domingo, 20 de novembro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 20/11/2016

Ano C


Lc 23,35-43

Comentário do Evangelho

“Meu reino não é deste mundo”.

A solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, é a festa de encerramento do ano litúrgico.
Há nos evangelhos um único texto em que Jesus assume o título de rei: “O sumo sacerdote o interrogou de novo: ‘És tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?’ Jesus respondeu: ‘Eu sou’” (Mc 14,61-62). De resto, Jesus rejeita para si o título de rei que pudesse identificá-lo com a esperança de restaurar a monarquia davídica e a libertação do país da dominação estrangeira. Jesus rejeita todos os títulos que poderiam fazer pensar no desejo de poder (Mc 1,25.34.44; 3,12; 5,43; 7,36; 8,26.30). O poder observado no mundo não é o vivido por Jesus e proposto aos seus discípulos: “Para vós, não será assim” (ver: Lc 22,24-27). Jesus se distancia de toda forma de poder e distingue a concepção de poder da comunidade dos discípulos com a comum dos “grandes deste mundo”. O que deve ser buscado por toda a Igreja é a prioridade do serviço: “O maior é aquele que serve” (Lc 22,27). Perguntado por Pilatos: “Tu és o rei dos judeus?” (Jo 18,33), Jesus responde: “Meu reino não é deste mundo” (Jo 18,36). A única realeza que Jesus aceita é a da cruz. Os evangelhos recordarão, então, a inscrição sobre a cruz: “Jesus de Nazaré, rei dos judeus” (Mt 27,37; Mc 15,26; Lc 23,38; Jo 19,19-22). A partir da cruz, sobre o título de rei, não paira nenhuma ambiguidade, pois a realeza de Jesus é o serviço até a entrega radical da própria vida, como ato de amor supremo. Jesus, Rei do universo, inaugura um modo de vida que não admite o gosto do poder, tal qual “as nações” o compreendem.
As três interpelações dos que zombavam de Jesus (vv. 35.37.39) lembram as interpelações do relato das tentações (cf. Lc 4,1-13). Isto pode nos fazer compreender que a cruz do Senhor é o lugar da tentação suprema que ele vence: “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito” (23,46). No relato das tentações como na paixão, a tentação é a mesma: usar o poder em benefício próprio, usar da condição de Filho de Deus e de Messias para si mesmo. O silêncio do Senhor sobre a cruz ante as interpelações e zombarias é expressão de sua rejeição de todo poder mundano que o desviasse de realizar a vontade do Pai. A cruz é o lugar em que se exerce a realeza tipicamente jesuânica: o poder de salvar, de dar a vida. À súplica do malfeitor: “... lembra-te de mim, quando começares a reinar” (v. 42), Jesus responde: “... hoje estarás comigo no Paraíso” (v. 43; cf. Lc 4,21).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de fidelidade ao Pai, faze o Reino acontecer na minha vida, como aconteceu com Jesus, levando-me a viver na absoluta submissão ao querer do Pai.
Fonte: Paulinas em 24/11/2013

Vivendo a Palavra

Tenhamos bem claro que o título real que dedicamos ao Cristo nada tem a ver com os impérios deste mundo, mas ao Reino do Céu – que é dos pobres, mansos, puros, dos que sofrem por amor à justiça, dos que choram e são perseguidos. E busquemos nossa cidadania neste Reinado de Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/11/2013

Vivendo a Palavra

Proclamamos a realeza de Jesus de Nazaré, tão diferente dos critérios adotados pelo mundo dos homens... Nosso Rei venceu a batalha da vida pregado em uma cruz, nu, sedento, abandonado pelos amigos, mas com a certeza da Vitória, da missão cumprida: «Eu lhe garanto: hoje mesmo você estará comigo no Paraíso.»
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Recadinho

Em que consiste ter Jesus como Rei? - Você consegue perdoar as ofensas? - Como você se comporta diante das cruzes da vida? - Você serve a este seu Rei? Como? - De nada serve receber graças especiais de Deus, se nos falta boa vontade e generosidade para corresponder a essas graças e aceitar Jesus como nosso Rei! Eu o aceito de fato?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 24/11/2013

Meditando o evangelho

ESTE É O REI DOS JUDEUS!

A crucifixão de Jesus constituiu-se em um trauma para os discípulos. Eles esperavam que seu Mestre fosse um Messias-rei glorioso, cheio de poder, capaz de pôr fim à opressão romana. Por isso, diante do Crucificado, viram esvair-se todas as suas esperanças.
Contudo, a inscrição afixada no alto da cruz - "Este é o rei dos judeus" - era verdadeira. Efetivamente, Jesus era "rei dos judeus", mas seu reino era bem diferente daquele que os discípulos e os adversários esperavam.
Uns e outros não conseguiam perceber a dinâmica de salvação em que estava envolvida a morte de cruz. Ali, Jesus estava salvando toda a humanidade, por ser o Cristo de Deus, o eleito. A crucifixão resultava de sua fidelidade total ao Pai, Senhor de sua existência. Isto significava que a vontade divina sempre fora o imperativo na vida do Filho de Deus. O Reino do Pai tornara-se o Reino de Jesus. Reino articulado no querer divino, e não na força das armas, da violência, das conquistas, da opressão. Por conseguinte, os judeus e todos os que quisessem salvar-se, deveriam aderir a este Reino, cujo Rei é Jesus.
Os dois ladrões, também crucificados com o Mestre, revelaram duas atitudes contrastantes diante desse Rei: um o rejeitou como fraco e impotente; o outro o acolheu e o reconheceu como sendo vítima da injustiça. A este Jesus acolheu em seu Reino!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de fidelidade ao Pai, faze o Reino acontecer na minha vida, como aconteceu com Jesus, levando-me a viver na absoluta submissão ao querer do Pai.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-11-20

REFLEXÕES DE HOJE


20 DE NOVEMBRO-DOMINGO
https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

HOMÍLIA DIÁRIA

Cristo é o único rei de nossas vidas!

Expulsemos o príncipe deste mundo, aquilo que ele tem feito na vida de cada um de nós, e proclamemos que só temos um rei: Jesus
“Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado” (Lucas 23, 42).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova


http://homilia.cancaonova.com/homilia/cristo-e-o-unico-rei-de-nossas-vidas/

Liturgia comentada


Tu és rei? (Lc 23,35-43)

Preso, flagelado, cuspido, exangue, coroado de espinhos – você diria que Jesus de Nazaré é rei?
Sem manto de seda, sem a coroa de ouro, sem o cetro de marfim – você diria que ele é rei?
Claro que não! A realeza do Filho de Deus nascido de mulher em nada transparecia sob as aparências de uma humanidade rebaixada.
Mesmo Pilatos, o governador romano, alertado pelos sonhos de sua mulher (cf. Mt 27,19), intrigado diante daquele réu impassível e silencioso (cf. Jo 19,9), não foi capaz de identificá-lo como rei.
Houve apenas uma exceção: o centurião romano, ao pé da cruz. Quando ele vê Jesus pregado à cruz, em sua magnífica serenidade, sem os urros e as blasfêmias comuns em outros condenados ao mesmo suplício, o centurião expressa o ato de fé impensável: “Verdadeiramente, este era o Filho de Deus”. (Mt 27,54)
André Louf pergunta: “Quem poderia realmente compreender a realeza de Jesus? Bem ao lado dele, suspenso como ele em uma cruz semelhante, encontra-se alguém que já está maduro para adivinhar em que sentido Jesus é rei, e em que momento essa realeza se desdobrará claramente diante de todo o universo. Voltando-se para Jesus, como para enxugar a infâmia dos insultos e das zombarias, ele sussurra: ‘Jesus, lembra-te de mim quando vieres como rei’”.
“Quando vieres…” E ele virá? Virá mesmo? Você crê nesta “Vinda” do Filho do Homem, do Filho de Deus, com poder e majestade? Se não crê, você se alia a Pilatos, a Herodes, aos sacerdotes do Templo, aos escribas e fariseus. Se você crê, você subscreve o gemido do ladrão crucificado ao lado, esse notável ladrão que, após uma vida crimes, aproveita o instante derradeiro para roubar o Paraíso…
Na primeira Vinda, Jesus veio como profeta e mestre, como servo sofredor. Na segunda Vinda, Jesus virá como Juiz para julgar, separando ovelhas e cabritos, e como Rei, para estabelecer em definitivo o Reino de Deus.
Engana-se, porém, quem avalia que este Reino é coisa de um futuro remoto, promessa distante para outras eras. Como disse o próprio Jesus, o Reino “está entre nós”. Jesus reinou já na cruz, esse trono disfarçado, quando disse ao ladrão: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. O Reino já é atual para quem invoca a divina misericórdia..
Orai sem cessar: “O Senhor reina, exulte a terra! ” (Sl 97,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-20112016/

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos pelo ano litúrgico que hoje termina, onde nós pudemos acompanhar os Mistérios da nossa Fé, seguindo os passos de Jesus de Nazaré pelo mundo dos homens. Ele nos ensinou que o Reino de Amor não virá com sinais exteriores, pois ele está dentro de nós. Pelo mesmo Cristo Jesus teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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