segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

São Charbel Makhlouf - 24 de Dezembro


São Charbel Makhlouf nasceu a 8 de maio de 1828, em BiqáKafra, aldeia montanhosa do norte, ao pé dos cedros do Líbano. Seu nome de batismo: José Zaroun Makhlouf. Com 23 anos ele toma o nome de Charbel em memória do mártir do século segundo, foge de casa e refugia-se no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfoug, da Ordem libanesa maronita. Um ano depois, transfere-se para o mosteiro de S. Maron de Annayam, da província de Jbail, verdadeiro oásis de oração e fé, a 1300 metros de altitude. Depois de seis anos de estudos teológicos, em Klifan, é ordenado sacerdote. Exerce, então, com muita edificação, as funções do seu ministério sagrado, juntamente com toda a sorte de trabalhos manuais. Após dezesseis anos de vida ascética, Charbel obtém autorização, em 1875, para se retirar ao eremitério dos Santos Pedro e Paulo, de Annaya. Durante 23 anos (1875-1898), S. Charbel entrega-se com todas as forças da alma, à busca de Deus, na bem-aventurada e total solidão. Deus recompensa o seu fiel servidor, dando-lhe o dom de operar milagres, já em vida: afirma-se que os realizou não somente com cristãos, mas, também, com muitos muçulmanos.
No dia 16 de dezembro de 1898, em Annaya, enquanto celebrava a Santa Missa, sofreu um ataque de apoplexia; levou-o à morte, no dia 24, Vigília da Festa de Natal. Tinha 70 anos de idade.
Com o seu próprio punho, Pio XII assinou o decreto que dava início ao processo de beatificação do Padre Charbel, dizendo expressamente: "O Padre Charbel já gozava, em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências. Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa. Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus: seu corpo transpira sangue, sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocarem com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue, alcançam alívio em suas doenças e não poucos até se veem curados. Glória ao Pai que coroou os combates dos santos. Glória ao Filho que deixou esse poder em suas relíquias. Glória ao Espírito Santo que repousa, com suas luzes, sobre seus restos mortais para fazer nascer consolações em todas as espécies de tristezas".
No segundo domingo de outubro de 1977, dia 9, o Santo Padre Paulo VI canonizou solenemente, na Basílica de São Pedro, em Roma, o bem-aventurado Charbel Makhlouf, monge eremita libanês. Foi a primeira canonização, realizada pelo Papa, de um membro da Igreja do Rito Oriental, desde que o Vaticano traçara, há quatro séculos, nova orientação para as canonizações. Antes da canonização atual, os santos maronitas eram proclamados pelo Patriarca da Igreja maronita.
São Charbel Makhlouf, rogai por nós!

São Sharbel Makhluf, Eremita (ou Charbel)

Comem. litúrgica:  24 de dezembro.

Também hoje: Vigília do Natal do Senhor, Santos: Tarcila, Emiliana, Delfim e Irmina

Grande Ermitão do rito católico maronita, é o primeiro libanês canonizado pela Sé Apostólica nos tempos modernos,  09 de outubro de 1977 pelo Papa Paulo VI.
ante da  Eucaristia e da  Virgem Santíssima. Exemplo de  vida consagrada e de ermitão. Deus quis manifestar sua glória por meio desse  humilde eremita. Grande quantidade de  milagres ocorrem por sua intercessão. Diz-se no Oriente que numerosas  de suas imagens milagrosamente produzem azeite de oliva,  que se utiliza na oração pelos enfermos. Além de ser bem conhecido no oriente Médio e  em toda a Igreja, na América é particularmente venerado no México a  partir da imigração maronita que começou no século XIX. Sua devoção e propaga na atualidade mui rapidamente pelo número crescente de milagres atribuídos à sua intercessão. Parece que Deus deseja utilizar este santo com o sinal de  seu desejo de  unificar o Oriente com o Ocidente.
Nasceu no povoado de Beka'kafra,  a 140 km do Líbano,  capital libanesa, em  08 de maio de 1828. Era o quinto filho de Antun Makhlouf o Brigitte Chidiac, uma piedosa família campesina.  Foi batizado após oito dias na Igreja de Nossa Senhora, em sua cidade natal, recebendo por nome Yusef (José).  Aos três anos o pai de Yusef foi inscrito no exército turco na guerra contra os egípcios e morreu quando regressava para casa. Sua mãe foi quem cuidou da família, sendo um exemplo de virtude e de fé. Passado algum tempo, ela casou-se de novo com um homem devoto que posteriormente iria ser ordenado sacerdote. (No rito maronita,  homens casados podem ser escolhidos para o sacerdócio).
Yusef ajudou a  seu padrasto no ministério sacerdotal. Já desde jovem era ascético e de  profunda oração. Yusef estudou na  pequena escola paroquial do povoado.  À idade de 14 anos foi pastor de  ovelhas, quando aperfeiçoou-se na oração. Retirava-se com freqüência a uma cova que descobriu próxima às pastagens para adentrar-se em horas de oração. Por isso, era alvo de zombaria de outros jovens pastores. Dois de  seus tios maternos eram ermitãos pertencentes à Ordem Libanesa Maronita. Yusef acudia a eles com freqüência para aprender sobre a vida religiosa e especialmente a vida monástica.
Aos 20 anos de idade, Yusef é o sustento da sua casa. Sendo o tempo de  contrair matrimônio, sente-se chamado à outro tipo de vida. Depois de três anos de espera, escutou a voz do Senhor: “Deixa tudo, vem e segue-me”.  Assim,  numa manhã do ano 1851 se  dirige ao convento de Nossa Senhora de Mavfouq, onde foi recebido como postulante. Ao entrar no noviciado, renuncia ao seu nome batismal e  escolhe como nome de consagração: Sharbel.
Algum tempo depois  foi enviado ao Convento de Annaya, onde professou os votos perpétuos como monge, em 1853. O enviaram imediatamente ao Mosteiro de São Cipriano de Kfifen, onde realizou seus estudos de filosofia e teologia, levando uma vida exemplar de oração e apostolado, entre estes, o cuidado dos  enfermos, o pastoreio das  almas e  o trabalho manual em coisas  mui humildes.
Sharbel  recebeu autorização para a  vida ermitã em 13 de fevereiro de 1875. Deste momento até sua morte, ocorrida na ermida dos Santos Pedro e  Paulo  na véspera de Natal do ano 1898,  dedicou-se inteiramente à oração (rezava 7 vezes ao dia a Liturgia das Horas),  as  asceses, a  penitência e  o trabalho manual. Comia uma vez ao dia e  levava consigo o cilício.
O padre Sharbel alcançou a  celebridade depois de sua morte, ocorrida em 24 de dezembro de  1898. Deus quis assinalar a este santo numerosos prodígios: Seu corpo se mantém incorrupto e seu sangue, ocorrem prodígios de luz, constatados por muitas pessoas. O povo venerava como santo, ainda que a hierarquia e seus próprios superiores, proibissem seu culto formal enquanto a Igreja não pronunciasse  seu veredicto.
Dado o  constante culto do povo, o Padre Superior Geral Ignácio Dagher  solicitou ao Papa Pio XI em 1925, a abertura do processo de beatificação do Padre Sharbel. Foi beatificado durante o fechamento do Concílio Vaticano II, em 5 de dezembro de  1965, pelo Papa Paulo VI, que disse: “Um ermitão da  montanha libanesa está inscrito no número dos Bem-Aventurados ... Um novo membro da  santidade  monástica enriquece com seu exemplo e  com sua intercessão a  todo o povo cristão.  E pode nos fazer entender, em  um mundo fascinado pelas  comodidades e  pela riqueza, o grande valor da pobreza, da  penitência e  do ascetismo, para libertar a  alma em sua ascensão a Deus”.
Em 09 de outubro de  1977, durante o Sínodo Mundial dos Bispos, o Papa canonizou ao P. Sharbel com a seguinte proclama:
“Em honra à Santa e Individual Trindade, para a  exaltação da fé católica e promoção da vida cristã, com a  autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo,  dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e nossa, depois de  madura deliberação e  após implorar intensamente a ajuda divina... decretamos e definimos que o beato Sharbel Makluf é SANTO, e o inscrevemos no catálogo dos santos, estabelecendo que seja venerado como santo com piedosa devoção em toda a Igreja.  Em nome do Pai,  do Filho e  do Espírito Santo”.
ORAÇÃO
Deus, infinitamente santo e glorificado por meio de  teus santos. Tu que inspiraste o santo monge e ermitão Sharbel para que vivesse e  morresse em perfeita união com Jesus Cristo,  dando-se a força para renunciar ao mundo e  fazer triunfar de sua ermida, ao heroísmo de  suas virtudes monásticas:  pobreza, obediência e santidade. Te imploramos nos concedas a  graça de  te  amar e  servir seguindo seu exemplo. Deus Todo-Poderoso, Tu que tens manifestado o poder da intercessão  de São Sharbel através de  seus numerosos milagres e  favores,  concedei-nos a  graça que te imploramos por sua intercessão (fazer o pedido). Amém.  (Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória)
Reflexões:
A vergonha e  o respeito humano são barreiras que devemos transpor corajosamente, especialmente quando  tratamos das coisas de Deus. Será que nos é tão difícil benzer-se em via pública, quando passamos na frente da Casa de Deus,  ou de um cemitério, ou antes de uma refeição num restaurante?  Se relutamos nisso, não é por outra razão que não pelo respeito humano,  constrangimento ou vergonha.  Grandes testemunhos cristãos são originários de pequenos gestos, pequenos hábitos que transmitem o grande significado da nossa fé.
Pastor de ovelhas com apenas 14 anos, São Sharbel não envergonhava-se em dedicar muitas horas de oração em meio ao seu ofício cotidiano.  As zombarias dos outros jovens não lhe afetavam os ouvidos, muito menos a sua fervorosa postura cristã.  Resta perguntar hoje quem eram os jovens que outrora gracejavam;  sequer sabemos seus nomes. A certeza que temos é que morreram, retornaram ao pó e compareceram ao tribunal de Cristo. Com quê constrangimento viram gravadas suas histórias: o que pensavam ser engraçado era...  muito sério!
Peçamos a intercessão de São Sharbel para que, com a mesma sabedoria, enfrentemos tais situações com coragem e determinação,  e que sejamos agraciados já nesta vida, da plena visão nas coisas divinas, para que possamos sufocar as ilusões e preceitos terrenos.
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/dez/sharbelmak2412.htm  
São Charbel
NascimentoNo ano de 1828
Local nascimentoLíbano
OrdemMaronitas
Local vidaLíbano
EspiritualidadeSacerdote católico de rito maronita, passou a maior parte da vida como monge contemplativo e solitário, praticando jejuns e penitências, em contínua oração. Recebeu de Deus o dom de fazer milagres. Sua vida maravilhosa nada fica a dever às dos antigos monges do deserto da fase áurea do monaquismo oriental. A santidade de vida de São Charbel que viveu "a lógica da cruz, a lógica do amor", isto segundo a homilia do Papa Paulo VI que o canonizou em 1977. Nascido em 1828 no Líbano, foi batizado com o nome José até que entrou no mosteiro, onde mudou radicalmente de vida, e por isso de nome. São Charbel depois de assumir em Deus toda sua realidade de pobreza e orfão de pai, também aceitou sua vocação à vida religiosa e assim entrou no Mosteiro da Ordem Libanesa Maronita em Maifuc. A perseverança na oração, obediência aos superiores e vida de penitência, caracterizaram todo agir do monge e sacerdote Charbel, até que em 1875 deixou o Mosteiro para viver os mais duros exercícios de ascese cristã, ou seja, empenhado aperfeiçoamento humano e espiritual por meio de práticas religiosas "banhadas" de fé. A efícácia da busca de santidade de Charbel, foi muito bem expressa pelo Papa que o canonizou: "...esta sua ascese lhe permitiu obter soberana liberdade interior diante das paixões, pureza de vida, espírito de oração...ternura filial para com a Santíssima Virgem. A vida de Charbel Makhlouf que morreu no dia 24 de dezembro do ano de 1898, mostra-nos que a santidade é o melhor presente para o Menino Jesus, uma vez que ele viveu o Natal no Céu.
Local morteLíbano
Morte24 de dezembro do ano de 1898
Fonte informaçãoReligião Católica e Webcatólica
OraçãoPai Eterno, por São Charbel, eu Vos rogo a graça de que tanto necessito. Concedei-me, por Vosso poder, o dom da oração e crescimento espiritual, pois somente unido a Vós eu posso discernir o que é bom para mim e qual caminho devo tomar.
Outros Santos do diaVigília da Natividade, Gregário (presb.); Luciano, Netróbio, Paulo,Cenóbio, Teotino, Druso, Eutímio (márts); Delgim, Castorino, Bonifácio (bispo) Tarsíla, Irmina (virgens) Adela de Tréveris (ab); Anon; Harbel Maklout (er).
FONTE: ASJ

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