quarta-feira, 9 de outubro de 2024

COLETÂNEA DE HOMÍLIAS DIÁRIAS, COMENTÁRIOS E REFLEXÕES DO EVANGELHO DO DIA, DE ANOS ANTERIORES - 09/10/2024

ANO B


Lc 11,1-4

Comentário do Evangelho

Oração do coração

Em Mateus, na introdução à oração do Pai-Nosso é feita a contraposição à oração dos fariseus e dos gentios. Lucas, por sua vez, introduz a oração a partir do exemplo da oração do próprio Jesus e do exemplo de João Batista e seus discípulos. Mateus, dirigindo-se a uma comunidade de cristãos oriundos do judaísmo, apresenta a oração do Pai-Nosso mais elaborada teologicamente.
Na narrativa de Lucas, dirigida a pagãos convertidos, a oração de Jesus é mais simples e parece aproximar-se mais do ensino original de Jesus. A oração que Jesus ensina tem três originalidades: é uma oração do coração na presença de Deus, não necessitando de lugares determinados, nem de gestos ostensivos ou de muitas palavras; é uma oração de filho ou filha, para pai ou mãe, em vista do empenho da concretização do projeto de Deus no mundo; é uma oração de compromisso fraterno libertador, assumindo a partilha do pão e a prática do perdão e da misericórdia, que são os fundamentos do amor e da paz nas comunidades e na sociedade.
A oração de Jesus envolve-nos em uma espiritualidade de compromisso. Oração e ação andam sempre juntas. Na partilha e na misericórdia vive-se o amor que nos impele à construção do mundo novo, solidário, compassivo e fraterno.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, inspira-me a rezar como convém, de forma que a minha oração se expresse em gestos de solidariedade e de reconciliação, sinais inequívocos de minha comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 10/10/2012

Comentário do Evangelho

A oração do Pai-nosso.

Inúmeras vezes Lucas menciona o fato de que Jesus estava em oração (3,21; 5,16; 6,12; 9,29; 22,39-46). O modo como Jesus vive e cultiva sua relação com o Pai através da oração desperta nos discípulos o desejo de terem uma oração que os identifique com seus discípulos. A versão do Pai-Nosso apresentada por Lucas é mais breve que a de Mateus (6,9-13). Não se trata de multiplicar palavras, pois Deus conhece a cada um profundamente (cf. Sl 138). A oração é o espaço aberto a Deus em que a palavra cede lugar ao silêncio e à escuta; é o espaço para colocar a vida e a missão nas mãos de Deus e se deixar iluminar e conduzir por ele. A atitude de escuta deve caracterizar a oração do discípulo (cf. 10,38-42). A oração do Pai-Nosso, que repetimos várias vezes ao longo de um mesmo dia, é o que todo cristão deve ter presente no relacionamento com Deus. Ela exprime, fundamentalmente, o relacionamento filial entre o ser humano e Deus. É em razão dessa relação que a oração contém súplicas por questões essenciais da existência humana: pão e perdão e, como, infelizmente, o mal está presente no mundo, é preciso pedir insistentemente para não se cair no poder da tentação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, inspira-me a rezar como convém, de forma que a minha oração se expresse em gestos de solidariedade e de reconciliação, sinais inequívocos de minha comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 08/10/2014

Vivendo a Palavra

A oração de Jesus – seu encontro com o Pai – devia transfigurá-lo ao ponto de levar seus discípulos, judeus acostumados a vários momentos de oração a cada dia, a pedir que ensinasse aquela oração diferente e nova, que tanta paz lhe trazia. É para orarmos assim que devemos pedir a ajuda do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/10/2012

Vivendo a Palavra

Assim como aquele discípulo pediu a Jesus que lhes ensinasse a rezar, também nós devemos pedir ao Espírito Santo para que, mesmo repetindo as palavras do Mestre, nós jamais permitamos que elas se tornem rotineiras, mas que as sintamos sempre novas e encantadoras todas as vezes que as dissermos.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2014

Vivendo a Palavra

Cada vez que rezarmos o Pai Nosso, devemos nos lembrar deste texto, Nele fica clara a admiração dos discípulos com a fisionomia do Mestre em oração. Era perfeita a felicidade diante do Pai, cuja Presença se podia sentir concretamente. Era bem diferente das orações que eles, como judeus, estavam ‘acostumados’ a fazer ritualmente.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2016

VIVENDO A PALAVRA

A oração de Jesus – seu encontro íntimo com o Pai – devia transfigurá-lo ao ponto de levar seus discípulos – judeus acostumados com vários momentos de oração todos os dias – a pedir que lhes ensinasse aquela oração diferente e nova, que tanta paz lhe trazia. É para orarmos assim, como Jesus orava, que devemos pedir a inspiração do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/10/2018

Reflexão

Jesus ensinou seus discípulos a rezar, mas isso não quer dizer que Jesus os ensinou a decorar um monte de palavras e a imitarem papagaio, repetindo as palavras que aprenderam. A oração era uma prática constante da vida de Jesus, e muito mais importante do que as palavras que os discípulos deveriam dizer é imitar a atitude de encontro filial de Jesus com o Pai e uma série de valores que deveriam ser conhecidos e experimentados, de modo que a oração expresse uma forma de vida segundo valores do Reino, como a fraternidade, a partilha, o perdão e a própria presença de Deus no coração e na vida das pessoas, e expresse também a nossa atitude filial diante de nosso Deus, que também é nosso Pai.
Fonte: CNBB em 10/10/2012, 08/10/2014 e 05/10/2016

Reflexão

Por conhecer o espírito de oração de Jesus, um de seus discípulos expressa-lhe o desejo de aprender a rezar. Com isso, somos agraciados com a Oração do Senhor, o Pai-nosso. A primeira palavra é “Pai”, termo simples que exprime a relação de Jesus com Deus. (cf. Lc 2,49; 10,21; 22,42; 23,46 e 24,49). Então o discípulo, à semelhança do Mestre, pode reconhecer e invocar a Deus como doador da vida e cheio de misericórdia. A seguir, os dois primeiros pedidos voltam-se para os interesses do Pai: o nome e o reino; os três últimos se relacionam com as necessidades do ser humano: o pão, o perdão e a fidelidade a Deus. É a oração da solidariedade, característica de toda oração cristã: pão nosso, nossos pecados, nossos devedores…
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 10/10/2018

Reflexão

Jesus transmite, na oração do Pai-nosso, o conteúdo fundamental de toda oração cristã. Nela aprendemos que, ao rezar, devemos pôr em primeiro lugar não nossos interesses, mas a vontade de Deus, dando-lhe abertura generosa. Os pedidos nela feitos revelam a relação divina com o ser humano. Trata-se de uma relação de Pai e filhos. Portanto, somos irmãos uns dos outros, de modo que a comunidade é reconciliada, porque o perdão mora no coração. O Reino é a nossa súplica: “venha teu Reino”. O Reino é a felicidade oferecida por Deus. Ele nos permite experimentar o Reino desde agora e se plenificará na eternidade.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 05/10/2022

Recadinho

Como santificamos o nome de Deus? - Pense numa parábola em que Jesus se refere ao Reino de Deus. - Quando somos perdoados de nossos pecados? - Será que realmente perdoamos nosso próximo? - E o pão nosso não falta? E o dos outros?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/10/2014

Meditando o evangelho

O PAI NOSSO

Ao verem Jesus em oração, os discípulos ousaram pedir-lhe instruções sobre como rezar bem. O modo de rezar no qual haviam sido educados já não lhes satisfazia. A condição de discípulos de Jesus e, consequentemente, a maneira diferente como estavam sendo instruídos exigiam práticas de oração mais condizentes.
O Mestre lhes satisfez o desejo, orientando-os a rezar de maneira conveniente. "Quando vocês rezarem, digam ..." não significa que Jesus lhes tenha ensinado uma fórmula a ser mecanicamente repetida. Sua intenção era dar-lhes um modelo do que deveria ser a oração típica de um discípulo do Reino. Antes de tudo, a oração deve estar toda centrada no Pai e suscitar, no coração de quem reza, um profundo afeto por ele. O orante deve buscar, no seu dia-a-dia, santificar o nome de Deus e esforçar-se para que o Reino se faça verdade neste nosso mundo. Assim, a oração enraíza o orante em Deus.
A segunda vertente da oração deve levar o orante a confrontar-se com o seu próximo. Por isso, sensibiliza-o para a solidariedade e a partilha, de modo que haja pão para todos. E capacita-o para o perdão e a reconciliação, transformando-o em articulador da grande família dos filhos e filhas de Deus. Tudo isto só é possível se for capaz de fazer frente à tentação, recusando-se a pactuar com o pecado e o egoísmo.
Portanto, a oração do discípulo do Reino está em íntima relação com a sua vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, inspira-me a rezar como convém, de forma que a minha oração se expresse em gestos de solidariedade e de reconciliação, sinais inequívocos de minha comunhão contigo.
Fonte: Dom Total em 05/10/2016

Meditando o evangelho

ENSINA-NOS A REZAR

A oração ensinada por Jesus resume as preocupações que envolvem a vida do discípulo do Reino. Consiste nas palavras confiantes que um filho dirige a seu pai, na expectativa de receber dele tudo quanto necessita para viver em segurança e na paz. Não se trata, porém, de petições egoístas: pedir para si, prescindindo dos demais. Antes, é a oração da comunidade que se volta para o Pai e reconhece que dele depende.
A petição para que o nome do Pai seja santificado com a vinda do seu Reino expressa o desejo de que ele seja o único senhor da história humana. Trata-se de uma clara rejeição a todo tipo de idolatria e, também, do desejo que a história humana esteja totalmente colocada nas mãos de Deus.
Ao pedir o pão de cada dia, a comunidade reconhece que o alimento material, embora fruto do trabalho humano, é dom do Pai. Donde a necessidade de partilhar, para que todos possam ter o pão cotidiano.
O perdão dos pecados é, também, um dom a ser pedido ao Pai. O pecado é idolatria, impede o ser humano de santificar o nome de Deus e de viver em comunhão com o próximo. Por isso, é necessário que o Pai o retire do coração do discípulo.
É preciso, enfim, pedir forças para perseverar neste caminho e não ceder às tentações.
Fonte: Dom Total em 08/10/2014, 10/10/2018 e 05/10/2022

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, grava no meu coração as palavras que devo dirigir ao Pai, para que elas brotem do mais íntimo do meu ser.
Fonte: Dom Total em 08/10/2014 10/10/2018

Oração
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a nossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 08/10/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Uma Oração que compromete
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

No tempo de Jesus havia dois modos de se rezar, um que era a mais pura ostentação, rezava porque "se achava" justo, piedoso, modelo de pessoas, quem rezava, se orgulhava de ser bom, e louvava a Deus por isso, tudo bem que eles observavam a Lei de MOISÉS, que Deus tinha dado, mas acontece que achavam isso suficiente para a salvação e aí estava o grande problema...
Mas havia também naquele tempo, como também há hoje, uma oração muito ingênua, consequência de uma Fé infantil que quer tudo "mastigado" e reza para que Deus os atenda desse modo. Os discípulos percebiam que Jesus rezava diferente, não era uma oração nem só de pedidos e muito menos de ostentação, pois em sua oração Jesus louvava o Pai do Céu e não a si próprio.
O que Jesus ensina aos discípulos é a oração do compromisso, pede-se o Reino, mas ao mesmo tempo se compromete em fazê-lo acontecer. O Pai Nosso é a oração universal de todos os que se dizem, cristãos, mas desde que estejam comprometidos com a construção do Reino, ou seja, em uma linguagem mais simples, comprometer-se com o Reino é refletir a imagem de Deus para com o próximo, em uma relação pautada sempre pela misericórdia, amor, compreensão e perdão, só isso já é o suficiente para dar uma visibilidade ao Reino que Jesus inaugurou.
Podemos nessa vida cair em tentação sim, a tentação de ignorar nosso compromisso com o Reino, deixando tudo por conta de Deus, e a proteção Divina nesse sentido vai se fazendo sentir em nossa vida, quando Ele coloca-nos diante de situações onde temos que fazer nossas escolhas e tomar decisões.
Deus sinaliza o Reino, nas pessoas que conosco convivem, nos acontecimentos da nossa vida, crer nele e estabelecê-lo como parâmetro, é algo que compete a cada pessoa, lembrando sempre que o Reino de Deus é de todos e para todos, e nesse sentido a oração nos compromete também com as pessoas, por isso somos comunidade e dizemos Pai Nosso, e não Pai Meu.

2. Senhor, ensina-nos a orar!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Maria, irmã de Marta, escutava em atitude contemplativa o que Jesus dizia. Marta se agitava e queria fazer muita coisa, quando “uma só coisa é necessária”. Uma só coisa, isto é, estar com Deus e ouvi-lo. Só Deus basta, diria Santa Teresa d’Ávila. Ou só um prato é necessário. Marta podia ter feito alguma coisa rápida para comer e depois se sentar com Maria e ouvir Jesus. Jesus mesmo se recolhia muitas vezes e ficava em oração. Hoje, Jesus está em algum lugar, rezando. Lucas não define onde. Perto de Betânia, no Jardim das Oliveiras, a piedade cristã marcou o lugar onde Jesus ensinou os discípulos a rezar o Pai-Nosso. No local, encontra-se um convento das monjas carmelitas, dedicadas à vida contemplativa. Quando Jesus terminou sua oração, um dos discípulos lhe pediu que os ensinasse a rezar, como fazia São João Batista. Jesus então lhes ensinou o Pai-Nosso. Lucas apresenta uma versão do Pai-Nosso mais curta do que a de São Mateus. Mateus acrescenta: “Seja feita a vossa vontade” e “Livrai-nos do Maligno”.
Lucas tem cinco petições e Mateus, sete. O texto de Lucas parece ser o original. O que rezamos na liturgia, com alguma adaptação de vocabulário, é o Pai-Nosso de São Mateus. O que importa é unir-se a São Lucas e São Mateus e com eles dizer muitas vezes, do fundo do coração: “Pai, santificado seja o vosso Nome”.
Fonte: NPD Brasil em 10/10/2018

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 08/10/2014

HOMILIA DIÁRIA

Pai nosso que estais nos céus!

Postado por: homilia
outubro 10th, 2012

Hoje ousamos fazer para Jesus o mesmo pedido: “Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele!” E ficamos à espera de que Ele sussurre aos ouvidos do nosso coração as mesmas palavras daquele dia: “Quando rezardes dizei: Pai nosso”.
“Pai nosso que estais nos céus”. Nas religiões antigas não era muito habitual dirigir-se a Deus como Pai. Mas, no Antigo Testamento, Deus era invocado com esse título, dada a Sua relação especial com Israel, salvo da escravidão e protegido com evidentes sinais de intervenções divinas. Jesus é o Filho de Deus. Aqueles que O seguem participam dessa filiação divina. Por isso, O podem chamar Pai, “abbá”, ou seja, papá, paizinho, pai querido.
“Santificado seja o vosso nome”. Na linguagem bíblica, o nome é a pessoa. Invocar o nome de Deus é invocar a Deus. Se Deus é o Santo por excelência, que significa pedir que seja santificado? Significa pedir que se manifeste, se dê a conhecer e cumpra as Suas promessas. Significa também pedir que a nossa vida cristã coerente leve outros à fé. Uma vida cristã incoerente pode levar à blasfêmia do nome de Deus.
“Venha a nós o vosso Reino”. O Reino ou reinado de Deus significa a nova ordem ou estado das coisas, na qual a Sua soberania é reconhecida e aceita. Este Reino é atualidade e presença, a partir da presença de Jesus. Mas pede-se o seu reconhecimento no presente, e a sua plena revelação no futuro.
“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. Pede-se a Deus poder para satisfazer as necessidades de cada dia e, provavelmente, o pão que é o próprio Cristo assimilado pela fé, o Pão da Eucaristia.
“Perdoai-nos as nossas faltas”. Todos temos faltas para com Deus, isto é, culpas ou pecados. Uma que vivemos sob a Sua graça e não lhe somos sempre fiéis. Mas o perdão que pedimos é condicionado pelo perdão que concedemos, ou não, aos nossos devedores.
“Não nos deixeis cair em tentação”. Aqui, “tentação” significa provação. Seremos julgados tendo em conta as nossas reações às provações da nossa vida.
“Livrai-nos do mal”. Há duas formas de traduzir esta petição: livrai-nos do mal ou livrai-nos do Maligno. Nos tempos de Jesus, considerava-se que o Maligno, o demônio, estava por detrás de qualquer mal. Hoje não se pensa assim. Mas o confronto com o demônio é algo que faz parte da nossa experiência.
O ensinamento de Jesus é de rezar bem e sempre. A Bíblia nos diz: “Quem pede com persistência recebe; quem bate com insistência, abrir-se-lhe-á a porta; rezai para não cairdes em tentação; buscai em primeiro lugar o Reino dos Céus e a sua justiça e o resto vos será dado por acréscimo”.
O “Pai Nosso” é a oração de Jesus. Rezá-lo é comungar na oração do nosso Salvador. A oração do Filho tornou-se a oração dos filhos. Há que reaprender a rezá-lo com a emoção com que o rezam os recém-batizados nos primeiros tempos da Igreja. Há que rezá-lo, quanto isso é possível, com a emoção e o afeto com que o rezava o Filho de Deus feito homem.
Jesus nos ensina que – no nosso diálogo com o Pai – podemos enfrentar muitas tentações e que o silêncio de Deus pode nos parecer distante até o ponto de levantar os olhos e gritar: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” ou “Se for possível afasta de mim este cálice!” Mas não podemos desfalecer. Em tudo devemos gritar: “Pai nosso que estais nos céus!”
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 10/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Na oração nos reconciliamos com Deus e com os irmãos

As nossas orações não podem ser apenas repetições de palavras. Nossa oração deve ser o momento de comunhão e de reconciliação com Deus e com os irmãos.

“Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos.” (Lucas 11, 1)

O Evangelho de hoje nos demonstra e nos aponta Jesus vivendo um de Seus tantos momentos de oração. Sabemos que Ele mergulhava na oração, se entregava à oração; Ele ia com todo Seu ser, Seu corpo e Sua alma viver esse mistério de comunhão profunda com Seu Pai por intermédio da oração. Os discípulos do Senhor O viram rezando, aproximaram-se d’Ele e disseram a Ele: “Senhor, ensina-nos a rezar, assim como João ensinou a seus discípulos”.
Deixe-me dizer uma coisa a você: o pedido dos discípulos deve ser também o pedido de cada um de nós! Como diz a Palavra de Deus na Carta de Paulo aos Romanos 8-26: “Do mesmo modo, também o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza, pois não sabemos rezar como convém”. Na verdade, nós não sabemos rezar e, muitas vezes, deixamos de rezar, de orar porque não sabemos como fazê-lo, nós não sabemos como nos dirigir a Deus. Então este deve ser o pedido, a súplica da nossa alma, nós devemos primeiro reconhecer essa nossa miséria e essa nossa fraqueza – que aliás não é erro nenhum admitir que não sabemos isso ou aquilo, sobretudo diante de Deus – e admitir que não sabemos nos relacionar devidamente com Ele.
É Deus quem pode nos ensinar, é Ele mesmo quem pode nos educar e nos apontar o caminho e a direção da escola de oração, tão necessária e tão importante. As nossas orações não podem ser apenas repetições de palavras. Porque se torna, muitas vezes, mais fácil e mais cômodo ou até uma oração sem o comprometimento com aquilo que queremos de fato colocar no coração de Deus.
Por isso, Jesus hoje não nos ensina uma fórmula apenas. O Pai-Nosso, que tanto rezamos nas Missas, nas nossas orações diárias, cotidianas, não é simplesmente uma fórmula a ser conhecida, mas é um modo de ser, é nosso modo de nos relacionarmos com Deus, é o modo como deve ser a nossa oração. Cada oração deve ser o momento de exaltar o Pai, cada oração deve ser o momento de suplicar pelo Reino de Deus para que ele aconteça em nosso meio. Cada oração nossa deve ser o momento de exercer a caridade, de pedir o pão – não só para mim – mas para nós!
Nossa oração deve ser o nosso momento de reconciliação com Deus, pedindo que Ele nos perdoe a cada dia. Mas, cada oração deve ser também o nosso momento de reconciliação com os outros, porque do mesmo jeito que precisamos suplicar pelo perdão de Deus, nós queremos suplicar que Ele também nos ensine e nos ajude a perdoar a quem nós não conseguimos perdoar (e você sabe que isso não é tão simples nem tão fácil). Nós precisamos do auxílio de Deus em cada oração, nós precisamos pedir a força de Deus para nos livrar das tentações e dos perigos da vida.
Se aprendemos com Jesus esse modo de ser e de orar a nossa oração vai crescer! Não faça da sua oração apenas um momento de dizer um Pai-Nosso e uma Ave-Maria, mas faça da oração um momento de comunhão com Deus, de súplica a Ele, de reconciliação com Ele e com o próximo.
Deus abençoe você!

HOMILIA DIÁRIA

Repartamos o pão com nosso próximo

A nossa oração tem de ser sempre assim para exaltar o coração de Deus, para repartir o Pai que temos, o pão que Ele nos dá com os outros

“Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos.” (Lucas 11,1)

Muitos discípulos de Jesus se aproximam d’Ele e fazem um dos pedidos mais importantes dentre tantos que Ele escutou: “Senhor, ensina-nos como devemos rezar!”.
Na verdade, até queremos rezar, temos vontade de rezar, porém não sabemos como…Quantas vezes você já chegou na igreja ou na capela e disse: “Meu Deus, como irei rezar? Como posso falar com Deus?”.
Mas quem nos ensina a rezar é o próprio Senhor! Pensamos que, para rezar, existe uma fórmula que se transforma numa oração escrita para rezarmos todos os dias.
A oração do ‘Pai Nosso’ é a oração mais bela, mais profunda, porque é a oração que o próprio Senhor nos ensinou. No entanto, o Pai Nosso, é antes de tudo, um modo de nos relacionarmos com Deus. Veja bem: primeiro a oração nos ensina a chamar Deus de ‘Pai’. O nosso relacionamento com Deus é de filho para com o Pai, não é de escravo para com o senhor ou de uma pobre criatura com um Deus distante e desconhecido.
É intimidade e proximidade. “Ele é meu pai!”. É belo demais nos dirigirmos a Ele! A importância é de que, primeiramente, tomemos consciência de que somos filhos e não somos filhos distantes; só somos distantes porque às vezes nós mesmos mantemo-nos assim.
Deus está tão próximo de nós que podemos chamá-Lo de Pai! Jesus O chamava: “Meu Pai! Aba Pai!”.
Aprendemos também na oração, que ela não pode ser egoísta. Às vezes a criança diz: “O pai é só meu!”, “A mãe é só minha!”. Mas Deus é Pai de cada um de nós e, por Ele, nós louvamos, glorificamos, santificamos e respeitamos o nome d’Aquele que é nosso Pai e pedimos: “Pai, que o Seu Reino esteja aqui presente, esteja acontecendo no meio de nós! Que o Seu nome seja santificado!”.
Pedimos também ao Pai que nos dê o pão de cada dia, mas não é um pão só para mim ou para minha família. É o pão nosso. Por isso, se o Pai é para todos, o pão que temos também é para ser dividido com todos.
É um erro quando a pessoa reza para que não falte nada em sua casa e pede: “Pai Nosso, dê o sustento para minha família, para minha casa!”. Tudo o que Deus nos dá, tudo o que temos em nossa casa é para repartirmos com aqueles que não têm.
Tome cuidado com o erro da ignorância humana, que acredita que a providência de Deus é Ele providenciar para mim e ao outro não, porque Ele não providenciou. É um erro grotesco de nossa parte, é uma ilusão do egoísmo e da soberba humana acharmos que aquilo que adquirimos é só para nós. “É fruto do meu trabalho! É fruto do meu esforço!”.
Você não pediu para o Pai te dar o pão? Você não pediu ao Pai para abençoar tudo que você tem? Este seu Pai, é Pai de todos nós. Por isso, não é justo nem sensato o filho que só pensa em si e não é capaz de repartir o que tem com os outros.
Não posso pensar que uma pessoa que tem a mesa farta para comer é capaz de desperdiçar comida, jogá-la fora e não lembrar de repartir tudo o que tem com aqueles que nada tem. Oração mal rezada é fruto de um egoísmo e se torna uma oração não vivenciada.
Reze: “Pai, perdoa os nossos pecados e nossas ofensas, porque assim também nos comprometemos a perdoar a quem tenha nos ofendido e, por favor, meu Pai, não nos deixeis cair na tentação”.
A nossa oração tem de ser sempre assim para exaltar o coração de Deus, para repartir o Pai que temos, o pão que Ele nos dá com os outros.
Que Deus nos proteja, que nos livre de todo o mal e nos guarde sempre em Seu coração!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 05/10/2016

HOMILIA DIÁRIA

Na oração, encontramos a comunhão com Deus

Só na oração encontramos a comunhão com Deus, para andarmos na presença d’Ele todos os dias

“Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos’.” (Lucas 11,1)

Hoje, quero pegar a humildade desse discípulo de Jesus e, como discípulo que também sou, suplicar: “Senhor, ensina-me a rezar, pois, muitas vezes, não o sei fazer”.
Jesus passava horas em oração, fazendo comunhão e comunicação com o Pai. Hoje, Ele está nos ensinando que a oração não é outra coisa senão ter comunicação e comunhão com Deus. Pena que muitos de nós centramos a oração na repetição de palavras, e essa oração, muitas vezes, não nos coloca em comunhão com Ele. Ainda que as palavras nos ajudem a expressar aquilo que precisamos rezar, a oração é feita da boca para fora, porque o coração está bem longe do Senhor. A oração é feita com o corpo inteiro, com a vida inteira.
Na oração, precisamos estar inteiros, sermos filhos e Ele o Pai, por isso a oração é sempre clamando: “Pai nosso”, porque Ele é o Pai de todos nós. Quando oramos, não vamos primeiro pedir e suplicar, mas glorificar nosso Deus, colocar-nos na presença d’Ele para amá-Lo, para ficarmos no colo d’Ele, para nos comunicarmos com Ele e comungarmos do Seu amor. É assim que precisamos aprender a rezar a cada dia. Antes mesmo de começar, um dos discípulos de Jesus disse: “Senhor, ensina-nos. Que teu Espírito venha em nosso socorro, em nosso auxílio e nos ensine a rezar, ensine-nos a exaltar o nosso Pai, a pedir que o Reino d’Ele aconteça em nosso meio.
Não precisamos de mais nada em nossa vida além do Reino de Deus acontecendo aqui e agora. O que vamos pedir a Deus? Só precisamos que o Reino d’Ele esteja aqui, que o seu nome seja exaltado, glorificado, e que Ele perdoe os nossos pecados e nossos erros, nossas fraquezas e ofensas. Não podemos deixar de suplicar: “Livra-me do maligno. Liberta-me das tentações persistentes: tentações nos pensamentos, nos sentimentos, tentações que nos levam a sucumbir no mal”.
Só na oração encontramos a comunhão com Deus, para andarmos na presença d’Ele todos os dias. Por isso, eu termino pedindo: “Senhor, ensina-me a rezar, porque preciso, a cada dia, estar em comunhão contigo”.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 10/10/2018

HOMILIA DIÁRIA

Comprometa-se com o Pai por meio da oração

“Um dia, Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”. (Lucas 11,1)

Meus irmãos, Jesus era o modelo para Seus discípulos; Ele é o nosso modelo! Jesus tinha saído para rezar, para ter intimidade com Deus. E os discípulos atentos aos milagres que Ele já tinha realizado, atentos aos ensinamentos que o Senhor havia realizado, também queriam aprender com Jesus a como rezar. E eles até citaram que os discípulos de João foram ensinados por ele a como rezar, mas eles eram discípulos de Jesus: “Então, Senhor, ensina-nos a rezar”.
Meus irmãos, Jesus é o nosso modelo de oração, Ele é o nosso modelo de vida. E Jesus ensinou a oração do Pai-Nosso, a partir do pedido desse discípulo: “Senhor, ensina-nos a rezar”, e Ele ensinou a oração do Pai-Nosso; uma oração curta, uma oração completa.
Na oração do Pai-Nosso, pedimos e chamamos a Deus de Pai. Na oração do Pai-Nosso pedimos que o Reino de Deus venha, pedimos o pão de cada dia, pedimos perdão, mas também damos o perdão. Na oração do Pai-Nosso pedimos que o inimigo, que nós sejamos livres do maligno. Meus irmãos, é uma oração completa.

Deus é Pai e deseja nos dar o pão de cada dia

É uma oração ensinada por Jesus; e é uma oração onde nós não somente pedimos, mas nos comprometemos com o Reino de Deus. Peço perdão, mas dou também o perdão. Oração boa é essa, minha gente! Não é só oração que vem a nós não, é uma oração onde nos comprometemos.
Sim! Que a nossa oração seja assim: uma oração de compromisso. Peça ao Senhor: “Senhor, ensina-me a rezar. Senhor, ensina-me a entrar em intimidade contigo. Senhor, ensina-me também a rezar e a me comprometer com o Teu reino”.
Em resumo: aproximemo-nos do Senhor, peçamos a Ele que nos ensine a rezar. Jesus ensinou a chamar Deus de Pai. Sim, Deus não é alguém distante, Deus é Pai. Ele é Pai e deseja nos dar o pão de cada dia, Ele deseja nos dar o perdão, Ele deseja nos livrar do mal, mas deseja também que nos comprometamos com o perdão e com o próximo.
Que o Senhor abençoe a nossa caminhada cristã, que Ele abençoe o seu e o meu compromisso de pedirmos ao Pai, pedirmos a Jesus a nos ensinar, mas que nós também nos comprometamos com o Seu Reino.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 05/10/2022

Oração Final
Pai nosso que estás no Céu, o teu Nome é Santo. O teu Reino vem. A Tua vontade se cumpre na terra assim como é cumprida no Céu. Tu nos dás o pão de cada dia. E nos perdoas, para que também perdoemos aos irmãos. Tu nos proteges quando estamos em tentação e nos livras do Mal – que é nos afastarmos de Ti.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/10/2012

Oração Final
Pai nosso, que estás no Céu, o teu Nome é Santo; o teu Reino vem; a tua Vontade se cumpre na terra assim como é cumprida no Céu. Tu nos dás o pão de cada dia e perdoas nossas dívidas, para que também perdoemos a quem nos deve. Tu nos proteges quando estamos em tentação e nos livras do Mal.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/10/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a orar como Jesus orou! Que nós, antes de recitar textos decorados, às vezes até bonitos, nos sintamos agradecidos pela certeza de que tu estás presente em nós e nos escutas com carinho de Pai que tem ternura materna. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/10/2016

ORAÇÃO FINAL
Pai nosso que estás no Céu, o teu Nome é Santo. O teu Reino vem. A tua vontade se cumpre na terra assim como ela é cumprida no Céu. Tu nos dás o pão nosso de cada dia. E nos perdoas, para que também nós perdoemos aos irmãos. Tu nos proteges quando estamos em tentação e nos livras do mal – o único mal que conta, que é nos afastarmos de Ti. Pois teus são o Reino, o Poder e a Glória.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/10/2018

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