quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 16/12/2022

ANO A


Jo 5,33-36



Vivendo a Palavra

Jesus aponta o caminho para nós, a sua Igreja: “As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou.” É o Amor eficaz – aquele que realiza e não apenas promete. Que o nosso carinho e o nosso cuidado com os irmãos sejam a expressão do Amor do Pai a toda Criação, mostrado pelo Filho Unigênito.
Fonte: Arquidiocese em 16/12/2016

Reflexão

Dar testemunho de uma pessoa é garantir que ela existe e que é verdadeiro o quanto se afirma sobre suas qualidades e missão. É o caso de João, o qual “deu testemunho da verdade”. Jesus afirma que o testemunho de João é fidedigno, mas as autoridades religiosas não acreditaram em João. Jesus então apresenta-lhes um testemunho mais valioso que o de João: “as obras que o Pai me concedeu para realizar”. Que obras são essas? São gestos concretos da bondade divina em favor do povo. Na prática, Jesus cura os enfermos, acolhe e perdoa os pecadores, reintegra na sociedade os marginalizados, liberta as pessoas do apego aos bens materiais; enfim, causa verdadeira transformação na sociedade a partir daqueles que o aceitam e se abrem à sua mensagem libertadora.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Reflexão

João não é o Messias, ele veio para dar testemunho do Messias, ele é a lâmpada que vem para anunciar a verdadeira luz que vem a esse mundo. E João foi fiel à sua missão, ele deu testemunho da verdade, mostrando a presença do Filho de Deus no meio dos homens. Porém, nem todos estavam atentos à mensagem de João e abriram seus corações para a mensagem de Jesus. Por isso é que Jesus realiza as suas obras: para que, por meio delas, aqueles que não o reconheceram pelo testemunho de João pudessem reconhecê-lo. É por isso que as obras de Jesus são um grande sinal de que ele é o Messias, o Filho de Deus.
Fonte: CNBB em 16/12/2016

Meditação

Em favor de sua pessoa e de sua missão, Jesus apelava para o testemunho de João e, mais ainda, do Pai. Chamou minha atenção o que ele diz: O testemunho de João era uma luz; durante algum tempo aceitastes alegrar-vos com sua luz. Não basta aceitar alegremente a pessoa de Jesus apenas durante algum tempo. É preciso continuar firme na fé, mesmo quando a luz já não é tão clara. A perseverança é que testemunha de fato, nossa fé e aceitação da pessoa de Jesus, como nosso Redentor.
Oração
Nós vos pedimos, ó Deus todo-poderoso, que a vossa graça sempre nos preceda e acompanhe, para que, esperando ansiosamente a vinda do vosso Filho, possamos obter a vossa ajuda nesta vida e na outra. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditando o evangelho

AS OBRAS DO PAI

A aceitação de Jesus como Messias não dependia tanto do que ele falava de si mesmo, quanto de seus gestos poderosos. Ele foi sempre muito parco e discreto em se referir à sua pessoa. Afinal, é muito fácil alguém se superestimar ou afirmar de si mesmo coisas infundadas. E não é difícil amealhar pessoas incautas e manipuláveis predispostas a transformar em verdade o que é pura imaginação, quando não, exploração da boa-fé alheia.
Jesus sempre apelava para o testemunho de suas obras para respaldar sua condição de Messias. Tudo quanto fazia era apresentado como resultado de sua obediência ao Pai. Não atuava por iniciativa própria, nem realizava milagres a seu bel-prazer. Todo o seu ministério consistiu em realizar o projeto de Deus, de modo a manifestar o imenso amor do Pai pela humanidade. Aqui, também, Jesus revelava-se humilde. Jamais buscou atrair para si glória e reconhecimento, devido a seus gestos poderosos. Antes, atribuía-os todos ao Pai.
Assim, o reconhecimento do messianismo de Jesus tinha como pressupostos: acreditar que o Pai, por seu imenso amor pela humanidade, confiou a seu Filho Jesus a tarefa de manifestá-lo por meio de gestos de bondade e misericórdia, como era o caso dos milagres; e crer que Jesus submeteu-se à vontade paterna. Seu messianismo partia do Pai e a ele remetia. Este era o contexto de suas obras.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Pai, reconheço Jesus como manifestação de tua imensa misericórdia pela humanidade. Dá-me tua luz para que eu o acolha como Messias salvador.
Fonte: Dom Total em 16/12/2016

Comentário ao Evangelho

A LUZ PROVISÓRIA

Por maior que tivesse sido João Batista, seu testemunho da verdade, mesmo válido, era provisório. Afinal, estava na dependência de um. Outro, o Pai, e apontava para um Outro, o Messias. O testemunho definitivo seria dado por este Outro. Além disso, sua atuação estava bem delimitada no tempo. À chegada do Messias, podia dar por encerrada a sua missão.
Era preciso dar um passo adiante, sem se deixar encantar com o clarão representado por João Batista. A luz verdadeira já havia despontado, o Messias Jesus.
Diferentemente do Precursor, o testemunho de Jesus procede diretamente do Pai. E se realiza, não apenas por meio de palavras, mas também pelas obras que realiza. São elas que apontam para o caráter divino de sua messianidade e dão credibilidade às suas palavras. Nelas é possível perceber como o Pai, em sua bondade imensa, empenha-se em salvar a humanidade, conduzindo-a pelos caminhos do amor e da verdade.
Portanto, é sensato dar ouvidos ao testemunho de Jesus e deixar-se guiar por ele. Sem esta decisão, a pessoa corre o risco de se pôr à margem do projeto de Deus.
Os judeus, por sua vez, pouco se importavam com o testemunho de João Batista e o de Jesus. Faltava-lhes uma vontade resoluta de abrir mão de seus esquemas e aderir, com sinceridade, ao desígnio de Deus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A seriedade de um testemunho...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Hoje em dia em alguns movimentos é muito comum um recém-convertido dar testemunho para a assembléia sobre aquilo que Deus realizou em sua vida. Se isso é algo muito bonito, e que ajuda na conversão de outros irmãos e irmãs, há também o perigo da pessoa que vê e ouve o testemunho, não saiba interpretá-lo corretamente e fique parado na pessoa, na sua atitude, no seu jeito de ser, alguém renovado e convertido. Eis aqui um perigo...
Na minha experiência pastoral, quantos casais e pessoas eu já vi darem na assembléia, por ocasião de um retiro ou de uma celebração, belíssimos testemunhos de vida, mas depois, um belo dia tiveram uma recaída e o tombo foi mais feio que da primeira vez, casais exemplares que se separam, membros fiéis que abandonam a comunidade e vão para outra igreja cristã, por conta disso, aqueles irmãos ou irmãs novos na caminhada da fé, e que tinham essas pessoas ou casais como referência, na maioria das vezes acabam caindo junto e lá se vai um belo testemunho e uma bonita conversão por água abaixo...
Assim ocorreu com muitos Judeus no tempo de Jesus que sempre estavam, em confronto com ele, no evangelho joanino, tinham suas tradições religiosas e seus "Monstros Sagrados" entre eles Moisés, veneravam os grandes profetas entre eles o mais importante que foi João Batista, o único que chegou a apontar para o anunciado em sua profecia. Entretanto, não conseguiram enxergar além, que os santos homens do antigo testamento, todos eles prefiguravam Jesus que haveria de vir, que o próprio João Batista apontou o Messias aos seus discípulos e a todo povo que o rodeava ás margens do rio Jordão.
Jesus Cristo é o centro da Aliança e podemos dizer de toda Sagrada Escritura, se o Novo Testamento é Cristocêntrico, o Antigo é preparação para o novo. Jesus não trouxe a Luz, Ele é a Luz, Jesus não apontou um caminho, Ele é o caminho, Jesus não apresentou uma Verdade, Ele é a Verdade!
As suas obras e o seu agir, ontem e hoje em nossas comunidades, dão testemunho dele próprio e do Pai que o enviou. Jesus é o centro da nossa missão, do anúncio e do evangelho, nada nem ninguém, até mesmo uma instituição, poderá ocupar esse lugar no Cristianismo.
As pessoas têm que se encantar, não conosco, mas com o Jesus que nós anunciamos, elas têm que aderir ao evangelho e os seus valores riquíssimos, e não á nossa pessoa ou o nosso jeito de ser, pois, sujeitos á concupiscência da carne, pode ser que um dia as decepcionemos, e se nós as direcionamos á Cristo elas não se abalarão, porque sua graça, dom e santidade superam e muito o nosso frágil cristianismo...

2. As obras que eu faço dão testemunho de mim
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O quarto evangelho mostra a importância relativa de São João Batista. Destaca-o de forma extraordinária, colocando-o duas vezes no solene prólogo do evangelho, mas mostra o tempo todo que, apesar da grandeza de João, ele de fato não é o Cristo. Isto era preciso ser dito com clareza porque seus discípulos se perguntavam se não seria ele o Cristo. Ele veio como precursor e afirmava que depois dele deveria vir um outro mais forte do que ele. É aquele que esperamos neste Advento, anunciado por João e que não é João Batista. Os que vão crer em Jesus, o Messias verdadeiro, vão crer por meio da pregação de João que dará início a uma corrente de seguidores de Jesus. João tinha consciência de que era preciso que Jesus crescesse e ele mesmo diminuísse. João deu testemunho de Jesus, embora Jesus não precisasse de nenhum testemunho humano, porque quem testemunha em seu favor é o próprio Pai pelas obras que lhe concede realizar. Os discípulos de João olhavam para ele e nele se fixavam. O desejo de João é que olhassem para onde ele mesmo olhava, isto é, para o Cordeiro de Deus, que ele mostrou aos seus discípulos e que os discípulos seguiram. Aí começou a corrente dos que iam crer, quando André e Filipe foram atrás de Jesus. João veio dar testemunho da luz para que todos cressem por meio dele.
Fonte: NPD Brasil em 16/12/2016

HOMILIA DIÁRIA

Testemunhemos ao mundo a justiça de Deus

Se assumirmos nossas responsabilidades no mundo, cumpriremos a justiça de Deus

“Cumpri o dever e praticai a justiça, minha salvação está prestes a chegar e minha justiça não tardará a manifestar-se” (Isaías 56, 1).

A liturgia que acompanhamos, neste tempo do Advento, traz para o dia de hoje duas palavras-chave: justiça e testemunho. Por quê? Porque Deus quer que testemunhemos para o mundo Sua justiça. E o que é a justiça de Deus? Se não procuramos ser justos e retos em tudo aquilo que fazemos, procuremos o que é justo.
A primeira coisa fundamental, para que a justiça de Deus se cumpra é preciso cumprir nossos deveres e obrigações. Você sabe que todo mundo têm suas tarefas na vida; até nossas crianças têm, os pais ensinam as tarefas que elas precisam fazer. É difícil pensar numa criança que não aprende, desde pequena, a ter responsabilidades; a tarefa de arrumar sua cama, seu próprio quarto, a tarefa de ajudar a limpar a casa e assim por diante.
É muito importante que seja assim, que nossas crianças aprendam, cresçam dessa forma, sabendo que, no mundo, todos nós temos responsabilidades! Se assumirmos nossas responsabilidades no mundo, estaremos cumprindo a justiça de Deus.
O pai precisa ser pai, precisa cumprir suas obrigações de pai; o mesmo digo da mãe, do esposo, da esposa e até de mim, que sou padre. Cada um sabe que, no mundo, têm tarefas para realizar, obrigações a cumprir.
Eu digo a você, que está no seu trabalho, onde quer que você esteja, saiba que ser justo é cumprir com suas responsabilidades, desde a hora em que você chega até a hora que você sai. Esse negócio de ficar matando serviço, enrolando, isso não é justo nem correto. Mesmo que os outros sejam injustos, não podemos justificar as coisas erradas que somos tentados a fazer ou que, muitas vezes, fazemos a partir do erro dos outros.
O erro do outro já é uma injustiça, mas se somarmos nosso erro com o do outro, o erro ficará enorme demais. Não podemos ser coniventes, não podemos colaborar, não podemos corroborar com o erro que o outro pratica.
Se não conseguirmos ser justos com os pobres, se as políticas governamentais e as ações deste mundo não conseguem cumprir o que precisam fazer com os outros, isso não justifica a nossa falta de caridade, de cuidado e atenção para com os pobres e necessitados.
É muito importante que cada um de nós tenha consciência disso, não basta somente uma consciência religiosa: “Eu rezo muito! Sou temente a Deus! Eu vou à Missa! Eu cumpro minhas obrigações religiosas!”.
Quem cumpre suas obrigações religiosas precisa fazer com mais zelo e presteza suas responsabilidades no mundo! Não justifica sermos irresponsáveis no trânsito, no trabalho e naquilo que nos é confiado.
Testemunhar é, acima de tudo, cumprir com maior zelo o que nos é confiado. Esse é o testemunho que temos de dar ao mundo! Temos de fazer as obras que manifestam que Deus está em nós, e se queremos fazer obras, não pensemos somente em coisas grandiosas, não fiquemos só pensando em milagres e curas.
O milagre que o mundo precisa é de pessoas responsáveis, corretas, honestas, justas naquilo que fazem. Todo mundo olha para a corrupção do mundo, mas ninguém quer olhar para a sua própria corrupção. Queremos olhar as coisas erradas que há no mundo, que são muitas!, não podemos fechar os olhos para elas, não podemos deixar de corrigir nossas injustiças de cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, que o nosso testemunho de vida – discreto e sóbrio, mas firme e alegre – ajude nossos companheiros desta viagem de volta ao Lar Paterno a caminhar confiantes, seguindo o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese em 16/12/2016


QUE O MENINO JESUS NASÇA


TODOS OS DIAS ESEU CORAÇÃO.


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