ANO A
Mt 12,46-50
Comentário do Evangelho
O vínculo maior
Nesta narrativa de Mateus, percebemos três grupos relacionados com Jesus. Por um lado, as multidões a que Jesus falava. Por outro lado, sua família. E, finalmente, os discípulos a quem Jesus destaca, estendendo a mão.
Em um primeiro nível, as multidões, como aglomerado circunstancial de dispersos, são compostas de curiosos e esperançosos, que desejam libertar-se de suas exclusão e de suas carências. Buscam algo de novo, atentos a Jesus, porém ainda não deram sua adesão ao seu projeto.
Num segundo nível, a família, caracterizada por sua unidade carnal e tradicional, fica de fora das multidões. Porém, os laços consanguíneos não são, por si só, a garantia absoluta do amor e da unidade.
No terceiro nível, com proximidade maior, temos os discípulos. Eles formam o grupo que deu sua adesão ao projeto de Jesus, irmanados no cumprimento da vontade do Pai, que é a prática do amor que comunica a vida. Todos são chamados ao discipulado. A família, particularmente, é o espaço privilegiado para se viver a experiência do amor. O crescimento no amor leva a família a abrir-se na solidariedade e em comunhão com os mais carentes e necessitados.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 21/11/2012
Comentário do Evangelho
“do lado de fora”.
O texto nos lembra o final do longo discurso sobre a montanha (5,7): “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!, Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas o que fez a vontade do meu Pai que está nos Céus” (7,21).
Num texto próprio a Marcos, ele nos dá a razão pela qual a parentela de Jesus vai ter com ele. O contexto é a multidão que incessantemente acorre a Jesus a ponto de não poderem, ele e seus discípulos, alimentar-se. A sua família toma a decisão de ir buscá-lo para levá-lo para casa, pois pensavam que ele estivesse “fora de si” (Mc 3,20-21). Observamos que o termo irmão, na linguagem bíblica, abrange os parentes.
Chegados os familiares acompanhados da mãe de Jesus eles são anunciados.
Por duas vezes se diz que estão “do lado de fora” (vv. 46.47). Esta sutil observação parece-nos importante: distante de Jesus, sem ouvir sua palavra, seus ensinamentos, sem contemplar o que ele faz em favor da multidão, sem se deixar tocar por ele, tudo parece loucura. É preciso se aproximar, entrar no “círculo” de Jesus, se aproximar e se deixar envolver por sua palavra, para poder fazer a experiência de que “o que é loucura no mundo, Deus escolheu para confundir o que é forte” (1Cor 1,27).
A família que Jesus reúne ultrapassa os laços de sangue; é “todo aquele que faz a vontade do Pai que está nos céus” (v. 59).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 21/11/2013
Comentário do Evangelho
Os que fazem a vontade do Pai.
Levando em consideração a ordem do evangelho, o texto de hoje é ressonância de Mt 7,21. A visita da família a Jesus é uma ocasião de ensinamento para ele: a sua família, isto é, os membros do povo que reúne, é mais ampla do que os membros de sua parentela, pois constituída por aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus (v. 50; cf. 7,21). Por duas vezes o texto repete que a mãe de Jesus e alguns irmãos estão do lado de fora da casa (vv. 46-47). Essa observação, que poderia passar despercebida, é, ao nosso ver, importante: sem participar do círculo dos discípulos, seu ensinamento, seu trabalho incansável e seus gestos parecem loucura e sem sentido, como se ele estivesse fora de si. Corrobora com essa ideia a notícia de Marcos, para quem a razão de a família de Jesus ir procurá-lo é para levá-lo de volta para casa, pois pensavam que ele estava fora de si (Mc 3,20-21). Para poder compreender a missão de Jesus é preciso entrar no círculo de Jesus e situá-la no horizonte do desígnio salvífico de Deus. São Paulo, num texto em que ele procura resolver um problema de divisão interna da comunidade de Corinto, afirma que o modo de agir de Deus confunde o mundo e os que se julgam sábios (1Cor 1,27).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.
Fonte: Paulinas em 21/11/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
EIS MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS
A memória da Apresentação da Virgem Maria está associada a narrativas do Evangelho apócrifo de Tiago. Joaquim e Ana decidem consagrá-la a Deus. Ela, então, permaneceu no Templo de Jerusalém até os 12 anos, quando foi entregue a José, seu guardião.
A consagração de Maria é um modo de se falar da consagração de cada batizado a Deus. No texto do Evangelho de hoje, a mãe de Jesus e os seus irmãos o procuram, enquanto Jesus prega às multidões. Eles ficam do lado de fora. No início, a família de Jesus não participa plenamente do seu círculo de discípulos e discípulas.
Tendo sido comunicado da presença de seus parentes, Jesus diz que sua mãe e seus irmãos são aqueles que fazem a vontade do seu Pai. Ele nos ajuda a compreender que, no discipulado do Reino, os laços de sangue são menos importantes do que a relação existencial de adesão ao seu Mestre.
Ninguém, como Maria, cumpriu de modo tão perfeito a vontade de Deus. Ela é a escrava da Palavra do Senhor e discípula perfeita. Maria é símbolo da nova humanidade e da Igreja. Assim, Maria consagrada ao Senhor é uma metáfora para falar da oblação da Igreja, que ouve, guarda e vive a Palavra de Deus.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/artigos/liturgiadiaria/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/eis-minha-mae-e-meus-irmaos-21112023
Vivendo a Palavra
O Filho Divino faz a verdadeira apresentação de sua Mãe. Ela é feliz, sim, mas não só tê-lo gerado: muito mais porque ouviu e cumpriu a vontade do Pai que está no Céu. Esta mesma porta e este mesmo caminho permanecem abertos para quantos se disponham a seguir o Cristo Jesus.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2012
Vivendo a Palavra
Jesus de Nazaré não apresenta o Cristo prometido e esperado, que nele se fez carne, apenas para o círculo restrito de sua família biológica, mas lhe dá dimensão universal. Ele veio para a humanidade – para todos os que fazem a vontade do Pai que está no Céu. Que nós, sua Igreja, não estreitemos essa compreensão.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2013
Vivendo a Palavra
A generosa gratuidade de Maria se espelha nesta passagem de sua vida: ela, que foi toda doação ao Filho, não reivindica privilégios junto a Ele. Permanecia ‘aí fora...’ seguindo-o discretamente e cuidando com humildade e amor do Mistério que apenas guardava no coração.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2014
VIVENDO A PALAVRA
Para quem vê Maria como privilegiada por ser a mãe Jesus, o Filho explica delicadamente que ela, antes de ser sua mãe, já era feliz, porque estava incluída entre os que cumprem a vontade de Seu Pai Celeste. Isto aumenta nossa esperança, pois afirma que cada um de nós pode ser irmão ou irmã de Jesus: basta que procuremos cumprir a vontade do Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2017
VIVENDO A PALAVRA
O Filho Divino faz a verdadeira apresentação de sua Mãe. Ela é feliz, sim, mas não apenas tê-lo gerado: antes, e muito mais, porque ouviu e cumpriu a vontade do Pai que está no Céu. Esta mesma porta e este mesmo caminho para a felicidade permanecem abertos para quantos se disponham a seguir o exemplo de Maria.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2018
VIVENDO A PALAVRA
Jesus de Nazaré apresenta a visão correta do Cristo prometido e esperado pelos filhos de Israel: Ele não pertencia apenas ao círculo restrito de uma família biológica, nem mesmo de um povo ou nação, mas tem a dimensão universal. Para libertar a humanidade, Ele se faz Irmão de todos os homens e mulheres que ‘fazem a vontade do Pai que está no Céu’. Que nós, sua Igreja, não estreitemos essa compreensão.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2019
VIVENDO A PALAVRA
Jesus abre e deixa escancarada a porta de sua Família para acolher-nos como seus irmãos. E Ele revela o segredo para que isto aconteça: precisamos ouvir e cumprir a Vontade do seu Pai e nosso Pai, que é rico em Misericórdia. Isto nos basta! Era assim o caminho que já vinha sendo percorrido por Maria, Sacrário Vivo, a primeira seguidora do Filho Unigênito, feito humano em Jesus de Nazaré.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2020
Reflexão
Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
Fonte: CNBB em 16/07/2014
Reflexão
Os evangelhos nada informam a respeito da infância de Maria. Entretanto, à luz do que conhecemos, intuímos que a infância e adolescência da Mãe de Deus tenham sido totalmente assinaladas pela graça de Deus. Mesmo sem levar em conta as edificantes histórias dos evangelhos apócrifos, podemos entrever uma clara mensagem que emerge da festa da Apresentação de Nossa Senhora: o coração de Maria sempre esteve voltado para a vontade de Deus. O surgimento desta festa deu-se no Oriente no século VI. Somente no século XIV é que Roma a introduziu no seu calendário litúrgico. Não obstante as incertezas, devidas à falta de fundamentação bíblica e histórica, a celebração foi mantida no atual Calendário romano, não como festa, mas como “memória”.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 21/11/2018
Reflexão
É fácil imaginar que a futura mãe de Jesus tenha sido totalmente envolvida pela graça divina e pela generosa resposta a ela. Foi com base nesta reflexão que o autor do Protoevangelho de Tiago, escrito apócrifo do II século, narra que, na idade de três anos, Maria foi acompanhada ao templo por seus pais, Joaquim e Ana, e lá teria crescido como virgem entregue ao serviço de Deus. A festa da Apresentação de Nossa Senhora tem sua origem em Jerusalém, no século VI. Dois séculos mais tarde se havia difundido em todas as igrejas do Oriente, com grande aceitação popular. No Ocidente, desenvolveu-se a partir do século XIV. A passagem evangélica escolhida para esta memória convida-nos a olhar para Maria sob o aspecto que marcou sua vida toda, isto é, a de ser ouvinte atenta e jubilosa da Palavra de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 21/11/2019
Reflexão
Os evangelhos nada informam a respeito da infância de Maria. Entretanto, à luz do que conhecemos, intuímos que a infância e a adolescência da Mãe de Deus foram totalmente assinaladas pela graça de Deus. Mesmo sem levar em conta as edificantes histórias dos evangelhos apócrifos, podemos entrever uma clara mensagem que emerge da festa da Apresentação de Nossa Senhora: o coração de Maria sempre esteve voltado para a vontade de Deus. O surgimento dessa festa deu-se no Oriente, no século VI. Somente no século XIV é que Roma a introduziu no seu calendário litúrgico. Não obstante as incertezas, devidas à falta de fundamentação bíblica e histórica, a celebração foi mantida no atual Calendário romano, não como festa, mas como “memória”.
Oração
Ó Jesus, filho de Maria, grande é a estima do povo cristão por tua Mãe Santíssima. Por isso, incentivaram as autoridades da Igreja a instituir uma celebração litúrgica como memória da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Renova, Senhor, nosso interesse e zelo pela casa e pelas coisas de Deus. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 21/11/2020
Reflexão
Os Evangelhos nada informam a respeito da infância de Maria. Entretanto, à luz do que conhecemos, intuímos que a infância e a adolescência da Mãe de Deus foram totalmente assinaladas pela graça de Deus. Mesmo sem levar em conta as edificantes histórias dos Evangelhos apócrifos, podemos entrever uma clara mensagem que emerge da festa da Apresentação de Nossa Senhora: o coração de Maria sempre esteve voltado para a vontade de Deus. O surgimento dessa festa deu-se no Oriente, no século VI. Somente no século XIV é que Roma a introduziu no seu calendário litúrgico. Não obstante as incertezas, devidas à falta de fundamentação bíblica e histórica, a celebração foi mantida no atual calendário romano, não como festa, mas como “memória”.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 21/11/2022
Reflexão
Os Evangelhos nada informam a respeito da infância de Maria. Entretanto, à luz do que conhecemos, intuímos que a infância e a adolescência da Mãe de Deus foram totalmente assinaladas pela graça de Deus. Mesmo sem levar em conta as edificantes histórias dos Evangelhos apócrifos, podemos entrever uma clara mensagem que emerge da festa da Apresentação de Nossa Senhora: o coração de Maria sempre esteve voltado para a vontade de Deus. O surgimento dessa festa deu-se no Oriente, no século VI. Somente no século XIV é que Roma a introduziu no seu calendário litúrgico. Não obstante as incertezas, devidas à falta de fundamentação bíblica e histórica, a celebração foi mantida no atual Calendário romano, não como festa, mas como “memória”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Reflexão
«Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, a Igreja recorda aquele momento em que a jovem Maria entregou totalmente o seu coração ao Altíssimo. A Virgem Santa Maria foi cheia de graça e sem mancha de pecado já desde o primeiro instante da sua concepção no seio de sua mãe, Santa Ana. Evidentemente, Ela não tinha consciência deste situação, porém era plenamente consequente com ela.
A tradição cristã está convencida de que Maria - sendo muito nova - decidiu dedicar-se plenamente de alma e corpo a Deus. Na realidade, este foi o motivo pelo qual num dia como hoje, mas no ano 543, em Jerusalém, foi feita a dedicação da igreja de Santa Maria a Nova.
O que são os caminhos de Deus! frequentemente discretos e sempre eficazes. Na antiguidade era totalmente impensável que uma rapariga não fosse dada em casamento. Uma rapariga “solteira”, estava sujeita a que dela se suspeitasse o contrário do que Maria pretendia. Porém assim, coisas do Espírito Santo!, a jovem Maria foi desposada por José. Sem dúvida, a Divina Providência tinha preparado um homem santo - também o imaginamos jovem - capaz de cuidar de Maria tal “como Deus manda”.
Não sabemos como, mas podemos pensar que Maria e José tinham acordado entregar-se completamente a Deus partilhando um “matrimónio virginal” (algo também impensável). Se não fosse através deste caminho peculiar, como se podia proteger a virgindade de Santa Maria? Seguramente S. José era o único rapaz judeu capaz de aceitar a missão de proteger a virgindade de Maria através de um matrimónio também virginal. Os dois, como irmãos dedicados plenamente ao querer de Deus.
Finalmente, aconteceu que esse matrimónio tão característico – virginal – fosse o instrumento necessário que Deus preparou para o seu Filho “entrar” na terra, «nascido de uma mulher, e submetido a uma lei» (Gal 4,4). «Maria concebeu Cristo no seu coração pela fé antes de O conceber fisicamente no seu corpo» (Santo Agostinho). Também nós, imitando a Virgem Santa Maria, podemos conceber Jesus no nosso coração através da fé e da obediência a Deus, uma vez que «Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha mãe» (Mt 12,50).
Reflexão
A Apresentação da Virgem Santa Maria
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, consideramos um mistério da redenção encantador, embora pouco conhecido. A Tradição defende – e assim o celebra a liturgia - que a pequena Maria foi oferecida ao Senhor pelos seus pais, Joaquim e Ana, através da Apresentação, ou seja, levando Maria ao Templo.
Foi um acontecimento simultaneamente extraordinário e normal. “Extraordinário” porque os judeus tinham o dever religioso de apresentar ao Senhor o seu primeiro filho, não se fosse mulher, mas “varão” (como fizeram Maria e José com Jesus aos 40 dias). “Normal” se considerarmos que entre as vidas de Maria e de Jesus há um nítido paralelismo teológico: é “normal” que a pequena Maria fosse oferecida a Deus porque desde a sua própria concepção (imaculada) era toda do Senhor (e assim viveu a sua adolescência). Não tinha consciência da sua Imaculada Conceição (não soube até que o Arcanjo Gabriel lho disse), porém era consequente…
- Naquele dia da Apresentação, o Templo recebeu Deus pela primeira vez (embora ninguém notasse): Maria levava consigo o Espírito Santo.
Recadinho
Jesus considera também familiares seus os que fazem a vontade de Deus. Não é por isso que fazemos questão de dizer que somos todos irmãos? - Posso dizer que meu modo de agir demonstra que sou filho de Deus e, então, todos os filhos de Deus também são meus irmãos? - O que dizer dos familiares que não agem como filhos de Deus? Dou-lhes o bom exemplo? - Minha vida é um testemunho que pode atraí-los a Deus? - Sou acolhedor, respeitando a privacidade de meu próximo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 21/11/2013
Recadinho
Você se dedica como deve à família? - Mas você se dedica também aos não familiares que necessitam de sua presença e participação? - Coloca de fato as coisas de Deus acima de tudo sempre? - É da família de Jesus quem faz a vontade de Deus. Concorda? - No ambiente de sua comunidade há muita fraternidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 16/07/2014
Meditação
Jesus exige que lhe demos preferência, que o coloquemos acima até dos afetos e dos laços familiares. Nem podia ser de outro modo, uma vez que Ele é o Senhor, o Filho de Deus. Se Ele exige nossa preferência total, também se compromete a fundo conosco. Está pronto a nos acolher e amar como seus familiares, como irmãos e irmãs, fazendo-nos participantes de sua vida divina.
Oração
Ao celebrarmos, ó Deus, a gloriosa memória da Santa Virgem Maria, concedei-nos, por sua intercessão, participar da plenitude da vossa graça. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário sobre o Evangelho
Celebramos o compromisso da Virgem Maria com Deus desde que era menina
Hoje, a Igreja recorda aquele momento em que a jovem Maria entregou totalmente o seu coração ao Altíssimo. A Virgem Santa Maria foi cheia de graça e sem mancha de pecado já desde o primeiro instante da sua concepção no seio de sua mãe, Santa Ana.
—Também nós, imitando a Virgem Santa Maria, podemos conceber Jesus no nosso coração através da fé e da obediência a Deus, uma vez que «Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha mãe».
Meditando o evangelho
QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?
A ruptura com os laços familiares foi uma das exigências do serviço ao Reino, com as quais Jesus se defrontou. Também por exigência do Reino, foi levado a constituir, sobre novas bases, uma comunidade cujo relacionamento interpessoal deveria ter a profundidade do relacionamento familiar. A comunidade dos discípulos de Jesus pode ser definida como a família do Reino, cuja característica são os laços fraternos que unem seus membros.
Nesta perspectiva, fica em segundo plano a consanguinidade. Doravante, ser mãe ou irmão de sangue não tem importância. O critério de pertença à família do Reino consiste em submeter-se à vontade do Pai, sendo-lhe obediente em tudo. Importa mostrar, com ações concretas, esta submissão. Aí o agir do discípulo identifica-se com o agir do Mestre, a ponto de Jesus poder considerá-lo como irmão: a vontade do Pai é o imperativo na vida de ambos.
Assim, a ligação entre Jesus e os seus discípulos era muito mais profunda do que a sua convivência física com eles. Havia algo de superior que os unia, sem estar na dependência de elementos conjunturais, quais sejam, a pertença a uma determinada família, raça ou cultura. Basta alguém viver um projeto de vida fundado na vontade do Pai, para que Jesus o reconheça como pertencente à sua família. Para ele, estes são seus irmãos, suas irmãs, suas mães. São irrelevantes outros títulos de relação com Jesus, quando falta este pré-requisito.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Oração
Espírito de adesão à vontade do Pai, faze-me sentir sempre mais membro da família do Reino, levando-me à perfeita submissão ao querer divino.
Fonte: Dom Total em 21/11/2016, 21/11/2018 e 21/11/2020
Meditando o evangelho
A FAMÍLIA DE JESUS
O Reino de Deus, anunciado por Jesus, estabelece laços profundos entre aqueles que assumem seu projeto de vida. Estes laços fazem dos discípulos do Reino uma grande família, não unida pelos vínculos do sangue e, sim, pela submissão à vontade de Deus. A identidade dessa família se configura por um idêntico modo de proceder, fundado no amor e na prática da justiça. Por esse caminho, os discípulos se reconhecem como irmãos e irmãs, unidos para além de qualquer divergência, cultura ou raça. Essa fraternidade não é mera formalidade. Existe entre eles uma efetiva comunhão de vida. Onde as relações interpessoais não chegam a se expressar desta forma, é sinal de que aí o Reino ainda não aconteceu.
Esta dimensão do Reino foi expressa pelo próprio Jesus. Ele se recusou a privilegiar os laços sanguíneos que o uniam à sua mãe e demais parentes. Esses laços pouco contavam. Doravante, o parentesco com Jesus haveria de se concretizar no cumprimento da vontade do Pai. Quem a cumpre, faz parte da família do Mestre. Quem prefere pautar sua vida por outros parâmetros, não tem parte com ele.
O critério estabelecido por Jesus possibilita a todo discípulo do Reino, em qualquer tempo e lugar, saber-se unido a ele como a um ser querido muito próximo. Por conseguinte, é sempre possível estabelecer laços com ele pela via da afetividade.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, que jamais eu perca de vista os laços profundos de afeto que me unem a ti.
Fonte: Dom Total em 21/11/2017 e 21/11/2019
Comentário ao Evangelho
APRESENTAÇÃO NO TEMPLO
Esta narrativa de Mateus também é encontrada nos evangelhos de Marcos e Lucas. A figura central é a "mãe". No processo de geração a mulher-mãe tem um papel fundamental. A própria Terra é tida como "mãe" em relação à vida que, sem cessar, desabrocha em sua superfície.
Na narrativa há um confronto entre as multidões às quais Jesus fala, e sua família, mãe e irmãos, que ficam de fora e procuram falar com Jesus. A família, tendo a mãe como centro, está na base do conceito de Israel e é o elo fundamental da continuidade da tradição do judaísmo. Abraão e sua descendência, a partir de Sara, constituem o povo eleito. Em continuidade, Davi e sua descendência constituem a dinastia real escolhida por Javé.
O sacerdote hereditário é a base do poder do Templo. Daí as genealogias que confirmavam as purezas racial e funcional. Enquanto a pureza religiosa exigia o afastamento das multidões, Jesus se põe em íntimo contato com elas. Removendo a prioridade dos laços consanguíneos familiares, que garantiam o privilégio da eleição, Jesus, sem exclusões, constitui a grande família unida no cumprimento da vontade do Pai, que deseja vida plena para todos.
Fonte: Dom Total em 21/11/2014 e 21/11/2022
Oração
Ao celebrarmos, ó Deus, a gloriosa memória da santa virgem Maria, concedei-nos, por sua intercessão, participar da plenitude da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 21/11/2014
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. AS MARAVILHAS DE DEUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Em nossas comunidades há pessoas carismáticas dotadas de dons maravilhosos concedidos por Deus, as pessoas desenvolvem aptidão para alguma coisa, alguma tarefa, mas há muitos que se omitem em usar seus dons, dizendo que não querem aparecer, achando que assim estão sendo "humildezinhas", esse é um grave pecado chamado de omissão... É como aquele servo avarento que recebeu uma dessas minas para administrar, e com medo da responsabilidade e de uma punição pelo mau uso do seu talento, manteve o seu dom trancado a sete chaves para restituir ao Senhor no momento certo porém, a sua produção foi zero, usou o talento e o dom apenas em benefício próprio, querendo só salvar a sua vida e a sua alma.
Jesus inaugurou o Reino de Deus entre nós, mas só inaugurou. Isto é, colocou a pedra fundamental que é ele próprio, e depois confiou á sua Igreja a missão de edificá-lo. O homem que foi para um país distante confiou a administração de suas minas a um grupo de pessoas, e como qualquer bom acionista, Deus quer ver o seu reino se expandir, para que todos o conheçam e venham dele participar.
A construção do Reino de Deus depende dos homens! Essa afirmação poderá escandalizar os que não a compreenderem, mais isto é a mais pura verdade. Deus só age quando o homem colabora.
Basta imaginarmos o que teria acontecido com a nossa Igreja, se o grupo de apóstolos tivessem mantido a comunidade apenas em Jerusalém, não permitindo que ela se expandisse entre os pagãos, através do apóstolo Paulo. Nos dias de hoje precisamos pensar com muita seriedade no ensinamento desse evangelho, pois diante dos desafios da evangelização na pós modernidade, temos todos a tentação de vivermos o cristianismo "enterrados" em nossas comunidades cristãs, preservando assim o santo evangelho como coisa santa e sagrada que não pode e nem deve ser levado a um ambiente profano que é a sociedade atual e todos os seus segmentos.
Esquecemos que a missão primária da Igreja teve início com uma ordem do Senhor... "IDE, a todas as Nações da terra". O cristianismo quando vivido com autenticidade e coerência, tem essa força de penetrar em qualquer cultura de qualquer época da nossa história, a Palavra que levamos e o testemunho que vivemos, tem essa força transformadora que ninguém consegue segurar. É exatamente isso que Deus espera de nós, é essa a missão que Jesus nos confiou.
Estamos investindo bem e negociando em nossas relações a riqueza da sua graça, ou egoisticamente queremos guardar tudo para nós e garantir a nossa salvação? Se assim procedermos, esse pouco que dispomos nos será tirado e ao chegarmos diante de Deus estaremos de mãos abanando...
Fonte: NPD Brasil em 21/11/2012
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O que é Servir?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Parece que nas comunidades de Lucas havia agentes de pastoral, ministros, coordenadores e cooperadores, que estavam querendo agradecimento pelo trabalho que faziam. Tinha um que dizia assim "Ingratos, fiz tanto por essa comunidade, e nunca me deram um presente sequer, nem um muito obrigado". Outros mais otimistas pensavam "Faço muito por essa comunidade, com a melhor das boas intenções, espero que algum dia alguém reconheça a minha dedicação e amor".
Havia ainda os daquele tipo "Donos do Pedaço", que pensavam: " Nossa como sou importante nessa comunidade, até o Padre me respeita e pede a minha opinião, o pessoal da pastoral não sai da porta da minha casa, parece que sem eu a coisa não funciona, claro que o pessoal gosta muito de mim e isso é uma forma de agradecer pelos incontáveis serviços que já prestei e ainda continuo prestando a eles, por isso ninguém me contraria e todos acatam o que eu falo, acho que sou líder nato, é carisma e dom que recebi..."
Naquele tempo tinha muitos servos e servas inúteis, fazendo o que simplesmente deveriam fazer, mas em compensação arrotando vantagens, esnobando talentos, buscando elogios, apoio e prestígio. Mas isso não seria tão grave se a coisa não voltasse até contra Deus.
"Deus é testemunha do quanto eu amo esta comunidade e faço por ela, por isso sou abençoado e não acontecem desgraças na minha vida, como o vizinho aí do lado, que nunca pôs os pés na igreja".
E finalmente o tipo inconformado "Olha Deus, que decepção, me doei tanto para a comunidade e agora o Senhor me manda essa doença? Dei ao Senhor os melhores anos da minha vida e é isso que ganho em retribuição? Se soubesse disso, teria caído na gandaia e aproveitado a vida" ( Esse aqui acha que não aproveitou a vida, porque trabalhou o tempo todo na comunidade).
Bom, enfim eis aí o evangelho de hoje, que mostra as avessas do que fazemos, pensamos e somos, em servir os irmãos com o nosso carisma, fazendo o melhor e dar o melhor de si, é servir o próprio Jesus que está nele, e então o nosso servir, que aparentemente parece um grande altruísmo, nada mais é do que gratidão, pela entrega total de sua vida na cruz do calvário. Devemos tudo a Ele, e não o contrário... O qualificativo INÚTIL, empregado nesse evangelho, justifica-se porque, quando se espera recompensa, gratidão ou qualquer outra coisa das pessoas a quem servimos, a ação prestada não serviu para NADA, pois todos os nossos carismas e talentos não nos pertencem mas sim a Deus, e daí, aplica-se um velho e conhecido ditado: Só estamos fazendo favor, com o chapéu alheio...
2. Tua mãe e teus irmãos estão lá fora
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Maria menina é apresentada no Templo. Será depois a Mãe de Jesus, no quadro de uma família normal com um pai, uma mãe, filhos, irmãos, avós, tios, parentes. Foi no seio de uma família que nasceu Jesus, o Deus encarnado, com uma mãe muito especial, a Mãe de Deus, sempre disposta a fazer a vontade do Pai. E assim se expande a família de Jesus e se torna a comunidade chamada Igreja, comunidade dos que querem seriamente fazer a vontade do Pai.
Sabemos historicamente que a família de Jesus não o compreendia muito bem, sobretudo em sua missão com atividades miraculosas, pregações não afinadas com as dos escribas, companheiros e companheiras de caminhada por vezes estranhos. Hoje também a grande família de Jesus nem sempre o compreende e nem sempre faz a vontade do Pai que está no céu. Maria vem em nosso auxílio, ela que ficou firme ao lado de Jesus desde o seu nascimento até a morte de cruz, mesmo sem entender tudo, procurando em tudo fazer a vontade de Deus. Ela pode nos ajudar a voltar sempre de novo ao Evangelho para não nos afastarmos de seu filho Jesus. Esta festa está ligada à dedicação da Basílica de Santa Maria Nova, em 20 de novembro de 543, cuja construção foi terminada pelo imperador Justiniano. Suas ruínas se conservam no subsolo do bairro judaico de Jerusalém.
Fonte: NPD Brasil em 21/11/2017
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
1. Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
No ano de 543 foi feita a dedicação da basílica de Santa Maria, a Nova, em Jerusalém, e comemorada a apresentação de Maria no Templo. Por ocasião de um terremoto, esta basílica praticamente desapareceu e, com o passar dos anos, já não se sabia a localização exata da construção original. Foram feitos estudos, levantaram-se hipóteses, até que, um dia, um arqueólogo israelense descobriu as ruínas. Os arcos restantes demonstram que a basílica era muito grande. Recuperá-la ou deixá-la aberta tornava-se muito dispendioso. Está no subsolo da Cidade Velha no bairro judeu. Pretendia ser uma réplica do Templo, por isso uniram a memória da apresentação de Maria à basílica que recebeu o nome de Nova. Era chamada de Nea, em grego. Segundo a tradição, ainda muito jovem Maria foi levada ao Templo de Jerusalém por seus pais em cumprimento da promessa que fizeram para terem filhos. O significado dessa apresentação é a consagração de Maria a Deus. Essa consagração não excluía o casamento, considerado muito importante em Israel pela expectativa do nascimento do Messias. O Messias podia nascer de qualquer mulher judia ou aparecer de forma extraordinária. As moças do Templo deixavam o local para se casar. Assim aconteceu com Maria, prometida em casamento a José.
Fonte: NPD Brasil em 21/11/2018
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Laços Fortes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos, nos diz o texto, foram á sua procura, pois queriam levá-lo de volta á casa. Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o saber.
Jesus era uma ameaça constante á estrutura do templo, pois quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de todas as suas enfermidades, e a pessoa nãom precisava oferecer sacrifício algum pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades psicosomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as ofertas tinham que ser feitas, nem que fosse rolinhas e pombinhos, para os mais pobres, todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza” institucionalizada. Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua maioria Latifundiários proprietários doa animais, vendidos aos cambistas, que os revendiam por um alto preço nas portas do templo, e os sacerdotes ganhavam duas vezes, na venda para o atravessador e depois na oferta, onde uma boa parte lhes pertencia, segundo a lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente lucrativo, qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, vou fazer de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e com certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava correndo, por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelos orientações dos poderosos desse mundo, não pertencem á Cristo, não são portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos Homens com Deus, quem ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos, procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem com ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo mas viver segundo a vontade do mundo...ditada por um sistema que se omite diante de injustiças e desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda ou se omite diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve apresentar-se como cristão...
2. Querem falar contigo - Mt 12,46-50
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
Os Evangelhos canônicos não falam da infância de Maria. Há, porém, um texto do século II, atribuído a Tiago Menor, chamado de Protoevangelho de Tiago, no qual se lê que, quando Maria completou dois anos, Joaquim quis levá-la ao Templo para pagar a promessa que tinha feito. Ana pediu para esperar mais um ano, e Joaquim concordou. Quando Maria completou três anos, Joaquim mandou chamar algumas moças para, com tochas acesas, subirem com a menina ao Templo. Assim foi feito. O sacerdote a acolheu, abraçou e abençoou, dizendo: “O Senhor glorificou teu nome em todas as gerações. Em ti, nos últimos dias, ele revelará a redenção concedida aos filhos de Israel”. Maria se sentou no terceiro degrau do altar e a graça de Deus desceu sobre ela, e ela começou a dançar. Os pais voltaram para casa cheios de admiração. Maria não olhou para trás e permaneceu no Templo. Esta festa está ligada à dedicação da Basílica de Santa Maria, a Nova, em 20 de novembro de 543, cuja construção foi terminada pelo imperador Justiniano. Suas ruínas se conservam no subsolo do bairro judaico de Jerusalém. A tradição de Maria no Templo vem do início do cristianismo. Uma lápide mortuária do século quinto tem um desenho de Maria com a inscrição “Maria, a serva, no Templo de Jerusalém”.
Fonte: NPD Brasil em 21/11/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Fazer a vontade de Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Neste evangelho, os parentes de Jesus, sua Mãe e seus irmãos, nos diz o texto, foram à sua procura, pois queriam levá-lo de volta á casa. Havia um consenso de que ele estivesse louco, falando e fazendo coisas sem o saber.
Jesus era uma ameaça constante á estrutura do templo, pois quebrava todas as regras e normas religiosas excludentes, curava as pessoas de todas as suas enfermidades, e a pessoa não precisava oferecer sacrifício algum pela sua cura. Como a Medicina não estava avançada e as doenças ou enfermidades psicossomáticas eram muitas, a clientela do templo era bem numerosa e as ofertas tinham que ser feitas, nem que fosse rolinhas e pombinhos, para os mais pobres, todos eram tarifados. Era uma forma de se obter a “pureza” institucionalizada. Quem ganhava com isso? A casta sacerdotal, que era em sua maioria Latifundiários proprietários doa animais, vendidos aos cambistas, que os revendiam por um alto preço nas portas do templo, e os sacerdotes ganhavam duas vezes, na venda para o atravessador e depois na oferta, onde uma boa parte lhes pertencia, segundo a lei.
Ora, se eu sou beneficiado com um negócio assim, altamente lucrativo, qualquer pessoa que interferir nesse sistema, tirando a clientela, eu vou fazer de tudo para tirá-lo de circulação, daí taxaram de Jesus de Louco, e com certeza pressionaram seus familiares sobre os riscos que ele estava correndo, por mexer em um Vespeiro, quando tornava menos lucrativo o negócio dos poderosos.
Agora fica fácil compreender a reação de Jesus diante da comunidade, quando alguém o comunica que sua mãe e seus irmãos estavam fora e queriam falar-lhe. Os que se deixam levar pelas orientações dos poderosos desse mundo, não pertencem á Cristo, não são, portanto, sua Mãe e seus irmãos, uma vez que, não é sistema religioso que garante a salvação, mas trata-se de um Dom oferecido a todos os homens através de Jesus Cristo.
A partir de agora Jesus estabelece laços fortes na união dos Homens com Deus, quem ouvir a sua Palavra e seguir seus ensinamentos, procurando fazer a Vontade de Deus, que quer a Vida para todos, este sim tem com ele intimidade, está com ele em sintonia, esse sim pode ser chamado de “sua Família” sua Mãe e seus irmãos. Não dá para pertencer a Cristo, mas viver segundo a vontade do mundo... Ditada por um sistema que se omite diante de injustiças e desigualdades, e que decreta a morte do mais pobre. Quem concorda ou se omite diante dessa estrutura social injusta, não pode e nem deve apresentar-se como cristão...
2. Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? - Mt 12,46-50
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
“Neste dia da dedicação, no ano 543, da igreja de Santa Maria Nova, construída perto do Templo de Jerusalém, celebramos, juntamente com os cristãos da Igreja Oriental, a ‘dedicação’ que Maria fez de si mesma a Deus, já desde a infância, movida pelo Espírito Santo que a encheu de graça desde a sua imaculada conceição.” Assim está escrito na introdução da festa de hoje no Breviário Romano. Santa Maria Nova tinha 115 metros por 57, dividida por quatro fileiras de colunas, com o solo revestido de mármore. Foi destruída no terremoto de 746. Com o passar do tempo perdeu-se a lembrança da localização exata das ruínas da igreja, mesmo constando do mapa de mosaico de Madaba, do século sexto. Neste mapa, que se encontra no solo da igreja de São Jorge em Madaba, na Jordânia, está retratada a figura da igreja de Santa Maria Nova. Suas ruínas foram descobertas pelo arqueólogo Nahman Avigad em 1960, depois da Guerra dos Seis Dias. Os restos dos fundamentos da igreja estão soterrados no subsolo de um estacionamento no bairro judaico de Jerusalém e não estão abertos à visitação pública. O Templo de Jerusalém e a grande igreja de Santa Maria Nova foram destruídos, mas ficou de pé a memória da apresentação de Maria e sua total consagração ao Senhor.
Fonte: NPD Brasil em 21/11/2020
Liturgia comentada
Quem é a minha mãe? (Mt 12, 46-50)
Jesus Cristo veio ao nosso mundo e se encarnou para fazer a vontade do Pai. “Pai, tu não quiseste oblações nem sacrifícios, mas me formaste um corpo. [...] Então eu disse: ‘Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade!’” (Hb 10, 5ss.) Assim, a encarnação começa por um ato de obediência.
Para que Jesus, Palavra do Pai, assumisse a natureza humana, Deus quis precisar de uma Mulher, eleita desde a eternidade para essa missão única e sublime. Quando a Virgem Maria adere ao desígnio de Deus, ela “permite” que o Verbo-Palavra se humanize e venha acampar no meio de nós. Desde então, Maria é para a Igreja o modelo perfeito e acabado do fiel que acolhe a Palavra, a ponto de gerar essa mesma Palavra para o mundo, tornando-a viva entre nós. Mais uma vez, é a obediência que atualiza a graça de Deus na história dos homens.
Hoje, celebramos a memória da Apresentação de Nossa Senhora no Templo de Jerusalém (aos 3 anos de idade, segundo o Proto-Evangelho de Tomé, livro não-canônico). Estamos diante de um “sinal”: como se aquela criança, movida pela Graça, já se dispusesse a cooperar com Deus em seu plano de salvação.
Deste modo, o que poderia ser apenas uma “lenda piedosa” torna-se mensagem e indicação do caminho para todo cristão. Cada fiel, na medida de suas possibilidades, deve “apresentar-se” a Deus, abandonando-se infantilmente em suas mãos, para o que der e vier...
Em um dia futuro, o Messias-Salvador entraria em um “templo” para se fazer carne mortal. Essa “casa de ouro” (cf. Ladainha Lauretana: Domus Aurea) e primeiro sacrário da história seria o ventre virginal de Maria de Nazaré. Na liturgia de hoje, a mesma Maria, ainda criança, cruza o limiar do Templo do Senhor e se põe à disposição do Altíssimo para cumprir sua missão.
Se o Templo de Jerusalém era, para Israel, o lugar onde o povo podia estar na presença de Deus, ali mesmo Maria se põe na presença daquele que, graças à cooperação dela, estaria por 33 anos em nossa presença.
Atravessar a soleira do Templo significa entrar no espaço do “sagrado”. Também nós, divididos entre o profano e o sagrado, o mercado e o sacrário, somos convidados por Deus a uma vida de consagração.
Se aceitamos o convite, obedecemos a Deus e nos tornamos seus sócios na obra de salvação da humanidade.
Orai sem cessar: “Toda formosa, entra a Filha do Rei!” (Sl 45 [44], 14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 21/11/2013
HOMILIA
A MÃE E OS IRMÃOS DE JESUS
Vemos neste texto de hoje que JESUS é interrompido de um sermão por alguém que diz: A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem falar com o senhor.
O que Ele disse quando foi informado que Sua mãe e Seus irmãos estavam ali, nesta ocasião, parece consistir em desprezo aos seus familiares, mas na realidade o significado é mais profundo do que isso.
Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a Sua família, Ele não estava renunciando à Sua família segundo a carne. Como filho mais velho, Ele continuou a cuidar do bem estar da Sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a Sua vida na cruz, Ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava.
Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significação no Reino de Deus.
O relacionamento mais chegado do Senhor Jesus é com o Seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual - e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o Seu ministério a todos aqueles que O receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias uma das assíduas comentadoras da homilia diária perguntava sobre este aspecto.
Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. A dúvida sobre se Maria teve outros filhos só revela a Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).
Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.
No Antigo Testamento encontramos e sobretudo em Gn 37, 16; 42, 15; 43, 5; 12, 8-14; 39, 15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23, 21), e primos segundos (Lv 10, 4) - e até ‘parentes’ em geral (Job 19, 13-14; 42, 11). Há muitos exemplos na Sagrada Escritura. Lê-se no Gêneses que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27), que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’ (Gn 13, 3). ‘Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 14, 14). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).
No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cleófas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” ( Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cleofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cleofas, e Maria de Mágadala”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cleophas é o pai deles.
Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria Cléofas e Alfeu.
Também decorre uma pergunta: Por que nunca os evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?
A própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.
Portanto, Maria, é o templo divino, onde Deus fez sua morada. Nela, Deus realizou a nova e eterna aliança que é Jesus, trazendo-nos por meio de Seu Filho a salvação. Maria viveu para Deus, cumprindo sua vontade e colaborando com Ela na redenção. Hoje celebramos sua apresentação no Templo. Ela era o templo de Deus, catedral iluminada, sonho do Pai eterno.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 21/11/2013 e 21/11/2014
REFLEXÕES DE HOJE
21 DE NOVEMBRO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 21/11/2013
REFLEXÕES DE HOJE
DIA 21 DE NOVEMBRO
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 21/11/2014
HOMILIA DIÁRIA
Fazemos parte da família de Jesus
Postado por: homilia
novembro 21st, 2012
Fazer a vontade de Deus é o pré-requisito que Jesus nos apresenta para também sermos considerados seus irmãos e irmãs. Portanto, membros da sua família. Por isso, podemos dizer que fomos também escolhidos por Jesus Cristo para participar da sua família, quando nós fazemos a vontade do Pai que está no céu.
O exemplo de Maria foi dado por Jesus às multidões naquele tempo, e hoje é dado para nós, com a finalidade de nos clarear a mente e o coração para que percebamos que todos nós somos chamados a fazer parte da família de Jesus. Portanto, não é difícil para nós imaginarmo-nos membros da linhagem de Jesus.
Somos participantes da graça de filhos, de irmãos e irmãs, se, como a Mãe de Jesus, estivermos abertos a fazer tudo conforme Deus nos manda realizar. Assim como estendeu a mão para os seus discípulos e os considerou na mesma qualidade de mãe e de irmãos seus, Jesus nos aponta a sua mão e nos acolhe como membros da sua família, se estivermos dispostos a fazer a vontade de Deus a qual se expressa na sua Palavra.
E a vontade do Pai é que todos nós, pela fé em Jesus Cristo, alcancemos a salvação e a vida eterna sem fim. Não devemos nos admirar da expressão que Jesus usou quando se referiu à sua Mãe e aos seus irmãos: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
Ele aproveitou a oportunidade para também nos enquadrar como pessoas especiais, discípulos e discípulas dignos de ser chamados filhos de Deus Pai, tendo Maria como Mãe, irmãos de Jesus Cristo e motivados pelo poder do Espírito Santo, a fazer a vontade de Deus.
Você também se considera da família de Jesus Cristo? O que você entende por fazer a vontade de Deus? Você é discípulo de Jesus? O que falta para que você faça a vontade do Pai, aqui na terra, do jeito que ela acontece no céu?
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/11/2012
HOMILIA DIÁRIA
Assuma sua pertença a Deus
Quando vimos Maria sendo apresentada ao Senhor no Templo, também pensamos o quanto nós precisamos assumir a nossa própria vocação, nossa pertença a Deus.
Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12,49-50)
Na liturgia de hoje, é com muita alegria que celebramos a festa da memória festiva da Apresentação de Nossa Senhora. Conforme o costume judaico, de acordo com a Tradição, Maria foi apresentada no Templo. Essa apresentação tem um significado muito especial de entrega, de consagração, de pertença.
Maria nasceu para ser toda de Deus, para ser instrumento nas mãos d’Ele, para colaborar na salvação da humanidade. Desde pequena, seus pais, Ana e Joaquim, a levavam ao Templo para ser consagrada. Eles a educaram para que ela crescesse na fidelidade de Israel, para que crescesse temente a Deus. Os pais, com certeza, não sabem quais são os desígnios que foram reservados para essa menina, mas eles tinham consciência de que a filha deles havia nascido para ser do Senhor.
É obvio que, ao longo da história, ao longo de seu crescimento, Deus foi se revelando a ela, até que, definitivamente, o Arcanjo Gabriel veio ao encontro dela para lhe revelar a plenitude da escolha divina, o desígnio que Deus tinha para ela.
Meus irmãos, quando vimos Maria sendo apresentada ao Senhor no Templo, também pensamos o quanto nós precisamos assumir a nossa própria vocação, o nosso próprio chamado a sermos cristãos, a assumirmos a nossa pertença a Deus. Isso toca em nossa memória, de quando ainda éramos crianças, pois fomos levados ao Templo, à Igreja para sermos batizado, para ser consagrados a Deus, entregues à causa d’Ele.
Quando os padres ungem o peito de uma criança com o óleo catecumenal, eles estão consagrando essa criança para que ela seja filho (a) de Deus. A marca da unção está em nós, somos ungidos no peito e também na testa com o santo óleo do Crisma para dizer: “Somos marcados para sermos propriedades do Senhor”.
Se nós levássemos a sério o nosso batismo, seríamos como Maria nas mãos de Deus: um instrumento eficaz para a salvação da humanidade. Cada um de nós pode colaborar com Ele para que o mundo seja melhor, para que o mundo seja salvo, para que conheça a redenção divina. Basta que levemos a sério o nosso batismo, basta que cada pai e mãe tome consciência da educação cristã que precisa dar a cada uma das nossas crianças a partir das águas batismais.
O batismo nos aponta a direção daquilo que Deus tem para nós. Felizmente, hoje, não faltam crianças batizadas, o que falta são pais que conscientizem seus filhos da missão, da consagração, da entrega que cada um de nós assumiu a partir do nosso batismo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2013
HOMILIA DIÁRIA
Permita que Deus cuide de seus filhos
Faça como os pais de Maria, que apresentaram-na no Templo para que fosse de Deus. Apresente seus filhos para o Senhor, para que o mundo não os roube nem desvie aquilo que é o seu tesouro mais precioso.
“Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,50)
Hoje, celebramos a Festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo. Os pais de Maria, Ana e Joaquim, segundo a tradição judaica, foram ao local apresentá-la a Deus. Com gesto de obediência e confiança, entregaram-na para que realmente fosse toda do Senhor.
No gesto dos pais de Maria, quero voltar a minha reflexão para o coração de cada pai e de cada mãe, pois estes precisam entregar, consagrar, confiar e apresentar a Deus os seus filhos; e nós fazemos isso pelo batismo. Quando levamos nossas crianças para serem batizadas, este é um gesto por excelência, é o sacramento primordial da nossa vida. O batismo nos torna filhos e filhas de Deus, mas o fato é que, muitas vezes, ele se reveste de um significado social maior do que a dimensão religiosa, espiritual e teológica que ele representa.
Deveríamos nos preparar melhor para batizar os nossos filhos. Como deveríamos tirar esse rito totalmente social que transforma, muitas vezes, o batismo de nossas crianças! Como deveríamos ter mais consciência na escolha daqueles que serão os padrinhos delas! Não é porque você gosta muito de fulano e de sicrano que ele será seu compadre, sua comadre. Você precisa trazer alguém que vai dar um sentido religioso à entrega do seu filho e de sua filha para Deus.
Para que o batismo seja cada vez mais eficaz em nossa vida, é preciso que haja comprometimento dos pais, haja compromisso deles na educação de seus filhos segundo a vontade de Deus. Por isso, a apresentação dos filhos a Deus não pode acontecer somente no dia do batismo, mas todos os dias!
Se há uma coisa que gosto de fazer com muito amor é orar pelas mães que estão grávidas. Como gostaria de poder abençoar cada grávida que temos no meio de nós! Mais do que isso, eu gostaria que os pais pudessem, a cada dia, colocar as mãos sobre o ventre de suas esposas e orar por essa criança, pedindo para Deus abençoar a vida dela. E quando essa criança nascesse, que os pais não passassem um dia sequer sem orar por ela.
Como seria bom se você pai, mesmo chegando do trabalho, mesmo cansado, fizesse desse ato um gesto sagrado: orar pelo dom que Deus lhe deu, entregar, apresentar, a cada dia, o seu filho e a sua filha para o Senhor.
Se o seu filho já cresceu, se ele já está um rapaz ou uma moça, não importa! Comece hoje! Faça como os pais de Maria que apresentaram-na no Templo para que ela fosse de Deus.
Apresente seus filhos para o Senhor, para que o mundo não os roube nem desvie aquilo que é o seu tesouro mais precioso. Permita que Deus cuide dos seus filhos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2014
HOMILIA DIÁRIA
Façamos a vontade de Deus
Aqueles que fazem a vontade de Deus se dobram para reconhecer que somente Ele é Senhor
“Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,50)
Hoje, na Festa da Apresentação de Nossa Senhora, reconhecemos quem, de fato, é da família de Jesus e quem não é. Para nós, família é questão consanguínea, ou seja, a pessoa que tem nosso sangue, sobretudo, a familiaridade mais próxima, como pai, mãe, filhos, irmãos e todos aqueles critérios que a sociedade e o mundo nos dão para realmente entendermos o que é família.
No Reino de Deus, a família tem um sentido mais amplo, um sentido de eternidade, daqueles que para sempre farão parte do nosso convívio.
Às vezes, muitos da nossa família (espero que nenhum seja excluído) não fazem uma opção pelo Reino de Deus, então, é óbvio que não farão parte desse Reino, porque é uma questão de opção no coração. Essa opção se faz, sobretudo, quando a pessoa está disposta a dobrar sua vontade para viver na sua vida a vontade de Deus. Jesus nos diz que não é uma questão humana que faz daqueles que estão próximos d’Ele Seus seguidores.
Quando celebramos a apresentação de Maria ainda criança (para crescer fazendo a vontade de Deus), é óbvio que essa rota pode ser seguida ou desviada. Quando vejo Maria sendo apresentada no templo, vejo nossas crianças sendo apresentadas em nossas igrejas, sobretudo, no dia do batismo.
O desejo que vem ao meu coração enquanto sacerdote, quando batizo uma criança, é suplicar a Deus que ela cresça sendo toda d’Ele, cheia e iluminada por Ele, mas que seus pais façam tudo, para que esse trabalho possa acontecer.
Já batizei crianças, e elas seguiram no caminho do Senhor, mas eu sei que muitas delas, por falta de cuidado, não seguiram na vontade d’Ele.
Quantos de nós adultos, muitas vezes, desviamo-nos da vontade do Senhor! Desse modo, não basta sermos batizados, irmos à igreja, termos feito a Primeira Comunhão. Não basta dizer: “Eu vou à Missa todos os dias! Eu leio a Palavra, rezo o terço!”. Esses são meios, mas o que, na verdade, nos caracteriza como seguidores e discípulos de Jesus Cristo é ter a vontade de segui-Lo.
É preciso lutar contra essa vontade interior, muitas vezes, mal inclinada, indisciplinada, influenciada por prazeres, seduções do mundo e tantas outras más inclinações, para que esse coração se dobre, para que em tudo façamos a vontade de Deus.
Há um inimigo número um da vontade própria. Quando a pessoa só faz o que dá vontade, muitas vezes, ela não faz a vontade de Deus. Nossa vontade é soberba, orgulhosa, egocêntrica, inclina-se para fazer de nós reis. Aqueles que fazem a vontade de Deus se dobram para reconhecer que somente Ele é Senhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
HOMILIA DIÁRIA
Precisamos ouvir o Senhor e fazer a Sua vontade
O discípulo é aquele que escuta, coloca em prática e vive, em sua vida, a vontade do Pai
“Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,50)
No meio de uma multidão, estavam a mãe, os irmãos e os parentes mais próximos de Jesus querendo falar com Ele. Talvez você pensasse assim: “Jesus teria que deixar tudo para falar com seus familiares, para falar com a mãe d’Ele, pois o mais importante são eles”. Jesus mostra-nos porque eles são ou não importantes.
Quem é importante no coração de Deus? É aquele que O escuta, aquele que é o seu discípulo, por isso, Jesus diz: “Eis minha mãe e meus irmãos”. É como se Ele dissesse: “São vocês também, porque estão parados aqui, para me ouvirem. Felizes são vocês que estão dispostos a me ouvir e a partir daí fazem a vontade de Deus”.
São duas etapas fundamentais no seguimento de Jesus, a primeira delas é: ouvi-Lo, dar atenção a Ele. Uma pessoa só é importante para a outra quando lhe dá atenção e a escuta. O filho é importante para os pais, então, esses param tudo o que estiverem fazendo, para escutá-lo e dar atenção às necessidades do filho deles. Um pai e uma mãe negligenciam quando: não são mais capazes de escutar; um casal, marido e mulher, serão negligentes um com o outro, quando não tiverem mais capacidade de escutar. É importante saber ouvir; dar atenção ao outro é essencial.
Um filho, torna-se um péssimo filho, quando não escuta mais os seus pais. Ele pode dizer: “Eu amo muito a minha mãe”, entretanto, se não a escuta, não a ouve, não lhe dá atenção; o amor dele é questionável.
O discípulo é aquele que escuta, portanto, não basta dizer: “Eu sou parente de Jesus”, se não O escutamos e não damos atenção a Ele, agindo assim, não somos discípulos d’Ele. O discípulo é aquele que escuta e coloca em prática e vive, na sua vida, a vontade do Pai.
O que é a vontade do Pai? É aquilo que nós escutamos quando paramos para ouvi-Lo. Por que, muitas vezes, não colocamos em prática a vontade de Deus? A resposta é simples: não paramos para escutá-Lo.
Temos a alegria de celebrarmos, hoje, a apresentação de Nossa Senhora ao templo. Maria apresentou, inteiramente, a sua vida, desde o ventre da mãe d’Ela, para ouvir a Deus e fazer a vontade d’Ele. No entanto, tornou-se a discípula número um, a discípula mais fiel. Não foi somente seu ventre que gerou Jesus, mas foi toda a sua vida que O escutou, e colocou em prática o desejo do Pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2017
HOMILIA DIÁRIA
Entreguemos nossa vida a Deus
Aprendamos com Maria a nos consagrarmos e a entregarmos a nossa vida para Deus
“Jesus disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe’.” (Mateus 12,49)
A Igreja nos dá a graça de celebrarmos a apresentação de Nossa Senhora no Templo. Aquela menina, praticamente recém-nascida, foi levada pelos seus pais, Ana e Joaquim, para ser apresentada ao Senhor.
Os pais sabiam que aquela menina nasceu para ser toda de Deus, porque eles eram inteiros de Deus. Tanto Ana como Joaquim eram tementes ao Senhor. Era um casal que temia e obedecia ao Senhor Deus e, por isso, geraram esse fruto bendito que é a Virgem Maria, Aquela que seria a Mãe do Salvador.
Maria não empresta apenas o seu ventre para que Jesus entre nele, é mais do que isso, porque o templo em que Ela é apresentada, hoje, é o templo em que Ela tornou-se.
O templo é o lugar do encontro com Deus. Quando entramos no templo, a graça de Deus entra em nós entramos nela também. Quando Maria foi apresentada ao templo, Ela tornou-se um templo, um lugar onde Deus habitava. E, assim, essa menina foi criada, essa jovem cresceu e tornou-se Mulher e Mãe de Jesus. Mas, Ela já era (desde o ventre de sua Mãe) serva do Senhor e, por isso, foi apresentada ainda menina para ser templo e lugar da morada de Deus.
O que Maria foi e, ainda é por toda a eternidade, é o que Deus quer que sejamos. Eu acolho, com muito amor em cada celebração, quando os pais levam a criança recém-nascida para ser apresentada na Igreja. Eu fico feliz de ver que essa prática cresce cada vez mais em todos os lugares.
E que não seja apenas um ritual: “Eu vou levar na Igreja para não ficar doente, para não acontecer nenhum mal”. Levemos à Igreja para prepará-la para o Batismo, para que logo seja batizada e, mais do que isso, para que a criança cresça consagrada a Deus, aos cuidados d’Ele, mas vamos educá-los para que cresçam no amor a Deus.
Em uma casa que tem o temor de Deus, os filhos são, também, criados neste mesmo temor e crescem no amor a Deus sobre todas as coisas. Por isso, somos chamados de irmãos de Jesus, porque o pai, a mãe e o irmão de Jesus, são aqueles que fazem a vontade de Deus na sua vida.
Maria não fez a vontade de Deus somente porque gerou Jesus, Ela fez a vontade de Deus porque, desde menina, foi toda de Deus. Aprendamos com Ela a nos consagrarmos e a entregarmos a nossa vida para Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2018
HOMILIA DIÁRIA
A partir do batismo, nasce a nossa missão
“Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,48-50)
A graça no dia de hoje é a de celebrarmos a Apresentação de Nossa Senhora no templo. Seus pais, Ana e Joaquim, eram pessoas não só muito religiosas, também eram pessoas tementes a Deus, cumpriam as leis e os preceitos judaicos, mas eles sabiam que tinham uma pérola muito preciosa.
Todo filho é uma pérola, é uma graça única, mas aqui Ela foi reservada por Deus, escolhida por Ele para uma missão muito especial, para uma missão única, singular. É por isso que os pais de Nossa Senhora a levaram no templo, não só para cumprir o preceito ou aquilo que prescreve a lei judaica, e sim para apresentá-La para que Deus fizesse dela o que Ele melhor quisesse realizar.
Como Maria foi apresentada ainda menina para ser de Deus, preciso dizer: apresente os seus filhos para Deus. Todos nós fomos levados ao batismo para sermos ofertados, consagrados e entregues a Deus.
O batismo é a nossa primeira apresentação, é a nossa grande consagração, é a nossa unção fundamental para a vida
Que graça sublime, talvez, alguns não entendam o porquê na Igreja Católica se batizar ainda crianças. Porque as crianças são dons de Deus. Assim como Maria foi levada criança para ser apresentada, assim como Jesus depois de quarenta dias de nascido foi apresentado também ao Pai, o batismo é a nossa primeira apresentação, é a nossa grande consagração, é a nossa unção fundamental para a vida.
É a partir do batismo que nasce a nossa missão. Maria sabe qual é a Sua missão, foi tomando consciência dela a cada dia, mas foi ainda criança que a missão foi crescendo nela.
Permita-me dizer a você: “Não espere as suas crianças crescerem para que elas decidam se vão ser de Deus ou não, se vão assumir isso ou não. A semente é plantada já no ventre da mãe e precisa ser cultivada a cada dia para que a graça cresça”. Porque não foi só Jesus quem cresceu em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens; Maria também cresceu assim, então, Ela cresceu em estatura e sabedoria. Ela cresceu a cada dia no temor e na obediência a Deus, e não podemos criar os nossos filhos se não for desta maneira: obedientes e tementes a Deus, crescendo em estatura e sabedoria, mas crescendo na intimidade com Ele.
Sabemos que a intimidade se faz no seio familiar, nada é mais íntimo do que a nossa família, nada é mais íntimo do que a nossa casa, nada é mais íntimo do que onde estamos e convivemos.
Que você esteja na sua casa, na sua família crescendo como família e criando os seus para que sejam íntimos de Deus, foi assim que Ana e Joaquim criaram a Nossa Senhora; e Ela cresceu sendo serva do Senhor.
Criemos os nossos filhos para que independente da missão que exercerão no mundo, trabalhando aqui ou acolá, sejam homens e mulheres tementes a Deus, mas isso começa lá no berço, quando a cada dia apresentamos a Deus os nossos filhos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2019
HOMILIA DIÁRIA
Assumamos que somos propriedade de Deus
“Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mateus 12,49-50)
Estamos, hoje, celebrando a Apresentação de Nossa Senhora ao Templo. Os seus pais, Ana e Joaquim, levaram essa menina para ser consagrada a Deus, para tornar-se um dom de Deus, uma oblação a Deus.
Maria, desde o ventre de sua mãe, pertencia ao Senhor, Ela foi concebida sem pecado. Celebramos hoje aquilo que Maria será por toda a Sua vida: um dom, uma dádiva, uma oferenda agradável aos olhos do Senhor.
É muito mais do que um ritual, é uma vida assumida desde o ventre de sua mãe: ser toda de Deus, ser esse templo de Deus, ser esse lugar da morada de Deus. Quando levamos os nossos filhos à igreja ou quando nós mesmos, um dia, fomos levados à igreja, fomos apresentados, fomos lá batizados, fomos consagrados para nos tornarmos o lugar da morada de Deus, propriedade d’Ele.
Aqui não é uma questão para dizer: “É porque sou batizado”, a questão é muito mais ampla, é eu assumir ser batizado, assumir que sou consagrado e propriedade de Deus.
Fomos consagrados para nos tornarmos o lugar da morada de Deus, propriedade d’Ele
Quando a Mãe e os irmãos de Jesus se aproximaram e foram dizer isso a Ele, o Mestre respondeu com muita propriedade e categoria: “Quem é minha mãe? Quem são os que dizem ser meus irmãos?”.
Não é simplesmente a condição sanguínea que coloca alguém próximo a Jesus. A familiaridade com Jesus se faz em levar a sério a Palavra do Pai, a Palavra da Verdade, em ouvir a Palavra e colocá-la em prática. É isso que nos faz irmãos do Senhor, é isso que nos faz próximos d’Ele, foi isso que fez de Maria esse templo do Senhor.
Mais do que escolhida, Ela foi fiel à sua escolha; mais do que ungida, Ela foi fiel à unção; mais do que consagrada, Ela levou a sua consagração a sério, o Seu compromisso de ser toda de Deus.
Apresentemo-nos, hoje, a Deus, a partir do nosso batismo para vivenciá-lo, vivê-lo na vida, na prática com o testemunho, com os bons exemplos e, sobretudo, levando Deus a sério na vida de cada um de nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2020
HOMILIA DIÁRIA
Comprometa-se a fazer parte da família de Jesus
“E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.’” (Mateus 12,49-50)
Meus irmãos, hoje comemoramos a Apresentação de Nossa Senhora, apresentação de Nossa Senhora ao Templo. E, nesta Festa da Apresentação, segundo a tradição, ali também já houve uma profecia de que aquela menina que estava sendo apresentada no templo, era especial e, de fato, era uma criança especial, porque se tornaria jovem, mulher e a mãe de Jesus, a mãe de Nosso Senhor e Salvador.
Mas atenção, meus irmãos, Nossa Senhora foi mãe de Nosso Senhor não simplesmente porque O gerou, Ela não apenas “emprestou” a sua barriga, o seu ventre, Ela foi mãe de fato porque se tornou, primeiro, discípula de Nosso Senhor. Ela, na sua fidelidade a Deus, ao Pai, foi escolhida, e, diante da Anunciação do anjo, Ela disse o seu “sim”, disse o seu “faça-se”, o fiat — “Faça-se em mim segundo a Tua vontade, a Tua Palavra” (Lucas 1,38).
A Virgem Maria foi escolhida para gerar o Salvador; e Ela gerou o Salvador na carne, mas também no espírito. Ela se tornou discípula, Ela caminhava com Nosso Senhor e chegou aqui. Temos esse episódio onde alguns disseram que a Sua Mãe e os Seus irmãos estavam ali e queriam vê-Lo. E Jesus estendeu a mão e disse: “O meu irmão, a minha irmã, a minha mãe são aqueles que fazem a vontade do meu Pai”.
Quem viver com fidelidade até o fim, fará parte da grande família de Jesus também lá no Céu
Então, nós temos a Virgem Maria, Nossa Senhora, duplamente parente de Jesus, porque O gerou na carne, mas também O gerou no coração; foi discípula do Senhor, O acompanhava e fazia a vontade do Pai.
O Evangelho de hoje nos mostra, e Jesus nos mostra, que os laços da fé são até maiores que os graus, os laços de parentesco. Quer fazer parte da família de Jesus? Faça a vontade do Pai! Quer fazer parte da família de Jesus? Seja santo, seja obediente aos Seus mandamentos, à Sua Palavra!
A comemoração de hoje nos chama a fazer, ainda mais, parte da família de Jesus — “Porque eu recebi o batismo”, “Porque eu fui crismado, crismada”, “Porque eu fui ordenado”, “Porque eu recebi o sacramento do matrimônio”. Sim! Mas se você não viver a Palavra, não viver o batismo, de nada adianta. Para nos tornarmos filhos de Deus e fazermos parte da família d’Ele, nós precisamos sim ser batizados, mas viver o nosso batismo, fazer a vontade do Pai.
Comprometamo-nos, hoje, a fazer a vontade do Pai e a fazer parte da família de Jesus já aqui, na terra. E quem viver com fidelidade até o fim fará parte da grande família de Jesus também lá no Céu, na eternidade.
Que o Senhor nos ajude a fazer esse caminho de santidade, para fazer parte da família d’Ele em definitivo no Céu.
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/11/2022
Oração Final
Pai Santo, dá-nos força e audácia para seguirmos caminhando ao lado de Maria de Nazaré, procurando imitá-la na humildade, disponibilidade para servir ao irmão e na entrega incondicional à tua Vontade. Pedimos, Pai amado, pelo mesmo Jesus, nascido de Maria, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2012
Oração Final
Pai Santo, que a oração de Maria seja de toda Igreja: que nossa alma proclame a grandeza do Senhor e nosso espírito se alegre em Deus, nosso salvador, porque Ele olha para a nossa humildade. As gerações nos felicitem porque o Todo-poderoso realiza grandes obras em nosso favor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2013
Oração Final
Pai Santo, faze-nos parecidos com Maria. Que vivamos a sua lição de discrição e generosidade, procurando ficar nos lugares mais humildes com alegria e gratidão. Nós pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão no seio da Virgem Maria e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2014
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o exemplo de Maria, que nos foi dada como Mãe, fortaleça nossa opção de seguir o seu filho Jesus de Nazaré no Caminho do Amor. O ‘SIM’ de Maria seja a regra para nossa existência. Sua disponibilidade e o cuidado com os irmãos sejam nossos modelos de atitude. Isto Te pedimos, Pai amado, pelo mesmo Jesus, nascido de Maria, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2017
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos força e audácia para seguir caminhando ao lado de Maria de Nazaré, procurando imitá-la na humildade, na disponibilidade para servir ao irmão e na entrega incondicional à tua Vontade. Pedimos, amado Pai, pelo mesmo Jesus, nascido de Maria, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2018
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, a oração de Maria deve ser a de toda Igreja: que nossa alma proclame a grandeza do Senhor e nosso espírito se alegre em Deus, nosso salvador, porque Ele olha para a nossa humildade. As gerações devem nos felicitar porque o Todo-poderoso realiza grandes obras em nosso favor. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2019
ORAÇÃO FINAL
Pai amantíssimo, faze-nos irmãos de teu Filho, o Cristo, que se fez homem em Jesus de Nazaré! Ajuda-nos para que o nosso único desejo seja conhecer e cumprir a tua Vontade enquanto caminhamos nesta terra encantada que nos emprestas para ser cuidada. Queremos cumpri-La do mesmo jeito, isto é, com igual alegria e gratidão como ela é cumprida na Glória do teu Reinado de Amor. Por Jesus Cristo, que contigo vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/11/2020
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