Quando o nosso olhar se detém
em Maria para ver como ela se colocou ao serviço do Filho que lhe era
oferecido, Jesus, o Senhor, descobrimos que ela nos precedeu em todos os
caminhos do amor.
Ela foi a primeira evangelizada pela boa-nova que
lhe trouxe o anjo Gabriel e a primeira a aceitar e centralizar a sua vida em
torno do Filho. A primeira também a ouvir o nome de Jesus. Nos seus lábios
germinou a primordial devoção ao nome de Jesus.
Ela foi a primeira a dizer: Sim, Jesus. O seu sim
abre a porta a uma infinidade de sins ao seu Filho: aquele de José, de Pedro,
do discípulo amado, de Paulo. Este sim se renova de geração em geração:
percorre séculos, povos, culturas, línguas, idades, e chega à margem do nosso
sim. Todo o amor que experimentamos por Jesus nasceu no dia da Anunciação.
Assim diz o canto: “O preço do teu amor mora para sempre escondido em nossas messes”.
Maria é aquela que permitiu que Jesus fizesse como primeira experiência, na sua humanidade, a de ser amado, de ser o filho desejado, de sentir-se todo envolvido pelo amor de uma mãe. Por Maria, a nossa humanidade oferece ao Filho de Deus o melhor amor de que ela dispõe, o amor de uma mãe.
Maria é aquela que permitiu que Jesus fizesse como primeira experiência, na sua humanidade, a de ser amado, de ser o filho desejado, de sentir-se todo envolvido pelo amor de uma mãe. Por Maria, a nossa humanidade oferece ao Filho de Deus o melhor amor de que ela dispõe, o amor de uma mãe.
Maria foi também a primeira missionária de Cristo.
Na visitação, partindo com pressa de Nazaré, ela leva Jesus pelas estradas dos
homens, ela o leva a uma família, ao lar do Batista. Esta família, pela boca de
Isabel, exprime a primeira profissão de fé cristã: o filho de Maria é o Senhor;
melhor, no possessivo, é o meu Senhor. Todo o verdadeiro cristão diz a Jesus:
Tu és o meu Senhor. Os passos e a pressa de Maria anunciam aqueles de Pedro, de
Paulo, de Francisco Xavier, de Albert Schweitzer, e os passos de todos aqueles
que tomam as rotas dos homens, para anunciar a riqueza do coração do Senhor e
levá-la aos outros.
Maria foi a primeira bendita nos Evangelhos e a
primeira que foi proclamada feliz por causa da sua fé. O hino de Isabel é
tecido de louvores à Mãe de Jesus; o hino vai da bênção à bem-aventurança,
passando pelo maior título que se possa dar a Maria: a Mãe do meu Senhor, o que
quer dizer “a Mãe de Deus”.
Louvada pela mãe do nascituro João Batista, Maria
responde por meio do Magnificat. Este canto coloca Deus no centro, do primeiro
ao último versículo. É o Deus magnífico que envolve toda a história da
humanidade com o seu amor. Este hino é o primeiro grande louvor a Deus de todos
os Evangelhos. Ele irrompe do coração e dos lábios da humilde serva Maria.
Maria foi a primeira a ocupar-se do seu filho
desde que ele nasceu. “Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em
faixas e deitou-o numa manjedoura” (Lc 2,7). Ela foi a primeira a amar Deus num
corpo humano.
Do livro Maria dos Evangelhos, de Paulinas Editora.
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