O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos
um grande exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione.
Nasceu
em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália,
no dia 23 de junho de 1872. Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao
sacerdócio. Ao entrar no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de
São Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: “Um terno amor ao próximo é um
dos maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos
homens”.
Concluiu
o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no
seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio que teve
como lema: “Renovar tudo em Cristo”.
Luís
Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina
Providência a fim de aliviar as misérias humanas.
Sendo
assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da
sociedade. Também fundou a Congregação da “Pequena Obra da Divina Providência”.
Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os “Eremitas
da Divina Providência”.
Em
1903, Dom Orione recebeu a aprovação canônica aos “Filhos da Divina
Providência”, Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da
Pequena Obra da Divina Providência. A Congregação e toda a Família Religiosa
propunha-se a “trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e
ao Papa, mediante obras de caridade”.
Dom
Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e
Messina (1908) e da Marsica (1915). Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado
Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação
dos “Filhos da Divina Providência”, em 1915, surgiu como novo ramo a
Congregação das “Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade”, Religiosas movidas
pelo mesmo carisma fundacional.
O
zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários
ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e diversos países
espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas
vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na
Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Foi pregador popular,
confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios
vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção
mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em
Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários
será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no
trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.
Em
1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias
foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia
12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: “Jesus! Jesus! Estou indo.”
Vinte
e cinco anos depois, em 1965, seu corpo foi encontrado incorrupto e depositado
numa urna para veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na
Itália.
O
Papa Pio XII o denominou “pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e
abandonada” e o Papa João Paulo II depois de tê-lo declarado beato em 26 de
outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004.
São
Luís Orione, rogai por nós!
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