sexta-feira, 12 de março de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/03/2021

ANO B


Mc 12,28b-34

Comentário do Evangelho

O amor na origem de tudo

O evangelho deste dia é um entre outros diálogos didáticos que se encontram na segunda parte do evangelho segundo Marcos. A finalidade desses diálogos é instruir os discípulos e apresentar o específico da vida cristã. O que talvez para nós, hoje, seja óbvio, não o era para os contemporâneos de Jesus, como também para os seus próprios discípulos. Ante um universo de 613 preceitos que deveriam ser cumpridos de maneira irrepreensível, qual a hierarquia entre eles, e qual teria precedência sobre outros? Qual é aquele mandamento que está na origem de todos os demais? A questão apresentada pelo escriba é pertinente e ajuda a esclarecer os discípulos. O amor está na origem de tudo: da criação e da Lei dada por Deus a Israel. Sem a referência a essa origem a lei passa a ser um fardo difícil de carregar e que leva à morte. A resposta de Jesus é clara: o amor a Deus que exige o amor ao próximo. A exigência do amor não pode figurar simplesmente como um entre outros mandamentos, pois ele é o fundamento da Lei. Para os cristãos, o amor é a expressão máxima da vida cristã (cf. 1Cor 13,1ss).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me compreender sempre mais que o eixo da minha vida de fé deve consistir num amor entranhado a ti e a meu próximo.
Fonte: Paulinas em 28/03/2014

Vivendo a Palavra

Jesus ensina o Amor total, o Amor de corpo inteiro, com todas as dimensões do nosso ser. Isto é Amor eficaz: cuidar para que cada irmão nosso possa viver em condições humanas, seja cercado de carinho, tenha acesso à cultura, à informação e aprenda a glorificar ao Senhor que é Deus e Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2014

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina o Amor total, radical, o Amor que envolve a pessoa inteira, em todas as dimensões da sua existência. Ou, quem sabe, simplesmente o AMOR – sem adjetivos? Isto é o Amor eficaz: cuidar para que cada irmão nosso possa viver em condições humanas; que seja cercado de atenção e carinho, tenha acesso à cultura, à informação, e possa conhecer e glorificar o Senhor, que é Deus e Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2020

vIVENDO A PALAVRa

O Amor precisa envolver a pessoa inteira, não pedaços do nosso ser. Jamais podemos andar fragmentados. Onde estivermos presentes de corpo, aí devemos estar com o coração, com a mente e com o espírito. Assim será também na oração – a nossa relação com o Pai Misericordioso – e assim será com os nossos irmãos. Devemos estar acordados e vigilantes, isto é, viver bem conscientes e inteiros o aqui-e-agora da nossa vida.

Reflexão

Muitas pessoas acham que para serem salvas, é suficiente cumprir todas as suas obrigações de ordem religiosa como a participação nas celebrações e atos devocionais. O escriba do Evangelho de hoje afirma que amar a Deus e ao próximo é melhor do que as práticas religiosas, no caso os holocaustos e os sacrifícios, e Jesus confirma isso ao afirmar que ele não está longe do reino de Deus. A nossa vida religiosa só tem sentido enquanto é um reflexo do amor vivido concretamente, ou seja, enquanto é manifestação da nossa solidariedade. Caso contrário, a religião se reduz a práticas mágicas, bruxarias, rituais vazios, que nada acrescentam a ninguém e não nos aproxima de Deus.
Fonte: CNBB em 28/03/2014

Reflexão

Ao observar como Jesus interpretava com propriedade a Escritura, um especialista em leis busca solução para uma questão muito debatida. Dentre o grande número de preceitos, o que, de fato, é o mais importante para Deus segundo a tradição de Israel? Jesus, com precisão e cadência, recorda ao povo de Israel que seu único Senhor é Deus, e não os dirigentes que exploram o povo. Na antiga Aliança não havia um só mandamento, e sim dois, pois o amor a Deus era inseparável do amor ao próximo. Não se pode honrar a Deus, ignorando o ser humano. Esses dois mandamentos favoreciam a criação de uma sociedade de iguais. A sua prática era a preparação para a plena realidade do Messias, que elevará o nível de exigência do amor ao próximo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12).
Oração
Ó Jesus Mestre, tu nos ensinas que o primeiro mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas, e o segundo é amar o próximo como a si mesmo. No teu Reino, “ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos”. Louvor a ti, Senhor, porque entregaste tua vida por nós. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 20/03/2020

Reflexão

No tempo de Jesus, era muito comum os rabinos dialogarem ou discutirem a respeito de assuntos ligados à religião ou às leis bíblicas. Aqui o escriba parece colocar- se não como inquisidor hostil, mas como alguém que apenas quer confirmar seu pensamento. Os dois chegam a uma mesma conclusão: amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo são os dois principais mandamentos, e sua vivência vale mais que sacrifícios e holocaustos. Ao lado do amor a Deus, como primeiro mandamento, Jesus coloca o amor ao próximo. Dois mandamentos inseparáveis e que estão acima até das práticas religiosas. Eles nos levam a proclamar a grandeza e a bondade de Deus e a estabelecer relações fraternas com as pessoas. Os dois mandamentos do amor completam-se para fazer do discípulo de Jesus nova e autêntica pessoa.
Oração
Ó Jesus Mestre, tu nos ensinas que o primeiro mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas, e o segundo é amar o próximo como a si mesmo. No teu Reino, “ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos”. Louvor a ti, Senhor, porque entregaste tua vida por nós. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Recadinho

Será que estou muito longe do Reino de Deus? - O que faço para poder merecer o Reino? - Procuro ouvir a mensagem de Jesus? - Coloco o Evangelho em prática no meu dia a dia? - Amo realmente meu próximo?
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 28/03/2014

Meditando o evangelho

A PRIMAZIA DO AMOR

É de se admirar que um escriba - mestre da Lei - tenha-se colocado diante de Jesus, na posição de discípulo. Os escribas eram reconhecidos como pessoas sábias. Por conseguinte, capazes de interpretar a Lei e descobrir-lhe sentidos novos. O povo consultava-os quando tinham dúvidas. Por sua vez, os escribas tinham consciência de sua posição elevada.
O escriba, que sabia dar respostas a tantas questões complicadas, tinha, agora, sérias dúvidas a respeito de uma questão fundamental: qual ação humana mais agrada a Deus, e coloca o ser humano em comunhão com o Pai?
A resposta de Jesus é como que o resumo de toda a Escritura: amar a Deus, consagrando-se totalmente a ele, e amar ao próximo como a si mesmo. Estes são os dois eixos da religião que agrada a Deus. Tudo o mais será complemento e terá valor relativo. É preciso dar primazia ao amor!
A preocupação do mestre da Lei tinha sua razão de ser. Com muita facilidade, no caminho para Deus, o ser humano embrenha-se por atalhos, abandonando a estrada principal. Deixando de lado o caminho do amor a Deus e ao próximo, por mais que alguém se esforce, jamais alcançará a meta almejada. Só o caminho do amor pode levar-nos ao destino esperado: o Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de conhecimento, conduze-me sempre pelo caminho do amor, o único que pode me levar até o Pai.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Amarás teu próximo como a ti mesmo, este é o maior mandamento - Mc 12,28b-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento, é bastante claro, se não totalmente. Mas o que significa amar a Deus com toda a força? Amar com força seria amar com força de vontade? Com força física, amar de corpo inteiro? Tudo é possível. Os judeus da Antiguidade mostram seu amor e sua obediência a Deus oferecendo sacrifícios de animais, entre outros. Ofereciam seus bens, que também serviam para alimentação e manutenção dos servidores do Templo. “Com toda a tua força” pode significar “com os nossos bens materiais”, com a ofertas em dinheiro, com o dízimo paroquial, com alimentos, com roupas para o bazar. Como andam as suas contribuições para as obras de caridade e a manutenção de sua comunidade? O guarda-roupa é para guardar roupa. Não haverá roupa demais guardada? Tempo de Quaresma, tempo de revisão, tempo de partilha. Ame a Deus de todo o coração e com toda a força, e ame o próximo como Jesus amou.
Fonte: NPD Brasil em 20/03/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Um Escriba Fiel...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nem todos os Escribas, Fariseus e Doutores da Lei eram cabeças duras e não aceitavam os ensinamentos de Jesus, alguns tinham o coração mais aberto e nutriam pelo Mestre grande admiração e carinho. Assim, não se pode generalizar, em todas as classes e categorias de pessoas há as sensatas e as insensatas, os que creem e os que são indiferentes, os que buscam algo novo e vislumbram isso em Deus, e os que se prendem simplesmente a matéria, rejeitando qualquer experiência mística.
O escriba que hoje Marcos apresenta no evangelho é alguém bem intencionado, embora a pergunta seja um tanto capciosa. A Lei de Moisés tinha 613 mandamentos, sendo 365 negativos e 248 positivos, que eram as obrigações de um Israelita. Entre os 613 qual era o primeiro em termos de importância, é o que quer saber aquele Homem das Letras...
Jesus não revoga 611 mandamentos, ao contrário, de forma magistral apresenta uma belíssima síntese de todo conteúdo Mosaico. "Ouve, Israel, o Senhor, Nosso Deus, é o único Senhor: amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu Espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior que este não existe.
O Escriba não só concorda com a afirmativa de Jesus, como vai repeti-la e fazer uma hermenêutica: se estes dois mandamentos não forem praticados, inútil será diante de Deus qualquer sacrifício ou holocausto! Por esta razão Jesus vai dizer a ele "Não estás longe do Reino de Deus".
Ficamos longe do Reino de Deus, quando deturpamos os ensinamentos do evangelho a nosso bel prazer, ficamos longe do Reino de Deus quando fazemos uma interpretação equivocada sobre a Lei do amor, imaginando que são dois amores ou duas formas de amar, em momentos diferentes e circunstâncias diferentes. Ficamos longe do Reino de Deus quando pensamos que nossas práticas piedosas e nossas celebrações são manifestações do nosso amor a Deus, achando que isso é mais que suficiente.
Enfim, ficamos longe de Deus quando deixamos de amar o próximo, mas nos iludimos com nossa prática religiosa, achando que estamos amando a Deus. Quando assim agimos, somos mentirosos e enganadores, segundo São João! Quanto mais perto do próximo, mais perto de Deus e do seu Reino.

2. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, ... - Mc 12,28b-34
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Tu não estás longe do Reino de Deus.” Se não estás longe, então estás perto. E o que foi que te aproximou do Reino de Deus? Saber com convicção qual é o primeiro de todos os mandamentos, sabendo que há um primeiro e um segundo e os dois são o mandamento do amor. O que fazer agora para entrar no Reino de Deus? Saber já sei, a inteligência me ilumina. Preciso agora que a vontade se decida a praticar o que já sei. Mostre em palavras e obras que Deus é o absoluto de sua vida e que você ama o próximo como Jesus amou. Amando, conhecemos o Amor que é Deus, e a ele nos unimos. Servindo a Deus com reta intenção, buscamos a união com ele, que é tudo em todos. Nós o amamos com todo o coração, porque Deus é único; com toda a alma, durante toda a vida; com todo entendimento, estudando; com toda a força, com os bens deste mundo. A prova de que queremos estar unidos a Deus está na união que buscamos entre nós.

HOMILIA

O MEU PASSAPORTE PARA O CÉU

No tempo de Jesus, havia uma ala do judaísmo tendente ao exagero, a ponto de reduzir a fé a um complexo de leis e mandamentos, de difícil execução. Será que Deus quer transformar nossa vida num infindável pode/não pode, deve/não deve, é permitido/é proibido? Uma religião assim vivida se torna empobrecedora, porque torna o indivíduo escravo da Lei, sem tempo para relacionar-se com Deus de maneira prazerosa e alegre.
Neste ambiente, um mestre da Lei de Moisés reconhece em Jesus como Mestre e por isso tentando acalmar a discussão que se tinha levantado à volta d’Ele o interroga: Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei Partimos do princípio de que os escribas eram intelectuais, conhecedores profundos e pormenorizados dos textos da Lei de Moisés. Sendo assim, Jesus olhando bem para ele, poderia até se questionar como é possível, este homem sendo doutor da Lei não sabia qual era o maior. Mas tudo bem:
Escuta Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças. E o segundo mais importante é este: Amarás próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.
Jesus, fazendo uma análise da figurado deste escriba, e pelo seu interesse, chega a conclusão de que ele não está longe do Reino de Deus. Pelos detalhes, esta narrativa assemelha-se à cena do jovem rico (Mc 10,17-22), ao qual apenas faltou dar tudo aos pobres e seguir Jesus. Ao escriba faltava romper seus laços com as doutrinas e observâncias legais. E para ti o que falta, que barreira deves romper para seguir e adorares à Deus Único e verdadeiro? Saiba que a expressão da sua adesão ao amor de Deus não é o culto religioso, não é a observância do domingo, cumprimento de liturgias, mas sim o amor concreto e solidário ao próximo, que se resumem no: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a ti mesmo.
Nesta resposta de Jesus vemos duas realidades. A relação do homem com Deus. E do homem como o homem para depois voltarem os dois para Deus o princípio e o fim do homem. Portanto o segundo mandamento completa o primeiro e que, em conjunto, resumem toda a lei e todos os profetas. Sendo assim, Jesus explica ao escriba a impossibilidade que existe em cumprir o primeiro mandamento sem o segundo.
Para João não é possível a amar a Deus, que não vemos, se não amarmos o nosso próximo que vemos. Se a assim for não passamos de mentiroso. Porque Deus é amor e quem o ama deve amar o irmão. Logo, os dois mandamentos se abraçam e se completam. Este é o modelo que o próprio evangelho nos apresenta na relação amistosa entre Jesus e o escriba, pois ambos se elogiam reciprocamente. Nisto consiste o amor: no reconhecimento de uma recíproca igualdade e numa mútua e perpétua fidelidade. É assim com amor: dá e recebe como Jesus. N’Ele está constantemente a cumprir-se o tudo dar de Deus ao mundo no Filho e o tudo receber por parte do Filho para tudo dar ao Pai nos seus irmãos.
A fé pregada por Jesus apóia-se em dois pilares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Isto é o essencial. Tudo o mais é complemento, e pode ser relativizado. Quem ama a Deus, recusa toda forma de idolatria, não aceitando ser subjugado por nenhum outro Absoluto fora dele. Quem ama o próximo, põe freios ao seu egoísmo, de modo a jamais desejar-lhe o mal, ou a fazer algo que possa prejudicá-lo.
Ante a sábia resposta do Verdadeiro Mestre, o mestre da Lei, no diálogo com Jesus enxerga e afirma que o amor a Deus e ao próximo supera todos os holocaustos e sacrifícios. Reconhece, assim, os dois maiores mandamentos. Jesus, então, afirma que ele não está longe do Reino de Deus.
Portanto, a única exigência da religião de Jesus é que a pessoa não coloque a si mesma como centro, e sim, Deus e o amor ao próximo como passaporte para o Reino do Céu. A expressão de nossa adesão ao amor de Deus não é o culto religioso, mas sim o amor concreto e solidário. Pois o próximo é a ponte, é a escada, é o passaporte que nos faz atravessar o mar vermelho, o deserto, a morte em direção a terra prometida onde jorra leite e mel ou seja a nossa pátria definitiva: o Reino do Céu!
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 28/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Só ama o próximo quem ama a Deus de todo o coração

Quando eu amo a Deus com todo o meu coração e com toda a minha alma, eu sou capaz de amar o meu próximo, eu sou capaz de respeitar o meu próximo, eu sou capaz de reconhecer o lugar que ele merece no meu coração.

”O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” (Marcos 12-28-31).

Os Mandamentos do Senhor não são pesados para nós, desde que saibamos colocar as coisas na devida ordem e no devido critério. Sim, é preciso ter prioridades em nossa vida; a vida de um ser humano, de um filho de Deus, começa a ficar bagunçada e a perder a ordem quando ele não estabelece critérios de prioridades.
E quais são as prioridades da nossa vida? A prioridade é aquilo que vem do fundo da nossa alma, as prioridades vêm das nossas paixões e de tudo daquilo que para nós é importante.
“Amarás o Senhor teu Deus com toda a sua força, com todo o teu coração, com toda a tua capacidade”. Saber colocar Deus em primeiro lugar significa ter os pensamentos de Deus, os sentimentos d’Ele e ser guiado por Ele. A voz interior d’Ele, que clama em nós, ordena, primeiro, a nossa vontade, pois quantas vezes nós temos vontades negativas dentro de nós? Quantas vezes vêm desejos dentro de nós que não são bons, são maus! Mas, se nós permitirmos que a voz interior, a voz de Deus, a qual nós encontramos um dia, comande a nossa vontade, nós poderemos discipliná-la mais. A voz de Deus, que comanda os nossos desejos e as nossas intenções, vai nos levar a cada dia a adorarmos o Senhor pela oração, pois quando amamos a Deus, nós acordamos sedentos d’Ele e dormimos com Ele dentro de nosso coração.
Quando nós amamos a Deus, nós O colocamos naquilo que fazemos; nós O colocamos em nosso trabalho, em nossas relações, nós O colocamos aonde nós vamos e onde estamos.
Amar a Deus não significa ser de Deus somente quando eu estou na Santa Missa, quando eu estou fazendo uma oração. Ser de Deus e amar a Deus significa colocá-Lo em primeiro lugar em todos os lugares e em tudo o que faço Ele ser prioridade para mim.
Quando eu amo a Deus com todo o meu coração e com toda a minha alma, eu sou capaz de amar o meu próximo, eu sou capaz de respeitá-lo e de reconhecer o lugar que ele merece no meu coração. É o amor de Deus que orienta todos os amores do nosso coração!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/03/2014

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos todos os dias o dom da escuta

“Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma , de todo o teu entendimento e com toda a tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes” (Marcos 12,29-31).

Toda a Lei se resume no amor. Quem vive no amor cumpre plenamente a Lei, mas para viver o amor é preciso aprender a vivê-lo, sermos ensinados e formados no amor. Ninguém pode viver a plenitude do amor, se não for em Deus; porque só Ele é amor. Por isso, o primeiro mandamento é ouvir. É necessário escutarmos o Senhor, Nosso Deus.
Quem não escuta o Senhor não pode amá-Lo, porque não aprende a amar. Quem ama obedece, escuta e deixa-se guiar.
Tem uma graça que precisamos buscar a cada dia da nossa vida, que é a graça e o dom da escuta. É a graça e o dom de sairmos de todos os barulhos que inquietam e agitam a nossa vida, para nos colocarmos na presença do Senhor, Nosso Deus; e poder ouvi-Lo de todo o nosso coração. Só assim iremos amá-Lo.
Até temos vontade de amar a Deus, mas não O amamos como deveríamos ou precisamos amá-Lo, porque não sabemos escutá-Lo, não ouvimos Deus como o nosso centro e necessidade.
Não escute a ninguém sem primeiro ouvir a Deus. Não se entregue a nada nem a ninguém, não busque o mundo  nem as coisas sem, primeiro, colocar-se na presença de Deus.
A graça que busco na minha vida pessoal assim que me levanto, é a de me prostrar na presença de Deus, porque já levantamos cheios de nós, cheios de inquietações, perturbações, preocupações, agitações e não oramos e nem ouvimos.

Quem não escuta o Senhor não pode amá-Lo, porque não aprende a amar

É a oração de quem não vai pedir nem buscar nada, vai somente amar, colocar-se na presença de Deus para escutá-Lo e deixá-Lo falar. Amar a Deus é deixar de lado tudo que vem nos roubar, vem ocupar-se de nós e ocupando o lugar que é de Deus.
Amar a Deus não é simplesmente um gesto piedoso ou atos de piedade. Amar a Deus sobre todas as coisas é colocar todas as coisas abaixo de Deus e Ele unicamente acima de tudo e de todos.
Amar a Deus sobre todas as coisas é saber vencer nossa vontade e nossas inclinações. Amar a Deus sobre todas as coisas é deixar até nossas opiniões que parecem certas, as mais importantes e saber calar-se para somente Deus falar.
Quando nos deixarmos guiar por esse amor divino, iremos nos amar, cuidar de nós, da nossa vida e colocaremos a nossa vida no eixo do Senhor, porque nos conheceremos como somos conhecidos por Deus.
É com esse amor que vamos amar uns aos outros. Ninguém consegue amar a si mesmo nem amar na intensidade da verdade o seu irmão, se não ama a Deus de todo o coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 20/03/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a compreensão de que amar não é apenas sentir simpatia ou mesmo pena de alguém, mas assumir atitude positiva de ajuda e de carinho. Não se trata tanto de gostar, romanticamente, mas de trabalhar para que esse alguém possa viver como um Irmão. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/03/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a compreensão de que amar não é apenas sentir simpatia ou mesmo pena de alguém, mas assumir atitude positiva de ajuda, de cuidado e de carinho – isto é ‘Compaixão’. Não se trata tanto de ‘gostar do irmão’, romanticamente, mas de trabalhar para que, como ser humano, ele possa viver e progredir em busca de sua inteireza. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/03/2020

oRAÇÃO FINAl
Pai nosso que estás no Céu e estás bem perto de nós, três coisas nós Te pedimos: livra-nos da angústia pelo passado – o que fizemos ou deixamos de fazer; da ansiedade pelo futuro – o que deveremos fazer amanhã; e dos medos do presente – único tempo que nos ofereces, Pai que amamos, para vivermos integralmente o teu Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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