sábado, 18 de novembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 18/11/2023

ANO A


Lc 18,1-8

Comentário do Evangelho

Perseverança da súplica

A parábola não é uma descrição fiel da realidade. Ela visa, sem se preocupar com a lógica da descrição, transmitir uma mensagem. A caracterização do juiz que “não temia a Deus, nem respeitava homem algum” (v. 2), isto é, que procede arbitrariamente não levando em consideração nem Deus nem os homens, serve para enfatizar a importância da perseverança da súplica da viúva e ressaltar o cuidado de Deus para com os seus escolhidos (cf. vv. 7-8a). A finalidade da parábola é mostrar que Deus não abandona os que ele escolheu; é ele quem os socorre e defende. A Comunidade que o Cristo reúne deve ser perseverante na oração. A oração sustenta o testemunho de toda a Igreja e nutre o dinamismo missionário da Comunidade eclesial (ver: At 2,42-47; 12,1-19). O “atraso da parúsia” é um convite a viver a adesão da fé através da fidelidade do testemunho pela palavra e pela ação que acompanha o anúncio cristão.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me pobre e simples diante de ti, de modo que minhas súplicas sejam atendidas, pois jamais deixas de atender a quem se volta para ti na humildade de coração.
Fonte: Paulinas em 16/11/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

O JUIZ INJUSTO


Jesus conta a parábola da viúva perseverante e do juiz iníquo. Há duas atualizações: necessidade de rezar sempre; Deus faz justiça aos seus. Insistência e perseverança são dois valores importantes na vida de oração, tema muito caro a Lucas. Jesus ora antes de todas as grandes decisões. Ele é o orante por excelência.
No texto, há uma oração de súplica, em uma causa que envolve a justiça, e a escuta da prece de uma pessoa frágil e pobre. É assim que deve ser apresentada a nossa causa diante de Deus. O juiz não respeita nem Deus nem as pessoas, mas a viúva não se resigna ou se acomoda. Pede de modo insistente. E o juiz resolve atendê-la para se ver livre dela. Jesus argumenta tirando as consequências do menor para o maior, acrescentando um plus.
Se aquele juiz, que é iníquo, agiu daquela forma e fez justiça à viúva, imagine Deus, se ele não fará justiça aos seus eleitos que clamam por ele! Deus fará justiça e sem demora. Deus é o justo juiz, ele nos fará justiça e julgará nossa causa. Ele é o defensor dos fracos e dos oprimidos, dos pobres e desvalidos.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

O Mestre assegura que Deus fará justiça – e bem depressa. Abastecidos por esta certeza, nós podemos, mais do que pedir, como aquela viúva, desde já agradecer ao Pai por sua misericordiosa atenção a nós, seus filhos amados. Testemunhemos para os irmãos a nossa confiança na Providência Divina.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

A fé é como uma semente de mostarda que o Pai lança em nosso coração. Compete a nós cultivá-la: acolhendo-a com calor, mantendo-a adubada, regada e livre de ervas daninhas até que floresça e frutifique para ser partilhada com os irmãos. A ferramenta para esse trabalho é o cuidado com os companheiros que a Vida colocou ao nosso lado e a oração demorada, sincera e confiante.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/11/2017

VIVENDO A PALAVRA

O Mestre assegura que Deus fará Justiça – e bem depressa. Abastecidos por esta certeza, nós podemos, mais do que pedir, como aquela viúva, desde já agradecer ao Pai por sua misericordiosa atenção a nós, seus filhos muito amados. Testemunhemos perante os irmãos a nossa confiança na Providência Divina.

Reflexão

A parábola do juiz iníquo nos mostra, como o próprio São Lucas nos diz, a necessidade da oração constante e da confiança em Deus que sempre ouve as nossas preces. Porém devemos ver qual a preocupação de Jesus no que diz respeito ao conteúdo da oração. O juiz não quer fazer justiça para a viúva e depois a faz por causa da insistência dela. A partir disso, Jesus nos fala sobre a justiça de Deus, ou seja, que o Pai fará justiça em relação aos que a suplicam. Deste modo, vemos que Jesus exige que a nossa oração não seja mesquinha, desejando apenas a satisfação das necessidades temporais, mas sim a busca dos verdadeiros valores, que são eternos.
Fonte: CNBB em 16/11/2013

Reflexão

Jesus nos apresenta um ensinamento sobre a oração e um sério questionamento sobre a qualidade da nossa fé. Antes de tudo, Jesus garante que o Pai celeste está disposto a atender as súplicas de seus filhos e filhas, desde que as façam com persistência. O juiz malvado, não temente a Deus, acaba por atender a pobre viúva que tanto insistia. Se o juiz sem escrúpulo foi capaz de atender a mulher, com maior razão, o Pai misericordioso atenderá a quem o invocar com fé e perseverança. A justiça de Deus é transparente, imediata, simples. Resta saber se as pessoas têm fé suficiente para dialogar com Deus e esperar que ele as atenda. Muitas vezes não obtemos o que pedimos porque nos limitamos a pedir coisas, mais do que pedir a nossa conversão ao projeto do Reino de Deus, que é prática da justiça.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 16/11/2019

Reflexão

Jesus nos apresenta um ensinamento sobre a oração e um sério questionamento sobre a qualidade da nossa fé. Antes de tudo, Jesus garante que o Pai celeste está disposto a atender às súplicas de seus filhos e filhas, desde que as façam com persistência. O juiz malvado, não temente a Deus, acaba por atender a pobre viúva que tanto insistia. Se o juiz sem escrúpulo foi capaz de atender a mulher, com maior razão, o Pai misericordioso atenderá a quem o invocar com fé e perseverança. A justiça de Deus é transparente, imediata, simples. Resta saber se as pessoas têm fé suficiente para dialogar com Deus e esperar que ele as atenda. Muitas vezes não obtemos o que pedimos porque nos limitamos a pedir coisas, mais do que pedir a nossa conversão ao projeto do Reino de Deus, que é prática da justiça.
Oração
Ó Jesus, Mestre de oração, tua parábola nos mostra a importância de “rezar sempre e nunca desanimar”. E realças a disposição e a benevolência do Pai celeste para atender às súplicas diárias de seus filhos e filhas. Contudo, acrescentas, é fundamental que tenhamos profunda fé. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 13/11/2021

Reflexão

«A necessidade de orar sempre, sem nunca desistir»

Rev. D. Joan FARRÉS i Llarisó
(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje, nos últimos dias do tempo litúrgico, Jesus exorta-nos a orar, a dirigir-nos a Deus. Podemos pensar como aqueles pais e mães de família que esperam -todos os dias!- que os seus filhos lhes digam algo, que lhes demonstrem o seu afeto amoroso.
Deus, que é Pai de todos, também o espera, Jesus nos o diz muitas vezes no Evangelho, e sabemos que falar com Deus é fazer oração. A oração é a voz da fé, da nossa crença nele, também da nossa confiança, e tomara fosse sempre manifestação do nosso amor.
Para que a nossa oração seja perseverante e confiada, diz São Lucas, que «Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir» (Lc 18,1). Sabemos que a oração se pode fazer louvando o Senhor ou dando graças, ou reconhecendo a própria debilidade humana -o pecado-, implorando a misericórdia de Deus, mas na maioria das vezes será pedindo alguma graça ou favor. E, mesmo que no momento não se consiga o que se pede, só o fato de se poder dirigir a Deus, o fato de poder contar a esse Alguém a pena ou a preocupação, já é a obtenção de algo, e seguramente, -mesmo que não de imediato, mas no tempo-, obterá resposta, porque «Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18,7).
São João Climaco, a propósito desta parábola evangélica, diz que «aquele juiz que não temia a Deus, cede frente à insistência da viúva para não ter mais o peso de a ouvir. Deus fará justiça à alma, viúva dele pelo pecado, frente ao Corpo, o seu primeiro inimigo, e frente aos demônios, os seus adversários invisíveis. O Divino Comerciante saberá intercambiar bem as nossas boas mercadorias, pôr à disposição os seus grandes bens com amorosa solicitude e estar pronto para acolher as nossos suplicas».
Perseverança na oração, confiança em Deus. Dizia Tertuliano que «só a oração vence a Deus».
Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «O traidor sabe que tem perdida a alma que tem oração perseverante» (Santa Teresa de Jesus)

- «A criação foi feita para ser um espaço de oração. A criação está aí para que nós adoremos a Deus. Disse são Bento em sua regra: “Nada seja preferido ao serviço de Deus”» (Bento XVI)

- «Quando começamos a orar, mil trabalhos e preocupações, julgados urgentes, apresentam-se nos como prioritários. É mais uma vez o momento da verdade do coração e do seu amor preferencial.» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2732)

Reflexão

A “natureza da natureza” (fundamentos do Direito)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, não podemos negar que, neste mundo autoconstruído, recorremos igualmente aos "recursos" de Deus, em segredo. Exatamente como o juiz irracional da parábola, que finalmente faz justiça para ter paz (algo que, em verdade, vem de Deus).
Como pode a razão reencontrar sua grandeza sem cair no irracional? A aparição do movimento ecologista é sintomática: reconhecemos que a matéria não é um elemento para nosso uso, senão que a terra tem em si mesma sua dignidade e nos devemos seguir suas indicações; devemos escutar a "linguagem da natureza" e responder coerentemente. Também existe uma "ecologia do homem", pois ele possui uma natureza que não pode manipular ao seu capricho.
—Eu não sou somente uma liberdade que se criou por si mesma. Sou espírito e vontade, mas também natureza. Minha vontade é justa quando respeito minha natureza, a escuto, e quando me aceito como sou, e admito que não me criei a mim mesmo.

Recadinho

Rezo? - Em que momentos? - Em que situações? Em que consiste minha oração? - Procuro pedir a Deus: o que é justo, de modo persistente, o que é para meu bem, e deixando que “seja feita a sua vontade?” O juiz foi "dobrado", não por uma decisão sua de corrigir seus atos, nem foi por persistência da viúva. Ele sabia que a causa dela era justa. Mas foi a persistência da viúva que o levou a render-se a suas súplicas! Persistência! Esta é uma das chaves de uma oração eficaz!
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 16/11/2013

Meditação

Lucas não deixa dúvida: com essa parábola da viúva e do juiz, Jesus quer ensinar que devemos pedir sempre. E o podemos fazer com confiança, sabendo que Deus haverá de nos atender. Se precisamos pedir insistentemente, não é porque Deus tarda em nos ajudar, mas porque nem sempre estamos, de fato, convencidos de nossa necessidade e de nossa dependência de sua bondade.
Oração
Ó Deus, guardai sob a proteção dos apóstolos Pedro e Paulo a vossa Igreja, que deles recebeu a primeira semente do Evangelho, e concedei que por eles receba até o fim dos tempos a graça que a faz crescer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Parábola do juiz injusto: a viúva insiste e, no final, o juiz faz justiça


Hoje, aprendemos duas lições. Primeiro: quem não teme a Deus acaba faltando ao respeito aos homens. Segundo: “Quando o homem desconhece Deus, o homem desconhece o homem” (S. João Paulo II).
- Conclusão: é recomendável falar com Deus. Mais ainda: «É preciso orar sempre, sem desfalecer» (Jesus).

Meditando o evangelho

ORAR SEM DESANIMAR

Jesus serviu-se de um fato da vida cotidiana para recomendar aos discípulos a rezar sem desanimar, e manter firme a esperança de serem atendidos por Deus.
Uma pobre viúva, não tendo como fazer valer seus direitos, recorreu a um juiz, cuja fama era de não ser temente a Deus, nem ter respeito pelas pessoas. Por ser mulher, pobre e viúva, ela estava em total desvantagem. Sendo mulher, não tinha nenhum prestígio, numa sociedade onde só o homem tinha valor. Sendo pobre, carecia de recursos materiais para se confrontar com o explorador. Sendo viúva, não tinha amparo social. Sem dinheiro, só podia contar com a honestidade dos juízes. Ela, porém, não se deu por vencida. Enfrentou a situação, com garra e determinação, até que o juiz fizesse valer o seu direito. Sua vitória foi fruto da perseverança.
Diante disso, os discípulos foram instados a recorrer, com perseverança a Deus, justo juiz, na certeza de serem atendidos. Se um juiz iníquo, sem fé e sem lei, foi demovido de sua insensibilidade por causa da insistência de uma pobre viúva, de quanto mais será capaz o discípulo que pede, sem desfalecer, ao Pai de misericórdia!
Todavia, é preciso ter uma fé inabalável. Existia, realmente, no coração dos discípulos, uma fé assim?
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, dá-me uma fé firme, que me leve a rezar sempre, na certeza de ser atendido pela misericórdia do Pai.
Fonte: Dom Total em 18/11/201716/11/2019 13/11/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Deus fará justiça para os seus escolhidos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Deus fará justiça para os seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele. No nosso mundo, os escolhidos são privilegiados que conseguem o favor de algum juiz. Uma viúva pedia ao juiz que olhasse a sua causa e lhe fizesse justiça. A questão se protelava, o juiz não tinha tempo para aquela mulher. Até o dia em que, depois de muita insistência por parte da viúva, o juiz pensou: ‘Vou atendê-la, se não ela poderá me agredir’. Bom raciocínio o do juiz, mas por que uma pobre viúva agrediria um nobre juiz? Exatamente pela ausência de justiça. A injustiça do juiz cria uma viúva agressiva, a injustiça gera violência, enquanto a paz é fruto da justiça. A senhora não é violenta. Ela se torna violenta, ou fazem-na violenta sem que ela queira. Um judiciário que funciona e cumpre a sua obrigação exercendo sua missão, porque de missão se trata, evitaria muito dissabor e tornaria a sociedade menos violenta e mais pacífica.
Fonte: NPD Brasil em 18/11/2017

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Clamor de quem não tem com quem contar
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Neste evangelho o enfoque é a viúva, todas as luzes estão voltadas para ela, o Juiz faz um papel secundário embora de certa forma represente Deus, mas é bom já ir avisando que Deus não é um Juiz, e muito menos um Juiz iníquo, descrente e insensível como esse tal Senhor. Lucas precisa de um figurante para contracenar com a viúva, esta sim, a Dona do espetáculo, todas as atenções estão voltadas para ela, simplesmente porque a sua oração, feita com confiança e insistência, convenceu o Magistrado a lhe fazer justiça contra alguém que a oprimia e explorava.
Costuma-se dizer que a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco, só que com Deus não é assim, Ele jamais mediria forças com o Ser Humano, nem teria graça, contudo, o que Lucas nos diz nesse evangelho é algo muito bonito e que precisamos pensar.
A oração dos pequenos e dos fracos é a fraqueza de Deus. Ele é Poderoso e Onipotente, mas se derrete todo quando chega até ele o clamor dos pobres e pequenos da sociedade. Como esse Juiz, Deus tem lá suas razões e desígnios para atender ou não nossas orações, que geralmente se tornam uma lista infindável de pedidos, para ele fazer mil coisas a nosso favor, parece que o Plano de Deus não é muito do jeito que nós queremos e daí tentamos persuadi-lo a mudar, para que sejamos favorecidos. Não é dessa oração pidonha que fala o evangelho...
A oração da viúva é uma oração de quem não tem nenhuma segurança, não pode contar com ninguém, e nem com nada, está fadada a ser explorada pelos espertalhões, até acabar na miséria, se é que ainda não está... Ela sabe que sua vida e seu destino depende daquele juiz, que não é boa gente, muito pelo contrário. Entretanto, ela não desiste, embora tivesse tudo para agir assim, estava sozinha, não tinha quem a defendesse, fatalmente o seu adversário levaria vantagem na demanda, pois sempre os mais fortes e importantes vencem as contendas na sociedade onde o TER sempre fala mais alto que o SER.
De mais a mais o Juiz é iníquo, isso é, deixa-se subornar, igual alguns ilustres magistrados do nosso tempo que deixam a justiça pra lá, quando se trata de levar "algum" para o próprio bolso. Que chances terá a coitada da viúva nessa situação? Obviamente nenhuma. Mas ela não desiste, não tira o time de campo, não desanima e faz plantão na porta da casa do Juiz.
A perseverança da viúva e a sua insistência e confiança naquilo que pedia, acabou convencendo o Juiz, que "bateu o martelo" a seu favor. Diante do clamor do pobre e do pequeno, Deus não permanece insensível e fará justiça a favor dele. Sabendo do lado de quem Deus está, e a quem ele ouve, seria importante que a comunidade pudesse ser o coração, os olhos e os ouvidos de Deus, sempre aberto para favorecer a causa daqueles que não tem quem olhe e se interesse por eles.
Quanto as nossas orações o que temos pedido a Deus? Se não houver nelas um desejo sincero de comprometer-se com o Reino que Jesus inaugurou, e que pertence aos pobres e pequenos, se for ela uma oração egoísta, voltada para nós, nossas conveniências e interesses, dificilmente seremos atendidos... E o e-mail vai voltar...

2. Um juiz que não temia a Deus - Lc 18,1-8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

São Lucas dá à história da viúva que pedia justiça com insistência o título de “necessidade de orar sempre, sem nunca desistir”. De fato, a mulher insistiu até conseguir o que queria. Ela queria justiça. Deus fará o mesmo a quem gritar pedindo justiça com a certeza de que será atendido. Por isso a pergunta de Jesus: “O Filho do Homem, quando vier, vai encontrar fé sobre a terra?”. Se não há justiça na terra é porque alguém não está pedindo com fé. O pedido não é passivo. É insistente e ativo. Na história da viúva, o juiz decidiu fazer-lhe justiça com medo de ser agredido por ela. Seria ela uma mulher violenta? Ou ela se tornou violenta por causa da atitude injusta do juiz? A paz é fruto da justiça. A falta de justiça causaria a ruptura da paz entre o juiz e a viúva. A violência existente no mundo não será resultado da falta de justiça que leva as pessoas a atitudes extremas? Continuemos a orar com insistência.

3. O DEFENSOR DOS POBRES
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)

A parábola da viúva corajosa, disposta a fazer valer os seus direitos contra tudo e contra todos, visa a instruir os discípulos a rezar sempre, sem desanimar jamais.
Qual é a imagem de Deus e a imagem do ser humano orante, nela veiculadas?
De acordo com a tradição bíblica, Deus é o defensor dos pobres e injustiçados, seus eleitos. O Deuteronômio proclama que "Deus faz justiça ao órfão e à viúva; e ama o estrangeiro, dando-lhe alimento e veste". Embora sua justiça tarde em manifestar-se, ela se manifestará na certa.
O orante é, fundamentalmente, o indigente, privado de qualquer apoio externo, e que conta somente com a proteção divina, de maneira resoluta, mas sem fatalismo nem acomodação. Sabe o que espera de Deus e tem plena certeza de que obterá.
Posicionando-se contra todas as forças adversas, o orante vai em frente, sem deixar sua fé esmorecer. Antes, a adversidade torna-o cada vez mais obstinado em alcançar o fim almejado.
Para a comunidade perseguida, a parábola era um incentivo para seguir adiante, embora a intervenção divina tardasse a acontecer.
O silêncio de Deus não pode ser tomado como omissão ou desprezo por seus eleitos. No momento oportuno, a justiça será feita.
Oração
Espírito de perseverança na oração, dá-me um coração de pobre, que põe toda a sua confiança no Senhor, esperando dele auxílio e proteção.
Fonte: NPD Brasil em 16/11/2019

HOMILIA

A JUSTIÇA DE DEUS É AMOR PARA TODOS

A viúva de que Jesus fala no Evangelho, fazia parte de um grupo bastante exposto a abusos legais, judiciais e jurídicos porque não podiam subornar nem pagar. A viúva procurava o juiz pedindo justiça contra seu adversário. Mas, o juiz era iníquo. Não temia a Deus e nem respeita as pessoas. Por isso não atendia o caso do julgamento daquela mulher. Mas, sentindo-se incomodado por tantos apelos da viúva, ele resolveu atendê-la. E Jesus comenta: se aquele juiz iníquo, para não ser incomodado, atendeu àquela mulher, muito mais e sem demora, Deus que é bom e justo, vai ajudar o seu povo. A fé e a confiança neste Deus justo e bom deve animar os que creem.
Viúva importuna. As viúvas têm um lugar de destaque na Bíblia. Na época de nosso Senhor eram, até cer­to ponto, desprezadas, e constituíam presa fácil para qualquer homem que não tivesse princípios. Eram pobres e portanto não tinham al­guém para protegê-las e resgatá-las. Sua única esperança era recorrerem aos que administravam a justiça para que interviessem a seu favor. Quase sempre despertavam pena e, por isso, a sua impotência em defen­der-se era reconhecida com miseri­córdia pela lei judaica. “A nenhuma viúva afligireis” (Êx 22,22-24; Dt 10,18; 24,17). A religião pura inclui o cuidado para com as viúvas em sua aflição (Tg 1,27).
Não nos foi revelado qual era a sua causa urgente. Ela fora injustiçada e buscava apenas justi­ça na questão com o seu adversário. O juiz era insensível e não tinha pena; no entanto, a viúva “ia ter com ele” — “vinha continuamente” (Lc 18,3), como devemos ir ao trono da graça se o nosso pedido inicial não for atendido. Insistia tanto que, fi­nalmente, o juiz sem coração cedeu e resolveu atendê-la, “para que en­fim não volte, e me importune mui­to”. Os discípulos provavelmente ri­ram, quando ouviram esse toque de humor. Bem, a sua persistência pre­valeceu e, no final, conseguiu do re­lutante juiz a justiça de que precisa­va e merecia.
Juiz iníquo. A conduta desse juiz testifica “A desorganização e corrupção generalizadas da justiça que prevaleciam sob o governo da Galiléia e Peréia na época”. Não há dúvida de que o caso que Jesus apre­sentou aqui tenha sido extremo. Po­rém havia representantes da lei cuja consciência estava morta. O que te­mos aqui era um homem que não ti­nha Deus. Ele não era religioso e nem mesmo humanitário. Nunca se preocupava com Deus ou com os ho­mens. Cuidava apenas de si mesmo. Como judeu ele agia em contradição à lei, a qual decretava que se esta­belecessem juízes nas cidades, em todas as tribos, e proibia rigorosa­mente juízos distorcidos, acepção de pessoas ou subornos (Dt 16,18-19). Esse juiz era descaradamente cor­rupto. Ele justificou a viúva somen­te porque o importunava e ele não queria ser molestado fisicamente.
A característica notável dessa parábola, a essa altura, é que o juiz viu a si mesmo da mesma maneira que Cristo se referiu a ele. Jesus dis­se sobre ele: “Certo juiz que não te­mia a Deus nem respeitava o ho­mem”. Levado a agir por causa da persistência da viúva, lemos que o juiz “disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os ho­mens”. Disse consigo! Esse juiz in­justo não pensava em Deus nem na viúva —apenas em si mesmo, preo­cupado em não ser forçado a fazer o que quer que fosse. Esse homem ti­nha prostituído uma posição privilegiada.
Juiz divino e justo. Examinando como nosso Senhor aplicou essa sua parábola, torna-se surpreendente que ele tenha comparado os negóci­os de Deus não com os de um bom homem, mas com os de um homem mau e sem Deus, e essa característi­ca apenas dá ainda mais poder à parábola. Há um contraste muito grande entre tudo o que o juiz era e o que Deus não é. Tudo o que Deus é, o juiz não era. Deus é exatamente o oposto em caráter a tudo o que o juiz era. Quando dividimos o ensinamento da parábola em partes menores, temos, primeiramente, a boa vontade de Deus em ouvir e res­ponder aos pedidos dos que lhe pertencem. “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que os faça es­perar?” Por causa da soberania e onisciência de Deus, ele responde às orações segundo a sua própria von­tade. Ele se restringe à “perfeição do seu próprio Ser e pela permissão humana”. A expressão “fazer justi­ça”, referindo-se ao juiz injusto, e aqui a Deus, significa a efetivação de sua vingança, não no sentido de vingança, mas de justificação ou justiça. Quando tratados injustamente, os seus eleitos podem estar certos de que ele os justificará.
“Clamam de dia e de noite” expressa a mesma ideia da ordem do Senhor sobre “o dever de orar sem­pre”. Se o injusto juiz, por fim, rea­giu ao lamento da viúva simples­mente para se ver livre dela, não res­ponderá Deus, que é completamen­te justo, às orações dos que lhe per­tencem, que trabalham debaixo da injustiça e opressão? Se um simples sentimento egoísta prevaleceu sobre o homem perverso, muito mais ain­da os santos podem esperar de Deus. Se a importunação e a perseverança da viúva finalmente prevaleceram, muito mais ainda essas virtudes pre­valecerão com relação a Deus. Se estivermos bem com Deus, saberemos que da mesma forma que ele nos ele­geu, também nos fará justiça e nos responderá. Podemos esperar um tratamento melhor da parte de um Deus de amor, do que de um juiz sem coração.
“Ainda que os faça esperar”. O juiz suportou por muito tempo a vi­úva e, às vezes, Deus parece tam­bém estar indiferente às nossas pe­tições. George Müller orou por mais de cinquenta anos pela salvação de um amigo, até que ele se converteu. Muitas vezes a interferência huma­na é o maior obstáculo para que as nossas orações sejam respondidas. Além disso, um dos propósitos da oração que Deus demora a atender, é a fortificação da nossa fé e da nos­sa paciência. Não sabemos o tempo e os caminhos de Deus. “Ele tudo fará” (SI 37,5). Deus não tem que acordar no meio da noite; ele tam­bém não é egoísta; ele não se nega a ajudar de forma abundante. Quando aparentemente Deus segu­ra a reposta aos pedidos de seus fi­lhos, ele faz isso com sabedoria e amor.
“Quando, porém, vier o Filho do homem, achará fé na terra?” Aqui o Senhor retorna à mensagem profé­tica do capítulo anterior. Quando ele voltar para destruir toda a injustiça do mundo, será que encontrará ain­da alguma fé na terra? Com Certe­za! Haverá muita fé depositada em objetos falsos. A fé entregue aos santos será um artigo raro. Nosso dever supremo, apesar de toda oposição e tribulações, é manter a fé —”tende fé em Deus” (Mc 11,22-24).
Nossa palavra final é que a viúva não prevaleceu por causa de sua eloquência ou por sua elaborada petição. Suas palavras foram poucas, somente seis: “Faz-me justiça contra o meu adversário”. Seu clamor foi curto e explícito. Ele nada disse sobre a sua condição como viúva, sua família ou sua opinião sobre o juiz iníquo, Tudo que ela queria era justiça contra o seu adversário. Deus nos assegura que ouve e responde nossas orações e isso deve nos incentivar a pedir insistente­mente. Os elos da corrente que nos ligam ao céu e traz o céu até a terra, são os elos das nossas orações.
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que "o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir" (DAp 242).
Deus para mim é este Juiz bondoso que vai ao encalço de quem se perdeu? A justiça de Deus é amor para todos. Sinto-me uma pessoa amada, acolhida, ouvida por Deus?
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 16/11/2013

Liturgia comentada

Bem depressa... (Lc 18, 1-8)
Nos dois polos da parábola, uma pobre viúva injustiçada e um juiz iníquo. Nada mais atual! Pobres espoliados de seus direitos e magistrados corrompidos...E o tempo que passa. Dia após dia. Semana após semana. Ano após ano. Da parte do juiz, a mesma iniquidade. Do lado da viúva, a invencível perseverança...
Gosto de imaginar que aquela pobre mulher tinha alugado uma terrinha, ou um imóvel, parte da herança deixada pelo finado marido, e o inquilino ganancioso se recusava a pagar os aluguéis. Por isso, ia ao juiz e não desanimava de reivindicar os seus direitos.
Até que o homem mau se cansa. É sempre assim. O bem é incansável. O mal tem fôlego curto. E o juiz, que sabe muito bem de sua maldade – “Não temo a Deus nem respeito os homens!” (cf. v. 4) -, começa a temer por uma reação mais forte da pobre viúva e, quando menos se esperava, dá-lhe uma sentença favorável. Faz-se, enfim, a justiça.
A situação da parábola é, agora, utilizada por Jesus para uma lição magistral: se um homem tão ruim acabou fazendo justiça, diante da insistência da velhinha, quanto mais nos fará justiça o Pai do céu, que é bom e justo? Logo, da parte de Deus nada temos a temer. Mas...
Sim, o problema está do nosso lado: somos capazes de perseverar na oração até o tempo da resposta de Deus? Ora, ninguém persevera se não tem a fé. Daí a dúvida de Jesus (a única dúvida do Mestre em todos os Evangelhos!): “Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso ainda achará fé sobre a terra?”
Em todo caso, Jesus nos anima com a garantia: Deus nos atenderá “bem depressa”. Mesmo que não possamos avaliar exatamente o que seja “bem depressa” para um Deus que vive imerso na eternidade (onde não há relógios nem minutos), podemos estar certos de que seremos atendidos “nesta vida”. Mergulhados na História até o pescoço, temos nosso olhar voltado para o eterno. Peregrinamos na terra, mas somos cidadãos do céu. Não devemos achar caro, como preço da eternidade com Deus, o tempo de espera (e esperança) que gastamos cá em baixo.
Como diz o Senhor no Apocalipse: “Sim, eu venho em breve.” A este anúncio, nós respondemos: “Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22, 20.)
Orai sem cessar: “Antes mesmo que clamem, eu lhes responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei." Isaías 65,24
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 16/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SÁBADO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 16/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

A oração que agrada o Senhor é a do coração perseverante

A oração que agrada o Senhor é a do coração perseverante, que não enjoa de rezar, não desiste, não se cansa; renova suas forças e permanece em Deus.

“Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18,8)

Amados irmãos e irmãs em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a parábola de Jesus nos conta a necessidade de uma oração firme, persistente e, sobretudo, insistente. A oração que agrada o Senhor é a do coração perseverante, que não enjoa de rezar, não desiste, não se cansa; renova suas forças e permanece em Deus.
A viúva do Evangelho de hoje, de quem, oportuna ou inoportunamente, o juiz quer se ver livre e, por isso, concede-lhe o que ela tanto pede, é a nossa figura diante de Deus. A forma de sermos insistentes com o Senhor é não desanimarmos em nossa oração. Muitas vezes, precisamos ser chatos com Deus – no bom sentido da palavra.
Sabe aquela criança que pega no pé da mãe? “Mãe, eu quero! Mãe, eu quero!”. A mãe, para deixar o menino sossegado, dá o que ele quer. Assim devemos ser com Deus, devemos pedir com insistência: “Senhor, é o que eu quero! É disso que eu preciso! Quero a Sua intervenção sem desanimar jamais”.
Quando não desanimamos, quando a nossa oração é persistente, pode demorar meses, anos, pode ser até que “morramos” na oração e na súplica, mas Deus jamais irá nos desapontar. Se Ele não nos der algo da forma como pedimos ou esperamos, é porque Ele conhece a profundidade das coisas e dos acontecimentos, Ele nos dará cem vezes mais do que merecemos ou ousamos pedir. E se o que Ele tem para nos dar for muito pequeno para esta Terra, Ele nos dará em plenitude na eternidade. O que não podemos fazer é deixar de pedir com insistência, é fazer com que a nossa oração seja perseverante.
Só quem persevera em Deus alcança o que quer do Seu coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Rezemos a Deus com perseverança

A oração precisa de perseverança, precisa ser também uma oração de confiança

“E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?” (Lucas 18,7)

A parábola maravilhosa que Jesus nos conta, hoje, dessa viúva insistente, persistente, que chega a ser chata e aborrecer o juiz com as suas súplicas constantes, para que ele faça justiça, é para nos ensinar como deve ser a nossa oração, como devemos rezar com perseverança e insistência sem jamais nos deixarmos tomar pelo desânimo, pela falta de alento e de vida em nossas orações.
O exemplo que Jesus nos dá é o modo que devemos fazer e operar em nossa vida. Primeiro, precisamos decidir, a oração precisa fazer parte da nossa vida; e ela tem um elemento fundamental que se chama perseverança.
A primeira graça que, com certeza, precisamos buscar, na nossa vida de oração, é a perseverança, pois rezar não é o mais difícil. O mais difícil é perseverar na súplica, na busca, na insistência. Algumas pessoas, no entanto, rezam uma vez, duas, três vezes, mas não conseguem a graça; então, desanimam e perdem todas elas. Caímos em desgraça quando desistimos da vida de oração, quando desistimos de nos colocar na presença de Deus, de suplicar, insistir com Ele naquilo que precisamos.
Permita-me falar ao seu coração: não desanime com as circunstâncias difíceis que você possa estar enfrentando na vida, não desanime diante das situações contrárias ou com as contradições que precisamos enfrentar a cada momento.
Não desanimemos com as doenças, enfermidades nem com todas as tribulações adversas que vêm ao nosso caminho. A nossa atitude e resposta não são a amargura, a murmuração nem o desalento. A nossa resposta é a oração.
A oração precisa de perseverança, mas  precisa ser também uma oração de confiança. A oração é o modo de nos colocarmos nos braços do Senhor e dizer: “É no Senhor que eu confio, é n’Ele que coloco minha esperança e toda minha confiança. Jamais desanimaremos, porque sabemos onde colocamos a nossa esperança. Eu sei em quem confio. Eu sei quem é o Deus que sirvo”.
Deus não está nos ouvindo? Ele está ouvindo. Talvez o nosso coração não esteja ouvindo o Senhor, talvez a nossa sensibilidade interior não esteja captando Sua graça em nós, mas Ele é um Pai que cuida de nós noite e dia, e a nossa luta é para sermos filhos que, noite e dia, estão também na presença d’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/11/2017

HOMILIA DIÁRIA

A justiça de Deus é ampla e chega a todos nós

E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por Ele? Será que vai fazê-los esperar? (Lucas 18,7)

A parábola da viúva insistente e inoportuna que vai a cada dia bater na porta do juiz para que ele lhe faça justiça, para que ele lhe conceda aquilo que lhe é direito, nos mostra como deve ser também a nossa atitude diante de Deus.
Aquele juiz não era um homem temente a Deus, mas para se ver livre das chatices daquela viúva que o incomodava a cada dia, Ele concedeu o que ela queria.
Deus é justo! Se Deus que é justo não fizer justiça por nós, quem é que vai fazer? Por isso, precisamos ter confiança n’Ele. A nossa oração precisa ser uma oração de insistência, mas a insistência não é pelo medo de não conseguir e nem achando que quanto mais pedimos, mais nos aborrecemos.
É assim que Deus vai nos atender: em primeiro lugar, a nossa oração deve ser de confiança, eu sei quem é o Deus a quem sirvo, quem é o Deus a quem coloquei minha confiança e esperança. Eu sei quem é o Deus em quem depositei o meu coração, por isso, volto a Ele todos os dias perseverante na oração, sem desanimar, sem vacilar, sem desconfiar, mas tendo a certeza de que tem um Deus que cuida de nós e atende as súplicas do nosso coração.
A pergunta: “Deus não fará justiça?”, é porque Deus é sempre justo. Fazer justiça não significa dar as coisas do jeito que nós queremos, porque a nossa justiça humana é limitada e parcial.

A justiça de Deus é ampla, plena, divina, sagrada, ela é mais do que humana, ela é sobrenatural

O que é justiça? É fazer o que queremos, o que achamos ou aquilo que deve ser o melhor para nós. Sim, é essa justiça que muitos querem, mas a justiça de Deus é ampla, plena, divina, sagrada, ela é mais do que humana, ela é sobrenatural. Por isso, primeiro precisamos buscar ser justos , mas não justos segundo os nossos olhos, e sim justos segundo Deus; e devemos clamar a cada dia que a justiça d’Ele se estabeleça.
A justiça de Deus não é fazer todas as pessoas iguais, porque as pessoas não são iguais, a justiça de Deus é dar o que é de direito a cada um.
Eu não posso tratar uma pessoa deficiente igual a uma pessoa normal, não que o deficiente seja menos, pelo contrário, é que ele merece os cuidados para a sua deficiência. Se um deficiente precisa de mais atenção, ele tem de ter mais atenção do que eu que não tenho certas deficiências. Deus deve suprir as minhas deficiências e não suprir os meus desejos que, muitas vezes,  são injustos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/11/2019

HOMILIA DIÁRIA

Jamais desistamos de nossa fé

“Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lucas 18,8)

Jesus conclui essa parábola maravilhosa com um questionamento muito profundo que cai no coração de cada um de nós: “Quando Ele voltar, vai encontrar fé no meio de nós?”. O exemplo de fé que Ele dá é justamente dessa viúva, porque o juiz era iníquo, o juiz não temia a Deus, não respeitava ninguém, mas essa viúva era insistente e persistente, ela não desanimava nunca. O juiz já estava até ficando aborrecido com essa mulher de tanto que ela insistia para que ele lhe fizesse justiça.
Para se ver livre daquela mulher, ele diz: “Vou fazer justiça a ela, porque daqui a pouco ela vai me agredir de tanto que ela insiste comigo. Não sou justo, mas tenho que aprender a ser diante da insistência dessa mulher”.

Não podemos desistir da nossa fé mesmo diante de tantas coisas desanimadoras que enfrentamos e vivenciamos nesta vida

Se esse juiz, que é injusto, faz justiça com essa viúva, Deus não vai fazer justiça com os seus escolhidos que, dia e noite, clamam por Ele? Por que Jesus nos fala isso? Porque, muitas vezes, o justo desiste de ser justo, o homem de fé desiste da sua fé. Já escutei a pessoa dizer: “Já rezei tanto”, já clamei tanto, mas Deus não me ouviu!”. Como Deus não nos ouve?! Como Deus não nos escuta?! Deus não atende a nossa pressa nem a nossa ansiedade, e Deus não nos conduz de acordo com a nossa dificuldade.
Você pode ter certeza que nenhuma prece é perdida, nenhuma lágrima é ignorada, nenhuma oração é desprezada, mas, no Seu tempo, Deus age com muita justiça. Aconteça o que acontecer, venha o que vier, não deixe de olhar para Deus, não esmoreça por piores e maiores que sejam as aflições do dia a dia.
Olhos fixos no Senhor! Nossos olhos não devem se voltar para os nossos problemas, para os nossos fracassos; nossos olhos não devem se voltar para as nossas frustrações, mas para o Senhor que cuida de nós; e você pode ter certeza que, no Seu tempo, o Senhor fará justiça, o Senhor fará o bem para o justo.
Não podemos cair na retórica do mundo, o justo não pode desistir de ser justo, o homem bondoso não pode desistir da sua generosidade, e não podemos desistir da nossa fé mesmo diante de tantas coisas desanimadoras que enfrentamos e vivenciamos nesta vida. Deus é por nós, e se nós perdemos tudo, mas não perdermos Deus, nós temos tudo, porque Deus nos basta.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/11/2021

Oração Final
Pai Santo, nós cremos em Ti. Aumenta a nossa fé! Faze com que o Amor, que tanto desejamos viver, alimente a nossa Esperança/certeza de estarmos um dia em teu Reino, com o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, eu creio. Aumenta a minha fé! Atende ao meu grande desejo de acreditar sempre, confiando cada vez mais no teu Amor. Ajuda-me, Pai querido, a anunciar ao mundo a tua Presença em nós – essa Presença que Cria, Liberta e Santifica. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/11/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós cremos em Ti. Aumenta a nossa Fé! Faze com que o Amor, que tanto desejamos viver, alimente a nossa Esperança – ela já é uma certeza! – de que estaremos um dia em teu Reino, com o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

OU

DEDICAÇÃO DAS BASÍLICAS DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Mt 14,22-33

Comentário do Evangelho

A travessia

A primeira leitura, assim como o evangelho, fala de uma travessia. No caso de Elias, é uma travessia pelo deserto. Os discípulos de Jesus fazem a travessia para a outra margem do Mar da Galileia, depois do episódio dos pães. Jesus, a sós, vai à montanha para rezar. Uma e outra travessia são símbolos da vida cotidiana em que se dá o encontro com Deus. É o tempo em que Deus se aproxima do homem, como se aproximou de Elias e dos discípulos, para revelar quem Ele é e quem é o homem.
Elias atravessa o deserto fugindo da perseguição de Jezabel, mulher do rei Acab, que pretendia matá-lo, pois Elias havia degolado quatrocentos profetas de Baal que estavam a serviço da rainha. No meio da travessia do deserto, Elias pede a Deus a morte; deita-se, à sombra de um junípero, entregue às próprias forças. Misteriosamente, aparece, ali, a comida que ele precisa para continuar o seu caminho até o Monte de Deus. Lá chegando, refugiou-se numa gruta. Avisado que Deus iria passar, se pôs à entrada da gruta e experimentou a presença de Deus não como um vento impetuoso nem como um terremoto, mas como uma brisa suave. Isso foi para Elias uma lição: O Deus de Israel não é um Deus que promove a vingança, nem tampouco o ódio. O Deus que se revela sobre o Monte é um Deus misericordioso, compassivo, bondoso, suave como a brisa da tarde.
A travessia dos discípulos para a outra margem acontece depois do episódio dos pães. O lago de Genesaré é, para o nosso texto de hoje, símbolo da vida cotidiana. Na travessia, o barco é agitado pelas ondas, pois o vento era contrário. O mar é, ainda, para a mentalidade do homem bíblico, símbolo do mal e da morte. O mal agita e ameaça a vida humana e a Igreja. Ao longe, o Senhor vê o sofrimento dos discípulos (cf. Ex 3,7ss) e sai em socorro dos seus caminhando sobre as águas. Gesto simbólico que manifesta a divindade de Jesus. No Antigo Testamento é Deus quem domina a fúria do vento e do mar (cf. Sl 89,10). O medo, a escuridão da noite fazem os discípulos confundirem Jesus com um fantasma. Mesmo diante da palavra de Jesus, “sou eu”, Pedro o desafia. À palavra de Jesus ele sai do barco e caminha sobre a água, mas duvida e começa a afundar. O Senhor, no entanto, o resgata. O que faz Pedro afundar é o medo, a dúvida, a falta de confiança no Senhor. Mergulhado na sua fraqueza, em razão da sua incredulidade, Pedro irá experimentar a força do braço do Senhor que o arrancou do poder do mal e da morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba transformar minhas quedas e fracassos em ocasião para crescer na fé em Jesus, e para reforçar a disposição de deixar-me guiar pela palavra dele.
Fonte: Paulinas em 10/08/2014

Reflexão

Edificaram-se as basílicas de São Pedro e de São Paulo para perpetuar a memória destes dois gigantes do cristianismo. Seus nomes, e principalmente sua obra de evangelização, estão intimamente ligados à história de Roma, onde, pelo martírio, deram testemunho de fidelidade a Cristo. A basílica de São Pedro, em Roma, erigida por Constantino no século IV, sobre o túmulo do apóstolo Pedro, foi demolida no século XVI, porque ameaçava ruir; no mesmo local, foi logo reconstruída outra mais esplêndida, que Urbano VIII consagrou em 18 de novembro de 1626. Também a basílica de São Paulo foi construída no século IV. Em 1823, um incêndio devastou grande parte do edifício. Pio IX reconsagrou a basílica em 10 de dezembro de 1854, no mesmo dia da solene proclamação do dogma da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 18/11/2022

Reflexão

Edificaram-se as basílicas de São Pedro e de São Paulo para perpetuar a memória destes dois gigantes do cristianismo. Seus nomes, e principalmente sua obra de evangelização, estão intimamente ligados à história de Roma, onde, pelo martírio, deram testemunho de fidelidade a Cristo. A basílica de São Pedro, em Roma, erigida por Constantino no século IV sobre o túmulo do apóstolo Pedro, foi demolida no século XVI, porque ameaçava ruir; no mesmo local, foi logo reconstruída outra mais esplêndida, que Urbano VIII consagrou em 18 de novembro de 1626. Também a basílica de São Paulo foi construída no século IV. Em 1823, um incêndio devastou grande parte do edifício. Pio IX reconsagrou a basílica em 10 de dezembro de 1854, no mesmo dia da solene proclamação do dogma da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Recadinho

Você acha que Deus exige muito de você? - Você consegue se isolar de vez em quando para rezar? - Há muitas tempestades em sua vida? - Você tem muito medo? Dê algum exemplo. - Você se fortalece na oração?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/08/2014

Comentário do Evangelho

EM MEIO ÀS TEMPESTADES

A cena evangélica desenrola-se em meio aos ventos, tempestades e ondas encapeladas, que põem em risco a vida dos discípulos, enquanto atravessam o mar da Galileia. Além disso, é noite! A natureza toda parece ter-se colocado contra o pequeno grupo. O quê fazer neste contexto desesperador, quando todos já haviam sido tomados pelo medo?
A salvação aparece com a chegada de Jesus. Embora a tempestade continue, ele lhes recomenda a não temer, mas confiar. Quando o Mestre está com eles, podem estar seguros de que não perecerão.
A ousadia de Pedro, querendo por à prova o Mestre, acabou em fracasso. Amedrontado pelo vento furioso, começou a afundar. Sua falta de fé levou-o a duvidar da presença do Senhor. Donde o risco de quase ter sido tragado pelas ondas. Só se salvou porque recorreu a Jesus.
Este fato ilustra a vida da comunidade cristã, atribulada por perseguições, verdadeiras tempestades que devem enfrentar. Quando tudo parece concorrer para fazer a comunidade sucumbir, é preciso reconhecer a presença salvadora do Mestre. Até mesmo as lideranças, representadas por Pedro, correm o risco de perder a fé. Atitude arriscada, que pode levar a todos de roldão. Só é possível salvar-se, recorrendo a Jesus: "Senhor, salva-nos!"
Fonte: Dom Total em 10/08/2014 18/11/2022

Oração
Espírito de entrega nas mãos de Deus, nos momentos de tempestade, faze-me perceber a presença salvadora de quem pode impedir-me de sucumbir.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança que prometestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 10/08/2014

HOMILIA DIÁRIA

Coloque toda a sua confiança no Senhor

Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” (Mateus 14,26-27)

Meus irmãos, hoje, comemoramos as Basílicas de São Pedro e São Paulo – memória facultativa –, e comemoramos essas duas Igrejas, esses dois Templos dedicados ao Senhor, abençoados para que novos cristãos nascessem ali, para que a Palavra de Deus fosse proclamada ali.
E a nossa fé, meus irmãos, é baseada — é claro — em Nosso Senhor Jesus Cristo, o nosso Deus que nos doou a Sua fé, e Jesus escolheu Pedro como o primeiro, e escolheu Paulo para propagar a fé.
A nossa fé também está fundamentada nos apóstolos, nesses alicerces. E, é claro que, na caminhada, Pedro e Paulo tiveram dificuldades. Neste Evangelho, escutamos que Pedro foi ao encontro do Senhor, mas, depois, teve medo, começou a afundar e pediu o socorro de Nosso Senhor.
Meus irmãos, assim como Pedro e Paulo, na nossa caminhada, possivelmente sofreremos ventos, ventanias, tempestades onde começaremos a afundar, por isso precisaremos recorrer a Nosso Senhor. Como Pedro, peçamos ao Senhor: “Socorro, Senhor”, “Venha me socorrer”.

Continuemos o nosso caminho com muita fé e confiança. O Senhor está conosco

E o Senhor foi ao encontro de Pedro. O Senhor também socorreu Paulo, que perseguia os cristãos. E passou a ser perseguido, porque se tornou um apóstolo do Senhor. Esses dois homens se encontraram com Cristo, esses dois homens foram apoiados por Nosso Senhor Jesus e tornaram-se grandes evangelizadores.
Ao comemorarmos, hoje, São Pedro e São Paulo, a Dedicação dessas duas Basílicas, Nosso Senhor nos chama à confiança n’Ele. “Não tenhas medo, Pedro!”, “Não tenhas medo — qual é o teu nome?  — Confiança no Senhor”.
Depois, mais tarde, São Paulo pôde dizer isso: “Eu sei em quem coloquei a minha confiança”. Hoje, comemorando a Dedicação dessas duas Basílicas, peçamos o socorro de Nosso Senhor e confiemos ainda mais n’Ele.
Os ventos estão dando contra você, as ventanias, as tempestades, os males deste mundo? Confiança no Senhor, como Pedro e Paulo. Você começou a afundar por causa da falta de fé, por causa dos problemas e doenças? Confiança no Senhor! Paulo, da mesma forma, foi preso, sofreu as chicotadas, mas confiou no Senhor.
Continuemos o nosso caminho com muita fé e confiança. O Senhor está conosco, Ele está com você!
Abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 18/11/2022

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