25 de Janeiro de 2012 
Marcos 16,15-18
Comentário do EvangelhoImpacto da ação missionária de Paulo
O
 evangelho de Marcos termina no versículo 16,8 com a narrativa do 
encontro do túmulo vazio pelas mulheres. Tardiamente foi feito o 
acréscimo de 16,9-20, para inserir neste evangelho as aparições do 
ressuscitado, conforme ocorria nos outros três evangelhos, posteriores a
 Marcos. Este texto tardio destoa do evangelho de Marcos. Primeiro pela 
colocação do batismo como critério de salvação e condenação, o que fere a
 perspectiva universalista revelada em Marcos. Em segundo lugar por 
associar a fé à manifestação externa de poderes. Em Marcos são 
frequentes as passagens em que a fé humilde e frágil abre as portas do 
Reino. Dentre os sinais visíveis de poder, a alusão "pegarem em 
serpentes... não lhes fará mal algum" relaciona-se com At 28,3-6: uma 
serpente prende-se à mão de Paulo e ele nada sofre. Trata-se de um 
artifício literário para destacar o bem-sucedido impacto da ação 
missionária de Paulo, em um ministério exercido entre conflitos. Hoje, a
 festa da conversão de Paulo, conforme as narrativas de Atos, nos lembra
 que assim como Paulo percebeu a presença de Jesus vivo nos discípulos 
que ele perseguia, ele próprio tornou-se uma testemunha de Jesus entre 
as comunidades formadas em sua missão.
José Raimundo OLiva
Vivendo a Palavra
O texto é do capítulo final do Evangelho de Marcos. Diante dos onze apóstolos reunidos em refeição, Jesus se dirigia à Igreja de todos os tempos, ordenando que anuncie o Reino e lhe dando poder. Paulo deixou-nos seu exemplo: bem cedo assumiu a missão e foi um incansável arauto da Boa Notícia trazida pelo Cristo Jesus.
Reflexão - Mc 16, 15-18                        
É comum ouvirmos pessoas rezarem 
pela conversão dos pecadores, mas é muito difícil vermos alguém rezar 
pela própria conversão. Isso acontece porque a maioria das pessoas acha 
que não precisa de conversão porque não comete aqueles pecados que 
possuem matéria mais grave e vive com certa constância uma 
religiosidade. Porém o Evangelho de hoje nos mostra que ser 
verdadeiramente cristão significa participar ativamente na obra 
evangelizadora da Igreja a partir do envio que foi feito pelo 
próprio Jesus. Portanto, só é verdadeiramente convertido quem participa 
da missão evangelizadora da Igreja.
Na dor, lembre que Cristo prometeu estar conosco até o fim dos tempos
Postado por: homilia
janeiro 25th, 2012
Celebramos hoje com toda a Igreja a conversão de São 
Paulo apóstolo, o  grande missionário que levou o Evangelho a diversos 
cantos do mundo,  saindo dos limites da Terra Santa, fundando, formando e
 orientando comunidades cristãs. É conhecida sua  mudança de vida: de 
perseguidor do Evangelho de Cristo a grande evangelizador das nações.
A questão central abordada no Evangelho de hoje é a do papel dos  
discípulos no mundo, após o retorno de Jesus ao encontro do Pai. O texto
  consta de três cenas: Jesus Ressuscitado define a missão dos  
discípulos; parte ao encontro do Pai; os discípulos partem ao encontro  
do mundo a fim de concretizar a missão que Cristo Ressuscitado lhes 
havia confiado.
Na primeira cena (vers. 15-18), Jesus Ressuscitado aparece aos  
discípulos, acorda-os da letargia em que se tinham instalado e define a 
 missão que, doravante, eles seriam chamados a desempenhar no mundo.
A primeira nota do envio e do mandato que Jesus dá aos discípulos é a
  da universalidade. A missão deles destina-se a “todo o mundo” e não  
se deve deter diante de barreiras raciais, geográficas ou culturais. A  
proposta de salvação feita pelo Senhor e que os discípulos devem  
testemunhar destina-se a toda a terra.
Depois, o Senhor define o conteúdo do anúncio: o Evangelho. O que é o
  Evangelho? No Antigo Testamento, essa palavra está ligada à “Boa  
Notícia [Boa Nova]” da chegada da salvação para o povo de Deus. Depois, 
na boca de  Jesus, a palavra “Evangelho” designa o anúncio de que o 
“Reino de Deus”  chegou à vida dos homens, trazendo-lhes a paz, a 
libertação, a  felicidade. Para os catequistas das primeiras comunidades
 cristãs, o  Evangelho é o anúncio de um acontecimento único, capital, 
fundamental:  em Jesus Cristo, Deus veio ao encontro dos homens, 
manifestou-lhes o Seu  amor, inseriu-os na Sua família, convidou-os a 
integrar a comunidade do  Reino, ofereceu-lhes a vida definitiva. Tal é o
 único e exclusivo  Evangelho que muda o curso da história e transforma o
 sentido e os  horizontes da existência humana.
O anúncio do Evangelho obriga os homens a uma opção. Quem aderir à  
proposta que Jesus faz, chegará à vida plena e definitiva (quem  
acreditar e for batizado será salvo); mas quem recusar essa proposta,  
ficará à margem da salvação (quem não acreditar será condenado – vers.  
16).
O anúncio do Evangelho que os discípulos são chamados a fazer vai  atingir não só os homens, mas toda criatura. Muitas
 vezes, o homem,  guiado por critérios de egoísmo, de cobiça e de lucro,
 explora a  criação, destrói este mundo “bom” e harmonioso que Deus 
criou. Mas a  proposta de salvação apresentada por Deus Pai 
destina-se a transformar o  coração do homem, eliminando o egoísmo e a 
maldade. Ao transformar o  coração do homem, o Evangelho, apresentado 
pelo Senhor e anunciado pelos  discípulos, vai propor uma nova relação 
do homem com todas as outras  criaturas – uma relação não mais marcada 
pelo egoísmo e pela exploração,  mas pelo respeito, pela paz e pelo 
amor. Dessa forma, nascerá uma nova humanidade  e uma nova natureza.
A presença da salvação de Deus no mundo tornar-se-á uma 
realidade  por meio dos gestos dos discípulos de Jesus. Comprometidos 
com Cristo, os  discípulos vencerão a injustiça e a opressão, “expulsarão os demônios  em meu nome”, serão arautos da paz e do entendimento dos homens,  “falarão novas línguas”, levarão
 a esperança e a vida nova a todos os  que sofrem e que são prisioneiros
 da doença e do sofrimento. Quando  impuserem as mãos sobre os doentes, 
eles ficarão curados; e, em todos os  momentos, Jesus estará com eles, 
ajudando-os a vencer as contrariedades  e as oposições.
Na segunda cena (vers. 19), Jesus sobe ao céu e senta-se à direita de
  Deus Pai. A elevação de Jesus ao céu (ascensão) é uma forma de sugerir
 que,  após o cumprimento da Sua missão no meio dos homens, Cristo 
Ressuscitado foi ao  encontro do Pai e reentrou-se na comunhão d’Ele.
A intronização de Jesus “à direita de Deus” mostra, por sua vez, a  
veracidade da proposta de Cristo. Na concepção dos povos antigos, aquele
  que se sentava à direita de Deus era um personagem distinto a quem o 
monarca  queria honrar de forma especial. Jesus, porque cumpriu com 
total  fidelidade o projeto de Deus para os homens, é honrado pelo Pai e
  se senta à Sua direita. A proposta que Jesus apresentou – e que os  
discípulos acolheram e vão ser chamados a testemunhar no mundo – não é  
uma aventura sem sentido e sem saída, mas é o projeto de salvação que  
Deus quer oferecer aos homens.
Na terceira cena (vers. 20), descreve-se, resumidamente, a ação  
missionária dos discípulos: eles partiram a pregar, ou seja, anunciar,  
com palavras e gestos concretos, essa vida nova que Deus ofereceu aos  
homens por intermédio de Jesus Nazareno por toda a parte, propondo a 
todos eles, sem  exceção, a proposta salvadora de Deus Todo-poderoso.
O autor desta catequese assegura aos discípulos que eles não estão  
sozinhos ao longo dessa missão. Jesus, vivo e ressuscitado, está com  
eles, coopera com eles e manifesta-se ao mundo nas palavras e nos gestos
  dos discípulos.
É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo, os valores do 
Reino dos Ceús, visto que estes, muitas vezes, estão em contradição com 
 aquilo que o mundo defende e considera como prioridade  da vida. Com 
frequência, os discípulos de Jesus são objeto da zombaria e  do escárnio
 dos homens, porque insistem em testemunhar que a felicidade  está no 
amor, na fé, na paz e no dom da vida. Com frequência, os discípulos de 
Cristo  são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que 
produz  escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem 
em  testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega 
da  vida.
O confronto com o mundo gera, muitas vezes, desilusão, sofrimento e  
frustração nos discípulos. Nos momentos de decepção e de desilusão  
convém recordar-se das palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao  fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que  testemunhamos aquilo em que acreditamos.
Padre Bantu Mendonça
Leitura Orante
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura Orante pensando, como São Paulo, apóstolo dos povos,
nas muitas pessoas que, no mundo inteiro
- Europa, Brasil, Américas, África, Índia, Ásia, e tantos outros lugares -,
nos reunimos na rede da internet para rezar, juntos, a Palavra.
Peço luzes ao Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Acolho a Palavra, cantando o refrão:
"A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração"
(Rm 10,8)
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 16,15-18, e observo as palavras de Jesus.
Este texto nos faz pensar que todo cristão, todo batizado, é chamado a um encontro com Jesus, a uma grande fé, à conversão, ao discipulado, à comunhão e à missão. Jesus diz que quem crer terá o poder de "fazer milagres". Jesus envia os discípulos a uma missão universal. Para que? Não vão ensinar, pregar para serem mestres, mas para fazerem discípulos de Jesus. Receberão o poder de libertar as pessoas do mal, de restaurar a dignidade, mas "poder do meu nome", diz Jesus.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O texto me diz que também eu sou uma pessoa cristã, convocada para ser discípulo/a e missionário/a de Jesus.
A fé e o encontro com Jesus Cristo, são o fio condutor de um processo que culmina na minha maturidade como discípulo/a e deve renovar-se constantemente pelo meu testemunho pessoal, e pela missão: "Vão pelo mundo inteiro".
A conversão é a minha resposta inicial no seguimento de Jesus Cristo;
O discipulado, como amadurecimento no conhecimento, na fé e no seguimento de Jesus Mestre.
A comunhão, pois não pode haver vida cristã fora da comunidade: na minha família, na paróquia, no meu grupo.
A missão, que nasce do desejo de partilhar minha experiência de Deus com os outros.
Conta-se que cinco sapinhos estavam à beira da lagoa. Três decidiram saltar na água. Pergunta-se: quantos ficaram de fora? Alguém, pela lógica imediata, diz: "Ficaram dois". Outra pessoa, um pouco mais reflexiva, disse que "nenhum ficou", pois os dois se assustaram e desapareceram. Na verdade, ficaram todos do lado de fora, pois três apenas decidiram. Não concretizaram a decisão, não se comprometeram realmente.
. Não basta o desejo de partilhar. é preciso partilhar. Compromisso!
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Faço orações espontâneas e depois rezo:
Oração a São Paulo
Ó glorioso São Paulo,
que de perseguidor dos cristãos vos tornastes grande apóstolo,
e que para anunciar o Cristo Salvador ao mundo inteiro,
sofrestes prisões, flagelações, apedrejamentos,
naufrágios e perseguições de toda espécie, e,
por fim, derramastes o vosso sangue,
alcançai-nos a graça de aceitar as doenças,
sofrimentos e adversidades desta vida.
Que nada nos desanime no serviço de Deus,
mas sirva para crescermos na fé,
na esperança e no amor. Amém.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
 Meu novo olhar será 
iluminado pelo coração que se compromete com a missão de evangelizar a 
todos.
Com os bispos da América Latina e Caribe, sinto que posso procurar:
"a) Conhecer e valorizar esta nova cultura da comunicação.
b) Promover a formação profissional na cultura da comunicação de todos os agentes e cristãos.
c) Formar comunicadores profissionais competentes e comprometidos com os valores humanos e cristãos na transformação evangélica da sociedade, com particular atenção aos proprietários, diretores, programadores e locutores.
d) Apoiar e otimizar, por parte da Igreja, a criação de meios de comunicação social próprios, tanto nos setores televisivos e de rádio, como nos sites de Internet e nos meios impressos;
e) Estar presente nos meios de comunicação de massa: imprensa, rádio e TV, cinema digital, sites de Internet, fóruns e tantos outros sistemas para introduzir neles o mistério de Cristo.
f) Educar na formação crítica quanto ao uso dos meios de comunicação a partir da primeira idade;
g) Animar as iniciativas existentes ou a serem criadas neste campo, com espírito de comunhão.
h) Acompanhar leis protejam as crianças, jovens e as pessoas mais vulneráveis para que a comunicação não transgrida os valores e, ao contrário, criem critérios válidos de discernimento.
i) Ajudar tanto as pastorais de comunicação como os meios de comunicação de inspiração católica a encontrar seu lugar na missão evangelizadora da Igreja. "
(DAp 486).
Refrão: Pela graça de Deus sou o que sou,
Sou o que sou pela graça de Deus (1Cor 15,10)
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. 
Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós.
 Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz.
Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso,
Pai e Filho e Espírito Santo. 
Amém. 
Refrão: Eu sei, eu sei, eu sei em quem acreditei
Eu sei, eu sei em quem acreditei. (2Tm 1,12)
Refrão: Eu sei, eu sei, eu sei em quem acreditei
Eu sei, eu sei em quem acreditei. (2Tm 1,12)
Irmã Patrícia Silva, fsp
 
 
 
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