sexta-feira, 4 de novembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/11/2022

ANO C


Lc 16,1-8

Comentário do Evangelho

A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus.

É preciso cuidado para interpretar bem o que a parábola diz, do contrário poderia induzir a erro, considerando que Jesus elogia a desonestidade do administrador. O que é louvado nesta parábola é a habilidade de uma pessoa de empregar os meios para alcançar determinado fim; ele utiliza sua inteligência para encontrar o meio de assegurar sua felicidade. O que preocupa Jesus são os meios para entrar no Reino de Deus – é exatamente isto que a parábola enfatiza. Não quaisquer meios, pois é preciso entrar pela “porta estreita”. A porta que dá acesso ao Reino de Deus é o próprio Jesus. Jesus urge dos discípulos deixarem a passividade e empreenderem tal “sabedoria” para alcançar o seu objetivo, a saber, entrar no Reino de Deus. Não é, reiteramos, elogio à desonestidade, mas ao esforço de buscar os meios para ter a vida salva. Esta é a lição dada aos discípulos e ao leitor do evangelho: é preciso sair do comodismo; o Reino de Deus exige empenho, inteligência e discernimento.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 08/11/2013

Comentário do Evangelho

Jesus não consente com a desonestidade do administrador.

Este trecho do evangelho precisa ser compreendido em conexão com o capítulo anterior e, de modo particular, com a parábola do Pai misericordioso (Lc 15,11-32). Nessa parábola, o filho mais novo, tendo saído de casa livremente e ao experimentar a vida se desumanizar longe da casa do pai, deseja regressar e usa dos meios de que dispõe para ser readmitido pelo pai. É nesse particular que as duas parábolas têm o seu ponto de intercessão. No texto de hoje, convém eliminar, logo de saída, um possível equívoco: Jesus não consente com a desonestidade do administrador. O que é sublinhado pela parábola é a habilidade e o empenho de alguém empregar os meios para alcançar um determinado fim. O administrador infiel utiliza sua inteligência para encontrar o meio de assegurar a sua felicidade. Transpondo para a vida cristã, poderíamos dizer que Jesus estimula os discípulos a buscarem os meios para entrarem no Reino de Deus. Não quaisquer meios, pois no Reino de Deus se entra pela “porta estreita”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 07/11/2014

Vivendo a Palavra

Nós somos os administradores contratados pelo Pai. Sabemos que a vida é passageira e logo chegará a hora de prestar contas. Quais diretrizes adotamos em nosso trabalho – o toma-lá-dá-cá proposto pelo mundo, ou a Lei do Amor ensinada e vivida pelo Cristo Jesus? É oportuno um bom exame de consciência.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

Um administrador desonesto é demitido do emprego e até na hora da despedida confirma sua ‘esperteza’ – que é reconhecida pelo patrão. Mas Jesus deixa claro que este procedimento não é o dos filhos da Luz – ele é próprio dos que pertencem ao mundo. Em minha caminhada pelas estradas desta terra abençoada, qual é o meu modelo de gerência dos bens que a vida coloca aos meus cuidados?
Fonte: Arquidiocese BH em 06/11/2020

Reflexão

Neste trecho do Evangelho, Jesus nos mostra que os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz. Então podemos perguntar: Por que isso acontece? A resposta é muito simples: é porque os negócios em geral são regidos pelos valores do mundo, que são inaceitáveis para quem quer viver na radicalidade os valores do reino de Deus. Os valores que regem a economia são o lucro desenfreado, a exploração, o egoísmo, a dureza de coração, só se pensa em si próprio e nos seus interesses. Essa esperteza não interessa aos que querem viver como filhos e filhas de Deus.
Fonte: CNBB em 08/11/2013, 07/11/2014 e 04/11/2016

Reflexão

Exclusiva de Lucas, a parábola do gerente desonesto quer alertar- nos para o modo como estamos “administrando” as coisas do Reino de Deus. Antes de tudo, Jesus nos ensina a fazer bom uso do dinheiro. Não se deve idolatrar o “deus dinheiro” (v. 13), nem se tornar seu escravo. Ele não foi feito para ser acumulado de modo egoísta, nem para transformar-se em armazéns lotados de mercadoria (cf. Lc 12,18). O dinheiro existe para circular e beneficiar a comunidade. O que o senhor elogia nesse gerente sem escrúpulo é a esperteza para solucionar, em curto prazo, sua complicada situação. O dono admira sua capacidade de pronta decisão. Esse é o comportamento que Jesus quer encontrar em seus discípulos, isto é, firme empenho na prática da justiça e da misericórdia.
Oração
Ó Jesus Mestre, a parábola do gerente desonesto nos ensina a sermos espertos e empenhados com relação ao Reino de Deus. A capacidade de pronta decisão é o que gostarias de encontrar nos teus discípulos. Torna-nos, Senhor, bons investidores para o futuro, praticando a misericórdia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 06/11/2020

Reflexão

À primeira vista a parábola é desconcertante, porque há um elogio a um administrador desonesto e astuto. Ocorre que esse administrador pode ser cada um de nós. Deus nos confiou bens para administrar. O bem maior foi a nossa vida. Certamente já praticamos muitos excessos, já colocamos nossa vida em muito risco, e também a vida dos outros. Há um ditado popular que diz: “a astúcia é a coragem do pobre”. A parábola ensina que a comunidade não deve ser desonesta. Mas ser ágil na prática do bem. O dinheiro existe para circular e beneficiar a comunidade. O que o senhor elogia nesse administrador sem escrúpulo é a esperteza para solucionar, em curto prazo, sua complicada situação. O dono admira sua capacidade de pronta decisão. Esse é o comportamento que Jesus quer encontrar em seus discípulos, isto é, firme empenho na prática da justiça e da misericórdia.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

Será que não estou pensando que Jesus elogia a malandragem? - Não seria o momento de me colocar na posição justa? Jesus, com seu exemplo, quer nos ensinar a sermos espertos para conseguir os bens eternos usando de honesta esperteza. Pensemos nisto! - Será que às vezes não corro o risco de ser desonesto com os desonestos? - Nossa comunidade se preocupa e faz algo para combater as injustiças do mundo? - Vendo seu futuro em jogo, o homem mostra duas coisas: de rapidez na decisão e grande astúcia. Defendeu a própria pele, como se diz. Jesus quer que façamos o mesmo, mas para colocar a salvo nosso futuro eterno e não as coisas deste mundo!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 08/11/2013

Comentário do Evangelho

APRENDENDO DE UM ESCÂNDALO

Um autêntico caso de corrupção ofereceu a Jesus a chance de ensinar aos discípulos, mediante uma parábola, a importância de ser esperto em relação ao Reino de Deus.
Naquele tempo, os gerentes de propriedades alheias agiam com muita liberdade, sem um controle imediato. O patrão confiava na responsabilidade do empregado. Este era recompensado pelo que produzia: quanto mais os bens se multiplicavam, tanto maior era o seu salário.
O Evangelho fala de um administrador que, agindo com irresponsabilidade e imprudência, estava desperdiçando os bens que lhe tinham sido confiados. Quando o patrão começa a cobrá-lo por isso, esse administrador arquiteta um plano para garantir seu futuro e sua segurança. Com uma ação fraudulenta, busca granjear a benevolência dos devedores, prejudicando o patrão. Uma vez despedido, teria quem se sentisse na obrigação de recebê-lo, como sinal de gratidão.
Comparando com o Reino, os discípulos são instruídos a serem tão hábeis e espertos como o administrador desonesto. Este, no trato com as coisas humanas, obstinou-se em buscar caminhos para alcançar os seus objetivos. Do mesmo modo, o discípulo do Reino, com relação às realidades celestes, deve ter claro o fim a ser atingido e a maneira mais conveniente de fazê-lo. Neste caso, basta ser obstinado na prática da misericórdia.

Oração
Espírito que leva a ser esperto nas coisas de Deus, faze-me sempre mais hábil na prática da misericórdia, único meio de se obter a salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus de poder e misericórdia, que concedeis a vosso filhos e filhas a graça de vos servir como devem, fazei que corramos livremente ao encontro das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 07/11/2014

Meditando o evangelho

A ESPERTEZA DO DISCÍPULO

Partindo da parábola evangélica, Jesus contrapôs dois modos distintos de agir: o dos "filhos deste mundo" e o dos "filhos da luz". Os primeiros visam, em suas ações, proveitos humanos, porque são movidos pelo Maligno, que os seduz com mundanidades. Os segundos são os que pautam sua ação pelos ideais do Reino, movidos pelo Espírito Santo, que os ilumina e os preserva da corrupção do erro.
O comportamento dos "filhos da luz" foi censurado. É que não se mostraram tão espertos como os "filhos deste mundo" na criatividade e no esforço de conquistarem a vida eterna. Qual seria a esperteza própria do "filhos da luz"? Devem mostrar-se criativos na prática da caridade e da misericórdia em relação aos pecadores e transviados, na solidariedade com os pobres e excluídos, na disponibilidade para o perdão e a reconciliação, no empenho para criar um mundo mais humano e fraterno onde a dignidade de cada pessoa seja respeitada, na busca da comunhão com Deus fundada numa grande abertura de coração para o Pai a ponto de assimilar o seu modo de ser.
Enfim, os "filhos da luz" são instados a não cruzarem os braços, dando-se por satisfeitos com o pouco já realizado. Existe sempre algo a ser feito, alguma iniciativa a ser tomada, visando o crescimento da amizade com o Deus. Importa estar sempre em ação, pois desconhecem a hora do encontro com o Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, torna-me esperto em relação às coisas do Reino, e sempre misericordioso no trato com o meu semelhante, pois é assim que alcançarei a comunhão contigo.
Fonte: Dom Total em 04/11/2016 e 06/11/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Administrar Bem
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Este administrador desonesto teve duas atitudes que mereceram elogios de Jesus, pensou no futuro e foi capaz de abrir mão da sua comissão sobre a venda de produtos, se projetarmos a reflexão na esperança escatológica, podemos afirmar que o caminho para essa plenitude passa pelas perdas e de fato, o próprio Jesus vai dizer "Quem perder a sua vida por causa de mim, vai ganhá-la".
O Administrador sabia que tinha perdido o emprego e agora precisava se garantir. A forma que encontrou foi conquistar amigos, baixando drasticamente o valor da dívida, é bom informar os leitores que na verdade ele não reduziu preço algum, apenas abriu mão da sua comissão, uma perda momentânea que iria representar um ganho futuro, até mais valioso, quem sabe, um deles poderia lhe dar um novo emprego, ou um abrigo em sua casa por gratidão.
O evangelho não incentiva a sua desonestidade, mas a sua astúcia em tomar decisão certa no momento certo, coisa que os Filhos da Luz nem sempre o fazem. Muitos cristãos se entregam e confiam plenamente em Jesus Cristo, entretanto, não abrem mão de seus caprichos e de um egoísmo terrível que chega a sufocar, atuam na comunidade onde aparentemente nada ganham, porém, esperam sempre algo em troca, prestígio, sucesso, poder de decisão e outras coisas mais que contrariam o evangelho.
Os bens materiais e tudo mais que possuímos, incluindo -se os carismas, habilidades e talentos, devem sempre ser colocados a disposição do outro na comunidade, de maneira prazerosa, generosa, de modos que cause alegria interior. Quando o mau uso do nosso carisma resulta em mágoas e revoltas, intrigas e ressentimentos, é sinal de que embarcamos no trem do Imediatismo que a pós modernidade nos apresenta, queremos ganhar agora e já, nem nos damos conta de que o Futuro poderá ser bem amargo, se persistirmos nesse caminho...

2. O administrador desonesto - Lc 16,1-8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Não nos deixemos paralisar. Vamos fazer alguma coisa depois de termos sido acolhidos por Jesus com os publicanos e pecadores. O que vamos fazer? Jesus nos mostra o caminho a partir do exemplo de outro pecador, o administrador infiel. Ele foi esperto. Com o dinheiro deste mundo fez amigos que o acolheriam quando fosse despedido. Este é o caminho para todos, discípulos e pecadores: fazer amigos partilhando o que temos com quem não tem. Eles nos abrirão as portas do céu. Jesus pediu aos seus discípulos renúncia aos bens deste mundo para que pudessem segui-lo com total liberdade. Os bens materiais devem nos ajudar, e não nos atrapalhar no caminho para a casa do Pai.
Fonte: NPD Brasil em 06/11/2020

Liturgia comentada

Presta contas! (Lc 16,1-8)
Esta parábola do administrador desonesto costuma escandalizar muita gente. De fato, uma leitura superficial do Evangelho parece dar a entender que o Mestre faz elogios um safado. Claro que não! A falta de ética do corrupto – para usar termos bem atuais – era (e é) execrável. Mentira e falsidade jamais receberiam elogios do Mestre da Verdade!
O que Jesus quer ensinar é bem outra coisa: se os fiéis dedicassem por sua salvação (e pela salvação dos outros!) o mesmo empenho e inteligência que os homens do mundo dedicam a seus negócios escusos e duvidosos, pouca gente se perderia.
Mas não é bem sobre isto que eu quero refletir hoje. Claro que devemos prestar contas de nossa vida ao seu término, diante do divino Juiz. Mas não devemos cair na ilusão de que seremos capazes de acumular tantos méritos, a ponto de podermos apresentar a Deus uma fatura e dele cobrar nosso direito ao céu. A salvação é sempre graça, grátis, dom. Antes, será com trajes de mendigo que nos apresentaremos ao Senhor.
É exatamente disso que falo – um tema tipicamente teresiano - em meu soneto “Balanço”:

Quando chegar ao fim a minha vida,
Toda cheia de curvas e de dobras,
Ah! não contes, Senhor, as minhas obras
A ver se a recompensa é merecida!

Minha justiça é logo corrompida...
Minhas boas ações, apenas sobras...
Eu fui um fariseu: minhas manobras
São ruínas em pó, massa falida...

Quando chegar ao fim destes meus dias,
ei que terei as minhas mãos vazias
E a túnica bem rota de um mendigo!

E, por saber que tudo logo passa,
Eu me abandono inteiro à tua graça,
Pois só o Amor eu levarei comigo...

Orai sem cessar: “Deus tenha piedade de nós e nos abençoe!” (Sl 67,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 08/11/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 08/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Seja esperto para fazer o Reino de Deus acontecer

Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da esperteza – no bom sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer.

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da Luz” (Lucas 16,8).

O Evangelho de hoje parece de difícil compreensão, pois causa um nó em nossa cabeça, uma certa confusão. Jesus está dando o exemplo de um administrador que, além de infiel, foi desonesto na maneira como tratou seus negócios.
O administrador não fez aquilo que lhe foi confiado. Antes ainda de sair do seu trabalho, ajustou-se com os devedores para depois não ficar “mal na conta”. Acertou com um e mudou o valor que este devia ao patrão, fez o mesmo com os outros, de modo que formou muitos amigos, porque agiu com esperteza.
Olhando para essa parábola, perguntamos: “Por que o Senhor nos conta essa parábola? Justamente para entendermos que os filhos deste mundo, aqueles que agilizam as coisas, fazem com que elas aconteçam, agem com esperteza e levam a desonestidade até às últimas consequências. “O importante é levar vantagem, é ter lucro”, assim pensam os filhos deste mundo. Digo mais: eles não desanimam. Não deu certo aqui, tentam de outra maneira. Mas nós, que temos as armas da luz, as armas do Reino dos Céus, as graças do Evangelho, não temos agilidade e desanimamos com qualquer coisa. Mais ainda: estamos combatendo uns aos outros.
Não sabemos usar da sabedoria evangélica, da esperteza – no bom sentido da palavra – para fazer o Reino de Deus acontecer. Veja que as coisas do mundo vêm envoltas em pacotes, ainda que o produto não seja bom. O pacote deles é bom demais, pois demonstra alegria, satisfação naquilo que apresentam.
Nós, que apresentamos o Reino de Deus, o levamos com tristeza no coração, com desânimo, com ar de fracasso, por isso não temos habilidade, agilidade e eficácia em mostrá-lo às pessoas; assim, as trevas crescem. Nós que somos chamados filhos da Luz não sabemos usar da esperteza e da sabedoria evangélica para fazer o Reino acontecer.
Que o Senhor nos conceda agilidade, habilidade e verdadeira sabedoria para aplicarmos na multiplicação da Sua Palavra.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova em 08/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

É preciso mais entrega, esperteza e paixão na prática do bem

Falta habilidade, entrega e paixão, falta imersão na sagacidade para o bem. Nós, chamados a fazer parte desta Luz maravilhosa que é Jesus, somos passivos demais, somos sem vibração, sem sabor e sem gosto.

Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lucas 16,8).

Num primeiro momento, pode parecer meio contraditório e até difícil entender essa Palavra, porque o senhor, responsável pelo negócio, elogiou seu administrador desonesto, porque este agiu com esperteza quando sabia que seria demitido. Então, antes de prestar contas daquilo que fez em sua administração, combinou com cada um daqueles que deviam para o seu patrão e negociou a dívida para menos, para aliviar a barra de quem devia, pois sabia que mais tarde poderia precisar deles.
Deixe-me explicar a você: não é que a Palavra de Deus seja usada para exaltar, enaltecer ou valorizar a desonestidade; muito pelo contrário, ela está mostrando a esperteza, a sagacidade que aqueles que vivem neste mundo sabem usar para as coisas e os negócios do mundo. Sim, eles são espertos, são vivos!
É como se Jesus dissesse: “Os filhos deste mundo são muito mais espertos, sagazes, inteligentes, têm muito mais paixão, muito mais garra para fazer os seus negócios do que os filhos da luz”. Porque, muitas vezes, nós, que fomos chamados a fazer parte desta luz maravilhosa, que é Jesus, somos passivos demais, somos sem vibração, sem sabor, sem gosto. É assim que nos comportamos para fazer e cuidar das coisas do Senhor.
Quando cantores famosos vêm ao Brasil, muitas pessoas ficam cinco, seis dias numa fila para conseguir um ingresso. Há torcedores fanáticos que fazem loucuras pelo seu time de futebol, pessoas que para defender o seu negócio dão tudo de si. Mas, para as coisas de Deus, são moles, são devagar e, muitas vezes, chegam a dizer: “Quando der”, “Vou ver se posso”.
Falta habilidade, entrega e paixão, falta imersão na sagacidade para o bem, porque os que fazem o mal sabem ser aplicados para fazê-lo, mas os que querem viver o bem não têm a mesma aplicação, a mesma entrega, o mesmo dinamismo que o outro tem. Por isso, o mal se difunde com mais facilidade, ele se propaga com maior êxito, porque quem sabe fazer o bem, muitas vezes, não o faz com inteligência e aplicação necessária. Agora, aqueles que fazem o mal sabem ser muito mais espertos do que nós! Por isso as coisas do mundo crescem com mais facilidade; e nós, em nossa timidez, deixamos de expandir o Reino, a Boa Nova, a bondade, a generosidade, porque não nos aplicamos para valer para fazer às coisas do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Os filhos de Deus precisam ser mais ágeis

Os filhos de Deus não podem se entregar ao desânimo, porque ninguém vai sentir-se atraído para o Reino onde as pessoas estão tristes e derrotadas

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lucas 16, 8).

Na Palavra, Jesus está afirmando o que Ele não gostaria que fosse, mas sim como deveria ser: os filhos deste mundo são espertos e realmente sagazes na maneira como tratam seus negócios, quando, na verdade, deveriam ser como os filhos da luz.
Vemos aqui o exemplo do administrador que foi acusado de esbanjar os bens de seu patrão. Ele agiu com esperteza para depois não passar necessidade. Jesus não está nos ensinando a agirmos com esperteza, com malandragem, a fazermos falcatruas ou qualquer coisa parecida. Não é isso que devemos pegar daquilo que o mundo sabe fazer, mas é a agilidade e a esperteza que ele tem para propagar o que precisa, para fazer as coisas acontecerem como precisam acontecer.
Se nos consideramos ou fomos iluminados pela luz que é Cristo, não podemos viver a nossa fé apenas de forma piedosa e romântica: “Deus me ama, e eu O amo!”. É maravilhoso, é mais do que certo isso, mas precisamos ter atitudes, práticas, sabedoria, inteligência. Até os temos, mas utilizamos muito pouco os talentos que Deus nos deu para fazer o Reino de Deus acontecer.
A verdade é uma só: o mundo faz dos talentos que recebeu de Deus verdadeiros dons, propaga-os e faz com que se multipliquem. Basta ver as músicas mundanas, músicas seculares, basta ver pelas coisas que criam, como se propagam, inclusive, em nosso meio. Somos muito mais arrastados para as coisas do mundo do que arrastamos os que vivem no mundo para as coisas de Deus.
Muitas vezes, queremos trazer as pessoas para as coisas de Deus com ameaças, falando de coisas negativas, falando simplesmente pelo lado mau da coisa. Não temos nem habilidade para lidar com as pessoas, não sabemos nem usar a graça em favor do Reino de Deus.
Estamos usando de mau humor, pessimismo, amargura, disputas, brigas e competições, coisas que são próprias do mundo, mas sabem disfarçar e viver de outra forma. Nós cristãos estamos usando o pior do mundo dentro da Igreja e das realidades da fé, quando é o contrário: temos de usar o melhor de Deus para fazer o Reino de Deus acontecer em nosso meio, entre as pessoas e no mundo em que estamos!
Por que, muitas vezes, as pessoas se afastam daqueles que são da Igreja? Afastam-se de nós? Às vezes, é um pieguismo exagerado, pela forma que somos diferentes dos outros. Não sabemos dialogar, não sabemos fazer amizades. Que triste, pois precisamos fazer amizades!
Fazer amizades não quer dizer que temos de ser amigos de todo mundo, mas cordial todo mundo pode ser, tratar a pessoa com delicadeza, dar um sorriso, ter relações amistosas, todos nós podemos ter, mas nos fechamos em “grupinhos”, em pessoas seletas e não sentimos o bom odor de Cristo por este mundo.
Precisamos inverter aquilo que Jesus está constatando como realidade: os filhos da luz precisam aprender a ser, se não mais, pelo menos iguais aos filhos deste mundo. Sejamos mais espertos e ágeis.
Não é uma questão de competição, quem é mais, quem é menos, a questão é que temos a graça de Deus e temos de usá-la para fazer o Reino acontecer!
Os filhos de Deus não podem se entregar ao desânimo nem à tristeza, porque ninguém vai se sentir atraído, seduzido ou chamado para um Reino onde as pessoas estão tristes, amarguradas e derrotadas.
O Senhor nos quer vitoriosos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos ousados em levar a luz de Cristo para o mundo

“Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lucas 16,8).

Estamos olhando um senhor elogiar o administrador desonesto porque ele agiu com esperteza em seus negócios. É claro que, esse senhor  é o dono dos negócios e não o Senhor Deus, porque jamais Deus abençoa a desonestidade, e a desonestidade jamais deve ser vivida sob nenhuma justificativa.
Aqui, o mundo usa da desonestidade, da sua esperteza, pois o nome que se dá à desonestidade no mundo é esperteza. Ninguém fala: “Sou desonesto”, o que a pessoa fala é: “Sou esperto”; “Me dou bem nas coisas”. E esse se “dar bem” nas coisas são as falcatruas, é a maneira como a pessoa vai lá e faz os seus negócios às escondidas, muitas vezes, ela leva lucros, se sobressai aos outros, é a esperteza do mundo.
É preciso dizer que não precisamos da esperteza do mundo, não podemos, de forma nenhuma, compactuar com a maldade do mundo. Há aqueles que, inclusive, interpretam errado a Palavra de Deus e querem usar da esperteza; querem, por exemplo, fazer das coisas de Deus negócios para enriquecerem e se dão como exemplo de bons administradores. Essas não são as ferramentas evangélicas.

Nós, que somos a luz, tenhamos a ousadia em levar a luz de Cristo para o mundo em que estamos

A ferramenta para a qual o Evangelho nos chama atenção é: se o mundo usa do que é seu para os seus negócios, precisamos usar do que é de Deus para os negócios d’Ele, mas usar com muito mais agilidade e intrepidez do que o mundo, porque o mundo tem ousadia para fazer o que é errado. O que falta a nós, que somos filhos da luz ou nos julgamos filhos da luz, é, justamente, a ousadia.
Fechamo-nos no nosso mundinho, nos conformamos em cuidar das nossas coisinhas enquanto todo mundo está aí no mundo inteiro para ser evangelizado, conquistado, transformado. Estamos trazendo os ingredientes do mundo para dentro de nós, para as nossas realidades; e veja quais os instrumentos do mundo estão aí:  as brigas, as intrigas, o jogo de interesse, um passar a perna no outro, um sentir-se melhor do que o outro, as pessoas estão competindo dentro da Igreja; quem pode mais, quem é mais, quem fala mais, prega mais, quem manda mais.
Não precisamos dos instrumentos mundanos, o que precisamos é da santidade, da intrepidez evangélica, da ousadia de Jesus e de Paulo, para evangelizarmos, anunciarmos e nos convertermos a cada dia, porque os filhos da luz precisam ser luz, porque os filhos das trevas têm sido trevas no mundo e elas têm crescido nele. Nós, que somos a luz, tenhamos a ousadia em levar a luz de Cristo para o mundo em que estamos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/11/2020

Oração Final
Pai Santo, a sociedade consumista oferece com facilidade o seu aplauso ao nosso egoísmo, ao nosso desejo de levar vantagens ilusórias e efêmeras. Dá-nos, Pai amado, discernimento e coragem para seguir os caminhos do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai, que és Fonte da Justiça e da Paz, inspira-me na administração dos bens que me emprestas para fazê-los render. Que eu cuide bem deles, saiba leva-los a frutificar, nada retendo para mim, mas que tenha desprendimento bastante para partilhar seus frutos com os irmãos, começando pelos mais necessitados, os pobres e excluídos. Por Jesus, o Cristo teu Filho que se fez meu Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/11/2020

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