A FESTA DA DIVINA
MISERICÓRDIA
"Desejo que a Festa
da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente
para os pecadores. (...). Derramo todo um mar de graças sobre as almas
que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e
comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão
abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que
nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados
sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a
eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará" (Diário, 699).
"Ainda que a alma
esteja em decomposição como um cadáver e ainda que humanamente já não haja
possibilidade de restauração, e tudo já esteja perdido, Deus não vê as coisas
dessa maneira. O milagre da misericórdia de Deus fará ressurgir aquela
alma para uma vida plena" (Diário,
1448).
http://www.recadosaarao.com.br/ebooks/livro_diario_santa_faustina.pdf
Um dos elementos mais importantes da devoção à
Divina Misericórdia presentes nas revelações de Nosso Senhor à Santa Faustina é
a Festa da Misericórdia. No Diário o tema recorrem em 37 números, em 16 dos
quais nos deparamos com uma manifestação extraordinária de Jesus a seu
respeito. Com efeito, aos 22/02/1931, uma das primeiras revelações de Jesus à
Santa Faustina diz respeito à Festa da Misericórdia, que deveria ser celebrada
no 2º domingo da Páscoa:
“Eu desejo que haja a Festa da
Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida
solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a
Festa da Misericórdia”
(Diário, 49; cf. 88; 280; 299b; 458; 742; 1048; 1517).
A Festa é uma obra divina, mas Ele quer que Santa
Faustina se empenhe tanto em sua implantação (D. 74; 341; 463; 1581; 1680),
como em seu incremento: “Na Minha festa, na Festa da
Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte
da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (D. 206); “Pede ao Meu servo fiel que, nesse dia,
fale ao mundo inteiro desta Minha grande misericórdia, que aquele que, nesse
dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará perdão total das culpas e penas” (D. 300a; cf. 1072). Santa Faustina abraça com
toda a alma esta causa, pelo que exclama e reza: “Oh! como desejo ardentemente
que a Festa da Misericórdia seja conhecida pelas almas!” (D. 505); “Apressai,
Senhor, a Festa da Misericórdia, para que as almas conheçam a fonte da Vossa
bondade” (D. 1003; cf. 1041). Jesus leva a sério a dedicação de Santa Faustina
nesta missão: “Pelos
teus ardentes desejos, estou apressando a Festa da Misericórdia...” (D. 1082; cf. 1530), e por isso o demônio
procura atrapalhar o seu caminho (D. 1496).
Em 1935, no domingo de encerramento do Jubileu da
Redenção, Santa Faustina participa da Eucaristia como se estivesse celebrando a
Festa da Misericórdia; Jesus então se lhe manifesta como está na imagem e lhe
diz: “Essa
Festa saiu do mais íntimo da Minha misericórdia e está aprovada nas profundezas
da Minha compaixão. Toda alma que crê e confia na Minha misericórdia irá
alcançá-la” (D.
420; cf. 1042; 1073). Sabe, contudo, que talvez não participe em vida da sua
celebração, mas nem por isso se desanima: “Eu sou apenas Seu instrumento. Oh!
quão ardentemente desejo ver essa Festa da Misericórdia Divina que Deus está
exigindo através de mim, mas se for a vontade de Deus e se ela tiver que ser
comemorada solenemente apenas depois da minha morte, eu já agora me alegro com
ela e já a comemoro interiormente com a permissão do confessor” (D. 711). Chega
a tomar conhecimento – por iluminação divina – das disputas que se dão no
Vaticano por causa desta Festa (D. 1110; cf. 1463) e dos avanços positivos a
seu respeito através do Beato Pe. Sopocko (D. 1254). A Festa propriamente dita
seria celebrada no Santuário de Cracóvia-Lagiewniki seis anos após a morte de
Santa Faustina (1944).
Fica patente no Diário que existe uma relação
muito estreita entre Festa da Misericórdia e veneração do quadro, proclamação
da divina misericórdia, confiança nesta divina misericórdia, participação nos
sacramentos (Eucaristia e Confissão) e remissão dos pecados (culpas e penas):
“A tua tarefa e obrigação é pedir aqui
na Terra a misericórdia para o mundo inteiro. Nenhuma alma terá justificação,
enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha misericórdia. E é por isso que
o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse
dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável
misericórdia. Faço-te dispensadora da Minha misericórdia. Diz ao teu confessor
que aquela Imagem deve ser exposta na igreja, e não dentro da clausura desse
Convento. Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda
alma tenha, por isso, acesso a ela” (D. 570); “Desejo que a Festa da Misericórdia
seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores.
Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um
mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A
alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas.
Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as
graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus
pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda
a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que
existe saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em
relação a Mim, por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A
Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada
solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa” (D. 699); “Desejo conceder indulgência
plenária às almas que se confessarem e receberem a Santa Comunhão na Festa da
Minha misericórdia” (D. 1109).
Em 1936 o Senhor lhe pede que esta Festa seja
preparada espiritualmente: “O Senhor me disse para rezar o Terço da Misericórdia
por nove dias antes da Festa da Misericórdia. Devo começar na Sexta-feira
Santa. Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (D.
796; cf. 1059; 1209). A relevância desta Festa se pode depreender também da
seguinte exortação e promessa: “As almas se perdem, apesar da Minha
amarga Paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da
Minha Misericórdia. Se não venerarem a Minha misericórdia, perecerão por toda a
eternidade” (D.
965; cf. 998).
Não fechemos o nosso coração: ouçamos a voz do
Senhor! Caro devoto e apóstolo, não deixe de participar da grande Festa da
Divina Misericórdia em nosso Santuário ou onde lhe for mais conveniente!
Prepare-se com uma boa confissão, traga o seu quadro e convide os seus parentes
e amigos! Eis o tempo da graça, eis o dia da salvação!
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