quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Maria, a primeira - 10 de Novembro


Quando o nosso olhar se detém em Maria para ver como ela se colocou ao serviço do Filho que lhe era oferecido, Jesus, o Senhor, descobrimos que ela nos precedeu em todos os caminhos do amor.
Ela foi a primeira a rezar, guardando no coração tudo aquilo que se dizia do seu Filho. “Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). “E a sua mãe guardava todas estas coisas no coração” (Lc 2,51). Viver o mistério de Jesus no coração é o ofício dos místicos: Maria lhes abre a porta. Procurar compreender o sentido do mistério de Jesus é o trabalho dos teólogos: Maria os precede.
Maria foi também a primeira sobre quem se alongou a sombra da cruz. “Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição – e a ti, uma espada traspassará tua alma” (Lc 2,34-35). Ser escolhida para participar da paixão do seu Filho, que honra.
Por sobre todo o verdadeiro cristão alonga-se a sombra da cruz; mas Maria foi a primeira em ser por ela coberta. Assim, Maria que partilha a mesma bendição com o Filho, partilha a mesma paixão e morte.
Maria foi a primeira a correr para Jesus, quando ouviu dizer em família que ele havia perdido o juízo (Mc 3,20-21.31-35). Ela leva a Jesus toda a família: única forma de saber a verdade e de ser convertido. Que bela lição: quando Cristo escandaliza, é ainda a ele que se deve ir.
Ela foi a primeira citada em Caná, onde ela também foi a primeira a levar um problema humano ao Filho: ela o conhece e nele confia. Ela foi ainda a primeira citada ao pé da cruz, no Evangelho de João. Ela é a primeira em constituir, com o discípulo amado, o primordial começo da nova família fundada pelo Senhor agonizante.
Ela foi a primeira a ser acolhida no lar do discípulo amado, que também é a sua própria casa, a sua família, o seu coração e a sua comunidade cristã.
Maria foi ainda a primeira e a maior testemunha da encarnação, do nascimento e da morte de Jesus. Toda a amplitude da vida humana de Jesus está sob o olhar da Mãe. Ela se torna a primeira prova e testemunha da humanidade de Jesus.
Desse modo, Maria se coloca à disposição total do Filho. Primeira cristã, ela é também a primeira pessoa consagrada ao Filho. Como não admirá-la, como não imitá-la? Como não lhe pedir que nos ajude para que sejamos atraídos pelo Senhor e o proclamemos na grandeza que havia sido revelada no dia da Anunciação e por isso:
“Grande, Filho do Altíssimo, Filho de Davi, Rei para sempre, Santo, Filho de Deus, Senhor, Sol levante, Salvador, Cristo, Senhor, Luz das nações, Glória de Israel, Filho do Pai eterno”. Esses títulos todos Maria conservou com cuidado e fidelidade no seu coração para no-los transmitir.
Do livro Maria dos Evangelhos, de Paulinas Editora.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=maria&id=191

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