segunda-feira, 19 de setembro de 2016

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 19/09/2016 A 21/09/2016

Ano C



19 de Setembro de 2016

Lc 8,16-18

Comentário do Evangelho

O Reino de Deus é uma luz que brilha e atrai outros.

A Palavra de Deus, afirma o salmista, é uma lâmpada que ilumina os passos, isto é, o modo de proceder na vida (Sl 118,105). A lâmpada é acesa para iluminar toda a casa, a fim de que o interior da casa esteja iluminado e os que entram possam se localizar. A lâmpada é acesa por Jesus através do seu ensinamento e ela ilumina não somente os fiéis cristãos, mas todos os que se aproximam dele de coração sincero. Dito com outras palavras, o Reino de Deus, escondido e revelado no ensinamento de Jesus, é uma luz no coração do discípulo, luz que brilha e atrai outros. Isso é exemplificado pelo provérbio do v. 17: tudo o que o discípulo aprende de Jesus, em particular (v. 9), deve se manifestar para que outros também possam ser iluminados. A palavra de Jesus Cristo é uma verdadeira luz, pois ela revela o mistério do Reino de Deus. Em consequência disso, a anúncio cristão é igualmente uma luz que faz conhecer o mistério de Cristo e, por ele, o mistério de Deus. A advertência do v. 18a é um alerta, pois uma escuta autêntica leva a transmitir o que se escutou, a fim de que outros sejam iluminados. Sem essa transmissão, é como se faltasse à lâmpada o combustível que a faz brilhar e iluminar.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, transforma-me em lâmpada do Reino, para que, por meio de meu testemunho de vida, eu possa mostrar teu caminho a muitas pessoas que vagam nas trevas.
Fonte: Paulinas em 22/09/2014

Vivendo a Palavra

A descoberta de que o Reino de Deus está próximo – ele está dentro de nós! – é a luz que se acende no nosso coração e não pode ser escondida. Devemos difundi-la, através do testemunho de uma vida sóbria, alegre e do cuidado com os irmãos, especialmente os mais pobres e desprezados pelos homens.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/09/2014

Vivendo a Palavra

Dizendo que «Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo da cama», Jesus nos adverte contra a falsa modéstia, que usamos para nos eximir de anunciar aos irmãos a Boa Notícia do Reino. Não raramente nós nos calamos por covardia, em ocasiões em que nosso testemunho de fé deveria ser exposto com alegria e coragem.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

O conhecimento da Palavra de Deus é muito importante, mas não é suficiente para que uma pessoa se torne verdadeiramente cristã. O importante é assumir os valores que estão presentes nela, de modo que a Palavra de Deus se torne vida das pessoas, e assim elas testemunhem esses valores para todos e manifestem o amor de Deus para com seus filhos e filhas. Jesus nos faz uma grave advertência no Evangelho de hoje: "Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis!" Existem doutores na Palavra de Deus, mas que fazem da Palavra de Deus apenas objeto de conhecimento. É claro que o conhecimento da Palavra de Deus é importante, mas devemos ser doutores na sua vivência.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=19

Recadinho

Você faz bom uso da Palavra de Deus para si? - E para os outros? Consegue partilhar? - Você manifesta publicamente suas convicções religiosas? - Lembra-se de alguém que segue sua luz? - Preocupa-se constantemente em dar bom exemplo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 22/09/2014

Meditando o evangelho

A LÂMPADA NO CANDEEIRO

A parábola da lâmpada colocada no candeeiro previne os discípulos contra a tentação de transformar a doutrina de Jesus em assunto reservado a um grupinho de iniciados, ao gosto das religiões mistéricas e das tradições gnósticas, bem conhecidas no mundo da época. Trairia o Mestre o discípulo que, tendo conhecido o Reino, sua dinâmica, suas exigências e seus objetivos, conservasse ciosamente este conhecimento, não se dispondo a partilhá-lo. Todas as nações, sem nenhuma exclusão, precisam ser iluminadas pela luz da verdade proclamada por Jesus, de forma a encontrarem o caminho para o Pai. É a tarefa que cabe a todo discípulo do Mestre Jesus.
A vocação de ser "lâmpada do Reino" comporta enormes desafios para o discípulo. Exige dele vencer o medo e o comodismo para encontrar o lugar mais adequado para testemunhar a verdade. Será necessário enfrentar as forças das trevas com as quais entra em conflito, de modo a vencê-las e trazer para a luz as suas vítimas. Mais que do testemunho das palavras, a luz haverá de brilhar pelo testemunho de vida do discípulo do Reino. A contemplação de seu compromisso com a justiça, de sua solidariedade com os fracos e pequeninos, de seu empenho para construir uma sociedade igualitária terá mais força de convencer do que mil palavras. Mais que tocar os ouvidos, é preciso tocar os corações.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, transforma-me em lâmpada do Reino, para que, por meio de meu testemunho de vida, eu possa mostrar teu caminho a muitas pessoas que vagam nas trevas.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-19


20 de Setembro de 2016

Lc 8,19-21

Comentário do Evangelho

No centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus.

A visita da família de Jesus é, para ele, ocasião de ensinar os seus discípulos acerca do específico da comunidade cristã (cf. Lc 6,46-49). É Marcos quem, no seu evangelho, informa a razão da visita da família de Jesus: pensavam que estivesse fora de si (Mc 3,21). No evangelho de João, são os adversários de Jesus que têm essa opinião a respeito dele (Jo 10,10-20). Aproveitando a ocasião e ignorando a intenção de sua parentela, Jesus ensina que a pertença ao povo que ele reúne não se dá pela descendência do sangue, mas por uma atitude que engaja o discípulo no dinamismo da escuta e da prática da Palavra de Deus (cf. Lc 6,46-47). Mais adiante no relato evangélico, àquela mulher que, admirada pelas palavras de Jesus, gritou: “Felizes as entranhas que geraram e os seios que te amamentaram”, Jesus respondeu: “Felizes são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam” (Lc 11,27-28). A mãe de Jesus passou, na tradição da Igreja, a ser modelo do discípulo porque ela é a mulher que escutou a Palavra de Deus e a praticou (Lc 1,38). No centro da vida cristã deve estar a Palavra de Deus. Em Jesus, Verbo de Deus, a Palavra de Deus adquire todo o seu sentido e é uma fonte de verdadeira vida.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
Fonte: Paulinas em 23/09/2014

Vivendo a Palavra

Jesus mostra o caminho seguido por Maria para tornar-se sua Mãe e o deixa aberto para quem quiser segui-la, tornando-se seu irmão: basta ouvir a Palavra de Deus e a vivê-la nas relações existenciais. Que sejamos, como Ele, mansos e humildes de coração. O fardo será leve e o jugo, suave.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/09/2014

Reflexão

Existem muitas pessoas que querem demonstrar-se religiosas, mostrar a todos que participam da vida da Igreja e têm amizade com o clero e até usam dos cargos e funções sociais para conseguir isso. Porém, essas pessoas querem apenas se promover, não querem nenhum compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus. A atitude de Jesus nos mostra quem é importante para ele: aquele que ouve a Palavra de Deus e a coloca em prática, aquele que é capaz de amar, perdoar, partilhar, acolher, socorrer, consolar, compreender, ensinar, comprometer-se, doar-se, reunir, celebrar, orar, ser feliz com os que são felizes, chorar com os que choram, são empáticos, solidários, vivem o amor de Deus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=20

Recadinho

Você procura colocar em prática os ensinamentos de Jesus para assim fazer parte de sua família? - Lembra-se de que, como irmãos, temos os mesmos deveres, os mesmos direitos e os mesmos bens? - É fácil desejar ao próximo tudo aquilo que desejamos a nós mesmos? - Colocar os ensinamentos de Jesus em prática consiste em amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos. Comente isso.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 23/09/2014

Meditando o evangelho

OUVIR E PRATICAR A PALAVRA

A presença inesperada da mãe e dos irmãos, seus parentes próximos, ofereceu a Jesus a chance de explicitar o tema da ligação entre ele e os discípulos, bem como de repensar a questão dos laços que o ligavam à sua família de Nazaré.
Jesus relativizou a vinculação familiar, à base dos laços de sangue. Existe algo mais fundamental que estabelece vínculos profundos com ele, para além do círculo familiar: a escuta e a prática da Palavra de Deus.
Portanto, é a vontade do Pai o elo de ligação entre Jesus e os discípulos do Reino. Ele é quem vincula a grande família do Reino, encabeçada por Jesus. E o sinal de que todos pertencem à mesma família é dado pelo modo como agem. Não se trata de genealogias, nem de nomes, e sim da ação compatível com a vontade do Pai.
Todos sabem que pertencem à mesma família por terem idêntico modo de proceder. Os irmãos e as irmãs se reconhecem mutuamente pela mesma prática do amor, pela disposição a perdoar e viver reconciliados, pelo desejo de formar comunidade, recusando-se a oprimir e explorar o semelhante. É assim que se comportam os familiares do Mestre.
Quanto à mãe de Jesus, ela, mais do que ninguém, soube ouvir a Palavra de Deus e pautou por essa Palavra toda a sua existência. O novo critério enunciado por Jesus de forma alguma a diminui, antes, confirma-a na sua condição de mãe. Sua fidelidade a Deus foi a toda prova.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-20


21 de Setembro de 2016

Mt 9,9-13

Comentário do Evangelho

A misericórdia precede e ultrapassa o sacrifício.

Ninguém está excluído do seguimento de Jesus Cristo. O seu chamado exigente é para todos. Mateus, que Jesus chama ao seu seguimento, é coletor de impostos, isto é, pecador público (ver: Lc 19,7). O relato de Mateus omite que a refeição tenha sido na casa de Levi, ao contrário de Marcos e Lucas, que o dizem explicitamente (Mc 2,15; Lc 5,29). Em Marcos e Lucas, a refeição oferecida por Levi tem um tom de despedida de sua vida anterior. Aqui em Mateus, a impressão é que Jesus acolhe na sua própria casa os coletores de impostos e pecadores (cf. v. 10). O autor do quarto evangelho fará o Senhor dizer: “Na casa de meu Pai tem muitas moradas” (Jo 14,2). A pergunta dos fariseus é dirigida aos discípulos de Jesus (cf. v. 11), mas é Jesus quem toma a iniciativa de respondê-la (cf. v. 12-13), pois é a ocasião de explicitar sua missão: “De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores” (v. 13). A citação de Os 6,6 (“é misericórdia que eu quero, e não sacrifício”), e repetida em Mt 12,7, deve funcionar como princípio de ação. A misericórdia precede e ultrapassa o sacrifício.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.
Fonte: Paulinas em 05/07/2013

Vivendo a Palavra

O Senhor busca a cada um de nós. Assim aconteceu com Levi. Foi chamado quando exercia seu ofício – tão odiado pelos compatriotas... – de coletor de impostos para os romanos. Tornou-se o grande apóstolo e evangelista Mateus. Estejamos atentos aos sinais dos tempos: neles pode estar contido o chamado de Deus para a nossa missão.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/07/2013

Reflexão

Todos nós vivemos afirmando que Jesus é misericordioso, que veio para trazer a salvação para todas as pessoas e coisas do gênero, mas na hora da convivência com as pessoas, parece que não é bem assim, pois somos proibitivos e sabemos sempre evidenciar os erros e os pecados que são cometidos para provocarmos discórdia, separação e exclusão. É muito comum ouvirmos nas comunidades: "Eu acho que Fulano não pode participar de tal coisa porque ele fez isso e aquilo". Devemos crer que de fato não somos nós quem chamamos para o serviço do Reino, é Jesus quem chama e ele sabe muito melhor que nós quem está chamando e porque ele está chamando. A nós compete criar condições para que todos possam assumir a própria vocação.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2016&mes=9&dia=21

Meditação

Quando faço um julgamento sobre alguém é de modo positivo ou negativo? - Considero-me uma pessoa doente ou sadia de coração? - Preciso de médico? De que tipo de médico? - - Por que Jesus estava comendo com cobradores de impostos e pecadores? - Para você, em que consiste seguir Jesus?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 05/07/2013

Meditando o evangelho

A PREFERÊNCIA PELOS PECADORES

Os preconceituosos fariseus julgaram insuportável a decisão de Jesus de sentar-se à mesa com os odiados cobradores de impostos e com os pecadores. Atitude reprovável e irresponsável para um Mestre diante de seus discípulos. Os fariseus censuraram-no baseando-se numa concepção tradicional de mestre, na qual Jesus recusava a se enquadrar.
O Filho de Deus ia ao encontro dos mais carentes da misericórdia do Pai, exatamente os marginalizados pelas estruturas religiosas. Sua iniciativa de comer com os pecadores, longe de ser um gesto impensado, era expressão de algo fundamental no seu ministério: demonstrar profunda comunhão com os que se afastaram do Pai e precisavam reconciliar-se com ele. Jesus agia como um médico que se ocupa com quem está doente, e não com quem goza de boa saúde. Era uma questão de lógica!
O contato com os pecadores, na mentalidade da época, provocava impureza ritual, de forma a impedir a participação no culto. Era preciso afastar-se dos pecadores, como se fossem empestados, para estar em condições de se aproximar de Deus.
Os discípulos de Jesus foram orientados de maneira diversa: se quisessem estar em comunhão com o Pai, deveriam, em primeiro lugar, estar em comunhão com as vítimas do desprezo da sociedade puritana daquele tempo. A falta de misericórdia tornaria vazio e desagradável a Deus o culto que lhe era prestado.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, inspirado em Jesus, quero manifestar minha comunhão contigo sendo misericordioso com as vítimas dos preconceitos humanos.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-09-21


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