quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/01/2012

26 de Janeiro de 2012     

Lucas 10,1-9

Comentário do Evangelho"Setenta e dois"

No ministério de Jesus a fase da ampliação da missão inicia-se com o envio dos Doze, registrada nos três sinóticos. Lucas é o único a mencionar, também, um envio dos "setenta e dois", em território gentílico, na Samaria, por ocasião da caminhada de Jesus e seus discípulos em direção a Jerusalém. Caracteriza-se, assim, a dimensão universal da missão. O texto reflete um empenho missionário no tempo das comunidades de Lucas, como uma campanha vocacional, em busca de "trabalhadores para a colheita". Os missionários devem ir despojados, confiando na acolhida daqueles aos quais vão ao encontro. Por outro lado, este testemunho de confiança abrirá os corações dos destinatários da missão. A pobreza, quando assumida, nos torna frágeis e humildes e comove os corações.

José Raimundo Oliva


Vivendo a Palavra
Ontem, lembramos Paulo. Hoje, os seus diletos seguidores Tito e Timóteo. Que o exemplo dessas três pedras fundamentais da Igreja nascente nos contagie e nos dê coragem e perseverança para continuarmos anunciando o Reino do Céu já presente em nós, como nos foi revelado pelo Cristo Jesus.

Postado por: homilia
janeiro 26th, 2012
Hoje celebramos o dia de São Timóteo e São Tito. Nos três evangelistas sinóticos, é encontrada a narrativa do envio dos Doze apóstolos. Lucas retoma esta narrativa, ampliando-a para o envio de outros setenta e dois, em território gentílico, quando Jesus caminhava para Jerusalém.
Como fizera com os Doze, Jesus instruiu os setenta e dois discípulos enviados, dois a dois, para prepararem Sua passagem a caminho de Jerusalém. Servidores do Reino, competia-lhes dispor as pessoas para acolher o Mestre e Sua mensagem, deixando-se converter para Deus. Tarefa difícil, se considerarmos que os discípulos se encontravam em território samaritano, cuja hostilidade contra os judeus era bastante conhecida.
Por isso, as instruções de Jesus insistem em apresentar as dificuldades que deverão enfrentar. Eles serão “como cordeiros entre lobos”. Estarão em condições de desigualdade, podendo ser vítimas da agressão dos habitantes das cidades que seriam visitadas por eles. Portanto, a missão exige apóstolos destemidos.
Timóteo e Tito não eram judeus, ambos pertenciam ao mundo pagão, e encarnaram o primeiro problema encontrado na Igreja nascente, isto é, se era lícito batizar os pagãos sem que antes passassem pela circuncisão judaica. Era uma questão candente, pois havia entre cristãos importantes de Jerusalém uma forte corrente conservadora que queria impor aos pagãos convertidos a legislação de Moisés. O problema exigiu a convocação do primeiro Concílio dos apóstolos em Jerusalém, no qual venceu a tese de Paulo de que não era mais a observância da lei mosaica que salvava, mas sim a fé em Cristo.
Timóteo nasceu em Listra, Ásia Menor, de pai pagão e mãe judia, de nome Eunice. Esta abraçou o Cristianismo, quando Paulo passou em Listra. De sua mãe, Timóteo recebeu o espírito cristão com certa cultura judaica. Na segunda passagem de Paulo por Listra, o apóstolo levou consigo o jovem Timóteo. Tinha, então, vinte anos de idade. Desde então, Timóteo seria o companheiro e fiel colaborador de Paulo, acompanhando-o em quase todas as suas viagens, sendo confiadas a ele missões delicadas nas igrejas recém-fundadas.
Também de Tito, as únicas informações sérias nos são dadas pelas cartas do apóstolo Paulo. Era pagão de nascimento e, provavelmente, de origem antioquena. Ainda jovem converteu-se ao Cristianismo e tornou-se companheiro e inestimável colaborador de Paulo. Encarregado por este de importantes missões, foi duas vezes a Corinto para pacificar aquela igreja, uma vez a Jerusalém para entregar a importância duma coleta em favor dos cristãos. No ano 64-65 dC, foi com São Paulo à ilha de Creta e lá o designaram bispo daquela região. Mais tarde, visitou a Paulo em Nicópolis e em Roma. Voltou novamente à ilha de Creta, onde recebeu uma carta do próprio mestre, Paulo, que figura entre os livros sagrados.
As três cartas, escritas por Paulo a estes seus dois discípulos, têm alto valor pelo conteúdo eminentemente pastoral, de tal modo que podem ser consideradas como o primeiro diretório pastoral dos bispos de todos os tempos.
A metáfora da condição dos discípulos é uma forma de descrever o futuro da missão. Ser cordeiros entre lobos não dá margem a dúvidas: a missão está destinada a ser uma batalha desigual, na qual toda prudência é pouca. Nada de ilusões!
Humanamente falando, as orientações dadas por Jesus deixavam os discípulos numa situação de fragilidade.
Os enviados em missão devem estar despojados e confiantes. Em seu anúncio, sofrerão a repressão dos poderosos, que são como que lobos. A pobreza material levava-os a depender da caridade alheia. Como se sabe, nem todos estão dispostos a ajudar. Quem depende de esmolas, está sujeito a toda sorte de ironia, gozações e humilhações, sem contar o risco de sofrer agressões físicas. A recomendação de não escolher casa ou cidade onde entrar – os discípulos deveriam ir a toda cidade e lugar por onde Jesus passaria – obrigava-os a visitar até mesmo povoados hostis, especialmente os situados na região da Samaria.
Lucas destaca por duas vezes a determinação de “entrar” e “comer” nas casas, o que é uma negação dos costumes do Judaísmo de não entrar – e muito menos comer – em casa de gentios.
Se a hospitalidade em uma cidade lhes fosse recusada, eles não teriam o direito de fazer uso da força ou da violência. Bastava-lhes sacudir o pó das sandálias e seguir adiante.
Falando na perspectiva do Reino, a ação missionária oferecida aos setenta e dois discípulos exigia deles que fossem testemunhas do mundo novo proclamado por Jesus. Aí os bens materiais deveriam ser relativizados, não tendo primazia no coração humano. A solidariedade seria um imperativo, e a violência, banida. Por conseguinte, a reação dos apóstolos diante de situações adversas já seria uma ação evangelizadora.

Padre Bantu Mendonça


Leitura Orante


Preparamo-nos, juntos, na rede da internet, para a Leitura Orante, rezando:



Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.


1. Leitura (Verdade)



O que diz o texto do dia?
 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto:
 Lc 10,1-12.

Jesus Mestre organiza a equipe de discípulos. Tem objetivo, conteúdo, estratégia e missão claros.
Equipe: setenta e dois discípulos. Setenta (setenta e dois) na tradição judaica significava o número dos povos do mundo. O número de setenta discípulos manifesta o objetivo de Jesus com relação à humanidade inteira. O novo Povo de Deus envolverá todos os povos da terra.
Objetivo: Atenção à vida das pessoas ("cura dos doentes") e anúncio do Reino de Deus.
Conteúdo: preparar a acolhida do Senhor (pré-missão).
Estratégia: oração, despojamento, ir ao encontro, visitar todas as casas, iniciando com saudação de paz.

Missão: a "colheita". Ou seja: formar o novo Povo de Deus.

2. Meditação (Caminho)

O que a Palavra diz para mim, para nós?

Respondo aos apelos e convites de Jesus Metre?

 Atualizo a Palavra, ligando-a à minha vida.
Faço parte do Novo Povo de Deus. Sou também convocado/a a ser discípulo/a missionário/a atento/a ao bem das pessoas e ao anúncio do Reino. Como disseram os bispos, em Aparecida: "Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher."
(DAp 18).
Qual o meu compromisso com a Igreja?

Minha fé é dinâmica, comunicativa.
Às vezes, tenho minha fé e compromissos adormecidos, sem expressão.

3. Oração (Vida)

O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Em silêncio dou minha resposta de adesão ao Senhor que me convoca e envia e "peço ao dono da plantação que mande mais trabalhadores".

 E rezo, com o Padre Zezinho, scj:

Oração Pela Messe

Poucos os operários, poucos trabalhadores
e a fome do povo aumenta mais e mais.
És o Senhor da messe, ouve esta nossa prece,
põe sangue novo nas veias da tua Igreja.
1. Falta pão porque falta trigo. Falta trigo porque não semeiam
e faltam semeadores porque ninguém foi lá fora chamar.
Falta fé porque não se ouve.
Não se ouve porque não se fala
e falta esse jeito novo de levar luz e de profetizar.
2. Falta gente pra ir ao povo, descobrir porque o povo se cala.
Pastores e animadores pra incentivar o teu povo a falar.
Falta luz porque não se acende.
Não se acende porque faltam sonhos
e falta esse jeito novo de levar luz e falar de Jesus.
Ouça em http://youtu.be/2kKpgD_b3KY
CD Fazedores da Paz - Pe. Zezinho,scj - Paulinas COMEP 

 
4. Contemplação(Vida/Missão)
Qual o novo olhar que a Palavra despertou em mim?
Renovo meu compromisso de ir ao encontro das pessoas para lhes anunciar a paz. Disseram os bispos, em Aparecida:
"Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um de seus habitantes".
(DAp 18). 

Todos somos vocacionados no Reino de Deus.

Vou assumir meu lugar, conforme o Projeto de Deus.

Irmã Patrícia Silva, fsp


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