Os antigos gregos
estudavam a possibilidade do nosso planeta ser redondo e chamavam o continente
sul de "Anti-Arkitos". Mas a idéia desse formato do mundo ficou
esquecida até a Idade Média, ganhando força durante as descobertas das grandes
rotas marítimas, descortinando todos os continentes existentes na Terra.
O navegador português Fernão de Magalhães, em
1520, foi o que mais se aproximou da "terra australis", como era
chamado o continente antártico, cujas condições climáticas são totalmente
desfavoráveis ao convívio humano. Magalhães descobriu o estreito que liga o
oceano atlântico ao pacífico e avistou a Terra do Fogo, no extremo da América
do Sul.
A partir de 1820, começou a exploração da região
Antártica e das ilhas próximas, com a expedição russa do navio Vostok. Passados
dez anos as informações davam conta da possível existência de um continente.
Isso foi confirmado com a circunavegação feita pelo navio inglês Tula, em 1831.
Entre 1898 e 1889, o jovem oficial belga Andriano
de Gerlache e sua equipe foram os primeiros a estudar essa região. A bordo do
navio Bélgica realizaram a primeira invernagem na Península Antártica.
A expedição de Gerlache construiu a Estação científica
da Polônia, que fez a primeira observação meteorológica completa na Antártica.
Por isso Henrique Arctowski se tornou pioneiro no estudo do clima antártico.
Depois, junto com o capelão construíram uma pequena capela interna, dedicada à
Nossa Senhora das Neves, protetora da equipe.
Desse modo a invocação à Nossa Senhora da
Antártica se propagou entre os residentes desses centros de pesquisas e
alcançou os países de suas famílias, parentes e amigos.
Os americanos implantaram a Estação MacMurdo, um
dos pontos mais avançados de pesquisa científica da NASA. Para homenagear os
primeiros desbravadores pioneiros mortos eles construíram dois monumentos. À
sua frente ergueram um pequeno mirante com uma grande cruz de madeira, chamado
Cruz de Vicente, indicando o local exato da morte do primerio navegador. Mais
adiante ergueram o Oratório de Nossa Senhora da Antártica, onde foi colocada
uma imagem de Santa Maria das Neves.
O Tratado Antártico, assinado em 1958, determinou
o continente patrimônio internacional para pesquisas. Porém só em 1982 houve
permissão para a entrada limitada de navios com turistas. O Oratório,
considerado o mais longínquo templo de Nossa Senhora existente do nosso
planeta, é o local mais solicitado pelos turistas cristãos, especialmente os
devotos marianos, que visitam anualmente esse santuário ecológico.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=maria&id=86
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