sábado, 4 de novembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/11/2023

ANO A


Lc 14,1.7-11

Comentário do Evangelho

Observação ao redor da mesa

Apenas em Lucas temos narrativas, três, nas quais Jesus participa de refeição em casa de fariseus. A reunião em torno da mesa de refeição é a moldura para um ensino de Jesus.
Os fariseus observavam Jesus, procurando alguma falha para condená-lo. Mas, na realidade, é Jesus quem observa os presentes, como escolhiam os primeiros lugares, e faz a sua sábia intervenção.
O banquete das elites é uma imagem da sociedade classista, na qual cada um procura passar por cima dos outros, na busca da ascensão social. O ensino de Jesus é uma subversão dos valores comuns desta sociedade competitiva em busca da riqueza e do poder, expresso na sentença final: "todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado".
No Reino de Deus cada um coloca-se em último lugar, como aquele que serve. São os laços do serviço recíproco, no amor, que criam a união da comunidade, como fermento que transforma a sociedade.
Oração
Pai, faze-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por ti.
Fonte: Paulinas em 03/11/2012

Comentário do Evangelho

Agir em conformidade com a vontade de Deus

Jesus é um homem que tem uma observação fina da realidade; está atento a tudo o que acontece ao seu redor. Ele é capaz de ver o coração das pessoas e o âmago das situações. Ele utiliza suas observações para ensinar e fixar critérios para que se aja em conformidade com a vontade de Deus. Chama a atenção de Jesus o fato de os convidados escolherem os primeiros e os melhores lugares. Jesus lança mão de uma parábola para ensinar. Essa parábola reproduz as regras de boas maneiras de Pr 25,6-7, e é um conselho de humildade. É preciso aceitar e receber o lugar que é dado. Contudo, é preciso também atenção para não incorrer num outro erro: se precaver contra a falsa modéstia, ou seja, escolher o último lugar para ser, depois, convidado a ocupar um lugar melhor. A sentença final de nossa perícope é uma norma de conduta para todos os que abraçam a fé cristã, e diz respeito ao destino último do homem. Na disputa entre os discípulos acerca de quem seria o mais importante, Jesus responde que é o que serve.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por ti.
Fonte: Paulinas em 31/10/2015

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

AQUELE QUE SE HUMILHA SERÁ ELEVADO


Estamos em uma unidade que tem o banquete como elemento central. Os convidados buscam os primeiros lugares. Jesus, então, lhes conta uma parábola sobre uma festa de casamento. Não são orientações práticas aos convidados e aos anfitriões, nem regras de boas maneiras apenas.
Há estratégias várias dos comensais para assegurar os melhores postos. Há uma busca incessante de posições de prestígio e honra. A verdadeira honra não deve se conseguir por meio do próprio esforço, de estratégias, do “passar a perna” nos outros. O respeito dos outros não se ganha por jogos, carreirismo e estratégias antiéticas.
A raiz desse comportamento está no fato de alguém achar que tem méritos diante de Deus. O critério de avaliação de Deus é completamente outro. Aliás, ele tem uma predileção especial pelos últimos, pelos mais jovens, pelos pobres e excluídos, pelos considerados escória da humanidade. Jesus se junta com gente que não poderia exigir nenhuma honraria.
A atitude do cristão tem que ser de humildade. Exemplo máximo disso é a própria vida de Jesus Cristo e sua lógica de poder: quem quiser ser grande, seja o servo de todos e o último de todos.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Os fariseus observavam Jesus. Uma atitude que não poucas vezes, também nós tomamos em relação aos irmãos. No nosso íntimo, nós nos julgamos melhores, quase perfeitos, até o ponto de querermos consertar o mundo. Isto até que seria bom, mas... comecemos por nos tornarmos melhores: o texto mostra o caminho a ser adotado: “quem se humilha será elevado...”
Fonte: Arquidiocese BH em 03/11/2012

Vivendo a Palavra

Para seguir o Mestre, uma condição é conhecê-lo melhor. Hoje Ele fala sobre a humildade. Orgulho e vaidade são tentações sutis que nos rondam nesta sociedade de consumo, que tanto valoriza o saldo da conta bancária e o poder que se exerce sobre o próximo. Permaneçamos vigilantes, no Caminho de Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/10/2015

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho expõe o sentimento mais encravado no ser humano – a vaidade. Aliada ao orgulho, a vaidade é a força que move as engrenagens da sociedade humana em qualquer tempo. E o Mestre nos ensina, primeiro com sua vida, mas também, hoje, com sua palavra, a lição da humildade. Este é o caminho para a Vida no Reino do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/11/2017

Reflexão

O mundo em que vivemos é marcado pela concorrência, pela luta constante no sentido de superar as outras pessoas. É sempre uma luta de um contra os outros para vencer, estar por cima, e, por causa dessa concorrência, nunca sobra lugar para a amizade, o amor e a fraternidade. Jesus nos mostra que entre nós, que somos seus discípulos, não deve ser assim. Devemos buscar a promoção das pessoas, valorizar aqueles que estão ao nosso lado, a fim de que, promovendo as pessoas, elas também nos promovam, de modo que temos o crescimento de todos e não apenas de alguns e vivamos como irmãos, filhos do mesmo Pai que está nos céus, e não como inimigos em uma batalha constante.
Fonte: CNBB em 03/11/2012

Reflexão

Jesus aceita o convite do chefe dos fariseus, mas pode tratar-se de banquete-cilada! No texto anterior, consideramos a presença e o significado do homem com retenção de líquido (hidropisia). Jesus aproveita a presença dos convidados para instruí-los. Servindo-se da ocasião do banquete, realidade comum aos povos de todos os tempos, Jesus deixa-nos a lição da humildade. Denuncia o orgulho das pessoas que pretendem ocupar sempre os primeiros lugares, recordando que estes são reservados aos que se fazem humildes. Por conseguinte, por educação, prudência e humildade, convém ocupar o último lugar. Se a pessoa for convidada a vir “mais para cima”, valorização para ela. No Reino de Deus, Jesus o diz várias vezes: o maior é o servidor de todos, o lugar de honra é o último, e quem se humilha será elevado!
Oração
Ó Mestre, observas que os convidados escolhem os primeiros lugares. Aproveitas a ocasião para nos dar algumas instruções sobre bom senso e civilidade. Convém escolher os últimos lugares, assim evita-se passar vergonha. Livra-nos, Senhor, da vaidade e ajuda-nos a percorrer o caminho da humildade. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 30/10/2021

Reflexão

Jesus aceita o convite do chefe dos fariseus, mas pode tratar-se de banquete-cilada! No texto anterior, consideramos a presença e o significado do homem com retenção de líquido (hidropisia). Jesus aproveita a presença dos convidados para instruí-los. Servindo-se da ocasião do banquete, realidade comum aos povos de todos os tempos, Jesus deixa-nos a lição da humildade. Denuncia o orgulho das pessoas que pretendem ocupar sempre os primeiros lugares, recordando que estes são reservados aos que se fazem humildes. Por conseguinte, por educação, prudência e humildade, convém ocupar o último lugar. Se a pessoa for convidada a vir “mais para cima”, valorização para ela. No Reino de Deus, Jesus o diz várias vezes, o maior é o servidor de todos; o lugar de honra é o último: quem se humilha será elevado!
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares....»

Rev. D. Josep FONT i Gallart
(Getafe, Espanha)

Hoje, você reparou no inicio deste Evangelho? Estes, os fariseus, o observavam. E Jesus também observa: «Notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares» (Lc 14,1). Que jeito diferente de observar!
A observação, como todas as ações internas e externas, varia conforme a motivação que a provoca, conforme as inseguranças internas, conforme ao que existe no coração do observador. Os fariseus –como diz o Evangelho em diversas partes- observam a Jesus para acusá-lo. E Jesus observa para ajudar, para servir, para fazer o bem. E, como uma mãe atenciosa, aconselha: «Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar» (Lc 13,8).
Jesus disse com palavras o que Ele é e o que leva em seu coração: não procura ser honrado, mas honrar; não pensa em sua honra, mas na honra do Pai. Não pensa nele, mas nos outros. Toda a vida de Jesus é uma revelação de quem é Deus: “Deus é amor”.
Por isso, em Jesus se faz realidade –mais que em ninguém- seu ensino: «Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome» (Flp 2, 9-10).
Jesus é o Mestre em obras e palavras. Os cristãos queremos ser seus discípulos. Somente podemos ter a conduta do Mestre se dentro do nosso coração temos o que Ele tinha, se temos seu Espírito, o Espírito do amor. Trabalhemos para nos abrir totalmente ao seu Espírito e para nos deixar tocar e possuir completamente por Ele.
E isso sem pensar em ser “exaltados”, sem pensar em nós, mas somente nele. «Mesmo que não existisse o céu, eu te amaria; mesmo que não existisse o inferno, eu te temeria; igual como te quero, te quereria» (Autor anônimo). Levados somente pelo amor.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Oh, como é bela a alma humilde: do seu coração, como se fosse um incensário, sobe um perfume extremamente agradável e, através das nuvens, chega ao próprio Deus» (Santa Faustina Kowalska)

- «O próprio Cristo assumiu o último lugar no mundo -a cruz- e precisamente com esta humildade radical nos redimiu e nos ajuda constantemente» (Bento XVI)

- «Assim, a contemplação é a expressão mais simples do mistério da oração. É um dom, uma graça; só pode ser acolhida na humildade e na pobreza (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.713)

Reflexão

A ação política: um compromisso com a justiça

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje Jesus Cristo denuncia o afã de prevalecer diante os outros, particularmente daqueles que estão constituídos em autoridade. É oportuno lembrar que o rei Salomão —na sua entronização— pediu a Deus: nem riqueza, nem a eliminação dos inimigos..., senão um coração dócil para saber julgar ao povo “de Deus” e “distinguir entre o bem e o mal”.
A motivação para o trabalho do político não deve ser o êxito e, menos ainda, o benefício material, senão o compromisso pela justiça, criando assim as condições básicas para a paz. Logicamente, um político procurará o êxito, sem o qual nunca teria a possibilidade de uma ação política efetiva. Mas o êxito está subordinado ao critério da justiça, à vontade de aplicar o Direito e a compreensão do Direito.
—Servir ao Direito e combater o domínio da injustiça é o dever fundamental do político. Deus-Soberano, neste momento histórico, no qual o homem adquiriu um poder até agora inimaginável, este dever nos urge especialmente.

Meditação

De um pequeno fato da vida, Jesus tira uma lição, não de conveniência social, mas de vida espiritual. Na vida social e comunitária não devemos ceder à vaidade nem ao orgulho. Muito menos devemos ter altas ideias sobre nós mesmos em nosso relacionamento com Deus. Dele dependemos em tudo, de fato, somos pobres e fracos. Essa é a verdade da qual temos de partir. É interessante que a humildade nos faça fortes e perseverantes.
Oração
Conservai, ó Deus, no vosso povo o espírito que animava São Carlos Borromeu, para que a vossa Igreja, continuamente renovada e sempre fiel ao Evangelho, possa mostrar ao mundo a verdadeira face do Cristo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Parábolas de Jesus: O banquete de casamento


Hoje Jesus nos lança um chamado à humildade. Na vida é importante situar-se onde nos corresponda (não se fazer de “fantasma”). Se não a vida mesma nos põe em nosso lugar...
—Diz que um grande negócio seria comprar as almas pelo preço que elas valem e vendê-las pelo preço que elas acham que valem. Faríamos “negócio” contigo?

Meditando o Evangelho

NADA DE VAIDADE!

O Evangelho de Lucas muitas vezes apresenta Jesus fazendo refeições, momento em que encontra motivos para ensinar a seus discípulos. Em geral, qualquer ação incorreta do anfitrião ou dos comensais serve-lhe de pretexto.
Até mesmo de uma questão de etiqueta e boas maneiras (que lugar se deve ocupar numa mesa de banquete?) ele tirou conclusões práticas para a vida do discípulo do Reino: a vaidade se vence pela prática da humildade.
A sociedade está repleta de pessoas inescrupulosas, obstinadas em impor-se às demais, a qualquer custo, pessoas contaminadas pela vaidade, que se autocolocam nas alturas. Esta gente vive numa ávida competição, sem perder oportunidade de se colocar em evidência para garantir uma posição de destaque diante dos demais.
Humanamente falando, esta obsessão pode ser perigosa, e faz a pessoa passar por uma humilhação indesejada. Em termos de salvação, a vaidade faz a pessoa chocar-se com o projeto de Deus. Em outras palavras, tendo buscado a exaltação humana, experimentará a humilhação divina. O Pai não aceita nem a vaidade nem o orgulho.
Por conseguinte, eis a lição que os discípulos devem tirar de tudo isto: o Pai só exalta a quem busca o caminho da simplicidade e da humilhação.
Oração
Espírito de humildade e de simplicidade, tira do meu coração todo desejo de ser exaltado pelos outros, consciente de que a verdadeira exaltação vem de Deus.
Fonte: Dom Total em 31/10/2015

Meditando o evangelho

A VIRTUDE DA DISCRIÇÃO

Algumas circunstâncias ofereciam a Jesus a oportunidade de dar lições de boas maneiras aos seus contemporâneos. Seus ensinamentos, nestes casos, tinham o sabor dos antigos ditos sapienciais, tão próprios da mentalidade judaica.
O modo como os convidados se comportavam numa refeição, na casa de um dos chefes dos fariseus, levou o Mestre a recomendar discrição nestas ocasiões. Querer logo ocupar o primeiro lugar é muito arriscado. Se chegar alguém mais importante, a pessoa será convidada a ceder-lhe o lugar e ir ocupar o último. Quem se julga superior aos olhos do anfitrião e digno de deferência, acaba sofrendo a humilhação de ver revelada sua condição de inferioridade.
A prudência recomenda que a pessoa convidada, discretamente, procure o último lugar. E se houver um lugar de honra, caberá ao anfitrião fazer o convite a quem lhe convier. Caso quem se colocou em último lugar seja convidado a ocupar tal lugar, a discrição redundará num desfecho honroso e ficará patente a estima que o anfitrião tem por este convidado.
A recomendação de Jesus parte de uma norma de vida própria do discípulo do Reino. A ânsia de ser exaltado acaba em humilhação. A humilhação, pelo contrário, terá como prêmio a exaltação, que, se não vier dos homens, sem dúvida, virá de Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, faze-me suficientemente sábio e prudente para agir com a discrição dos discípulos do Reino, em todas as circunstâncias de minha vida.
Fonte: Dom Total em 04/11/2017 30/10/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Lucas ao iniciar esse evangelho, faz questão de nos dizer que o Fariseu tinha uma “Ficha Limpa”, era alguém notável, íntegro, de boa índole, uma referência para a comunidade. Por ser admirado como grande Mestre, Jesus era sempre muito solicitado para estar á mesa com eles, na casa de algum líder da comunidade. O texto nos informa que “eles” o observavam, talvez para ver se tinha boas maneiras, se seguia a risca as determinações judaicas para se tomar uma refeição, ou simplesmente porque Jesus irradiava algo de sobrenatural, e cada gesto ou palavra sua, tinham um significado profundo.
Sem se sentir o centro das atenções e sem querer ser o grande “astro” ou celebridade, Jesus também se põe a observar o modo como os convidados do Fariseu escolhiam os primeiros lugares à mesa, e que era naturalmente os mais próximos ao Dono da Casa. Não sabemos em que lugar Jesus tomou assento, mas certamente não foi no lugar mais importante, julgando-se pela sua observação...
Penso ainda, que naquela refeição, Jesus notou que os serviçais tiveram que, educadamente, tirarem de seus lugares alguns que se julgavam o máximo e que deles haviam se apossado. Imaginem o “mico” de sair de um lugar mais importante para sentar-se em outro, menos importante. Vai ver que alguém se apressou em chamar Jesus para ocupar o lugar principal ao lado do Fariseu Anfitrião. Ao ver o constrangimento desses convivas, Jesus deve ter esboçado um leve sorriso aos que estavam ali por perto.
Em nossas comunidades algo semelhante ocorre nas ações litúrgicas, principalmente quando se trata da Santa Missa. Os lugares mais próximos do Padre são os mais visados e disputados nas escalas. Aliás, Liturgia é uma das maiores vitrines da nossa Igreja, nela os Egos são alisados, e os prazeres e alegrias plenamente satisfeitos. E quando a Paróquia realiza algum evento, como um Jantar Dançante, por exemplo, as mesas mais próximas a do Padre são as mais procuradas, ás vezes até reservadas com antecedência. Há muitas disputas para cargos que “aparecem”, mas por trabalhos humildes, que ficam quase no anonimato, não há disputas ou concorrências.
Poderia se disputar, por exemplo, quem faz mais visitas aos enfermos, aos pobres, aos presos, quem se doa mais a essas classes sofridas e injustiçadas, às vezes até dentro da própria comunidade. O que isso nos mostra?
Que o Amor doação, que se faz serviço desinteressado ao outro, anda meio longe de nossas comunidades, em certas ocasiões. É nesse sentido que Jesus alerta para esse perigo em nossas comunidades, onde quem se exalta vai acabar sendo humilhado, de que jeito? No dia em que a casa cair e todos ficarem sabendo de suas reais intenções. A humilhação será grande e a pessoa, envergonhada por ser desmascarada, vai acabar sumindo da comunidade. O que Jesus exalta nesse evangelho é exatamente a gratuidade nas relações fraternas, uma ajuda, um trabalho, uma ação feita a favor do outro, e que nada espera de recompensa ou gratificação. Nessa linha que devemos compreender a exortação de não convidar pessoas importantes para almoçar em nossa casa, mas sim de pessoas que nunca poderão retribuir. Jesus não é contra a ideias de acolhermos pessoas queridas em nossa casa para uma refeição, o que ele ensina é que, a conduta de um cristão, dentro da comunidade e fora dela, deve ser pautada pelos valores do evangelho, e não pelas grandezas fantasiosas que o mundo nos propõe. No mundo o que vale é o TER, na comunidade é o SER.
A interferência do TER no SER na Vida eclesial resulta em numa comunidade de relações mercantilizadas, onde cada um busca o benefício próprio e não o Bem Comum.

2. Quando fores a um casamento, assenta-te no último lugar.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

O último lugar é o lugar de Jesus, não o lugar geográfico, embora possa sê-lo, mas o lugar onde estão os últimos, os menos valorizados, os mais esquecidos e talvez os menos amados. Foi por livre vontade que ele escolheu o último lugar e, sendo este o seu lugar, será também o lugar de quem o segue. E para segui-lo é preciso encontrá-lo onde ele está: no último lugar. Ser cristão é de fato a coisa mais simples do mundo. A modéstia tem também seu aspecto estratégico. Evita humilhações públicas. O apresentado se expõe facilmente ao ridículo. O modesto sincero receberá uma exaltação. O modesto puramente estratégico é interesseiro e acaba revelando a sua nudez. À mesa, o lugar ao lado da cabeceira parece ser o mais importante, ou o lugar ao lado do dono da casa. Poderia ser importante o lugar que você ocupa pela importância que você tem. Sua importância será feita de suas virtudes, suas qualidades, suas boas ações, tudo o que ornamenta a vida de um ser humano belo e bom, capaz de tornar o mundo mais agradável.
Fonte: NPD Brasil em 04/11/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Acirrada disputa dos primeiros lugares
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quantas disputas acirradas e concorrências na vida da comunidade! Disputas de cargos, de funções litúrgicas nas celebrações, de posições importantes nas reuniões de conselhos, onde o confronto das ideias acaba virando uma verdadeira guerra entre as pessoas e os grupos. Desculpe-me, não estou falando da sua comunidade, mas de uma lá do Alaska...
A comunidade apenas reflete a sociedade onde a disputa e a concorrência é cruel, no mundo do trabalho, no mundo da política, nos partidos que acabam virando um verdadeiro balaio de gato, na vida profissional, o homem busca o poder a qualquer preço, e alguns até vendem a alma ao diabo...
As pessoas não procuram valer pelo que são, mas pelo que têm, pelo status, posição de destaque e importância, diante dos outros. E esse clima tão hostil e totalmente contrário ao Reino de Deus, acaba infestando as pastorais, os movimentos, associações religiosas e as nossas comunidades. Já, presenciei verdadeiras "guerras" dentro da Igreja, nos bastidores de alguns movimentos e pastorais, e o espaço celebrativo é o lugar mais disputado, olhares de desprezo e indiferença, chispas de ódio, trocadas ali, diante do altar onde o Senhor se imola e se oferece em oblação, laicato e clero, infelizmente todos nós temos esse pecado.
Nos banquetes nas casas dos notáveis, havia também, esse desfile de vaidades, todos queriam os primeiros lugares, bem perto do anfitrião ilustre, lá está Jesus, que até se diverte ao ver os que se acotovelam para chegarem á frente. Ele desmonta esse quadro totalmente contrário ao Reino de Deus e aos valores do Evangelho e coloca a humildade como virtude primordial ao discípulo.
Uma humildade que não consiste em não ter nenhum carisma, em ser um pobre coitado que nada tem a oferecer, em andar de cabeça baixa, pedindo desculpa por existir... Não, isso não é humildade...
O humilde é aquele ornado de um carisma especial que o faz brilhar diante dos homens, carisma usado para servir e alimentar os irmãos e irmãs, carisma que o humilde não nega que tem, mas que no fundo sabe que não é dele, e que o Senhor lhe concedeu para servir, somente para servir, e nunca para ser servido. Carisma que não o torna a pessoa mais importante da comunidade, mas que o torna sim, o servidor de todos, exatamente como o Senhor Jesus, que sendo mestre se fez escravo, para servir....

2. Amigo, vem para um lugar melhor! - Lc 14,1.7-11
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Ao ser convidado para uma refeição festiva, não procure logo o primeiro lugar, dando a si mesmo a importância que talvez você não tenha. A prudência humana o aconselha a ser modesto para poder ser elevado, se for o caso. Sente-se no último lugar para ser conduzido a um lugar de maior honra. A prudência humana aconselha a ser esperto. A prudência, virtude do Espírito Santo, aconselha a ser humilde e verdadeiro. Você é você esteja onde estiver. Não é o lugar, não é a roupa que você veste, não são os títulos que fazem a sua pessoa, a sua personalidade. Você será visto, notado e procurado pelo que você é, um ser humano digno, confiável, agradável, que transpira “energia positiva”. Aparentemente Jesus estaria dando um conselho para a gente não fazer feio, não passar vergonha diante dos outros, o que é um conselho muito útil, sem dúvida alguma. Mas, ao concluir que quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado, Jesus aponta para a virtude da humildade.
Fonte: NPD Brasil em 30/10/2021

HOMILIA DIÁRIA

Seja modesto na hora de avaliar seus méritos

Postado por: homilia
novembro 3rd, 2012

Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido. «Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus. Eles o observavam atentamente». Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios: hipocrisia, falsidade; os inimigos por antonomásia de Jesus. Com estes significados negativos, o termo «fariseu» passou a fazer parte do dicionário de nossa língua e de outras muitas.
Semelhante ideia dos fariseus não é correta. Entre eles havia certamente muitos elementos que respondiam a esta imagem, e Cristo os enfrenta. Mas nem todos eram assim. Nicodemos, que vai ver Jesus de noite e que depois O defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3,1; 7,50ss). Também Saulo era fariseu antes da conversão, e era certamente uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5,34 e seguintes).
As relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da Lei. Alguns, como neste caso, inclusive O convidam para uma refeição em sua casa. Hoje se considera que mais que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de Jerusalém.
Por todos estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo «fariseu» em sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história, especialmente após a destruição de Jerusalém.
Durante a refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos «convidados» e outro para o «anfitrião». Ao dono da casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de seus discípulos): «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos, nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…». É o que o próprio Jesus fez, quando convidou ao grande banquete do Reino os pobres, os aflitos, os humildes, os famintos, os perseguidos.
Mas nesta ocasião, quero deter-me a meditar no que Jesus diz aos «convidados»: «Se te convidam a um banquete de bodas, não te coloques no primeiro lugar…». Jesus não quer dar conselhos de boa educação. Nem sequer pretende alentar o sutil cálculo de quem se põe numa fila, com a escondida esperança de que o dono lhe peça que se aproxime. A parábola nisso pode dar pé ao equívoco, se não se levar em consideração o banquete e o dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é Deus.
Na vida, quer dizer Jesus, escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais que a si próprio; seja modesto na hora de avaliar seus méritos, deixa que sejam os demais quem os reconheçam e não você («ninguém é bom juiz em causa própria»), e já desde esta vida Deus lhe exaltará. Ele lhe exaltará com sua graça, lhe fará subir na hierarquia de seus amigos e dos verdadeiros discípulos de seu Filho, que é o que realmente importa.
Ele lhe exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro. Não só Deus «se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo» (cf. Salmo 107,6); também o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não. A modéstia, quando é sincera – não artificial – conquista, faz que a pessoa seja amada, que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja desejada.
Vivemos numa sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez pisoteando – sem escrúpulos! – a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por todos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade.
Pai, faz-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por Ti. Amém.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 03/11/2012

HOMILIA DIÁRIA

Busquemos o serviço e a doação ao próximo

A lógica de Deus é não buscarmos o primeiro lugar, sermos os mais importantes e mais lembrados. A lógica de Deus é saber ceder para que o outro seja exaltado, lembrado, para que ele seja mais querido

“Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado.” (Lucas 14, 11)

Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus e observava o comportamento dos convidados. Naquele banquete onde se fazia presente, como em tantos outros, as pessoas faziam questão de ocupar os primeiros lugares para serem melhor servidas, para poderem comer da parte melhor do que era servido e assim por diante.
Se observarmos, muitas vezes, o nosso cotidiano é assim também, nós gostamos dos primeiros lugares, de sermos servidos, reverenciados e que os melhores lugares sejam também guardados e reservados a nós.
Observa-se, da parte de alguns, até a falta de educação ou a indelicadeza, pois não prestam atenção nas pessoa mais velhas, nos doente, enfermos ou se outros estão necessitados. Olha-se, muitas vezes, onde vai servir a comida. Os primeiros chegam e servem-se, enchem seus pratos e não se interessam por quem vem depois. As pessoas querem satisfazer o seu “eu”, o seu ego, o “eu” em primeiro lugar. “O  importante é que eu comi! O importante é que me servi! O importante é que fui lembrado! O importante é que consegui!”.
A sociedade em que vivemos é a sociedade da competição, onde vale quem pode mais, quem consegue mais, quem ocupa os primeiros lugares. Jesus veio para mostrar que em Seu Reino não é assim! No Reino de Deus, a lógica é ter a capacidade de ceder o lugar para o outro, não pegar o melhor pedaço para si e deixar o pior para o outro, servir algo que era bom para nós ao outro.
A lógica de Deus é não buscarmos o primeiro lugar, sermos os mais importante e mais lembrados. A lógica do Senhor é saber ceder para que o outro seja exaltado, lembrado e mais querido.
O mais importante é sabermos que temos um lugar no coração de Deus, que este lugar é só nosso e ninguém pode nos tirar. O importante é sabermos proporcionar o bem para o outro, fazer com que se sinta bem com aquilo que elevamos a ele.
Por isso, a mística do Reino de Deus é nunca jogarmos confete, flores ou reconhecimento para nós. O esquecimento, o não ser lembrado ou, muitas vezes, até ser preterido faz de nós preferidos por Deus e Seu coração!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

A humilhação corrige nossa natureza humana

A humilhação é um excelente remédio para nossa natureza humana, corrompida pelo gosto das grandezas

“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu.” (Lucas 14,8)

A nossa tendência é buscar os primeiros lugares, e o que nos impulsiona é sermos os primeiros naquilo que fazemos: primeiro lugar a ocupar a mesa, o primeiro a chegar nisso e naquilo. É claro que é diferente alguém se esforçar, dar o melhor de si e ser o primeiro naquilo que fez. Não é disso que o Evangelho fala.
O Evangelho está falando de quando nos esforçamos e nos dedicamos a ser mais importantes do que os outros, colocarmo-nos na frente dos outros, sentirmo-nos melhores do que eles. O nome desse sentimento é orgulho e soberba. “Eu sou o mais importante!”
Alguns não falam, mas se sentem, colocam-se, projetam-se, pensam e agem, muitas vezes, assim. A tendência de querer que as coisas sejam do nosso jeito, da nossa maneira, é porque nós achamos que o nosso jeito e a nossa maneira são o único jeito certo ou é o melhor jeito.
Por que há desavenças? Por que há conflitos em casa, na família, no trabalho, onde estamos? Por causa da nossa natureza humana, que quer se impor sobre os outros, quer projetar-se mais que os outros.
O marido acha que é mais importante que a mulher, sabe mais, conhece mais, esforçou-se mais, trabalhou mais. A mulher se sente mais importante, porque é mulher, porque “ela sabe”; e essa história do “eu que sei” cria tantas batalhas e desavenças no meio de nós!
Qual caminho o Evangelho nos aponta? “Quem se eleva será humilhado”. A humilhação é um excelente remédio para a nossa natureza humana, corrompida pelo gosto das grandezas, pela soberba da vida, pelo gosto do egoísmo, do ego que quer ver as coisas do mundo do nosso jeito.
Só a humilhação corrige essa natureza humana desenfreada, mal inclinada. Ninguém deve humilhar ninguém, mas as humilhações da vida estão aí para nos corrigir, para apontar que o caminho da salvação passa pela humilhação, para não nos sentirmos os melhores, os grandes, os contadores de vantagens.
Às vezes, há uma doença, um sofrimento, uma dificuldade. Não aproveite essas coisas para reclamar da vida, mas para a rever. Não use dessas coisas para achar que Deus nos castiga, mas aproveite a oportunidade para compreender o tamanho do amor que Deus tem por nós.
Quando tudo está bem, quando somos maravilhosos, bons, gostosos, achamo-nos, elevamo-nos e o sentimento de grandeza vem tomar conta de nós e nos colocar à frente; não conseguimos perceber quem ficou para trás ou o que está acontecendo ao nosso lado.
Só na humilhação da vida conseguimos abrir os olhos para nos colocarmos em nosso lugar. Ninguém é mais importante do que ninguém, ninguém é superior a ninguém, somos todos pó da terra, caminhamos para o mesmo lugar.
Quem se humilha é exaltado no coração de Deus, mas quem exalta a si próprio, quem se sente melhor e mais importante que os outros, infelizmente, caminha como um cego que não sabe enxergar o caminho da vida. Tropeça, cai, e a tragédia pode ser muito grande.
Que todas as humilhações da vida sirvam para abrir nossos olhos e nos colocar em nosso lugar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 04/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

Os humildes ocupam os primeiros lugares no coração de Deus

“Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares.” (Lucas 14,7)

Jesus está na casa do chefe dos fariseus, e esse fariseu, chefe, convidou Jesus, como outras pessoas também, para se sentarem à mesa. Ele observava que cada um queria se sentar no primeiro lugar para ser servido primeiro, para sentir-se o mais importante, o mais valorizado. Jesus aproveitou para dar uma lição, para dizer: “Quando te convidarem para uma festa de casamento, não vai logo ocupando o primeiro lugar. Faça bonito, ocupe o lugar de trás, o último”.
Ocupamos o primeiro lugar, aí chega alguém que é mais importante; chega o pai, chega o outro convidado e vai ter que pedir licença. Isso é, se a pessoa tem “desconfiômetro”, ela mesma “se manca e se levanta”, e muitas vezes não temos, aí alguém tem de chegar e pedir: “Dá para dar o lugar aí porque foi reservado para outro”; e assim por diante. Agora, se vou me sentar lá trás, o próprio noivo, os convidados vão dizer: “Se achegue aqui. Sente aqui”.

Tiremos do nosso coração esse sentimento de grandeza, de querermos ser importantes

Não passemos pelo vexame eterno porque, no Reino dos Céus, quem se eleva será humilhado e quem se humilha será exaltado. Tiremos do nosso coração esse sentimento de grandeza, de querermos ser importantes, de querermos ser valorizados e lembrados. Não sejamos daquela turma que quer notoriedade, que quer importância em tudo o que fazem. Não sejamos tomados pelo “vírus” de políticos que fazem de tudo para serem notados, lembrados e curtidos; o “vírus” que toma conta de muitos corações que se sentem artistas, importantes e que precisam ser mencionados.
É tão bom quando não nos notam, é tão bom quando não somos exaltados. É tão bom quando somos notados e lembrados por Deus! É claro, uma coisa é lembrarmos da pessoa no nosso coração e cuidarmos do outro, nos encontrarmos com o outro, valorizarmos o outro e não vivermos o desprezo para o outro, mas outra coisa é essa síndrome da importância, da elevação que nós, muitas vezes, queremos ter. Essa visão é mundana e, muitas vezes, queremos trazê-la até para a igreja, quando as pessoas querem ser notórias na igreja, querem ser “as importantes”. Essa visão, muitas vezes, é compactuada no serviço, no trabalho, onde a pessoa quer ser reconhecida.
Seja reconhecido pela humildade, pela dedicação, pelo esforço e não por aquela expressão tão dura do puxa-saquismo; não por aquela expressão tão hipócrita, onde faço tudo para chamar a atenção porque quero ser importante, porque quero valorização. Não precisa disso! Faça um esforço para ser humilde, faça um esforço para amar com discrição, faça o esforço para dar o melhor de si sem precisar de likes e de valorização humana. Faça um esforço para ser bom porque você é bom e não para ser “bom de fachada”, porque é esse que ocupa o primeiro lugar no coração de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/10/2021

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos o caminho da humildade. Que a grandeza do ser humano não nos torne orgulhosos, mas filhos reconhecidos que tudo que somos e temos é dom de teu Amor Paternal. Faze-nos discípulos missionários do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/11/2012

Oração Final
Pai Santo, sob mil disfarces e justificativas, a vaidade e o egoísmo nos cercam e seduzem. Dá-nos discernimento e força para conhecer Jesus e seguir seu exemplo nas relações com os peregrinos que Tu, Pai amado, colocaste ao nosso lado nos caminhos desta vida. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 31/10/2015

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos humildes de verdade. Que procuremos os últimos lugares, não alimentando o desejo secreto de sermos reconhecidos e conduzidos aos primeiros, mas já nos sentindo felizes por sermos os menores do teu Reino de Amor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 04/11/2017

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