quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/12/2016

Ano A


Jo 5,33-36

Comentário do Evangelho

É em relação a Cristo que o jejum deve ou não ser praticado.

A questão sobre o jejum constitui um dos pontos de controvérsia entre Jesus, de um lado, e os escribas e fariseus, de outro. São eles que põem a questão a Jesus (v. 30), já surpresos pelo fato de Jesus comer e beber com os publicanos e pecadores (vv. 29-32). Dos fariseus é sabido que jejuavam duas vezes por semana (Lc 18,12). Mas do grupo de seguidores de João Batista não temos nenhuma informação no que diz respeito à prática do jejum. O certo é que a pergunta dos escribas e fariseus mostra que eles pretendiam estender a todos a sua prática ascética, através da qual, talvez, quisessem mostrar a sua justiça. Jesus não desqualifica essa prática, atestada já no Antigo Testamento (2Sm 12,21; 1Rs 21,27), mas alerta para o risco de hipocrisia (cf. Mt 6,16-18). No entanto, no tempo do Messias impõe-se repensar a prática e a sua referência. No tempo messiânico o jejum adquire um sentido cristológico: é em relação a Cristo que o jejum deve ou não ser praticado. O jejum deve ser praticado quando da morte de Jesus, o esposo do povo de Deus (v. 35). As duas parábolas que concluem a controvérsia apontam para a incompatibilidade entre o novo trazido por Jesus e a rigidez e fechamento de visão, representadas, sobretudo, pelos fariseus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, abre meu coração para acolher a novidade trazida por Jesus, sem querer deturpá-la com meus esquemas mesquinhos e contaminá-la com o egoísmo e o pecado.
Fonte: Paulinas em 05/09/2014

Vivendo a Palavra

Não se trata de colocar remendo novo em roupa velha: o Reino anunciado por Jesus é vida nova, gerada pelo Espírito, não um esmalte novo a ser pintado sobre a mesma paisagem antiga e desgastada. A letra da Lei chegou à sua plenitude: reina o Amor vivido e ensinado pelo Verbo de Deus encarnado.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/09/2014

Vivendo a Palavra

Jesus aponta o caminho para nós, a sua Igreja: “As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou.” É o Amor eficaz – aquele que realiza e não apenas promete. Que o nosso carinho e o nosso cuidado com os irmãos sejam a expressão do Amor do Pai a toda Criação, mostrado pelo Filho Unigênito.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

A maioria das novidades que nós encontramos no dia a dia não passa, na verdade, de mudanças superficiais em coisas que já existiam antes ou de uma continuidade de um processo evolutivo, de modo que muito pouco vemos de realmente novo. Por isso, temos muita dificuldade em ver a novidade do Evangelho, não percebemos que na verdade ele nos apresenta valores que não existiam antes e uma forma totalmente nova de nos relacionarmos com Deus e com as outras pessoas. Se não estivermos bem atentos e totalmente abertos para a novidade do Evangelho, corremos o risco de querer fazer com que ele seja remendo novo em pano velho, ou vinho novo em odres velhos, uma continuidade dos valores do homem velho, algo que não se insere na realidade nem a transforma.
Fonte: CNBB em 05/09/2014

Reflexão

João não é o Messias, ele veio para dar testemunho do Messias, ele é a lâmpada que vem para anunciar a verdadeira luz que vem a esse mundo. E João foi fiel à sua missão, ele deu testemunho da verdade, mostrando a presença do Filho de Deus no meio dos homens. Porém, nem todos estavam atentos à mensagem de João e abriram seus corações para a mensagem de Jesus. Por isso é que Jesus realiza as suas obras: para que, por meio delas, aqueles que não o reconheceram pelo testemunho de João pudessem reconhecê-lo. É por isso que as obras de Jesus são um grande sinal de que ele é o Messias, o Filho de Deus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php

Recadinho

Entendeu a parábola de Jesus? - Você procura ser sempre odre novo para o vinho da Graça de Deus? - Você procura sempre fazer de sua vida uma festa devido à presença constante de Deus? - Você se questiona sempre sobre “a roupa nova” do amor ao próximo? - Em nossa sociedade há muitas coisas que são “remendo novo em roupa velha?”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 05/09/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A seriedade de um testemunho...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Hoje em dia em alguns movimentos é muito comum um recém-convertido dar testemunho para a assembléia sobre aquilo que Deus realizou em sua vida. Se isso é algo muito bonito, e que ajuda na conversão de outros irmãos e irmãs, há também o perigo da pessoa que vê e ouve o testemunho, não saiba interpretá-lo corretamente e fique parado na pessoa, na sua atitude, no seu jeito de ser, alguém renovado e convertido. Eis aqui um perigo...
Na minha experiência pastoral, quantos casais e pessoas eu já vi darem na assembléia, por ocasião de um retiro ou de uma celebração, belíssimos testemunhos de vida, mas depois, um belo dia tiveram uma recaída e o tombo foi mais feio que da primeira vez, casais exemplares que se separam, membros fiéis que abandonam a comunidade e vão para outra igreja cristã, por conta disso, aqueles irmãos ou irmãs novos na caminhada da fé, e que tinham essas pessoas ou casais como referência, na maioria das vezes acabam caindo junto e lá se vai um belo testemunho e uma bonita conversão por água abaixo...
Assim ocorreu com muitos Judeus no tempo de Jesus que sempre estavam, em confronto com ele, no evangelho joanino, tinham suas tradições religiosas e seus "Monstros Sagrados" entre eles Moisés, veneravam os grandes profetas entre eles o mais importante que foi João Batista, o único que chegou a apontar para o anunciado em sua profecia. Entretanto, não conseguiram enxergar além, que os santos homens do antigo testamento, todos eles prefiguravam Jesus que haveria de vir, que o próprio João Batista apontou o Messias aos seus discípulos e a todo povo que o rodeava ás margens do rio Jordão.
Jesus Cristo é o centro da Aliança e podemos dizer de toda Sagrada Escritura, se o Novo Testamento é Cristocêntrico, o Antigo é preparação para o novo. Jesus não trouxe a Luz, Ele é a Luz, Jesus não apontou um caminho, Ele é o caminho, Jesus não apresentou uma Verdade, Ele é a Verdade!
As suas obras e o seu agir, ontem e hoje em nossas comunidades, dão testemunho dele próprio e do Pai que o enviou. Jesus é o centro da nossa missão, do anúncio e do evangelho, nada nem ninguém, até mesmo uma instituição, poderá ocupar esse lugar no Cristianismo.
As pessoas têm que se encantar, não conosco, mas com o Jesus que nós anunciamos, elas têm que aderir ao evangelho e os seus valores riquíssimos, e não á nossa pessoa ou o nosso jeito de ser, pois, sujeitos á concupiscência da carne, pode ser que um dia as decepcionemos, e se nós as direcionamos á Cristo elas não se abalarão, porque sua graça, dom e santidade superam e muito o nosso frágil cristianismo...

2. As obras que eu faço dão testemunho de mim
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O quarto evangelho mostra a importância relativa de São João Batista. Destaca-o de forma extraordinária, colocando-o duas vezes no solene prólogo do evangelho, mas mostra o tempo todo que, apesar da grandeza de João, ele de fato não é o Cristo. Isto era preciso ser dito com clareza porque seus discípulos se perguntavam se não seria ele o Cristo. Ele veio como precursor e afirmava que depois dele deveria vir um outro mais forte do que ele. É aquele que esperamos neste Advento, anunciado por João e que não é João Batista. Os que vão crer em Jesus, o Messias verdadeiro, vão crer por meio da pregação de João que dará início a uma corrente de seguidores de Jesus. João tinha consciência de que era preciso que Jesus crescesse e ele mesmo diminuísse. João deu testemunho de Jesus, embora Jesus não precisasse de nenhum testemunho humano, porque quem testemunha em seu favor é o próprio Pai pelas obras que lhe concede realizar. Os discípulos de João olhavam para ele e nele se fixavam. O desejo de João é que olhassem para onde ele mesmo olhava, isto é, para o Cordeiro de Deus, que ele mostrou aos seus discípulos e que os discípulos seguiram. Aí começou a corrente dos que iam crer, quando André e Filipe foram atrás de Jesus. João veio dar testemunho da luz para que todos cressem por meio dele.

3. AS OBRAS DO PAI
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).

A aceitação de Jesus como Messias não dependia tanto do que ele falava de si mesmo, quanto de seus gestos poderosos. Ele foi sempre muito parco e discreto em se referir à sua pessoa. Afinal, é muito fácil alguém se superestimar ou afirmar de si mesmo coisas infundadas. E não é difícil amealhar pessoas incautas e manipuláveis predispostas a transformar em verdade o que é pura imaginação, quando não, exploração da boa-fé alheia.
Jesus sempre apelava para o testemunho de suas obras para respaldar sua condição de Messias. Tudo quanto fazia era apresentado como resultado de sua obediência ao Pai. Não atuava por iniciativa própria, nem realizava milagres a seu bel-prazer. Todo o seu ministério consistiu em realizar o projeto de Deus, de modo a manifestar o imenso amor do Pai pela humanidade. Aqui, também, Jesus revelava-se humilde. Jamais buscou atrair para si glória e reconhecimento, devido a seus gestos poderosos. Antes, atribuía-os todos ao Pai.
Assim, o reconhecimento do messianismo de Jesus tinha como pressupostos: acreditar que o Pai, por seu imenso amor pela humanidade, confiou a seu Filho Jesus a tarefa de manifestá-lo por meio de gestos de bondade e misericórdia, como era o caso dos milagres; e crer que Jesus submeteu-se à vontade paterna. Seu messianismo partia do Pai e a ele remetia. Este era o contexto de suas obras.
Oração
Pai, reconheço Jesus como manifestação de tua imensa misericórdia pela humanidade. Dá-me tua luz para que eu o acolha como Messias salvador.

http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d6

Meditando o evangelho

AS OBRAS DO PAI

A aceitação de Jesus como Messias não dependia tanto do que ele falava de si mesmo, quanto de seus gestos poderosos. Ele foi sempre muito parco e discreto em se referir à sua pessoa. Afinal, é muito fácil alguém se superestimar ou afirmar de si mesmo coisas infundadas. E não é difícil amealhar pessoas incautas e manipuláveis predispostas a transformar em verdade o que é pura imaginação, quando não, exploração da boa-fé alheia.
Jesus sempre apelava para o testemunho de suas obras para respaldar sua condição de Messias. Tudo quanto fazia era apresentado como resultado de sua obediência ao Pai. Não atuava por iniciativa própria, nem realizava milagres a seu bel-prazer. Todo o seu ministério consistiu em realizar o projeto de Deus, de modo a manifestar o imenso amor do Pai pela humanidade. Aqui, também, Jesus revelava-se humilde. Jamais buscou atrair para si glória e reconhecimento, devido a seus gestos poderosos. Antes, atribuía-os todos ao Pai.
Assim, o reconhecimento do messianismo de Jesus tinha como pressupostos: acreditar que o Pai, por seu imenso amor pela humanidade, confiou a seu Filho Jesus a tarefa de manifestá-lo por meio de gestos de bondade e misericórdia, como era o caso dos milagres; e crer que Jesus submeteu-se à vontade paterna. Seu messianismo partia do Pai e a ele remetia. Este era o contexto de suas obras.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, reconheço Jesus como manifestação de tua imensa misericórdia pela humanidade. Dá-me tua luz para que eu o acolha como Messias salvador.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-12-16

Oração Final
Pai Santo, que o nosso testemunho de vida – discreto e sóbrio, mas firme e alegre – ajude nossos companheiros desta viagem de volta ao Lar Paterno a caminhar confiantes, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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