sábado, 9 de março de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 08/03/2024

ANO B


Mc 12,28b-34

Comentário do Evangelho

O amor como origem da Lei

O texto que nos ocupa faz parte de uma série de textos que, no evangelho de Marcos, são caracterizados como "diálogos didáticos". Tais diálogos têm por finalidade instruir os discípulos a apresentar o que é fundamental para a vida cristã.
O que é óbvio para muitos de nós, hoje, não o era para os contemporâneos de Jesus. Não era difícil, entre tantos mandamentos a serem observados (613), se perguntar: Qual é o maior? Qual deles é o primeiro, isto é, o fundamento de todos os demais? Qual deles, numa situação de conflito entre dois ou mais preceitos, tem precedência e é exigido pela Lei? A resposta de Jesus é sem equívoco: o amor a Deus que exige o amor ao próximo. O amor não é um entre outros mandamentos, mas é ele que está na origem da Lei. Para o discípulo, o amor é a expressão máxima da vida cristã.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, faze-me compreender sempre mais que o eixo da minha vida de fé deve consistir num amor entranhado a ti e a meu próximo.
Fonte: Paulinas em 08/03/2013

Comentário do Evangelho

O amor na origem de tudo

O evangelho deste dia é um entre outros diálogos didáticos que se encontram na segunda parte do evangelho segundo Marcos. A finalidade desses diálogos é instruir os discípulos e apresentar o específico da vida cristã. O que talvez para nós, hoje, seja óbvio, não o era para os contemporâneos de Jesus, como também para os seus próprios discípulos. Ante um universo de 613 preceitos que deveriam ser cumpridos de maneira irrepreensível, qual a hierarquia entre eles, e qual teria precedência sobre outros? Qual é aquele mandamento que está na origem de todos os demais? A questão apresentada pelo escriba é pertinente e ajuda a esclarecer os discípulos. O amor está na origem de tudo: da criação e da Lei dada por Deus a Israel. Sem a referência a essa origem a lei passa a ser um fardo difícil de carregar e que leva à morte. A resposta de Jesus é clara: o amor a Deus que exige o amor ao próximo. A exigência do amor não pode figurar simplesmente como um entre outros mandamentos, pois ele é o fundamento da Lei. Para os cristãos, o amor é a expressão máxima da vida cristã (cf. 1Cor 13,1ss).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me compreender sempre mais que o eixo da minha vida de fé deve consistir num amor entranhado a ti e a meu próximo.
Fonte: Paulinas em 28/03/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Amar ao próximo como a ti mesmo


Um escriba perguntou a Jesus qual era o maior mandamento. Jesus respondeu o que está escrito na Bíblia, o “Ouve, Israel!”. E acrescentou um segundo mandamento, que é amar o próximo como a si mesmo. O escriba mostrou o seu acordo. Repetiu o que Jesus tinha dito e acrescentou que praticar o amor vale mais do que sacrifícios e holocaustos. Jesus o elogia e diz que ele não está longe do Reino de Deus. Ele só repetiu as palavras de Jesus, que são palavras do Deuteronômio. Resta agora praticá-las, neste tempo de Quaresma: procurar abandonar-se com confiança nas mãos do Pai, entregar-se a ele sem medida, estar pronto para tudo e aceitar tudo com a disposição de realizar a sua vontade. E amar o próximo como a si mesmo, não fazendo aos outros o que não queremos que se faça a nós. Se quisermos repetir também as palavras de Jesus, podemos dizer: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

O ser humano é uma síntese de coração, alma, entendimento e força. Assim deve ser o nosso amor a Deus, que se revela no amor ao próximo: envolver nossos sentimentos, espírito, inteligência e corpo – numa grande unidade. Não vivamos fragmentados! Assim como o Deus é UM, sejamos inteiros no amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/03/2013

Vivendo a Palavra

Jesus ensina o Amor total, o Amor de corpo inteiro, com todas as dimensões do nosso ser. Isto é Amor eficaz: cuidar para que cada irmão nosso possa viver em condições humanas, seja cercado de carinho, tenha acesso à cultura, à informação e aprenda a glorificar ao Senhor que é Deus e Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

O mandamento essencial – o Amor a Deus e ao próximo – envolve todo o ser: a força física, a inteligência, os sentimentos e o espírito. O Mestre nos deseja pessoas inteiras, amando os irmãos como o Pai Misericordioso ama e não como seres divididos entre desejos egoístas e preocupações com ilusões e coisas acidentais.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2018

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina o Amor total, radical, o Amor que envolve a pessoa inteira, em todas as dimensões da sua existência. Ou, quem sabe, simplesmente o AMOR – sem adjetivos? Isto é o Amor eficaz: cuidar para que cada irmão nosso possa viver em condições humanas; que seja cercado de atenção e carinho, tenha acesso à cultura, à informação, e possa conhecer e glorificar o Senhor, que é Deus e Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2020

VIVENDO A PALAVRA

O Amor precisa envolver a pessoa inteira, não pedaços do nosso ser. Jamais podemos andar fragmentados. Onde estivermos presentes de corpo, aí devemos estar com o coração, com a mente e com o espírito. Assim será também na oração – a nossa relação com o Pai Misericordioso – e assim será com os nossos irmãos. Devemos estar acordados e vigilantes, isto é, viver bem conscientes e inteiros o aqui-e-agora da nossa vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/03/2021

Reflexão

Muitas pessoas acham que para serem salvas, é suficiente cumprir todas as suas obrigações de ordem religiosa como a participação nas celebrações e atos devocionais. O escriba do Evangelho de hoje afirma que amar a Deus e ao próximo é melhor do que as práticas religiosas, no caso os holocaustos e os sacrifícios, e Jesus confirma isso ao afirmar que ele não está longe do reino de Deus. A nossa vida religiosa só tem sentido enquanto é um reflexo do amor vivido concretamente, ou seja, enquanto é manifestação da nossa solidariedade. Caso contrário, a religião se reduz a práticas mágicas, bruxarias, rituais vazios, que nada acrescentam a ninguém e não nos aproxima de Deus.
Fonte: CNBB em 08/03/2013 e 28/03/2014

Reflexão

Ao observar como Jesus interpretava com propriedade a Escritura, um especialista em leis busca solução para uma questão muito debatida. Dentre o grande número de preceitos, o que, de fato, é o mais importante para Deus segundo a tradição de Israel? Jesus, com precisão e cadência, recorda ao povo de Israel que seu único Senhor é Deus e não os dirigentes que exploram o povo. Na antiga Aliança não havia um só mandamento, e sim dois, pois o amor a Deus era inseparável do amor ao próximo. Não se pode honrar a Deus, ignorando o ser humano. Esses dois mandamentos favoreciam a criação de uma sociedade de iguais. A sua prática era a preparação para a plena realidade do Messias, que elevará o nível de exigência do amor ao próximo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 09/03/2018

Reflexão

Ao observar como Jesus interpretava com propriedade a Escritura, um especialista em leis busca solução para uma questão muito debatida. Dentre o grande número de preceitos, o que, de fato, é o mais importante para Deus segundo a tradição de Israel? Jesus, com precisão e cadência, recorda ao povo de Israel que seu único Senhor é Deus, e não os dirigentes que exploram o povo. Na antiga Aliança não havia um só mandamento, e sim dois, pois o amor a Deus era inseparável do amor ao próximo. Não se pode honrar a Deus, ignorando o ser humano. Esses dois mandamentos favoreciam a criação de uma sociedade de iguais. A sua prática era a preparação para a plena realidade do Messias, que elevará o nível de exigência do amor ao próximo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).
Oração
Ó Jesus Mestre, tu nos ensinas que o primeiro mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas, e o segundo é amar o próximo como a si mesmo. No teu Reino, “ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos”. Louvor a ti, Senhor, porque entregaste tua vida por nós. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 20/03/2020

Reflexão

No tempo de Jesus, era muito comum os rabinos dialogarem ou discutirem a respeito de assuntos ligados à religião ou às leis bíblicas. Aqui o escriba parece colocar- se não como inquisidor hostil, mas como alguém que apenas quer confirmar seu pensamento. Os dois chegam a uma mesma conclusão: amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo são os dois principais mandamentos, e sua vivência vale mais que sacrifícios e holocaustos. Ao lado do amor a Deus, como primeiro mandamento, Jesus coloca o amor ao próximo. Dois mandamentos inseparáveis e que estão acima até das práticas religiosas. Eles nos levam a proclamar a grandeza e a bondade de Deus e a estabelecer relações fraternas com as pessoas. Os dois mandamentos do amor completam-se para fazer do discípulo de Jesus nova e autêntica pessoa.
Oração
Ó Jesus Mestre, tu nos ensinas que o primeiro mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas, e o segundo é amar o próximo como a si mesmo. No teu Reino, “ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos”. Louvor a ti, Senhor, porque entregaste tua vida por nós. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 12/03/2021

Reflexão

Movido por sincera dúvida, o doutor da Lei faz a Jesus uma pergunta, cuja resposta parece óbvia e bem conhecida no mundo religioso da época. Jesus, entretanto, não foge da questão e diz que são dois os pilares da religião que agrada a Deus: amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo. São colunas inseparáveis, porque não se pode amar verdadeiramente a Deus sem amar o irmão, e o amor aos irmãos tem suas raízes no amor a Deus. O doutor da Lei confirma a prioridade dos dois mandamentos. Jesus elogia o doutor da Lei e o considera em condições para iniciar a caminhada no Reino de Deus. Não basta, de fato, conhecer os mandamentos. É necessário assumir a pessoa e os ensinamentos de Jesus, que é o primeiro a cumprir seriamente os projetos de Deus até as últimas consequências.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 17/03/2023

Reflexão

Ao observar como Jesus interpretava com propriedade a Escritura, um especialista em leis busca solução para uma questão muito debatida. Dentre o grande número de preceitos, o que, de fato, é o mais importante para Deus segundo a tradição de Israel? Jesus, com precisão e cadência, recorda ao povo de Israel que seu único Senhor é Deus, e não os dirigentes que exploram o povo. Na Antiga Aliança, não havia um só mandamento, e sim dois, pois o amor a Deus era inseparável do amor ao próximo. Não se pode honrar a Deus ignorando o ser humano. Esses dois mandamentos favoreciam a criação de uma sociedade de iguais. Sua prática era a preparação para a plena realidade do Messias, que elevará o nível de exigência do amor ao próximo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Não existe outro mandamento maior do que estes»

Rev. D. Pere MONTAGUT i Piquet
(Barcelona, Espanha)

Hoje, a liturgia da quaresma nos apresenta o amor como a raiz mais profunda da auto-comunicação de Deus: «A alma não pode viver sem amor, sempre quer amar alguma coisa, porque está feita de amor, que eu por amor a criei» (Santa Catalina de Siena). Deus é amor todo poderoso, amor até o extremo, amor crucificado: «É na cruz onde se pode contemplar esta verdade» (Bento XVI). Este Evangelho não é somente uma auto-revelação de como Deus mesmo —em seu Filho— quer ser amado. Com um mandamento de Deuteronômio: «Portanto, ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força» (Dt 6,5) e outro do Levítico: «Não seja vingativo, nem guarde rancor contra seus concidadãos. Ame o seu próximo como a si mesmo. Eu sou Javé» (Lev 19,18), Jesus leva ao extremo a plenitude da Lei. Ele ama o Padre como Deus verdadeiro nascido do Deus verdadeiro e, como Verbo feito homem, cria a nova Humanidade dos filhos de Deus, irmãos que se amam com o amor do Filho.
O chamado de Jesus à comunhão e à missão pede uma participação em sua mesma natureza, é uma intimidade na que devemos nos introduzir. Jesus não reivindica nunca ser a meta de nossa oração e amor. Agradece ao Pai y vive continuamente em sua presença. O mistério de Cristo atrai ao amor a Deus —invisível e inacessível— enquanto que, ao mesmo tempo, é caminho para reconhecer, verdade no amor e vida para o irmão visível e presente. O mais valioso não são as oferendas queimadas no altar, e sim Cristo que queima como único sacrifício y oferenda para que sejamos Nele um só altar, um único amor.
Esta unificação de conhecimento e de amor entrelaçada pelo Espírito Santo permite que Deus ame em nós e utilize todas nossas capacidades e nos conceda poder amar como Cristo, com seu mesmo amor filial e fraterno. O que Deus uniu no amor, o homem não o pode separar. Esta é a grandeza de quem se submete ao Reino de Deus: o amor a si mesmo já não é obstáculo e sim êxtase para amar ao único Deus e a uma multidão de irmãos.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Os presentes dias [de Quaresma] são especialmente indicados para se exercitar na caridade. Quem deseje festejar a Páscoa do Senhor com o corpo e a alma santificados devem por especial esforço em conseguir, sobre tudo, essa caridade» (São Leão Magno)

- «A fé é deixar espaço a esse amor de Deus; é deixar espaço ao poder, ao poder de Deus, ao poder de alguém que me ama, que está enamorado de mim e deseja a alegria comigo. Isso é a fé. Isso é acreditar: é deixar espaço ao Senhor para que venha e me transforme» (Francisco)

- «(...) O apóstolo São Paulo lembra: Quem ama o próximo cumpre plenamente a lei. De facto: “Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçaras”, bem como qualquer outro mandamento, estão resumidos numa só frase: amarás ao próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. Assim, é no amor que está o pleno cumprimento da lei”» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2196)

Reflexão

O amor: “primeiro” mandamento vs “novo” mandamento

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, à pergunta fundamental sobre o "primeiro mandamento", Jesus Cristo responde "Lei em mãos". Em Lc 10,26, o Senhor responde perguntando ao escriba "que está escrito na Lei?". Este deu a resposta exata. No entanto, Cristo, revelando paulatinamente seu próprio mistério, levou "a resposta” aos horizontes insuspeitados.
Um tema característico dos escritos de são João é o amor. 1º A Fonte do amor é Deus: "Deus [e amor" (1Jn 4,8) (João es o único autor neo testamentário que da esta "definição" de Deus). 2º Deus —mediante a encarnação e morte de seu Filho Jesus Cristo— demonstrou seu amor: não se limitou a declarações orais, senão que se comprometeu de verdade e "pagou" pessoalmente. 3º Contemplando este "excesso" de amor, o cristão se vê chamado a uma resposta ativa, sintetizada no "novo mandamento".
—No Antigo Testamento o critério normativo estava tomado do homem ("como a ti mesmo"). No Novo Testamento Jesus apresenta como motivo e norma de nosso amor sua própria pessoa: "Como eu os tenho amado".

Recadinho

Será que estou muito longe do Reino de Deus? - O que faço para poder merecer o Reino? - Procuro ouvir a mensagem de Jesus? - Coloco o Evangelho em prática no meu dia a dia? - Amo realmente meu próximo?
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 28/03/2014

Meditação

O homem tinha concordado com Jesus que o mais importante é amar a Deus e ao próximo. Por isso praticamente já se abrira para o reino de Deus. Isso vem lembrar-me que o poder e a graça de Cristo agem no coração de todos, e por isso todos podem chegar à fé e à salvação. Esse poder divino de Jesus pode fazer brotar a vida nova mesmo no coração dos que ainda não o conhecem.
Oração
Infundi, ó Deus, vossa graça em nossos corações, para que fugindo aos excessos humanos possamos, com vosso auxílio, abraçar os vossos preceitos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus conosco, em 17/03/2023

Meditação

“Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo...” A frase não é de Jesus, mas do escriba que lhe perguntara sobre o mandamento mais importante. Deixa claro que o mais importante não são os ritos e as cerimônias religiosas, mas sim nossa atitude interior, o como nos posicionamos com relação a Deus e aos irmãos que nos cercam. Gestos e palavras, por mais solenes que sejam, só têm sentido e valor se manifestam esse nosso duplo amor.
Oração
INFUNDI, BENIGNO, SENHOR, vossa graça em nossos corações, para que, fugindo sempre dos excessos humanos, possamos, com vosso auxílio, abraçar os vossos preceitos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

O Primeiro Mandamento: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força!»


Hoje temos a alegria de tropezar-nos, por fim, com um escriba sensato. Não há nada mais saudável que dar a razão a Cristo: “Amar a Deus com todas as forças e ao próximo como a si mesmo”.
—Na Cruz, Jesus pôs “Carne” a este preceito.

Meditando o evangelho

ONDE CENTRAR NOSSA VIDA

A pergunta pelo primeiro dos mandamentos comporta uma preocupação: onde a vida humana deve centrar-se? A resposta a este problema é fundamental para a vida do discípulo. Mas não basta responder teoricamente. É mister que discípulo tome consciência onde efetivamente sua vida está centrada. O engano, aqui, pode ser fatal!
A resposta de Jesus ao mestre da Lei aponta para os dois eixos vertebradores da vida do discípulo: Deus e o próximo. Considerando bem, ambos os eixos se exigem mutuamente, a ponto de um levar ao outro, e a ausência de um provocar a ausência do outro.
Quem está centrado em Deus, está necessariamente aberto ao amor e à solidariedade, está sempre pronto para lutar pela justiça, não suportando ver o próximo ser vilipendiado. Sobretudo, torna-se um lutador incansável pela causa do Reino, ansiando por vê-lo acontecer em sua própria vida e na de seus semelhantes.
Por outro lado, tem sua vida centrada no próximo quem é capaz de superar o egoísmo e romper as amarras das paixões, quem se esforça para se libertar da tirania do pecado, tornando-se livre para Deus. Em outras palavras, quem tem Deus no coração.
Todos os demais eixos são espúrios e devem ser rejeitados pelo discípulo do Reino. Basta considerar o modo de proceder de quem não ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. São pessoas desumanizadas e desumanizadoras.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, realiza meu anseio de ver minha vida sempre mais centrada em ti e no meu próximo. Só assim poderei dar testemunho verdadeiro de ser discípulo do Reino.
Fonte: Dom Total em 09/03/2018

Meditando o evangelho

A PRIMAZIA DO AMOR

É de se admirar que um escriba - mestre da Lei - tenha-se colocado diante de Jesus, na posição de discípulo. Os escribas eram reconhecidos como pessoas sábias. Por conseguinte, capazes de interpretar a Lei e descobrir-lhe sentidos novos. O povo consultava-os quando tinham dúvidas. Por sua vez, os escribas tinham consciência de sua posição elevada.
O escriba, que sabia dar respostas a tantas questões complicadas, tinha, agora, sérias dúvidas a respeito de uma questão fundamental: qual ação humana mais agrada a Deus, e coloca o ser humano em comunhão com o Pai?
A resposta de Jesus é como que o resumo de toda a Escritura: amar a Deus, consagrando-se totalmente a ele, e amar ao próximo como a si mesmo. Estes são os dois eixos da religião que agrada a Deus. Tudo o mais será complemento e terá valor relativo. É preciso dar primazia ao amor!
A preocupação do mestre da Lei tinha sua razão de ser. Com muita facilidade, no caminho para Deus, o ser humano embrenha-se por atalhos, abandonando a estrada principal. Deixando de lado o caminho do amor a Deus e ao próximo, por mais que alguém se esforce, jamais alcançará a meta almejada. Só o caminho do amor pode levar-nos ao destino esperado: o Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de conhecimento, conduze-me sempre pelo caminho do amor, o único que pode me levar até o Pai.
Fonte: Dom Total em 28/03/201420/03/2020 e 12/03/2021

Oração
Infundi, ó Deus, vossa graça em nossos corações, pra que, fugindo aos excessos humanos, possamos, com vosso auxílio, abraçar os vossos preceitos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 28/03/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Amor a Deus e ao Próximo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Muitas vezes nos evangelhos, algumas pessoas importantes que se aproximam de Jesus para o interrogá-lo, entre elas Escribas e Doutores da Lei, já o rejeitaram e só estão a procura de um argumento para denunciá-lo ao Conselho visando a sua condenação e morte.
Mas no evangelho de hoje esse Escriba procurou Jesus com sinceridade para lhe perguntar qual era o Mandamento mais importante de toda a Lei de Moisés.
Jesus mostra com absoluta clareza aquilo que está no centro da Lei “O amor sem medidas para com Deus, em primeiro lugar, e o amor ao próximo” que é tão importante quanto o primeiro, e que , no dizer de Jesus, não há nenhum outro que supere esses dois.
É fácil percebermos quando a pessoa que se aproxima de Jesus para conhecê-lo e experimentá-lo, está a procura de algo novo. Basta ver o entusiasmo na concordância com a Palavra “Perfeitamente Mestre, dissestes bem...”. E o Escriba repetiu exatamente, palavra por palavra, o ensinamento que Jesus acabara de fazer, respondendo a sua pergunta e ainda fez uma bela interpretação “Esse amor a Deus e ao próximo supera todos os holocaustos e sacrifícios”. O Escriba captou que algo bem maior e mais profundo do que as Verdades do Judaísmo estava ali diante dele, trazido por Jesus, o grande Mestre.
Vivemos em uma sociedade que até conhece e crê em Jesus, mas que dificilmente concorda com a sua Palavra e o seu ensinamento, centralizado na preservação da Vida e da Dignidade humana, em um Reino pautado pela Justiça e Igualdade. Basta ver o que a nefasta cultura da pós Modernidade apregoa sobre aborto, divórcio, eutanásia e outros pontos que contrariam totalmente esse Amor a Deus e ao próximo.
Jesus ao final da conversa encheu o coração daquele Escriba de alegria e esperança quando lhe disse “Na verdade não estás longe do Reino de Deus”. Certamente não dirá o mesmo do Homem ateu da pós-modernidade, perdido na sua arrogância, prepotência e Egocentrismo, sempre pensando que o Homem é o Centro do Mundo. Quanta ilusão.
Fonte: NPD Brasil em 08/03/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O primeiro de todos os mandamentos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Um escriba perguntou a Jesus qual era o maior mandamento. Jesus respondeu o que está escrito na Bíblia, o “Ouve, Israel!”. E acrescentou um segundo mandamento, que é amar o próximo como a si mesmo. O escriba mostrou o seu acordo. Repetiu o que Jesus tinha dito e acrescentou que praticar o amor vale mais do que sacrifícios e holocaustos. Jesus o elogia e diz que ele não está longe do Reino de Deus. Ele só repetiu as palavras de Jesus, que são palavras do Deuteronômio. Resta agora praticá-las, neste tempo de Quaresma: procurar abandonar-se com confiança nas mãos do Pai, entregar-se a ele sem medida, estar pronto para tudo e aceitar tudo com a disposição de realizar a sua vontade. E amar o próximo como a si mesmo, não fazendo aos outros o que não queremos que se faça a nós. Se quisermos repetir também nós as palavras de Jesus, podemos dizer: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Fonte: NPD Brasil em 09/03/2018

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Amarás teu próximo como a ti mesmo, este é o maior mandamento - Mc 12,28b-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento, é bastante claro, se não totalmente. Mas o que significa amar a Deus com toda a força? Amar com força seria amar com força de vontade? Com força física, amar de corpo inteiro? Tudo é possível. Os judeus da Antiguidade mostram seu amor e sua obediência a Deus oferecendo sacrifícios de animais, entre outros. Ofereciam seus bens, que também serviam para alimentação e manutenção dos servidores do Templo. “Com toda a tua força” pode significar “com os nossos bens materiais”, com a ofertas em dinheiro, com o dízimo paroquial, com alimentos, com roupas para o bazar. Como andam as suas contribuições para as obras de caridade e a manutenção de sua comunidade? O guarda-roupa é para guardar roupa. Não haverá roupa demais guardada? Tempo de Quaresma, tempo de revisão, tempo de partilha. Ame a Deus de todo o coração e com toda a força, e ame o próximo como Jesus amou.
Fonte: NPD Brasil em 20/03/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Escriba Fiel...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nem todos os Escribas, Fariseus e Doutores da Lei eram cabeças duras e não aceitavam os ensinamentos de Jesus, alguns tinham o coração mais aberto e nutriam pelo Mestre grande admiração e carinho. Assim, não se pode generalizar, em todas as classes e categorias de pessoas há as sensatas e as insensatas, os que creem e os que são indiferentes, os que buscam algo novo e vislumbram isso em Deus, e os que se prendem simplesmente a matéria, rejeitando qualquer experiência mística.
O escriba que hoje Marcos apresenta no evangelho é alguém bem intencionado, embora a pergunta seja um tanto capciosa. A Lei de Moisés tinha 613 mandamentos, sendo 365 negativos e 248 positivos, que eram as obrigações de um Israelita. Entre os 613 qual era o primeiro em termos de importância, é o que quer saber aquele Homem das Letras...
Jesus não revoga 611 mandamentos, ao contrário, de forma magistral apresenta uma belíssima síntese de todo conteúdo Mosaico. "Ouve, Israel, o Senhor, Nosso Deus, é o único Senhor: amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu Espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior que este não existe.
O Escriba não só concorda com a afirmativa de Jesus, como vai repeti-la e fazer uma hermenêutica: se estes dois mandamentos não forem praticados, inútil será diante de Deus qualquer sacrifício ou holocausto! Por esta razão Jesus vai dizer a ele "Não estás longe do Reino de Deus".
Ficamos longe do Reino de Deus, quando deturpamos os ensinamentos do evangelho a nosso bel prazer, ficamos longe do Reino de Deus quando fazemos uma interpretação equivocada sobre a Lei do amor, imaginando que são dois amores ou duas formas de amar, em momentos diferentes e circunstâncias diferentes. Ficamos longe do Reino de Deus quando pensamos que nossas práticas piedosas e nossas celebrações são manifestações do nosso amor a Deus, achando que isso é mais que suficiente.
Enfim, ficamos longe de Deus quando deixamos de amar o próximo, mas nos iludimos com nossa prática religiosa, achando que estamos amando a Deus. Quando assim agimos, somos mentirosos e enganadores, segundo São João! Quanto mais perto do próximo, mais perto de Deus e do seu Reino.

2. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, ... - Mc 12,28b-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

“Tu não estás longe do Reino de Deus.” Se não estás longe, então estás perto. E o que foi que te aproximou do Reino de Deus? Saber com convicção qual é o primeiro de todos os mandamentos, sabendo que há um primeiro e um segundo e os dois são o mandamento do amor. O que fazer agora para entrar no Reino de Deus? Saber já sei, a inteligência me ilumina. Preciso agora que a vontade se decida a praticar o que já sei. Mostre em palavras e obras que Deus é o absoluto de sua vida e que você ama o próximo como Jesus amou. Amando, conhecemos o Amor que é Deus, e a ele nos unimos. Servindo a Deus com reta intenção, buscamos a união com ele, que é tudo em todos. Nós o amamos com todo o coração, porque Deus é único; com toda a alma, durante toda a vida; com todo entendimento, estudando; com toda a força, com os bens deste mundo. A prova de que queremos estar unidos a Deus está na união que buscamos entre nós.
Fonte: NPD Brasil em 12/03/2021

HOMILIA

O MEU PASSAPORTE PARA O CÉU

No tempo de Jesus, havia uma ala do judaísmo tendente ao exagero, a ponto de reduzir a fé a um complexo de leis e mandamentos, de difícil execução. Será que Deus quer transformar nossa vida num infindável pode/não pode, deve/não deve, é permitido/é proibido? Uma religião assim vivida se torna empobrecedora, porque torna o indivíduo escravo da Lei, sem tempo para relacionar-se com Deus de maneira prazerosa e alegre.
Neste ambiente, um mestre da Lei de Moisés reconhece em Jesus como Mestre e por isso tentando acalmar a discussão que se tinha levantado à volta d’Ele o interroga: Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei Partimos do princípio de que os escribas eram intelectuais, conhecedores profundos e pormenorizados dos textos da Lei de Moisés. Sendo assim, Jesus olhando bem para ele, poderia até se questionar como é possível, este homem sendo doutor da Lei não sabia qual era o maior. Mas tudo bem:
Escuta Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças. E o segundo mais importante é este: Amarás próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.
Jesus, fazendo uma análise da figurado deste escriba, e pelo seu interesse, chega a conclusão de que ele não está longe do Reino de Deus. Pelos detalhes, esta narrativa assemelha-se à cena do jovem rico (Mc 10,17-22), ao qual apenas faltou dar tudo aos pobres e seguir Jesus. Ao escriba faltava romper seus laços com as doutrinas e observâncias legais. E para ti o que falta, que barreira deves romper para seguir e adorares à Deus Único e verdadeiro? Saiba que a expressão da sua adesão ao amor de Deus não é o culto religioso, não é a observância do domingo, cumprimento de liturgias, mas sim o amor concreto e solidário ao próximo, que se resumem no: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a ti mesmo.
Nesta resposta de Jesus vemos duas realidades. A relação do homem com Deus. E do homem como o homem para depois voltarem os dois para Deus o princípio e o fim do homem. Portanto o segundo mandamento completa o primeiro e que, em conjunto, resumem toda a lei e todos os profetas. Sendo assim, Jesus explica ao escriba a impossibilidade que existe em cumprir o primeiro mandamento sem o segundo.
Para João não é possível a amar a Deus, que não vemos, se não amarmos o nosso próximo que vemos. Se a assim for não passamos de mentiroso. Porque Deus é amor e quem o ama deve amar o irmão. Logo, os dois mandamentos se abraçam e se completam. Este é o modelo que o próprio evangelho nos apresenta na relação amistosa entre Jesus e o escriba, pois ambos se elogiam reciprocamente. Nisto consiste o amor: no reconhecimento de uma recíproca igualdade e numa mútua e perpétua fidelidade. É assim com amor: dá e recebe como Jesus. N’Ele está constantemente a cumprir-se o tudo dar de Deus ao mundo no Filho e o tudo receber por parte do Filho para tudo dar ao Pai nos seus irmãos.
A fé pregada por Jesus apoia-se em dois pilares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Isto é o essencial. Tudo o mais é complemento, e pode ser relativizado. Quem ama a Deus, recusa toda forma de idolatria, não aceitando ser subjugado por nenhum outro Absoluto fora dele. Quem ama o próximo, põe freios ao seu egoísmo, de modo a jamais desejar-lhe o mal, ou a fazer algo que possa prejudicá-lo.
Ante a sábia resposta do Verdadeiro Mestre, o mestre da Lei, no diálogo com Jesus enxerga e afirma que o amor a Deus e ao próximo supera todos os holocaustos e sacrifícios. Reconhece, assim, os dois maiores mandamentos. Jesus, então, afirma que ele não está longe do Reino de Deus.
Portanto, a única exigência da religião de Jesus é que a pessoa não coloque a si mesma como centro, e sim, Deus e o amor ao próximo como passaporte para o Reino do Céu. A expressão de nossa adesão ao amor de Deus não é o culto religioso, mas sim o amor concreto e solidário. Pois o próximo é a ponte, é a escada, é o passaporte que nos faz atravessar o mar vermelho, o deserto, a morte em direção a terra prometida onde jorra leite e mel ou seja a nossa pátria definitiva: o Reino do Céu!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 28/03/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 28/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Discípulos do Amor Trinitário

Postado por: michelle
março 8th, 2013

Irmãs e irmãos, no Evangelho de Mc 12, 28b-34, Jesus é questionado por um escriba, o qual, aparentemente, fez-lhe uma pergunta de fácil resposta: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» (v. 28b).
Na verdade, existiam 613 possibilidades de respostas, pois, na lei mosaica, identifica-se 365 proibições e 248 mandamentos no tempo de Jesus. No entanto, Cristo, o intérprete da Lei Antiga e revelador da Nova lei do Espírito (cf. Rm 8,2), fez a junção de duas passagens da Torah (Dt 6, 4-5; Lv 19, 18) e assim respondeu com sabiamente: «O primeiro é: Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu pensamento e com toda a tua força. Eis o segundo: Amarás o teu próximo com a ti mesmo» (v. 29-31). Assim o amor é manifestado como a essência da Palavra, afinal é ou não é o amor a essência de Deus?
Jesus, sendo a revelação plena do Amor Trinitário, não deixou escapar a oportunidade de dizer ao interlocutor de ontem e de hoje que fora do amor não existe interpretação correta das Sagradas Escrituras, nem do Antigo nem do Novo. Uma hermenêutica do amor é urgente e sempre atual!
Retornando ao texto bíblico, percebemos também que, pelas citações utilizadas pelo Mestre dos mestres, as Palavras não eram novidades para o povo da Antiga Aliança, mas o original, em Cristo, repousou sobre a união destas verdades em meio a tantas, a ponto de Jesus chancelar a tal inspiração com palavras contundentes: «Não existe outro mandamento maior do que estes» (v. 31).
Assim, Jesus tornou duplo o mandamento supremo do Amor, partindo – na resposta ao escriba – da oração que o judeu reza, pelo menos duas vezes ao dia: «Escuta, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o Senhor que é um» (Dt 6,4). Confirmando, ao Primeiro Israel, o caminho da verdade revelada que move o ser humano a responder a Deus a partir da oração. Mas Jesus, pela junção das passagens bíblicas, demonstra que a falta da consciência da necessidade do amor ao próximo, torna anula – na prática – o testemunho do amor a Deus!
Quanto ao Novo Israel, uma novidade basilar é o surgimento de um novo centro que orienta quanto a vivência da Lei e os Profetas. Mais do que uma bússola hermenêutica, Ele é o próprio Filho, apresentado pela Santíssima Trindade à toda humanidade, na ocasião do início da vida pública de Jesus: «Logo que foi batizado, Jesus saiu da água. Eis que os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pairar sobre ele, e eis que uma voz vinda dos céus dizia: Este é o meu Filho bem amado, aquele que me aprove escolher» (Mt 3, 16-17). Já no alto do Monte Tabor, qual um novo sinal, o Pai confirma o Seu Messias, o qual inaugura um novo lugar de escuta: «Veio encobri-los uma nuvem, e uma voz soou, vinda da nuvem: Este é meu Filho bem-amado. Ouvi-o!» (Mc 9,7).
De fato, Cristo veio levar a Lei e os Profetas ao cumprimento, sem depender para isto de ideologias, mas de um testemunho vivaz, como o Papa teólogo, agora Emérito, ressaltou desde a sua primeira Encíclica: «No início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com um Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo.
A verdadeira novidade do Novo Testamento não reside em novas ideias, mas na própria figura de Cristo, que dá Carne e Sangue aos conceitos – um incrível realismo. Já no Antigo Testamento, a novidade bíblica não consistia simplesmente em noções abstratas, mas na ação imprevisível e, de certa forma, inaudita de Deus» (BENTO XVI, Deus caritas est, nn. 1.12).
Por fim, como fugir a esta lógica de um amor tão próximo a nós e que nos vocaciona a sermos identificados no mundo por este amor transbordado? Se assim não fosse Jesus, Sacramento do Amor do Pai, não teria revelado com a vida, palavras, gestos, sofrimentos e silêncio a Essência da Nova e Eterna Religião, na qual o relacionamento com o outro será sempre determinante para sermos ou não – para Deus e os outros – reconhecidos como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, como Ele mesmo deu a entender: «Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos: no amor que tiverdes uns para com os outros» (Jo 13, 35).
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 08/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

Só ama o próximo quem ama a Deus de todo o coração

Quando eu amo a Deus com todo o meu coração e com toda a minha alma, eu sou capaz de amar o meu próximo, eu sou capaz de respeitar o meu próximo, eu sou capaz de reconhecer o lugar que ele merece no meu coração.

”O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” (Marcos 12-28-31)

Os Mandamentos do Senhor não são pesados para nós, desde que saibamos colocar as coisas na devida ordem e no devido critério. Sim, é preciso ter prioridades em nossa vida; a vida de um ser humano, de um filho de Deus, começa a ficar bagunçada e a perder a ordem quando ele não estabelece critérios de prioridades.
E quais são as prioridades da nossa vida? A prioridade é aquilo que vem do fundo da nossa alma, as prioridades vêm das nossas paixões e de tudo daquilo que para nós é importante.
“Amarás o Senhor teu Deus com toda a sua força, com todo o teu coração, com toda a tua capacidade”. Saber colocar Deus em primeiro lugar significa ter os pensamentos de Deus, os sentimentos d’Ele e ser guiado por Ele. A voz interior d’Ele, que clama em nós, ordena, primeiro, a nossa vontade, pois quantas vezes nós temos vontades negativas dentro de nós? Quantas vezes vêm desejos dentro de nós que não são bons, são maus! Mas, se nós permitirmos que a voz interior, a voz de Deus, a qual nós encontramos um dia, comande a nossa vontade, nós poderemos discipliná-la mais. A voz de Deus, que comanda os nossos desejos e as nossas intenções, vai nos levar a cada dia a adorarmos o Senhor pela oração, pois quando amamos a Deus, nós acordamos sedentos d’Ele e dormimos com Ele dentro de nosso coração.
Quando nós amamos a Deus, nós O colocamos naquilo que fazemos; nós O colocamos em nosso trabalho, em nossas relações, nós O colocamos aonde nós vamos e onde estamos.
Amar a Deus não significa ser de Deus somente quando eu estou na Santa Missa, quando eu estou fazendo uma oração. Ser de Deus e amar a Deus significa colocá-Lo em primeiro lugar em todos os lugares e em tudo o que faço Ele ser prioridade para mim.
Quando eu amo a Deus com todo o meu coração e com toda a minha alma, eu sou capaz de amar o meu próximo, eu sou capaz de respeitá-lo e de reconhecer o lugar que ele merece no meu coração. É o amor de Deus que orienta todos os amores do nosso coração!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 28/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Entreguemos a Deus a primazia do amor

Deus é Aquele que coloca a ordem em todas as coisas, quando damos a  Ele, a primazia do amor

“Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes.” (Mateus 12, 29-31)

Jesus nos aponta uma coisa muito importante para a vida (…) – não há mandamento maior do que amar o Senhor Nosso Deus.
“Ouve, ó Israel”, dizia Jesus. Para amar o Senhor é preciso ouvi-Lo. Pensamos que, amar é apenas um sentimento; alguns dizem: “Eu tenho um sentimento de amor muito grande por Deus”. Não se esqueça que os sentimentos, muitas vezes, nos enganam, pois, ora estão no pico daquilo que sentimos, ora estão para baixo.
É importante sentirmos, mas, é muito mais importante que os sentimentos sejam instruídos e conduzidos por uma verdade. E a verdade que conduz os nossos sentimentos em relação a Deus é a capacidade de ouvi-Lo. Ouvir não é simplesmente dizer “Escutei!”, é saber ouvir e praticar.
Tem aquele filho que diz: “Muito bem, vou fazer aquilo que meu pai mandou”, mas não faz. Escutou mas não colocou em prática.
A prática do amor a Deus consiste em cada dia, como um bom discípulo, levantar-se, deixar calar tantas vozes que estão saindo de nós para que, escutemos a direção de Deus; deixemos Deus nos acalmar; colocar em ordem os próprios sentimentos da alma e do coração, por vezes, desordenados, desequilibrados; vozes que estão gritando dentro de nós.
Deus é Aquele que coloca a ordem em todas as coisas, quando damos a Ele, a primazia do amor. Se a nossa vida encontra-se em desordem é porque a primazia do amor está desordenada, existem outros amores maiores ou mais importantes do que o amor de Deus no nosso coração e na nossa vida.
Quando amamos a Deus sobre todas as coisas, amamos a nós mesmos. Amar a si mesmo é cuidar de nós, nos querer bem. Não é um amor egoísta e nem egocêntrico. É um amor de cuidado, de ternura, de zelo, e dessa forma, como amamos a nós mesmos, amamos também o nosso irmão.
Não amamos ninguém de forma egoísta, não amamos o outro por causa de nós mesmos; amamos o outro porque ele precisa ser amado, amamos com amor livre, desinteressado, com amor terno e caridade, com o amor que Deus colocou dentro do nosso coração.
Que o amor a Deus sobre todas as coisas, nos ensine a nos amarmos, e que aprendamos a amá-Lo sobre todas as coisas.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 09/03/2018

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos todos os dias o dom da escuta

“Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma , de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes.” (Marcos 12,29-31)

Toda a Lei se resume no amor. Quem vive no amor cumpre plenamente a Lei, mas para viver o amor é preciso aprender a vivê-lo, sermos ensinados e formados no amor. Ninguém pode viver a plenitude do amor, se não for em Deus; porque só Ele é amor. Por isso, o primeiro mandamento é ouvir. É necessário escutarmos o Senhor, Nosso Deus.
Quem não escuta o Senhor não pode amá-Lo, porque não aprende a amar. Quem ama obedece, escuta e deixa-se guiar.
Tem uma graça que precisamos buscar a cada dia da nossa vida, que é a graça e o dom da escuta. É a graça e o dom de sairmos de todos os barulhos que inquietam e agitam a nossa vida, para nos colocarmos na presença do Senhor, Nosso Deus; e poder ouvi-Lo de todo o nosso coração. Só assim iremos amá-Lo.
Até temos vontade de amar a Deus, mas não O amamos como deveríamos ou precisamos amá-Lo, porque não sabemos escutá-Lo, não ouvimos Deus como o nosso centro e necessidade.
Não escute a ninguém sem primeiro ouvir a Deus. Não se entregue a nada nem a ninguém, não busque o mundo  nem as coisas sem, primeiro, colocar-se na presença de Deus.
A graça que busco na minha vida pessoal assim que me levanto, é a de me prostrar na presença de Deus, porque já levantamos cheios de nós, cheios de inquietações, perturbações, preocupações, agitações e não oramos e nem ouvimos.

Quem não escuta o Senhor não pode amá-Lo, porque não aprende a amar

É a oração de quem não vai pedir nem buscar nada, vai somente amar, colocar-se na presença de Deus para escutá-Lo e deixá-Lo falar. Amar a Deus é deixar de lado tudo que vem nos roubar, vem ocupar-se de nós e ocupando o lugar que é de Deus.
Amar a Deus não é simplesmente um gesto piedoso ou atos de piedade. Amar a Deus sobre todas as coisas é colocar todas as coisas abaixo de Deus e Ele unicamente acima de tudo e de todos.
Amar a Deus sobre todas as coisas é saber vencer nossa vontade e nossas inclinações. Amar a Deus sobre todas as coisas é deixar até nossas opiniões que parecem certas, as mais importantes e saber calar-se para somente Deus falar.
Quando nos deixarmos guiar por esse amor divino, iremos nos amar, cuidar de nós, da nossa vida e colocaremos a nossa vida no eixo do Senhor, porque nos conheceremos como somos conhecidos por Deus.
É com esse amor que vamos amar uns aos outros. Ninguém consegue amar a si mesmo nem amar na intensidade da verdade o seu irmão, se não ama a Deus de todo o coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 20/03/2020

HOMILIA DIÁRIA

A dimensão do amor passa pela dimensão da escuta

“O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força!” (Marcos 12,29)

“Israel, ouve! O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Quando perguntamos para qualquer pessoa qual é o maior dos mandamentos, a resposta de imediato é: amar a Deus sobre todas as coisas. Mas o que não pode ficar de fora é aquilo que o Senhor mesmo disse a Israel, chamar Israel. Porque quem não escuta não ama, por isso, a dimensão do amor, passa pela dimensão da escuta. Israel deixou de amar o Senhor quando deixou de escutá-Lo.
Você sabe por quantos caminhos tenebrosos o povo de Deus caminhou porque não escutou o Senhor, porque foi um povo duro de coração, o quanto o povo se perdeu ao longo do deserto, o quanto o povo de Deus mesmo já na terra prometida se perdeu, se corrompeu porque ouviu a si mesmo, mas não ouviu o Senhor.
Não podemos ficar com essa balela: “Eu amo a Deus”, mas como amo a Deus se não escuto a Deus? Escutar a Deus não é aquilo que eu quero que Deus me fale, não é aquilo que eu coloco na boca de Deus, não é aquilo que eu interpreto como Deus, como se fosse Deus me falando, não é aquilo que tiro das minhas subjeções pessoais e coloco assim: “Está vendo o que Deus está falando?”.

É fácil falar que o amor de Deus está em mim, difícil é esse amor realizar a obra da escuta dentro de nós

A arte da escuta é a mais difícil de tudo aquilo que os sentidos humanos precisam. Nós não sabemos escutar nem mais uns aos outros. A mulher, muitas vezes, não escuta o seu marido, os filhos não sabem escutar os pais, os pais não sabem escutar seus filhos, os humanos não sabem mais escutar uns aos outros.
Se não somos capazes de escutar a linguagem humana, como vamos escutar a linguagem divina do silêncio, o silêncio de Deus? Vamos continuar criando interpretações subjetivas na cabeça de cada um para dizer que Deus está falando.
Saber escutar a Deus é quem O ama de verdade; quem ama menos a si e ama a Deus sobre todas as coisas. Saber escutar Deus é sair dessa posição que tenho, tão orgulhosa e soberba de achar que sei tudo, que posso tudo e passo até por cima dos outros em nome de Deus.
Saber escutar a Deus é deixá-Lo nos levar pela mão até para onde não queremos ir, amar até quem não queremos amar, cuidar até de quem não somos humanamente capazes de cuidar. Amar a Deus é deixar que Ele mande não só aquilo que quero obedecer, mas aquilo que Deus, de fato, quer realizar em mim.
É fácil falar que o amor de Deus está em mim, difícil é esse amor realizar a obra da escuta de Deus dentro de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 12/03/2021

HOMILIA DIÁRIA

O seu coração precisa viver para Deus e ser todo d'Ele

“Naquele tempo, um escriba da lei aproximou-se de Jesus e perguntou: ‘Qual é o primeiro de todos os mandamentos?’ Jesus respondeu: ‘O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!’” (Marcos 12, 28b – 31)

Meus irmãos e minhas irmãs, aproxima-se de Jesus um escriba. E escriba era praticamente um professor, um especialista em leis, um intérprete dos mandamentos de Deus. Esse escriba revela esse lado zeloso com as leis de Deus. Os judeus, de modo particular os escribas, tinham um apreço muito grande pela lei do Senhor, pela transmissão da lei do Senhor e pela observância da lei do Senhor.
Nós também precisamos ser zelosos com a lei de Deus, precisamos também retomar dentro de nós, sobretudo neste caminho quaresmal, o amor pela lei de Deus, aquilo que o Senhor nos fala precisa ser importante para nós, precisa ocupar o primeiro lugar dentro do nosso coração.
A pergunta que o escriba dirige a Jesus é: “Qual é o primeiro, o ‘prótos’, o principal mandamento?”, então, a resposta de Jesus, em primeiro lugar, é: “Ouve, ó Israel”. Nós já temos a tendência de pensar: “Amar a Deus e amar o próximo”, mas não, Ele diz: “Ouve, ó Israel”, isto é, a capacidade da escutar Deus, porque ninguém obedece aquilo que não conhece.

Aquilo que o Senhor nos fala precisa ser importante para nós, precisa ocupar o primeiro lugar dentro do nosso coração

A primeira coisa a ser feita é a nossa disposição para escutar a Deus. A quaresma é o tempo da sobriedade, do silêncio, da escuta, de retirar os barulhos externos e também aqueles internos para acolher, na oração, aquilo que Deus quer para a nossa vida.
O primeiro mandamento é este: ouvir a Deus. E aí Jesus completa: “amar a Deus”, porque o Senhor é um só, Ele é um. Nós não podemos, como diz a Palavra, “servir a dois senhores”, e isso é impossível, pois vamos amar um e odiar o outro e vice-versa, porque o nosso coração não pode estar dividido, nosso coração precisa amar a Deus.
Então, Jesus elenca algumas condições para esse amor a Deus: amarás porque é ágape, é o amor pleno, é o amor de entrega total, de dom de si, não é qualquer amor, não é o “amor-bijuteria”, mas é “amor-ouro”; ágape. Ama o Senhor com todo o teu coração, kardiá, com a realidade dos sentimentos, com a decisão interior.
Nós precisamos amar a Deus com toda a nossa alma, com a nossa psique, ou seja, com os nossos pensamentos, com a nossa capacidade de raciocinar. E, depois, com todo o nosso entendimento, pois as nossas aptidões intelectuais também entram na adesão e no amor a Deus, são as nossas habilidades intelectuais que também precisam aderir a Deus e, depois, com toda a nossa força, com todo o nosso vigor, coloquemos toda a nossa disposição para amar a Deus, para rezar, disposição para ir à missa, disposição para estudar a Palavra de Deus, meditar a Palavra de Deus, ou seja, faça tudo por Deus.
Viva todo para Deus e seja todo de Deus! Jesus elenca a consequência disso: depois, ama o seu próximo como a ti mesmo. Os dois mandamentos estão unidos, pois ninguém pode amar a Deus e desprezar o seu irmão, é consequência imediata: amar a Deus e amar os irmãos.
Que, neste tempo quaresmal, nós nos exercitemos no amor a Deus e no amor àqueles que Deus colocou bem perto de nós!
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/03/2023

Oração Final
Pai Santo, é simples o caminho para o teu Reino – o Amor! Mas, Pai amado, não estamos preparados para compreender o que é simples. Deixamos de ser crianças gostamos de complicar... Envia o teu Espírito e aumenta a nossa fé, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/03/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a compreensão de que amar não é apenas sentir simpatia ou mesmo pena de alguém, mas assumir atitude positiva de ajuda e de carinho. Não se trata tanto de gostar, romanticamente, mas de trabalhar para que esse alguém possa viver como um Irmão. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, mantém-nos unidos no Amor! Ajuda-nos, Pai amado, para não nos deixarmos distrair com os apelos sedutores dos tesouros que a traça rói e a ferrugem consome, mas que sejamos seguidores alegres, confiantes e fieis do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/03/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a compreensão de que amar não é apenas sentir simpatia ou mesmo pena de alguém, mas assumir atitude positiva de ajuda, de cuidado e de carinho – isto é ‘Compaixão’. Não se trata tanto de ‘gostar do irmão’, romanticamente, mas de trabalhar para que, como ser humano, ele possa viver e progredir em busca de sua inteireza. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2020

ORAÇÃO FINAL
Pai nosso que estás no Céu e estás bem perto de nós, três coisas nós Te pedimos: livra-nos da angústia pelo passado – o que fizemos ou deixamos de fazer; da ansiedade pelo futuro – o que deveremos fazer amanhã; e dos medos do presente – único tempo que nos ofereces, Pai que amamos, para vivermos integralmente o teu Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/03/2021

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