ANO A
Mt 8,5-11
Comentário do Evangelho
Fé e universalidade da salvação
Este episódio, presente também em Lucas e João (Lc 7,1-10; Jo 4,46-53), é a ocasião para afirmar a universalidade da salvação trazida por Jesus e a eficácia de sua palavra. No centro do episódio está a fé do centurião na palavra do Senhor, que o cristão deve imitar.
O centurião, chefe de cem soldados, é um pagão. A súplica do centurião a Jesus é por um servo seu, que ele estimava muito. Para o centurião o valor essencial parece ser a vida. Ele mesmo não se diz impuro, pois isso é um conceito judaico-religioso. Ele parece conhecer as normas dos judeus quanto à pureza, por isso diz: “Senhor, eu não sou digno…” (v. 8). Dizer-se indigno é reconhecer a autoridade de Jesus. O Senhor acolhe a todos e pretende ir à casa do centurião. No entanto, o chefe pede que Jesus simplesmente dê uma ordem, pois é o poder da palavra que importa. A fé do centurião causa uma profunda admiração em Jesus. A fé do pagão ultrapassa à manifestada em Israel. O v. 11 aponta para a universalidade da salvação: “Muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus, juntamente com Abraão, Isaac e Jacó” (v. 11).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a purificação da fé predisponha-me para ir ao encontro do Senhor. Como o homem pagão, quero manifestar uma fé imensa no poder salvífico de teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 02/12/2013
Vivendo a Palavra
O oficial romano reconhecia que sua patente militar lhe conferia um poder superior às próprias forças e sua fé lhe dizia que naquele homem – Jesus de Nazaré – estava encarnada a Palavra do Pai, o Verbo Criador e, por isto, era possível a cura do seu empregado ainda que sem a presença física do Mestre.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2013
Vivendo a Palavra
Um estrangeiro – o oficial romano – foi capaz de compreender que o homem Jesus de Nazaré encarnava a Palavra de Deus. Se o homem estava sujeito às leis humanas de espaço e tempo, o Cristo era reconhecido como Senhor da Vida, em quem toda a Criação estava mergulhada e, portanto, já presente junto ao empregado doente e com o poder de curá-lo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/11/2016
VIVENDO A PALAVRA
O oficial romano reconhecia que sua patente militar lhe conferia um poder superior às próprias forças e sua fé lhe dizia que naquele homem – Jesus de Nazaré – estava encarnada a Palavra de Deus, o Verbo Criador e, por isto, era possível a cura do seu empregado por um poder superior – a ‘Palavra de Deus’ – ainda que sem a presença física do Mestre.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2019
Reflexão
A presença de Jesus no meio dos homens significa a chegada dos tempos messiânicos e o pleno cumprimento de todas as profecias do Antigo Testamento. Os sinais que Jesus realiza atestam este fato. Mas para que as pessoas participem do Reino de Deus de modo a usufruir dos dons que lhes são oferecidos nestes tempos messiânicos, faz-se necessária a aceitação plena de Jesus e de sua palavra, assim como a adesão à causa do Reino de Deus. Não basta ser católico para participar das coisas do alto, é necessário assumir a fé e ter uma vida coerente com ela.
Fonte: CNBB em 02/12/2013 e 28/11/2016
Reflexão
Duas virtudes se destacam de imediato na pessoa do oficial romano: a humildade e a fé. O oficial, chamado também de centurião, era responsável por cem soldados romanos. Portanto exercia importante cargo na sociedade. Mesmo assim, desapega-se de sua posição social e se dispõe a procurar Jesus para lhe pedir discretamente que venha em socorro do seu empregado enfermo. Embora não pertença ao povo de Israel, o centurião crê que Jesus é um enviado de Deus e tem poder de curar. Jesus não só atende ao seu pedido, curando-lhe o empregado, mas elogia a sua fé. O centurião é um dos primeiros de uma série de pagãos que vão se abrir para formar a nova família de Deus, os cristãos.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 02/12/2019
Reflexão
Encarregado de manter a ordem social no país, o centurião está a serviço dos ocupantes romanos. No entanto, totalmente desarmado de qualquer preconceito, apresenta sentida súplica ao Senhor Jesus. Reconhece nele um poder superior. Jesus, por sua vez, não lhe pergunta nada. Não lhe fala de religião nem de preceitos morais. Dá ao centurião a certeza de que vai curar seu servo: “Eu irei, e o curarei”. Essa atitude nos faz lembrar a insistência do papa Francisco para sermos uma Igreja em saída. Jesus não vai à casa do centurião porque este, com fé admirável, poupa esse esforço ao Mestre: “Basta que digas uma palavra e o meu servo ficará curado”. Jesus então engrandece a fé do centurião, que contrasta com a fé pequena de Israel.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 28/11/2022
Recadinho
Será que damos chance a Jesus para que entre em nossa casa, em nosso coração? - Reconhecemos que sem ele nada podemos fazer? - É possível ter fé e não demonstrar um grande amor para com o próximo? - Tem consciência de que quanto mais voltarmos nossa atenção para com o próximo menores se tornarão nossos problemas? - Reflita sobre a frase: “Deus consertará um coração partido se lhe levarmos os pedaços!”
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/12/2013
Meditando o evangelho
INDIGNO DE RECEBER O SENHOR
A exclamação do oficial romano - "Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa" - expressa a condição de todo cristão, diante da iminente vinda do Senhor: somos todos indignos. A dignidade constrói-se pelo engajamento na luta por construir um mundo de amor e de justiça, compatível com o projeto de Deus, proclamado por Jesus. Resulta de um esforço gigantesco de neutralizar as consequências do egoísmo no coração humano, de forma que este recupere o primado da misericórdia e do perdão. Expressa-se num modo de proceder modelado no de Jesus.
A preparação para receber o Senhor acontece em meio às tensões da vida e às múltiplas solicitações provindas do mau espírito. Sob o impacto destas pressões, o discípulo precisa estar pronto quando, o Senhor chegar. Daí a necessidade de um contínuo discernimento, para saber por onde ir e como caminhar, sem se desviar da meta. Caso contrário, correrá o risco de trilhar o caminho errado.
Contudo, a consciência da própria indignidade não pode descambar para um estado de autodesvalorização, cujo efeito seria bloquear toda iniciativa para superar as próprias limitações. Preparando-se para acolher o Senhor, o pecador deve saber-se amado e valorizado por Deus, que o predispõe para abrir-se à ação da graça.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito que predispõe para acolher o Senhor, que eu tome consciência de ser pecador, mas amado por Deus, o qual, com sua graça, me torna digno de acolher o Messias que vem.
Fonte: Dom Total em 28/11/2016
Meditando o evangelho
PURIFICADO POR JESUS
A religiosidade judaica considerava impuros todos os pagãos. Este era o motivo por que se proibia todo e qualquer contato com eles, por serem transmissores de impureza. Não era permitido mesmo uma simples conversa com eles, muito menos ir à casa deles.
Jesus procurou distanciar-se dos preconceitos sociais e religiosos que pudessem afastá-lo das pessoas. Sua missão de salvar o povo de seus pecados exigia dele contatar com todos, sem exceção, para comunicar-lhes a salvação divina de que era portador. Sua salvação era universal , não tinha barreiras. Importava-lhe comunicá-la a todos.
O episódio bíblico fala de um pagão, conhecedor de sua inferioridade como gentio, mas portador de uma fé de alta qualidade. Indigno de receber Jesus em sua casa, para que este não se contaminasse, suplicou-lhe que curasse o seu servo com sua palavra poderosa. Seu pedido foi prontamente atendido por estar sustentado por uma imensa fé desconhecida em Israel.
O milagre operado por Jesus implodiu os preconceitos religiosos de sua época. Para ele não existe diferença entre judeus e pagãos, pois todos são igualmente dignos de beneficiar-se da misericórdia divina. A impureza não está ligada à origem étnica. Portanto, o contato com um pagão cheio de fé nada tem de impuro. Daí seu direito de "sentar-se à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus", em pé de igualdade com os fiéis judeus.
Fonte: Dom Total em 02/12/2019 e 28/11/2022
Oração
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Pai, que a purificação da fé predisponha-me para ir ao encontro do Senhor. Como o homem pagão, quero manifestar uma fé imensa no poder salvífico de teu Filho Jesus.
Fonte: Dom Total em 02/12/2019
Liturgia comentada
E tomarão lugar à mesa... (Mt 8,5-11)
Desde o banquete servido por Abraão aos Três visitantes (Gn 18) até a Ceia do Cordeiro (Ap 19,9), a Sagrada Escritura sugere que Deus nos convida a sua mesa. O Povo escolhido era o convidado de honra, mas os estrangeiros – os não-povo! – acabaram ocupando os lugares que ficaram vagos...
Neste Evangelho, um centurião romano, chefe de cem soldados, está acostumado a dar ordens e a vê-las cumpridas. Uma só palavra e basta! Por certo, já está informado sobre Jesus, o Rabi da Galileia que cura enfermos e liberta possessos. Reconhece sua autoridade sobre os males físicos e espirituais. Este reconhecimento (um tipo de fé?) o anima a rogar pelo servo doente.
Ao ver que Jesus faz menção de ir à sua casa, o romano se espanta: não precisa tanto, basta uma palavra! Afinal, um judeu que entrasse no ambiente “impuro” do estrangeiro, ficaria também ele ritualmente impuro. E o centurião tem um argumento invencível para que Jesus de Nazaré não visite seu lar, a casa de um estrangeiro, invasor e “pagão”: “Senhor, eu não sou digno!”
Como não pensar no publicano da parábola (cf. Lc 18,9ss), que sequer se aproximava do altar e, lá do fundo do Templo, olhos no chão, batia no peito e se rebaixava diante do Senhor: “Tem piedade de mim, que sou pecador”?
Não é sem motivo que nossas eucaristias começam por um ato penitencial. É, talvez, a tentativa desesperada da Igreja para nos recordar nossa condição de pecadores. Espera-se que, batendo no peito, examinando a própria consciência, nós desistamos da impropriedade de cobrar alguma coisa de Deus, ou de apresentar-lhe nossos méritos (aliás, inexistentes) ou, mesmo, reclamar asperamente do Senhor pela má qualidade dos serviços que Ele nos presta...
Como faz falta esse sentimento de indignidade! O sentimento do pródigo que volta a casa com um discurso ensaiado: “Já não sou digno de ser chamado filho... Trata-me como um dos empregados...” (Lc 15,19.) E ouve, surpreso, a resposta do Pai: “Não tem jeito, filho! Enquanto eu for Pai, tu serás meu filho!”
É assim que se descobre a verdade fundamental em nossa relação com Deus: não somos amados porque somos bons; somos amados porque somos filhos... Não é por mérito nosso. É pelo amor do Pai...
Existe uma mesa à minha espera. Nela cabem todos os estrangeiros, chamados também eles à filiação. Mas eu preciso achar um meio de abrir espaço para o irmão que também tem fome...
Orai sem cessar: “Junto ao Senhor se acha a misericórdia!” (Sl 130,7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 02/12/2013
HOMILIA
A Palavra de Jesus é sempre eficaz
Os santos são homens e mulheres que se deixaram conduzir pela Palavra e pelo Espírito de Deus e, por isso, alcançaram a santidade.
O Evangelho de hoje é o de Mt 8,5-11. Estamos diante da narrativa do milagre que também aparece nos Evangelhos de Lucas e de João com diferenças sensíveis entre si.
O milagre em favor de um pagão, excluído do povo de Deus, é prova de uma fé que não havia sido mostrada em Israel. Assim, Jesus o apresenta como um membro do novo povo de Deus que não mais será formado por aqueles que pertencem a uma raça (a de Abraão), mas por aqueles que têm fé como Abraão: “Em verdade vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”.
Por isso, cabe dizer que o conteúdo principal da mensagem de Jesus, neste Evangelho, é a grande manifestação de fé de um gentio e a cura à distância, sem o toque direto d’Ele. A fé do gentio contrasta com a incredulidade dos israelitas. Com esta cura à distância, fica destacada a eficácia da Palavra de Jesus.
Além deste episódio com o centurião, a cura à distância acontece apenas com outra pagã: a mulher cananéia. Assim, é fortalecida a fé dos discípulos nas comunidades, em todo o mundo, que darão continuidade ao ministério de Jesus, sem a sua presença sensível.
Com Jesus, todos os povos de todos os tempos têm seu lugar à mesa de Deus, em comunhão com sua vida divina e eterna. Trata-se, portanto, de uma refeição, um banquete aberto para todos os povos, nações, línguas, tribos e raças desde que tenham como elemento fundamental a fé na Palavra do Filho do Homem: “Senhor … dizei somente uma ‘Palavra’ o meu criado ficará curado”.
Foi a partir da fé deste centurião que, hoje – antes de comungarmos -, professamos a nossa fé no Corpo e no Sangue de Jesus presentes na hóstia e no vinho consagrados: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra e serei salvo”.
É comungando o Corpo e o Sangue de Jesus que o homem e a mulher se tornam fortes e comprometidos com a missão de anunciá-Lo aos seus irmãos. E, dentre estes homens ilustres, a Santa Mãe Igreja nos faz, ... meditar nas qualidades de São Francisco Xavier. Homem de uma fé verdadeira e sincera, o maior missionário dos nossos tempos. Com a garra de um verdadeiro “facho ardente”, São Francisco Xavier levou o Evangelho de Cristo para junto das culturas orientais, adaptando-as ao seu modo de compreender a Palavra da Salvação.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Liturgia da Palavra em 02/12/2013
REFLEXÕES DE HOJE
SEGUNDA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 02/12/2013
HOMILIA DIÁRIA
Reconheçamos a nossa fragilidade
A primeira coisa a fazer é termos a capacidade de reconhecer a nossa fragilidade, a capacidade de reconhecer nossos limites, ou seja, que nós não podemos tudo.
“Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e o meu empregado ficará curado.” (Mt 8,8)
O oficial romano sabe o que Jesus pode fazer pelo seu empregado, sabe que o seu empregado está de cama. Por outro lado, ele, com todos os recursos financeiros que tem, com todo o poder que possui, sabe que não pode fazer nada para dar a vida ao seu empregado. Mas tem confiança por saber quem é Jesus. Ao mesmo tempo, ele reconhece sua indignidade, sua fragilidade, reconhece os seus pecados, e é por isso que confessa: “Eu não sou digno, Senhor, de que entres em minha casa”, isto é, ele sabe que é digno de que o Senhor se aproxime dele.
A primeira coisa a fazer é termos a capacidade de reconhecer a nossa fragilidade, a capacidade de reconhecer nossos limites, ou seja, que nós não podemos tudo. Quando nos portamos movidos pelo nosso orgulho, pela nossa autossuficiência, por nos acharmos santos e justificados, Deus realmente não pode fazer muito por nós, porque a nossa autossuficiência é barreira para que Ele entre em nossa casa e faça a Sua obra.
Mas se aprendermos, com esse oficial, a reconhecer nossa indignidade, nossa miséria, a batermos no peito e a dizer: “Senhor, eu não sou digno! Mas eu creio, eu tenho confiança, tenho a convicção e certeza de que basta uma palavra Sua para que a minha casa fique transformada. Basta uma palavra Sua, Senhor, para que a minha vida seja curada. Basta uma palavra Sua, Senhor, para que eu seja salvo da situação de pecado em que vivo, da opressão pela qual estou passando. Nesses tormentos, Senhor, pelos quais, muitas vezes, estou passando na minha vida. Eu não sou digno, Senhor! O Senhor não vai fazer a graça acontecer por causa da minha dignidade, mas é por causa da Sua misericórdia, do Seu poder, que vem em auxílio à minha fraqueza, em auxílio à minha pequenez”.
Hoje, eu coloco diante do Senhor o quão pequeno eu sou, o quão indigno eu sou. O quão pecador eu sou! Confesso a grandeza de Deus, o poder d’Ele, o quanto Ele pode fazer pela minha pequenez, pela minha miséria. Eu não sou digno, Senhor, mas uma palavra Sua e todas as coisas poderão mudar!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/12/2013
HOMILIA DIÁRIA
Tenhamos solicitude para com todos
Precisamos ter solicitude para com todos! Quem tem responsabilidade para com alguém tem de se preocupar com a pessoa por inteiro
“Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé.” (Mateus 8, 10)
Jesus está admirado com a fé do oficial romano. Veja, este homem era tido como um pagão, e a sua responsabilidade era cuidar do exército romano. Ele não tinha a cultura judaica, os elementos da fé como os judeus por si tinham. Mas ele tinha algo fundamental: docilidade e sede de Deus. Isso fazia dele um homem não só bom, mas aberto, e desse modo sabia do que Jesus era capaz.
O oficial tinha um de seus soldados doente, precisando de cuidados; ele sabia que com tudo o que tinha de dinheiro e poder, posses e responsabilidades não poderiam fazer nada pelo seu empregado.
Há algo que me chama à atenção: além da fé deste homem, a solicitude, o cuidado, o amor, o carinho que ele tem para com o seu empregado. Muitas vezes, consideramos pessoas “inferiores” sem importância para nós; a pessoa que trabalha conosco na empresa, que está na faxina, aquele que vai em nossa casa trabalhar, não passam de simples empregados. Que mentalidade errada, que mentalidade mundana!
Precisamos ter solicitude para com todos! Quem tem responsabilidade para com alguém tem de se preocupar com a pessoa por inteiro, preocupar-se que ela esteja bem psicológica e fisicamente. Não que vamos resolver os problemas de todo mundo, cuidar dos problemas das pessoas que estão à nossa volta, mas, às vezes, as pessoas que trabalham conosco estão ao nosso lado há tanto tempo e não temos nem atenção por aquilo que se passa com ela.
Louvado seja Deus pela solicitude e pela caridade que move o coração desse oficial romano! É bonito, porque é a caridade unida à fé; e ele sabe que não pode mesmo fazer nada pelo seu empregado, mas sabe que Jesus pode, que Ele tem poder. Ele ouviu falar de tudo o que Jesus fez e acreditou. É por isso que ele recorreu a um gesto de profunda humildade: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas basta uma palavra tua para o meu empregado ser curado”.
Confessando a sua indignidade e incapacidade, ele reconhece que só Deus é grande, só Ele pode e que, Ele querendo, pode fazer por aquele empregado. A sua humildade está aliada à sua fé: “Eu creio que Jesus pode!”.
O que vai fazer com que esse empregado seja curado é, de fato, a fé do oficial, uma fé confiante, humilde e determinante, para que a graça de Deus aconteça.
Às vezes, encontramos muitas pessoas que tem mais fé do que as pessoas nosso contexto religioso, dos nossos grupos de oração, da nossa caminhada de igreja, do que nós que caminhamos em Deus. Não que isso justifique que a pessoa tem que estar fora da igreja. Não é nada disso! Porque fé é algo que vem do coração; que, de fato, coloca em Deus a sua total confiança.
É verdade que a fé nos leva a ter compromisso com Deus, leva-nos a buscá-Lo com mais sede, mais determinação. No entanto, o que determina a nossa fé não é ir ou não ir à igreja.
O que faz com que nossa fé seja verdadeira é a confiança, a entrada, é colocar-se, verdadeiramente, nos braços de Deus e saber que só Ele pode. Muitas vezes, achamos que podemos sem Deus mesmo estando nos caminhos d’Ele, é um erro e uma tremenda ilusão.
Que Deus nos ajude a ter uma fé verdadeira e a aumente em nós, para que assim possamos viver na sintonia da graça e do amor divino!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 28/11/2016
HOMILIA DIÁRIA
A nossa salvação está em Jesus
“Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé.” (Mateus 8,10)
Jesus estava elogiando o oficial romano porque ele se aproximou d’Ele suplicando pelo Seu empregado que estava de cama, estava enfermo, estava sofrendo muito.
Esse oficial romano sabia que, com todo o seu poder, com o seu dinheiro, ele não era capaz de curar o seu empregado, mas ele sabia que Jesus podia. Por isso, ele colocou toda a sua fé e confiança em Jesus.
A pergunta que nós temos que fazer é: “Onde estamos colocando a nossa fé? Em quem estamos depositando a nossa confiança? Para quem estamos olhando para buscar a nossa salvação, a nossa restauração e a cura dos nossos, a salvação da nossa casa e da nossa família?”.
A verdade é que, muitas casas se perderam quando colocaram no dinheiro, nas pessoas e na prosperidade a própria salvação. A verdade é que muitos de nós nos perdemos também quando deixamos de olhar para Jesus para olhar para nós, para o mundo, para as pessoas e colocar nelas a nossa confiança, nossa esperança e salvação.
Jesus é o nosso salvador, é Ele quem pode nos salvar, nos curar e nos restaurar. Não foi uma simples cura que esse oficial romano foi buscar para o seu empregado. Na verdade, a cura quer dizer a salvação e bastava uma palavra de Jesus para que o oficial fosse salvo.
Olhemos para Jesus e permitamos que a Sua salvação chegue a nós, aos nossos, a nossa casa e cure todos nós
Basta uma palavra de Jesus, basta que a palavra de Jesus entre em nós para que sejamos salvos.
Vivemos tantas angústias e tribulações, passamos por tantos sofrimentos e tempos difíceis nesses tempos em que nos encontramos que para não nos perdermos no meio de tantas confusões, precisamos estar ao lado de Jesus. Mas, precisamos olhar para Ele.
Os judeus tinham Jesus, mas muitos não olharam para Ele, muitos não colocaram n’Ele a sua total confiança e esperança, mas esse não era judeu, era um oficial romano, era dito como um pagão e, por isso, Jesus diz: “Muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus”.
Quem há de sentar-se com Jesus não é quem tem título de cristão, não é quem tem essa ou aquela denominação. Quem vai sentar-se com Jesus é quem olha para Ele, quem coloca n’Ele a sua fé, sua confiança, sua esperança e sabe que só Ele pode nos salvar.
Olhemos para Jesus e permitamos que a Sua salvação chegue a nós, aos nossos, a nossa casa e cure todos nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 02/12/2019
HOMILIA DIÁRIA
Caminhe com fé acreditando na Palavra do Senhor
“Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó.” (Mateus 8,11)
Meus irmãos, no Evangelho de hoje, temos um oficial romano que vai ao encontro de Jesus para pedir pelo seu empregado. Um oficial romano, um pagão que reconhece Jesus como o Senhor, que reconhece que Jesus é o Messias e pode curar o seu empregado.
Este homem de fé, embora pagão, deu passos que nós também precisamos aprender com ele a dar: crer no Senhor, ir ao encontro d’Ele e pedir. E aqui é bonito: não foi egoísta, não pediu para si, pediu para um empregado seu. Um homem de fé, um homem que colocou a fé em prática, um homem que não pensou somente em si.
E, depois, deu uma outra prova de fé, e Jesus se prontificou a curá-lo — “Vou curá-lo”. Mas o oficial romano disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. O Senhor pode dizer só uma palavra e eu creio, o meu empregado ficará curado”.
Por isso Nosso Senhor elogiou a fé daquele homem. Olha só como Ele disse: “Nunca encontrei alguém em Israel que tivesse tanta fé. Nem fariseus, nem saduceus nem mestres da Lei, ninguém; alguém que tivesse tanta fé como aquele pagão”.
Caminhemos com fé, acreditemos em Nosso Senhor e na Sua Palavra
O que Nosso Senhor quis dizer? O que o Evangelho quer nos dizer? Que muitos virão do Oriente e do Ocidente, muitos pagãos reconhecerão o Senhor. Por quê? Porque se tornaram sensíveis à luz e foram atraídos à luz — Jesus.
Aquele homem alcançou a graça para o seu empregado, porque a luz da fé chegou até ele, porque ele se abriu à fé, abriu-se à luz — Jesus.
Meus irmãos, nós também precisamos nos abrir, cada vez mais, a Nosso Senhor Jesus Cristo; e nos abrindo a Ele, dar passos de fé, dar passos de mudanças de vida.
Aquele homem logo, logo, rapidamente, aderiu a Nosso Senhor, foi até Ele, pediu para o seu empregado e acreditou: “Senhor, basta dizer uma palavra”. Meus irmãos, é essa fé que nós precisamos ter: “Senhor, não vejo ainda, mas creio que o Senhor vai fazer maravilhas”. “Senhor, não consigo tocar, não é palpável, mas creio que o Senhor está comigo nessa situação, naquela situação. Eu creio.”
Aquele homem acreditou e alcançou a graça de Nosso Senhor. É um pagão que nos ensina que devemos ter fé, que devemos nos abandonar n’Ele, que devemos caminhar.
Caminhemos com fé, acreditemos em Nosso Senhor e na Sua Palavra para que juntos com os do Oriente e do Ocidente, aqueles que foram excluídos, mas creram no Senhor, façamos parte do banquete no Reino dos Céus. Que nós também façamos parte do grande banquete na eternidade, porque cremos e vivemos a nossa fé.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/11/2022
Oração Final
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Não leves em consideração a pequenez e a fragilidade do nosso acreditar, mas a grande vontade de ouvir, acolher e seguir os ensinamentos e a vida do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2013
Oração Final
Pai Santo, concede-nos o encantamento pelo Mistério do Teu Verbo encarnado. Que a limitação do nosso entendimento não nos prive da entrega generosa e total, pela Fé, à pessoa de Jesus de Nazaré, nosso irmão na humanidade, o Cristo, Teu Filho Unigênito, que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/11/2016
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Não leves em consideração a pequenez e a fragilidade do nosso acreditar, mas a grande vontade de ouvir, acolher e seguir os ensinamentos e a vida do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/12/2019


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