segunda-feira, 13 de julho de 2015

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 13/07/2015 a 16/07/2015

ANO B



13 de Julho de 2015

Mt 10,34 –11,1

Comentário do Evangelho

Para seguir Jesus é preciso liberdade

Trata-se do último trecho das instruções que Jesus dá aos Doze ao enviá-los em missão. A primeira frase do nosso texto causa surpresa e, à primeira vista, pode parecer que Jesus estimule a guerra e a divisão, e ele mesmo seja promotor da discórdia. Mas o sentido é totalmente outro. Diz respeito à decisão que cada pessoa deve tomar ante a mensagem de Jesus: pró ou contra, de acolhida ou rejeição. É essa opção livre que divide os que aceitam e os que rejeitam a mensagem do evangelho de Jesus Cristo. Em meio ao conflito, é a paz que os discípulos devem comunicar através do anúncio do evangelho e das obras que autenticam a mensagem. Para seguir Jesus é preciso liberdade. Ao que se dispõe a seguir o Senhor é preciso ter presente que a vida do discípulo deve ser marcada pelo despojamento e pela renúncia de qualquer interesse particular. A identificação do discípulo com o Mestre deve ser tal (cf. Mt 10,24-25) que, acolhendo o discípulo e a mensagem da qual ele é portador, se acolhe o próprio Senhor.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

O seguimento de Jesus tem uma série de implicações e não permite meio termo, pois exige radicalidade. Ou seguimos Jesus ou não seguimos, não existe seguimento até certo ponto ou de acordo com as minhas condições, o seguimento é incondicional. Para que isso seja possível, Jesus deve ser o valor absoluto de nossas vidas, devemos ser seduzidos por ele de modo que tudo façamos para estar com ele e realizar a sua vontade, a fim de que tenhamos coragem de, com ele, assumir a nossa cruz do dia a dia e segui-lo até onde for necessário. Somente quem tem um verdadeiro amor por Jesus e pelo Reino de Deus é capaz de viver de tal maneira.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

NÃO A PAZ, MAS A ESPADA!

A afirmação de Jesus a respeito de sua missão soa estranha. Qual terá sido a sua intenção ao declarar: "Não vim trazer a paz, e sim a espada"? Como combinar esta declaração com a bem-aventurança relativa aos construtores da paz?
As palavras de Jesus visam dirimir um mal-entendido. O alerta: "Não pensem que ..." pressupõe que circulavam interpretações equivocadas sobre a sua missão. Muitos tinham-no na conta de um Messias pacificador, que haveria de instaurar o shalom em Israel, um tempo de bem-estar e prosperidade, obtida pelo aniquilamento de todos os adversários da nação, e pela recuperação da liberdade desde há muito perdida.
O caminho de Jesus é outro. Seu ministério terá como resultado criar uma grande divisão no seio da humanidade. Ou melhor, explicitar uma cisão que está latente, velada por um falso irenismo que encobre as maldades e as injustiças, impossibilitando a concretização do Reino na história humana: quem pertence e quem não pertence ao Reino.
Uma vez concretizada a divisão, aí sim, saber-se-á quem aderiu ao Reino e se dispõe a tomá-lo como parâmetro das próprias ações, e quem resiste a submeter-se à sua dinâmica. Então caberá aos discípulos do Reino, reconciliados entre si, buscar atrair quem optou pelo caminho contrário.
O ideal de Jesus é ver toda a humanidade reconciliada, mas sobre bases verdadeiras!
Oração
Pai, robustece minha adesão a teu Reino, levando-me a pautar por ele todo meu agir e a atrair para ti quem optou pelo caminho da maldade e do egoísmo.
FONTE: dom total


14 de Julho de 2015

Mt 11,20-
24

Comentário do Evangelho

A dureza de coração

Jesus é revestido do espírito dos profetas nessa invectiva contra as cidades que margeiam o mar da Galileia. Ao estilo dos profetas do Antigo Testamento, Jesus manifesta a sua indignação pela resistência de seus contemporâneos de se converterem, não obstante a sua pregação. Em certo sentido, essa censura de Jesus às três cidades próximas do mar da Galileia, Corazim, Betsaida e Cafarnaum, revela o desalento de Jesus em relação a elas, pois sua mensagem e suas obras não têm chegado ao coração das pessoas. Essa censura revela um traço importante dos “atos de poder de Jesus”: eles devem conduzir à conversão. Dito de outra maneira, a resposta adequada ao benefício recebido do Filho unigênito de Deus é a conversão. É através da conversão que se tem acesso ao Reino de Deus (Mt 4,17). A menção de Tiro, Sidônia e Sodoma, citadas em contexto de destruição, serve para enfatizar a gravidade da dureza de coração das três cidades supramencionadas e, através delas, a de todo o Israel. Para o leitor do evangelho é uma exortação: o evangelho deve conduzir a uma verdadeira conversão.
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que eu seja movido à conversão e à penitência pelo testemunho de Jesus, o qual me atrai para ti.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

É comum nós vermos diversas pessoas que participam da vida da Igreja lamentando a incredulidade que existe no mundo moderno e os graves problemas que encontramos na humanidade que são, na maioria das vezes, conseqüências do pecado. Mas nós não paramos para pensar que isso acontece por causa da nossa falta de fé. Se todos nós tivéssemos de fato uma fé verdadeira, esta fé nos lançaria para o trabalho evangelizador e de transformação social ao invés de ficarmos lamentando a situação do mundo. Quem crê sabe que a única resposta plausível para os problemas do mundo se chama Evangelho e, por isso, sempre tem um renovado ardor missionário que o impele constantemente ao trabalho evangelizador.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

IMPENITÊNCIA CENSURADA

Como os antigos profetas, Jesus lançou terríveis invectivas contras Corozaim, Betsaida e Cafarnaum, cidades que se recusaram a acolher sua pregação e converter-se de seus pecados. A impenitência destas cidades era injustificável. Afinal, a pregação de Jesus tinha sido suficientemente clara, revelando as exigências de Deus para aquele povo pecador. E mais, suas palavras haviam sido confirmadas por meio de numerosos milagres. Portanto, só lhes restava dar ouvidos às palavras de Jesus, e se converterem.
As palavras incisivas do Mestre são justificáveis. Sua passagem pela vida das pessoas corresponde a um apelo escatológico, último, dirigido pelo Pai. Rejeitá-lo significa fechar-se à oferta da salvação provinda de Deus. Acolhê-lo é sinal de abertura para o Pai e para a vida eterna propiciada por ele.
Seria admirável se Jesus, vendo alguém colocar-se no caminho da condenação, nada fizesse para demovê-lo desta atitude insensata. Ao falar duro, estava tentando chamar as cidades impenitentes ao bom senso. Bastava ver o que aconteceu com Sodoma e Gomorra, para se darem conta do futuro que teriam pela frente. Insistir na impenitência correspondia a caminhar para o mesmo destino delas.
Oração
Espírito de penitência, que eu saiba acolher o apelo de Jesus, e me disponha a mudar de vida, segundo as exigências do Reino.
FONTE: dom total


15 de Julho de 2015

Mt 11,25-27

Comentário do Evangelho

Receber Jesus como dom

A breve perícope do evangelho de hoje é precedida de ataques de Jesus a algumas cidades próximas ao mar da Galileia, ao estilo dos oráculos proféticos do Antigo Testamento contra as nações estrangeiras. As cidades beneficiadas pelos “milagres” de Jesus não se converteram (11,20-24). Na verdade, os “atos de poder” realizados por Jesus deviam conduzir à fé na “proximidade do Reino dos Céus”. Mas não foi assim! O trecho de hoje é uma oposição de Jesus ao orgulho das cidades que não se converteram e um hino de louvor dirigido ao Pai, Criador do céu e da terra (v. 25; Gn 1,1; 2,4a). O motivo do louvor: “escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (v. 25), é que Deus assim o queria (cf. v. 26). “Estas coisas” referem-se ao que é dito no v. 27, que, resumindo, se poderia dizer: Jesus revela o Pai: “Ele é a imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Somente quem recebe Jesus como dom, somente o “pobre em espírito” (5,3), pode conhecer a relação filial que une Jesus a Deus. Ao pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai!”, Jesus responde: “Quem me vê, vê o Pai. Não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,8-11).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. E, fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a tua revelação.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

O conhecimento de Deus é diferente de todas as outras formas de conhecimento das quais o ser humano é capaz. De fato, temos diversas formas de conhecimento, como o racional, o científico, o vulgar e o mitológico, entre outros, que encontram a sua origem na nossa relação com as coisas e as pessoas que conhecemos e que se tornam de alguma forma objeto do nosso conhecimento. Com Deus, a coisa é diferente. A mente humana é incapaz de, por si só, chegar até o conhecimento de Deus. Só conhecemos a Deus porque, no seu infinito amor, ele revelou-se a todos nós. É o amor de Deus que, sabendo que somos incapazes de chegar até ele, vem até nós.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

OS SÁBIOS E OS PEQUENINOS

A indignação de Jesus pela má vontade de alguns era compensada com a alegria de constatar a aceitação de seu testemunho por parte de outros. Enquanto os pequeninos davam mostras evidentes de estarem captando o que lhes estava sendo revelado, os sábios e doutos iam na direção contrária, alimentando contra Jesus um ódio sem limites.
Os que se tinham por sábios e doutos eram os mestres da Lei e os fariseus. Seus conhecimentos a respeito das Escrituras e seu "modo exemplar" de praticar os mandamentos levavam-nos a se considerar superiores aos demais. Seu desprezo por Jesus era evidente. Julgavam-no incapacitado para a tarefa de mestre, por lhe faltar a devida preparação. Era um mestre improvisado e sem gabarito. Logo, merecedor de desprezo.
No polo oposto, estavam os pequeninos. Estes também eram objeto do desprezo por parte dos sábios e entendidos, que os chamavam, pejorativamente, de “povo da terra”. Marginalizados pelas estruturas religiosas, iam em busca de quem os acolhesse, e ouviam quem lhes parecia ser o melhor.
O encontro com Jesus dava-se nestas circunstâncias de marginalização. E a capacidade de compreender o que lhes era revelado resultava de sua busca sincera e despretensiosa da Palavra de Deus. Suas mentalidades eram menos estruturadas, portanto, suficientemente flexíveis para acolher a revelação que o Pai lhes fazia, por meio do testemunho de Jesus.
Oração
Pai, que a arrogância dos sábios e doutos jamais contamine meu coração. E, fazendo-me pequenino, que eu esteja em condições de acolher a tua revelação.
FONTE: dom total


16 de Julho de 2015

Mt 12,46-50

Comentário do Evangelho

A família de Jesus

O texto do evangelho de hoje não é, como muitos podem ser levados a pensar, desprezo de Jesus por sua família. Compreendê-lo assim seria um erro. A visita da família a Jesus é uma ocasião de ensinamento para ele: a sua família, isto é, os membros do povo que ele reúne, é mais ampla do que os membros de sua parentela, pois, constituída por aqueles que fazem a vontade do Pai, está nos céus (v. 50; cf. 7,21). Por duas vezes o texto repete que a mãe de Jesus, com alguns irmãos, está do lado de fora da casa (vv. 46.47). Essa observação, que poderia passar despercebida, é, a nosso ver, importante: sem participar do círculo dos discípulos, seu ensinamento, seu trabalho incansável e seus gestos parecem loucura e sem sentido. Num texto próprio a Marcos, o evangelista dá a razão pela qual sua família vai procurá-lo para retê-lo: pensavam que ele estava fora de si (Mc 3,20-21). Para compreender a missão de Jesus é preciso entrar no círculo de Jesus e situá-la no horizonte do desígnio salvífico de Deus. São Paulo, num texto em que procura resolver um problema de divisão interna da comunidade de Corinto, afirma que o modo de agir de Deus confunde o mundo e os que se julgam sábios (1Cor 1,27).
Pe. Carlos Alberto Contieri
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
FONTE: PAULINAS

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
FONTE: CNBB

Meditando o Evangelho

A FAMÍLIA DE JESUS

O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs, unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sangüineos que o uniam à sua mãe e demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre, faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer laços com ele pela via da afetividade.
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os laços profundos de afeto que me unem a ti.
FONTE: dom total


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