ANO B
Lc 8,19-21
Comentário do Evangelho
Os laços que unem a Jesus
Esta fala de Jesus se integra no conjunto de vários outros apelos ao desprendimento geral das riquezas, de bens e da própria família. Assim ocorre na narrativa do homem (jovem) rico que se esquivou do seguimento de Jesus (cf. 28 maio), na narrativa de choques de opções na família e na opção prioritária por Jesus . A união com Jesus não se dá por vínculos de sangue ou raça, mas pela união ao amor misericordioso do Pai que vem libertar e trazer vida a todos os homens e mulheres. "Quem ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10,37).
Frequentemente as famílias se fecham em torno de interesses particulares e até excludentes. Jesus aponta que o caminho é buscar a realização da vontade do Pai. É a família onde o amor transborda comunicando-se a todos, particularmente aos mais necessitados.
Sendo a família a célula fundamental da sociedade, a submissão da família à vontade de Deus remete a todas as demais entidades e religiões. Família, estado, economia, religião, tudo fica relativizado em vista do projeto fundamental de Deus que é a promoção da vida e o resgate da dignidade humana.
Com Jesus e seu discipulado a vontade do Pai está sendo realizada no mundo. Já vigora uma nova realidade projetada na eternidade do amor de Deus.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
Fonte: Paulinas em 25/09/2012
Comentário do Evangelho
No centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus.
A visita da família de Jesus é, para ele, ocasião de ensinar os seus discípulos acerca do específico da comunidade cristã (cf. Lc 6,46-49). É Marcos quem, no seu evangelho, informa a razão da visita da família de Jesus: pensavam que estivesse fora de si (Mc 3,21). No evangelho de João, são os adversários de Jesus que têm essa opinião a respeito dele (Jo 10,10-20). Aproveitando a ocasião e ignorando a intenção de sua parentela, Jesus ensina que a pertença ao povo que ele reúne não se dá pela descendência do sangue, mas por uma atitude que engaja o discípulo no dinamismo da escuta e da prática da Palavra de Deus (cf. Lc 6,46-47). Mais adiante no relato evangélico, àquela mulher que, admirada pelas palavras de Jesus, gritou: “Felizes as entranhas que geraram e os seios que te amamentaram”, Jesus respondeu: “Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam” (Lc 11,27-28). A mãe de Jesus passou, na tradição da Igreja, a ser modelo do discípulo porque ela é a mulher que escutou a Palavra de Deus e a praticou (Lc 1,38). No centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus. Em Jesus, Verbo de Deus, a Palavra de Deus adquire todo o seu sentido e é uma fonte de verdadeira vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
Fonte: Paulinas em 23/09/2014
Vivendo a Palavra
O Mestre apresenta visão ampla da Família de Deus: não se limita aos laços de sangue, de raça, de nacionalidade, mas se estende a todos os homens de mulheres de boa vontade que ouvem a Palavra e a colocam em prática. É certo que Maria é uma destas – e muito especial, pois foi eleita para gerar Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/09/2012
Vivendo a Palavra
Jesus mostra o caminho seguido por Maria para tornar-se sua Mãe e o deixa aberto para quem quiser segui-la, tornando-se seu irmão: basta ouvir a Palavra de Deus e a vivê-la nas relações existenciais. Que sejamos, como Ele, mansos e humildes de coração. O fardo será leve e o jugo, suave.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/09/2014
VIVENDO A PALAVRA
O Mestre apresenta visão ampla da Família de Deus: não se limita aos laços de sangue, de raça, de nacionalidade, mas se estende a todos os homens de mulheres de boa vontade que ouvem a Palavra de Deus e a colocam em prática. É certo que Maria é uma destas – e muito especial, pois foi escolhida pelo Pai para gerar Jesus de Nazaré.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/09/2018
VIVENDO A PALAVRA
É sempre oportuno ouvir de novo estas palavras de Jesus, em que Ele deixa abertas as portas de sua Família e de sua intimidade para nos acolher em seu seio e também ensina o caminho para que isso se realize: devemos ouvir e pôr em prática a Palavra de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/09/2020
Reflexão
Existem muitas pessoas que querem demonstrar-se religiosas, mostrar a todos que participam da vida da Igreja e têm amizade com o clero e até usam dos cargos e funções sociais para conseguir isso. Porém, essas pessoas querem apenas se promover, não querem nenhum compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus. A atitude de Jesus nos mostra quem é importante para ele: aquele que ouve a Palavra de Deus e a coloca em prática, aquele que é capaz de amar, perdoar, partilhar, acolher, socorrer, consolar, compreender, ensinar, comprometer-se, doar-se, reunir, celebrar, orar, ser feliz com os que são felizes, chorar com os que choram, são empáticos, solidários, vivem o amor de Deus.
Fonte: CNBB em 25/09/2012, 23/09/2014 e 20/09/2016
Reflexão
O breve discurso de Jesus não revela nenhum desrespeito por sua mãe e seus parentes. Aliás, se há alguém que se deixa guiar docilmente pela Palavra de Deus é justamente Maria, a mãe de Jesus. Ela sabia guardar no coração e meditar tudo o que se relacionava com o mistério da vida de seu filho (cf. Lc 2,19). A comunicação de Deus encontrava ambiente acolhedor na alma de Maria. A Palavra de Deus é fecunda: gera novos filhos e filhas para a família de Deus. Portanto, os ouvintes de Jesus acabavam de aprender que os laços de sangue estão subordinados aos vínculos do amor e da fraternidade. Jesus dizia, em outra ocasião: “Vocês todos são irmãos” (Mt 23,8). A condição para fazer parte da família de Jesus ficou explícita. Trata-se de ouvir e pôr em prática a Palavra de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 25/09/2018
Reflexão
O breve discurso de Jesus não revela nenhum desrespeito por sua mãe e seus parentes. Aliás, se há alguém que se deixa guiar docilmente pela Palavra de Deus é justamente Maria, a mãe de Jesus. Ela sabia guardar no coração e meditar tudo o que se relacionava com o mistério da vida de seu filho (cf. Lc 2,19). A comunicação de Deus encontrava ambiente acolhedor na alma de Maria. A Palavra de Deus é fecunda: gera novos filhos e filhas para a família de Deus. Portanto, os ouvintes de Jesus acabavam de aprender que os laços de sangue estão subordinados aos vínculos do amor e da fraternidade. Jesus dizia, em outra ocasião: “Vocês todos são irmãos” (Mt 23,8). A condição para fazer parte da família de Jesus ficou explícita. Trata-se de ouvir e pôr em prática a Palavra de Deus.
Oração
Senhor Jesus, este episódio nos recorda quando, aos doze anos, teus pais te encontraram no Templo e, aflitos, perguntaram a razão da tua atitude. Respondeste, então: “Não sabiam que eu devo estar ocupado com as coisas de meu Pai?”. Teus relacionamentos ultrapassam o âmbito da família de sangue. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 22/09/2020
Reflexão
Quem primeiro ouviu e praticou a Palavra de Deus foi Maria, a Mãe de Jesus. Ela foi a primeira discípula-missionária. A verdadeira família de Jesus vive da Palavra. A Palavra de Deus gera laços de fraternidade e paz. Nos dizeres do papa Francisco: “Jesus formou uma nova família, já não baseada nos vínculos de sangue, mas na fé nele, no seu amor que nos acolhe e nos une, no Espírito Santo. Aquela resposta de Jesus não é uma falta de respeito para com a sua Mãe e os seus familiares. Aliás, para Maria é o maior reconhecimento, pois precisamente ela é a discípula perfeita que obedeceu em tudo à vontade de Deus. Que a Virgem Mãe nos ajude a viver sempre em comunhão com Jesus, reconhecendo a obra do Espírito Santo que age nele e na Igreja, regenerando o mundo para a vida nova”.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 20/09/2022
Recadinho
Você procura colocar em prática os ensinamentos de Jesus para assim fazer parte de sua família? - Lembra-se de que, como irmãos, temos os mesmos deveres, os mesmos direitos e os mesmos bens? - É fácil desejar ao próximo tudo aquilo que desejamos a nós mesmos? - Colocar os ensinamentos de Jesus em prática consiste em amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Comente isso.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 23/09/2014
Meditando o evangelho
OUVIR E PRATICAR A PALAVRA
A presença inesperada da mãe e dos irmãos, seus parentes próximos, ofereceu a Jesus a chance de explicitar o tema da ligação entre ele e os discípulos, bem como de repensar a questão dos laços que o ligavam à sua família de Nazaré.
Jesus relativizou a vinculação familiar, à base dos laços de sangue. Existe algo mais fundamental que estabelece vínculos profundos com ele, para além do círculo familiar: a escuta e a prática da Palavra de Deus.
Portanto, é a vontade do Pai o elo de ligação entre Jesus e os discípulos do Reino. Ele é quem vincula a grande família do Reino, encabeçada por Jesus. E o sinal de que todos pertencem à mesma família é dado pelo modo como agem. Não se trata de genealogias, nem de nomes, e sim da ação compatível com a vontade do Pai.
Todos sabem que pertencem à mesma família por terem idêntico modo de proceder. Os irmãos e as irmãs se reconhecem mutuamente pela mesma prática do amor, pela disposição a perdoar e viver reconciliados, pelo desejo de formar comunidade, recusando-se a oprimir e explorar o semelhante. É assim que se comportam os familiares do Mestre.
Quanto à mãe de Jesus, ela, mais do que ninguém, soube ouvir a Palavra de Deus e pautou por essa Palavra toda a sua existência. O novo critério enunciado por Jesus de forma alguma a diminui, antes, confirma-a na sua condição de mãe. Sua fidelidade a Deus foi a toda prova.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
Meditando o evangelho
A FAMÍLIA DO REINO
A opção pelo Reino estabelece laços profundos de amizade entre os discípulos, gerando neles uma solidariedade exemplar. Este parentesco espiritual, em muitos casos, pode ser mais sólido que o próprio parentesco sanguíneo. E, o mais importante: gera um ambiente de igualdade onde Deus Pai nos faz todos irmãos e irmãs.
O relacionamento físico com Jesus de Nazaré já não tem importância. A família do Reino se constitui a partir da escuta e da vivência da Palavra de Deus e não da pertença à família histórica de Jesus. O tempo e o espaço também não contam. Seja qual for a época em que se vive ou se viveu, é possível sentir a proximidade familiar em relação aos outros cristãos, desde pautemos nossa vida pela mesma proposta do Reino. Além disso, onde quer que estejam e de onde quer que venham, quando dois cristãos se encontram, deveriam imediatamente sentir brotar no coração um forte afeto fraternal, por terem o mesmo projeto de vida, e estarem unidos pela mesma opção por Jesus e por seu Reino.
Desde os primórdios, a comunidade cristã compreendeu este dado de sua identidade. E, assim, estabeleceu uma nítida diferença em relação à tradição judaica, cujo apego às genealogias e à consanguinidade era bem conhecida.
A família do Reino, como é constituída, pode reunir gente de todas as raças, povos, famílias e nações.
Fonte: Dom Total em 23/09/2014, 25/09/2018, 22/09/2020 e 20/09/2022
Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Senhor Jesus, faze crescer em mim o afeto por meus irmãos e irmãs de fé, sabendo que somos membros de uma só família, a família do Reino.
Fonte: Dom Total em 23/09/2014, 25/09/2018 e 22/09/2020
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Deixar-se guiar por Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Percebemos nas diversas sentenças do Livro dos Provérbios, que abre essa liturgia, uma afirmação muito séria logo de início: Até o Rei, que é soberano, deve deixar-se guiar por Deus e nenhum homem é juiz de si mesmo, mas a sua retidão é determinada por Deus, pois somente ele conhece e sonda o coração do ser humano. Quando o homem é arrogante e cheio de orgulho, só manifesta a escuridão e não deixa aparecer a luz de Deus. Todas as demais sentenças aplicam-se a esta Verdade: É Deus que nos aponta por onde ir pois os projetos do homem são muitas vezes enganosos e não levam a lugar algum.
Por isso que encontramos no Salmista essa súplica que deve ser constante em nossa vida “Guiai-me, Senhor, nos caminhos dos vossos preceitos”, pois Deus é a estrada, e ao mesmo tempo o destino a ser alcançado. Este caminho tornou-se mais nítido em Jesus Cristo, pelo qual o Pai se manifestou, se revelou e falou diretamente aos homens. Antes, os instrumentos dos quais Deus se serviu, eram homens que poderiam se enganar, como de fato muitos se enganaram, mas no templo da plenitude a Palavra de Deus tornou-se carne e tornou-se imprescindível escutá-la e pô-la em prática pois Jesus não apenas nos mostra o caminho, mas ele é o caminho.
Os que ouvem esta palavra e a coloca em prática tornam-se íntimos de Jesus, criando com ele um forte laço, mais poderoso do que qualquer parentesco como mostra o evangelho. Talvez possamos pensar que neste evangelho, a mãe de Jesus foi relegada a um segundo plano. Primeiramente é preciso saber que, o termo Mãe designava a Matriarca da Família, seria ela a Bisavó ou a Tataravó, aquela que tinha autoridade sobre a família, por esta razão ela está ali, para convencer Jesus a ir para casa e deixar de lado a missão. Maria de Nazaré agiria assim?
Digamos, entretanto, que seja realmente Maria, é mais fácil entendermos que os demais membros da família a convenceram a ir até lá. No demais, o próprio Jesus sempre elogiou Maria pela sua obediência e fidelidade á Palavra de Deus, por isso ela é a primeira cristã e primeira discípula.
2. Minha mãe e meus irmãos são estes: os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática - Lc 8,19-21
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Quem, de verdade, faz parte da família de Jesus? Quem ouve a Palavra de Deus e a põe em prática. Ouça a Palavra de Deus na comunidade reunida nos domingos e nas festas. Não se ausente. Marque presença. A Palavra é lida e proclamada. Ouça com atenção. Depois ela é meditada. A pregação ajuda a tirar conclusões e orienta para a prática. Tire, porém, suas conclusões pessoais da Palavra ouvida. Tenha bons propósitos, e propósitos firmes. Verifique depois se os cumpriu. Leia a Palavra. Não tenha a Bíblia como enfeite em sua casa. Abra-a e leia capítulo por capítulo. Ou leia os textos indicados para cada dia na liturgia. Hoje se pode ler no celular e ouvir o texto sonoro. Se tiver tempo, leia com calma, procure entender o texto assim como está escrito. Repita a leitura e perceba como as frases estão organizadas. Feche os olhos e diga para si mesmo o que foi que você leu. Reze um pouco para que Deus lhe dê a graça de compreender o que está escrito e praticar o que entendeu. Maria, sendo cheia de graça e concebida sem pecado, é evidente que sempre pôs em prática a Palavra de Deus. Ela aparece pouco e fala pouco na Bíblia. Ao anjo da Anunciação ela disse: “Faça-se em mim segundo a tua palavra”. “Estou disposta a fazer o que você disser.” O anjo Gabriel foi mensageiro da vontade de Deus, logo aceita por Maria. Ela é Mãe de verdade, e também porque ouve a Palavra e a põe em prática. Entremos na família e façamos como a Mãe, ouvindo e praticando a Palavra.
Fonte: NPD Brasil em 22/09/2020
HOMILIA
A PROVA DE SER FILHO DE DEUS
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”. Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava. Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias uma das assíduas comentadoras da homilia diária perguntava sobre este aspecto. Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. A dúvida sobre se Maria teve outros filhos só revela a Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).
Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.
No Antigo Testamento encontramos e sobretudo em Gn 37, 16; 42, 15; 43, 5; 12, 8-14; 39, 15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23, 21), e primos segundos (Lv 10, 4) - e até ‘parentes’ em geral (Job 19, 13-14; 42, 11). Há muitos exemplos na Sagrada Escritura. Lê-se no Gêneses que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27), que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’ (Gn 13, 3). ‘Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 14, 14). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).
No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cleófas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” ( Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cleofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágadala”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cleophas é o pai deles.
Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria Cléofas e Alfeu.
Também decorre uma pergunta: Por que nunca os evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?
Portanto, a própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.
Pai que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 23/09/2014
REFLEXÕES DE HOJE
TERÇA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 23/09/2014
HOMILIA DIÁRIA
Quem são os irmãos e irmãs de Jesus?
Postado por: homilia
setembro 25th, 2012
Esta é uma das passagens preferidas daqueles que gostam de diminuir Maria. Aqui, Jesus afirma que Sua mãe e os irmãos d’Ele são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. Não podemos entrever, nas palavras de Jesus, um desprezo à Sua mãe. Antes, Jesus sabia que não houve uma mulher que fosse tão fiel às palavras de Deus, Seu Pai, senão Maria. Portanto, Jesus exalta aqueles que escutam a Sua Palavra e a põem em prática, a ponto de igualá-los à pessoa que Ele mais tem consideração no mundo: a Sua mãe.
É para mim e para você que Ele dirige esta bem-aventurança. Se nós escutarmos e pusermos em prática Seus ensinamentos, faremos parte da família d’Ele. E “fazer parte da família” implica dizer que teremos os mesmos direitos, os mesmos bens e os mesmos deveres.
Para aqueles que se questionam se Maria teve outros filhos ou não, quero levá-los a meditar no termo “irmão”. No idioma falado naquela região, na época de Jesus, era utilizado para designar irmão ou primo.
“Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso?” (Mateus 13,55-56). A Sagrada Escritura nos dá claros indícios dos supostos “irmãos de Jesus”. Não eram filhos da mãe de Jesus, mas parentes em sentido amplo. A palavra grega Adelphoi, que nos Evangelhos é traduzida por “irmãos”, é equivalente ao vocábulo bíblico e semita “Ah” que significa “parentesco em geral”.
Tanto em aramaico como em hebraico, o termo “Ah” não designa somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos ou parentes mais distantes, devido a pobreza vocabular dessas línguas, como pode ser observado em Gênesis 13,8-14; 29,12.15; 31,23; I Crônicas 23,21-23; II Crônicas 36,10; II Reis 36,10; I Samuel 20,29; Juizes 9,23.
A certeza é que ela concebeu Jesus virgem e permaneceu virgem após o parto inexplicavelmente (mistério de fé); após sua morte, ela subiu aos céus sem pecado. O próprio Catecismo da Igreja Católica considera o ato sexual, no matrimônio, uma bênção de Deus. Considera José como castíssimo esposo. No entanto, a nossa visão de castidade é um pouco distorcida: castidade não significa abstinência sexual, mas a vivência da sexualidade de forma sensata e coerente, respeitando o tempo de viver cada etapa da vida.
A união com Jesus não se acontece por vínculos de sangue ou raça, mas pela união ao amor misericordioso do Pai que vem libertar e trazer vida a todos os homens e mulheres. Frequentemente, as famílias se fecham em torno de tradições e de interesses particulares, até excludentes. Jesus amplia um conceito tradicional e hermético de família para um conceito aberto e solidário, com uma dimensão universal. Na medida em que a família se comprometa com “o fazer a vontade do Pai” ela se abre à partilha, à solidariedade e à acolhida aos mais excluídos e empobrecidos, sem preconceitos e com amor.
Jesus indica, assim, o parentesco espiritual que O liga ao povo que resgatou. Os Seus irmãos e irmãs são os homens santos e as mulheres santas que tomam parte com Ele na herança celeste. A Sua mãe é toda a Igreja, porque é ela quem, pela graça de Deus, gera os membros de Jesus Cristo. Sua mãe é também toda a alma santa que faz a vontade do Pai e cuja caridade fecunda se manifesta naqueles que gera para Ele, até que Ele mesmo neles seja formado (Gl 4,19).
Maria é, certamente, a mãe dos membros do Corpo de Cristo, isto é, de nós mesmos, porque, pela sua caridade, cooperou para gerar, na Igreja, os fiéis que são os membros do corpo místico de Jesus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 25/09/2012
HOMILIA DIÁRIA
É preciso ouvir a Palavra e colocá-la em prática
Muita gente ficou no meio do caminho, porque até ouviu muito a Palavra de Deus, mas não teve disposição o suficiente para colocá-la em prática.
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.” (Lucas 8, 21)
A maravilha da Palavra de Deus hoje nos ensina o caminho, o segredo, para nos tornar também parentes do Senhor; irmãos, mãe, aqui não importa o grau de parentesco. Talvez você pense que Maria é a Mãe de Jesus só porque ela O gerou, mas a ligação aqui não é simplesmente sanguínea, é uma ligação tão e mais profunda do que esta, é espiritual! Maria não é somente Mãe de Jesus – essa já é uma graça grande demais, mas ela também é discípula do Seu Filho.
Qual é a condição para ser discípulo e discípula de Jesus? Primeira coisa: ouvir a Palavra de Deus, ouvir aquilo que vem do coração de Jesus, deixar os nossos ouvidos atentos para sermos alimentados, formados e conduzidos por essa Palavra. Quem ouve o Senhor tem a mentalidade d’Ele!
Se você escuta só as pessoas do mundo e o que os outros dizem, você vai adquirindo a mentalidade daqueles a quem você escuta. Ao passo que, quem ouve o Senhor, pensa como Ele, começa a ter dentro de si a mentalidade de Deus. Por isso, ouvir não é uma atitude qualquer, é a atitude da pessoa que está vigilante.
Pode ser que você esteja ouvindo o que estou falando, mas não esteja absorvendo o que está sendo dito. Ouvir é, antes de tudo, abrir-se para acolher, para que entre dentro de você aquilo que está sendo semeado. A atitude do discípulo, a cada dia, é ouvir as palavras, é ouvir aquilo que vem do coração do Seu Mestre, que orienta, conduz e direciona a nossa vida. Contudo, não basta só as ouvir!
A segunda disposição para ser um discípulo do Senhor é colocar em prática aquilo que ouviu, aquilo que aprendeu, que escutou, que foi ensinado aos nossos corações. Para se colocar em prática é preciso ter atitude para ouvir e para colocar em prática o que se ouviu: são necessários atos, disposições, abnegações, renúncias; deixar talvez muitas coisas, que até gostamos, para abraçar a vida que estamos recebendo da Palavra de Deus.
Muita gente ficou no meio do caminho, porque até escutou muito a Palavra de Deus, mas não teve disposição o suficiente para colocá-la em prática. Louvamos o nosso Deus, porque nos deu Sua Mãe como modelo de mulher, de discípula, de mãe, como aquela que escuta e põe em prática a Palavra de Deus. Pedimos que o Senhor nos conceda também a mesma disposição, que nos ajude a escutar a cada dia Sua Palavra e nos dê as inclinações necessárias para que coloquemos em prática aquilo que escutamos do coração de Deus.
Que o bom Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 23/09/2014
HOMILIA DIÁRIA
Precisamos ouvir e colocar em prática a Palavra de Deus
Ouvir a Deus é um exercício diário, que precisa ser praticado a cada dia, sobretudo, porque não somos mais crianças, perdemos a inocência original
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lucas 8,21)
Gosto demais desse Evangelho (não que eu não goste dos outros)! Esse Evangelho é muito claro para nos mostrar coisas belas e maravilhosas a respeito da nossa relação com Deus e Jesus, Seu Filho.
Enquanto muitos queriam mostrar para Jesus que Sua mãe e Seus irmãos estavam ali, Ele não desprezou nenhum de seus parentes. Pelo contrário, mostrou-lhes que para ser seu parente, próximo a Ele, eram necessárias apenas duas coisas: primeiro, quem é mãe, irmão, parente de Jesus, filho de Deus, escuta-O.
O mínimo que um filho pode fazer é escutar o pai. Aliás, uma criança, quanto mais criança ela é, mais ela sabe distinguir a voz de seus pais. Aquela voz já está em seu coração. Quando acorda de manhã e não escuta nenhuma voz, nem a do pai nem a da mãe, como ela acha estranho! Ele pode estar onde for, mas de longe escuta a voz do seu pai ou da sua mãe, ela logo reconhece.
Filho é aquele que escuta e reconhece a voz do seu pai. Não somos filhos de Deus só porque somos chamados de “filhos de Deus”, mas porque viemos d’Ele! Isso é uma graça, mas ser filho do Senhor é ouvir, em primeiro lugar, Aquele que é nosso Pai. É um exercício diário, que precisa ser praticado a cada dia, sobretudo, porque não somos mais crianças, perdemos a inocência original.
Quando perdemos a inocência na vida, vamos crescendo e paramos de escutar nossos pais para escutar o mundo. Na vida espiritual é assim também, deixamos de escutar a Deus e escutamos o mundo, a carne, os nossos desejos, os nossos anseios, necessidades e prazeres. Quando está tudo sufocando e ruim, perguntamos: “Onde está Deus? Onde está Deus que não me escuta?”.
Se há alguém que escuta muito bem, é Deus. Agora, quem tem dificuldade para escutá-Lo, somos todos nós filhos que tiramos o coração de nosso Pai. Quando escutamos, obedecemos, pelo menos o bom filho é assim. A mãe diz: “Meu filho, faça isso!”, ele, que é um bom filho, vai fazer.
Não basta ouvir a Palavra de Deus, não basta ouvi-Lo. É preciso ouvir e praticar! “Sou filho de Deus!”. Por isso, meus irmãos, Jesus está nos ensinando que não basta termos laços carnais, não basta termos cargos, títulos.
Para ser de Deus, próximos de Jesus, esses dois verbos devem estar gravados e cravados em nosso coração: ouvir e praticar. Precisamos praticar o que ouvirmos do coração de Deus!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 20/09/2016
HOMILIA DIÁRIA
A Palavra de Deus transforma o nosso coração
Não dá para andar com o coração repleto de ressentimentos e mágoas, semeando o ódio, colocando as pessoas umas contra as outras
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.” (Lucas 8,21)
É uma grande graça fazermos parte da família de Jesus, sermos família com Ele, tornarmo-nos cada vez mais familiarizados com a vida d’Ele. Qual é o caminho para que sejamos familiares, próximos e íntimos de Jesus?
A primeira coisa é ouvir a Palavra de Deus todos os dias da nossa vida. Quando ouvimos a Palavra de Deus, ela vai penetrando o nosso ser, o nosso coração; ela vai transformando os sentimentos da nossa alma e os pensamentos da nossa cabeça.
A Palavra de Deus tem o poder de nos transformar, por isso o grande esforço do nosso ser cristão é para ouvir Jesus, é para ouvir a Sua Palavra. Não escutemos a Palavra de Deus de qualquer jeito nem façamos de qualquer jeito a nossa relação com a Palavra. A primeira característica de um discípulo é a sua relação e intimidade com ela, porque, quando a escutamos, ela realiza a ação de Deus em nossa vida.
A segunda característica é que um discípulo coloca em prática aquilo que ele ouve, pois não basta ouvir, é preciso praticar o que o Senhor nos ensina a viver, é preciso um esforço com o auxílio e a graça do Espírito, para que a Palavra transforme o nosso comportamento, o nosso pensamento e os nossos sentimentos. Precisamos ser concretos.
Muitas vezes, temos pensamentos errados. A própria humildade vai nos demonstrar que nem tudo aquilo que pensamos é pensamento de Deus, pelo contrário, estamos repletos de pensamentos humanos, que colhemos no mundo. Os nossos pensamentos precisam ser transformados com a força da Palavra de Deus, pois estamos com sentimentos em nosso coração que não correspondem aos sentimentos d’Ele. Somos humanos, mas a Palavra transforma a nossa humanidade pela graça divina.
Não dá para andar com o coração repleto de ressentimentos e mágoas, semeando o ódio, colocando as pessoas umas contra as outras. Quando a Palavra penetra em nós, podemos até ter raiva de alguém, mas ela é capaz de arrancar a raiva, e somos capazes de mudar aquilo que pensávamos em relação ao outro.
Para sermos familiares a Jesus, precisamos ter familiaridade com Sua Palavra, capacidade de escuta, colocar-se na posição daquele discípulo que está ouvindo o Mestre falar e depois responde: “É assim que vou fazer. É isso que vai mudar na minha vida. Vou lutar e batalhar”.
O discípulo de Jesus vive uma metanoia e uma conversão constante, é aquele que se permite, dia a dia, com a humildade do coração, ser transformado e convertido pela Palavra que vem do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 25/09/2018
HOMILIA DIÁRIA
Ouçamos e pratiquemos a Palavra de Deus
“Jesus respondeu: ‘Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática’.” (Lucas 8,21)
Os parentes de Jesus não conseguiam se aproximar d’Ele, mas alguns deles queriam uma proximidade física. Achamos que a proximidade física é a mais importante, é claro que, fisicamente, queremos estar próximos de pessoas que queremos bem. Você conhece alguém que, fisicamente, esteve mais próximo de Jesus do que a Virgem Maria? Alguém, neste mundo, trouxe Jesus no seu ventre, carregou por nove meses, amamentou, cuidou, criou, amou, pegou no colo, cuidou quando era menino, deu banho, viu Ele crescer e se transformar no homem que nós amamos, o Mestre Jesus?
Então, a proximidade física Maria já tinha, e mais ainda, a proximidade da intimidade com a verdade de Jesus. É essa que Jesus está apresentando para aqueles que estão ouvindo. “Não adianta estarem aqui somente me vendo”, a advertência era para eles. A advertência é também para nós, porque até podemos receber a Eucaristia, podemos até estar na Missa todos os dias, podemos até participar de muitos grupos de Igreja, mas não é isso que cria intimidade com Jesus, não é isso que cria identidade familiar com Ele.
O que cria intimidade familiar com Jesus é, primeiro, ouvir a Sua Palavra. Sabemos que ouvir não é uma coisa simples, é preciso dedicação para ouvir. Como escutamos muito pouco aquilo que é a verdade.
Não passemos um dia sequer sem ouvir a Palavra de Deus, meditá-la, ruminá-la, deixar que ela ilumine a nossa vida
Nossos ouvidos estão muito soltos e seduzidos por tantos barulhos que estão à nossa volta. Para ouvir a Palavra de Deus é preciso se abstrair ou se purificar de tantos barulhos para nos colocarmos na sintonia da Palavra.
Ouvir a Palavra de Deus é a missão principal de um discípulo de Jesus, debruçar-se sobre a Palavra, deixar que ela penetre em nossos ouvidos. Uma vez que a escutamos, é preciso praticá-la. E, muitas vezes, apanhamos nas duas lições: ouvimos pouco e praticamos menos ainda.
Não vamos praticar na integridade da Palavra, se não a ouvirmos; e se não ouvirmos a Palavra, é óbvio que não seremos os bons discípulos que seguem o Mestre Jesus. Por isso, nos aproximemos do Senhor e da Sua Palavra. Não passemos um dia sequer sem ouvir a Palavra de Deus, meditá-la, ruminá-la, sem deixar que ela ilumine a nossa vida.
Pratiquemos, pois é assim que, de verdade, criamos intimidade com o Mestre Jesus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 22/09/2020
HOMILIA DIÁRIA
Ouça e pratique constantemente a Palavra do Senhor
“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.” (Lucas 8,21)
Meus irmãos, neste mês da Palavra, como está a nossa prática da Palavra? Jesus aqui está falando a respeito daqueles que disseram a Ele: “Senhor, Sua mãe e Seus irmãos estão aí”, e Jesus disse: “Olha, mas quem são os meus parentes?”. E Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem e praticam a Palavra do Pai”.
Mais do que nunca, somos chamados, meus irmãos, a ouvir o Senhor, a ler a Palavra do Senhor para sabermos o que Ele quer da nossa vida. Hoje em dia, está tão difícil encontrar pessoas que escutam. As pessoas querem falar.
Cursos e mais cursos de como falar bem, como falar em público… Ainda não tem curso de escutatória, não é!? Mas precisamos escutar para poder falar. E Jesus usou, claro, com esse intuito, para dizer qual era a prioridade. Usou, primeiro, o ouvir e, depois, o praticar e falar.
Precisamos ouvir, precisamos ser discípulos, primeiro, do Senhor, para, depois, sermos missionários e apóstolos. Primeiro, devemos ser discípulos, ouvir a Palavra, para fazer parte da família de Jesus, precisamos ouvi-Lo e ouvir a Palavra, é claro, nesse sentido de parar, de estar com Ele, de ler a Sua Palavra, de perceber o que Ele quer para a nossa vida.
Quem ouve e quem pratica a Sua Palavra também fará parte da Sua família lá no Céu
Talvez, hoje, diante do mundo agitado que nós vivemos, que você vive, que eu vivo, a Palavra do Senhor quer nos dizer isso também: “Olha, calma! Aquiete-se! Dê tempo para que eu possa falar com você, mas é preciso parar”. Pare um tempinho para estar com o Senhor ou um tempão para estar com Ele.
Aquele que te deu a vida, Aquele que te dá a vida, Aquele que te deu todos os dons, será que Ele não merece a sua atenção? Aquele que te dá atenção sempre — Deus —, também deseja que você dê atenção a Ele. Ouça a Palavra, dedique tempo à Palavra, para que você possa, então, praticá-la com maestria.
Que o Senhor nos ajude, hoje, a ter esse coração equilibrado, que se acalma, que O acolhe, para poder transmitir, para poder passar a Sua boa nova. Que o Senhor nos ajude, hoje, a sermos discípulos d’Ele, discípulos da Sua Palavra, a fazermos parte da Sua família, ouvirmos e praticarmos a Palavra para fazermos parte da Sua família. Quem ouve e quem pratica a Sua Palavra também fará parte da Sua família lá no Céu.
Eu quero, Senhor, queremos fazer parte da Sua família na eternidade, por isso, nos ajude, Senhor, a ouvi-Lo mais e a praticar mais a Vossa Palavra.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 20/09/2022
Oração Final
Pai Santo, nós esperamos receber o teu carinhoso abraço paternal. Faze-nos alegres e agradecidos pelo teu inefável Amor e entusiasmados para transmitir aos irmãos a Boa Notícia da presença em nós do teu Reino, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/09/2012
Oração Final
Pai Santo, faze-nos ouvintes atentos e encantados pela tua Palavra Criadora, feita carne em Jesus de Nazaré e nos dá coragem e força para torná-la viva em nossas relações com os irmãos peregrinos que colocaste junto a nós na caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/09/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós esperamos, com a certeza da Fé, receber um dia o teu carinhoso e pleno abraço paternal. Faze-nos então, desde agora, alegres e agradecidos pelo teu inefável Amor e entusiasmados para transmitir aos irmãos a Boa Notícia da presença em nós do teu Reino, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/09/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai que és pleno de misericórdia, inspira-nos especial carinho por tua Palavra. Ajuda-nos a ouvi-La, amá-La, acolhe-La em nossa vida e, de modo especial, a seguir a Palavra Encarnada – Jesus de Nazaré, nosso Irmão Maior, o Cristo, teu Filho que contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/09/2020
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