quinta-feira, 17 de abril de 2025

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 17/04/2025

ANO C


Jo 13,1-15

Comentário do Evangelho

Missa da Ceia do Senhor: Amor e Serviço


Chegamos ao Tríduo Pascal, um momento de grande significância na liturgia cristã. Após a Missa dos Santos Óleos, na qual são abençoados os óleos destinados aos catecúmenos, aos enfermos e ao Crisma, a noite traz a celebração da Missa da Ceia do Senhor, ou da Instituição da Eucaristia. Esta missa, também conhecida como a do “Lava-pés”, nos convida a refletir sobre o chamado de Cristo para amar e servir aos outros.
É na noite de hoje que se inicia o grande mistério pascal, em que Jesus é glorificado. O gesto simbólico de Cristo, ao se despir de seu manto, cingir-se com uma toalha e lavar os pés dos discípulos, expressa sua humildade e amor incondicional. Mesmo diante de tal exemplo, Pedro não compreende e tenta se opor. No entanto, Jesus lhe explica que, sem esse gesto de humildade e serviço, ele não teria parte com Ele, ou seja, não poderia compartilhar plenamente da comunhão com o Mestre.
A lógica do Reino de Deus, revelada por Jesus, é paradoxal aos olhos do mundo. Não há espaço para o poder, prestígio ou opressão. Ao contrário, a marca do verdadeiro discípulo é o amor, que transborda no serviço ao próximo. Esse serviço, por sua vez, gera ainda mais amor, pois aquele que serve vê no outro a gratidão por sua atitude. O amor e o serviço se alimentam mutuamente, contagiam e se espalham entre todos que são tocados pela graça de Deus.
https://catequisar.com.br/liturgia/missa-da-ceia-do-senhor-amor-e-servico/

Reflexão

A Igreja abre o Tríduo Pascal com a última ceia de Jesus com seus discípulos e seguidores. A estas alturas, Jesus tinha consciência de que estava prestes a voltar ao Pai, sua missão estava concluída nesta terra. Durante a ceia, Jesus realiza um gesto inusitado, lava os pés dos apóstolos. Segundo o relato de João, a instituição da Eucaristia acontece com o gesto de lavar os pés dos discípulos. Lavar os pés é símbolo de humildade e de serviço aos irmãos e irmãs. Da Eucaristia brota o serviço fraterno em favor daqueles que necessitam. O serviço aos irmãos não é algo secundário, mas é memorial daquilo que o Mestre fez em favor dos discípulos e discípulas. Ele nos deu o exemplo para que nós também sigamos no serviço de doação. A reação de Pedro mostra que ele não está disposto a assumir o projeto de Jesus, que propõe uma comunidade de iguais, onde não há privilegiados.
(Dia a Dia com o Evangelho 2025 - PAULUS)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/dia-17-quinta-feira-11/

Reflexão

«Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros»

Mons. José Ángel SAIZ Meneses, Arcebispo de Sevilha
(Sevilla, Espanha)

Hoje lembramos aquela primeira Quinta-feira Santa da história, na qual Jesus Cristo se reúne com os seus discípulos para celebrar a Páscoa. Então inaugurou a nova Páscoa da nova Aliança, na que se oferece em sacrifício pela salvação de todos.
Na Santa Ceia, ao mesmo tempo que a Eucaristia, Cristo institui o sacerdócio ministerial. Mediante este, poderá se perpetuar o sacramento da Eucaristia. O prefácio da Missa Crismal revela-nos o sentido: «Ele escolhe alguns para fazê-los participes de seu ministério santo; para que renovem o sacrifício da redenção, alimentem a teu povo com a tua Palavra e o reconfortem com os teus sacramentos».
E aquela mesma Quinta-feira, Jesus nos dá o mandamento do amor: «Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» (Jo 13,34). Antes, o amor fundamentava-se na recompensa esperada em troca, ou no cumprimento de uma norma imposta. Agora, o amor cristão fundamenta-se em Cristo. Ele nos ama até dar a vida: essa tem que ser a medida do amor do discípulo, e esse tem que ser o sinal, a característica do reconhecimento cristão.
Mas, o homem não tem a capacidade para amar assim. Não é simplesmente o fruto de um esforço, senão dom de Deus. Afortunadamente, Ele é amor e —ao mesmo tempo— fonte de amor que se nos dá no Pão Eucarístico.
Finalmente, hoje contemplamos o lavatório dos pés. Na atitude de servo, Jesus lava os pés dos Apóstolos, e lhes recomenda que o façam uns aos outros (cf. Jo 13,14).
Há algo mais que uma lição de humildade neste gesto do Mestre. É como uma antecipação, como um símbolo da Paixão, da humilhação total que sofrerá para salvar todos os homens.
O teólogo Romano Guardini diz que «a atitude do pequeno que se inclina ante o grande, ainda não é humildade. É, simplesmente, verdade. O grande que se humilha ante o pequeno, é o verdadeiro humilde». Por isto Jesus Cristo é autenticamente humilde. Ante este Cristo humilde, nossos moldes se quebram. Jesus Cristo inverte os valores humanos e convida-nos a segui-lo para construir um mundo novo e diferente desde o serviço.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «A utilidade do rebaixamento humano é tão grande que até o recomendou com seu exemplo a sublimidade divina, porque o homem orgulhoso pereceria para sempre, se o humilde Deus não o tivesse encontrado» (Santo Agostinho)

- «Viver implica sujar os pés pelos caminhos poeirentos da vida, da história. Todos nós precisamos ser purificados, ser lavados» (Francisco)

- «Tendo amado os seus, o Senhor amou-os até ao fim. Sabendo que era chegada a hora de partir deste mundo para regressar ao Pai, no decorrer duma refeição, lavou-lhes os pés e deu-lhes o mandamento do amor. Para lhes deixar uma garantia deste amor, para jamais se afastar dos seus e para os tornar participantes da sua Páscoa, instituiu a Eucaristia como memorial da sua morte e da sua ressurreição, e ordenou aos seus Apóstolos que a celebrassem até ao seu regresso, constituindo-os, então, sacerdotes do Novo Testamento» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.337)
https://evangeli.net/evangelho/feria/2025-04-17

Reflexão

A "hora extrema" de Jesus

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, com a Última Ceia, chegou "a hora" de Jesus, para a que foi encaminhada desde o principio com todas suas obras. O essencial desta hora fica dito por João com duas palavras fundamentais: é a hora do "passo"; é a hora da "ágape" (amor hasta el extremo).
Os dois termos se explicam reciprocamente, são inseparáveis. O amor mesmo é o processo do passo, da transformação, do sair dos limites da condição humana, na qual todos estão "separados" uns de outros, em uma alteridade que não podemos sobrepassar. É o amor até o extremo o que produz a "transformação" aparentemente impossível: sair das barreiras da individualidade fechada; isto é exatamente a “ágape”, a irrupção na esfera divina.
—A "hora" de Jesus é a hora do grande "passo adiante", a transformação do ser através do "ágape". "Tudo está cumprido", dirá o Crucificado: é uma ágape "até o extremo", a totalidade do entregar-se a si mesmo até a morte.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-17

Reflexão

A caridade

Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós
(Barcelona, Espanha)

Hoje São João descreve-nos a última ceia do Senhor no marco da páscoa judia. Destaca a consciência que tinha o Mestre, Ele sabia que tinha chegado sua hora, a de passar deste mundo ao Pai. E, para expressar sua caridade, se amarra a cintura e lava os pés aos discípulos.
Aproxima-se o momento sublime do grande Amor. O sacrifício do inocente na cruz. Jesus reúne-se com os seus para celebrar a páscoa no seu Sangue, amor derramado em serviço humilde para com os mais pobres, a humanidade inteira necessitada de ser resgatada do pecado.
—Senhor, que também nós cheguemos a compreender, como Pedro, teu gesto de serviço —de caridade— sem pretender nada em troca. Ajuda-nos a deixar lavar nossos pés por ti, a deixar-nos purificar por tua palavra de perdão, sempre novo. Que a eucaristia que instituíste seja a fonte genuína onde teus sacerdotes e todos nós possamos ser sempre lavados no teu Amor.
https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2025-04-17

Comentário do Evangelho

A Última Ceia: Jesus institui a Eucaristia


Hoje, começa o “Tríduo Pascal”, três dias maravilhosos em que Deus “re-fez” a criação entregando-nos a vida de seu Filho Encarnado, Jesus. Hoje, dá o primeiro passo: Jesus institui a Eucaristia. Oferece-nos o seu Corpo e o seu Sangue sacrificados na Cruz. Mas, todavia ainda não morreu! Certo!, mas Ele é Deus e -fazendo um grande milagre - antecipa o seu sacrifício celebrando o que seria a “primeira Missa” da nossa história.
- Vai morrer sacrificado por nós, mas já antes nos oferece o seu “Sacrifício” para que possamos alimentar-nos d’Ele em qualquer lugar e a qualquer momento. Um Amor sem limites!
https://family.evangeli.net/pt/feria/2025-04-17

Oração
— OREMOS: Ó PAI, estamos reunidos para a santa Ceia, na qual o vosso Filho Unigênito, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à plenitude da caridade e da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. — Amém.
https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=17%2F04%2F2025&leitura=meditacao

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