. Aqui não há  lugar para relacionamentos interesseiros, como os de muitos cristãos que fazem consistir sua fé na busca contínua de favores divinos. Nem há lugar para atitudes de temor, como acontece com quem se julga estar sempre a ponto de ser punido por Deus. O puro amor a Jesus vai além dessas deturpações.
No relacionamento com os seus semelhantes, o discípulo oferece amor idêntico ao que recebe de Jesus. Não exige nada em troca. Não procura enquadrar o outro em seus esquemas preconcebidos. Não estabelece limites. Pelo contrário, acolhe o outro como ele é, oferecendo-lhe o melhor de si, possibilitando-lhe o crescimento, a fim de que possa realizar-se plenamente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de amor fiel, ajuda-me a permanecer na fidelidade ao amor de Jesus, dando o melhor de mim aos meus irmãos e às minhas irmãs.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Amor do Pai pelo Filho...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Estamos habituados a pensar no amor como um sentimento que nos obriga a retribuir de alguma maneira  a quem nos ama, e que tem suas razões de ser. Olhamos para Jesus, o Filho de Deus e poderíamos nos perguntar, que razões Jesus dá, para que o Pai o ame...
Mil razões... Jesus merece ser amado pelo Pai, é Filho Fiel, obediente, que prioriza a Vontade do Pai, que se move a partir do Pai, que se aniquila, se rebaixa e se deixa esmagar, para cumprir toda a Vontade Daquele que o enviou... Um Filho assim, que dá todas as razões para ser amado, todo mundo queria ter um... Sendo bom, fiel e justo, santo e perfeito, Jesus pode contar com o Amor do Pai, que é sempre intenso e grandioso. Enfim, podemos concluir com nossa lógica humana, que o Pai o ama porque Ele de fato é bom, o Amor de Deus pelo Filho Jesus é real, concreto, verdadeiro, sem dúvida alguma...
Neste evangelho ao falar com seus discípulos sobre esse amor, Jesus afirma algo que desnorteia a todos: Assim como o Pai me ama, eu também vos amo! Assim, desse mesmo modo, do mesmo jeito, com a mesma intensidade. Que motivos ou razões, damos todos os dias para que Deus manifeste todo esse amor por cada um de nós? Certamente nenhum...
Mas há duas palavras chaves, duas recomendações de Jesus neste evangelho, a seus discípulos de ontem e de hoje. Perseverar e ser constante no amor de Cristo. Só há um modo de ser constante e perseverante nesse amor: é guardar os mandamentos que Jesus nos deu... Se antes, a perseverança e a constância para com Deus, dizia respeito á observância da Lei, agora o amor é a Lei...
Não somos amados porque somos bons, ou porque, de algum modo damos motivos para que Deus nos ame. Não há razão para que Deus nos ame desse jeito tão apaixonado... E o amor ao próximo, com essa mesma intensidade é a maneira que o discípulo tem, de corresponder a este amor Divino. Exatamente por isso que João, falando sobre a autenticidade do nosso amor a Deus, irá dizer “Quem diz que ama a Deus que não vê, mas não ama ao próximo que está do seu lado, é mentiroso e a Verdade não está nele”

2. Que a minha alegria esteja em vós
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Como o Pai ama a Jesus, assim também Jesus nos ama e insiste que permaneçamos no seu amor. Mostramos que estamos nele e que o amamos cumprindo os seus mandamentos, que se resumem no amor a Deus e no amor aos irmãos. O amor aos irmãos é a pedra de toque do amor a Deus. Mostramos que amamos a Deus no amor que temos para com nossos irmãos e irmãs. Tudo isso é causa de grande alegria, não alegria passageira e superficial, mas a alegria de Jesus. Ele deseja que a sua alegria esteja em nós para que a nossa alegria seja completa. Ele nos deu a sua paz e nos dá a sua alegria. Anunciando sua partida, Jesus disse que os discípulos iam ficar tristes, mas que ele ia vê-los de novo. Então “o coração de vocês vai se alegrar e ninguém tirará de vocês a alegria”. No Livro de Neemias, Esdras disse ao povo: “A alegria do Senhor é a vossa fortaleza”. Não se trata, portanto, da alegria momentânea que sentimos alternada com momentos de tristeza. É a alegria fruto de uma presença permanente de toda a Trindade Santíssima em nossa vida. Santa Elisabete da Trindade, monja carmelita, tinha profunda consciência da presença da Trindade em sua vida, o que a fazia dizer: “Acreditar que um Ser, que se chama Amor, habite em nós a qualquer momento do dia e da noite e que nos pede que vivamos em comunhão com ele, eis o que transformou a minha vida num céu antecipado”. Pedimos na liturgia que o nosso coração esteja onde estão as verdadeiras alegrias.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
maio 2nd, 2013

“Como meu pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor” (Jo 15,9). Que coisa maravilhosa, que coisa linda é Jesus nos convidando para permanecer no Seu amor! Mas como permanecer no amor d’Ele?
O versículo 10 já responde: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor”. Então, não adianta dizer que nós amamos Deus, enchermos a boca para dizer: “Senhor, como eu O amo, minha vida Lhe pertence”. A maneira concreta, prática de amarmos o Senhor é guardando os Seus mandamentos, aqueles que conhecemos, ainda criancinhas, na catequese, desde amar a Deus sobre todas as coisas, até não mentir, não roubar e guardar a castidade.
Os mandamentos são a nossa regra de vida, nossa maneira de nos relacionarmos com Deus diante de uma sociedade hipócrita, injusta. Não existe melhor maneira de sermos cristãos do que colocarmos em prática os mandamentos do Senhor, a começar pelo primeiro: “Colocar Deus em primeiro lugar”. Ele tem de ser o primeiro nas nossas atitudes, nos nossos pensamentos e gestos.
Aquele que ama o Senhor precisa também amar seu próximo de forma muito concreta.
Deus permita, no dia de hoje, que conheçamos a graça do Seu amor por nós, percebendo o tanto que Ele nos ama. Hoje, esforcemo-nos para amá-Lo sobre todas as coisas e, amando-O, saibamos concretizar o Seu amor em nossos irmãos.
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 02/05/2013

Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a verdadeira alegria, aquela que vem da certeza de que somos muito amados por Ti. E nos dá, também, força para proclamarmos ao mundo esse grande Amor, com o testemunho da nossa Esperança. Por Jesus, Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/05/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, abranda o nosso coração para que acolhamos com alegria o grande Amor que manifestaste por nós, enviando-nos o teu Filho Unigênito. Que, enriquecidos pela Presença de Jesus, nós partilhemos esse Amor com os companheiros de caminhada por este mundo maravilhoso que nos emprestas para que cuidemos dele e o partilhemos com os irmãos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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