terça-feira, 27 de setembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 27/09/2022

ANO C


Lc 9,51-56

Comentário do Evangelho

Viu a cidade e chorou sobre ela.

O versículo 51 do capítulo 9 é o início da seção central do evangelho segundo Lucas. Trata-se de um versículo importante, pois ele dá o sentido da subida de Jesus para Jerusalém. A melhor tradução do v. 51, a nosso ver, é a seguinte: “Tendo chegado o tempo em que ia ser arrebatado, ele endureceu a sua face para caminhar para Jerusalém”. A expressão “endurecer a face” tem um sentido de julgamento (Is 50,7; Jr 3,12; 21,20), especialmente como se encontra em Ezequiel (6,2; 13,17; 20,46; 21,2). Em outras passagens do seu evangelho, Lucas utiliza Ezequiel (Lc 19,41-44; 21,20-24; e Ez 4,1-3; 21,6-12.22). Certamente é do texto grego de Ezequiel que Lucas tira a expressão do versículo 51. A passagem de Ezequiel na qual, muito provavelmente, Lucas se inspirou é Ez 21,2-7. Tanto num como noutro livro, o “endurecimento da face” está referido a Jerusalém. Como Ezequiel sofreu e disse uma palavra de julgamento contra Jerusalém e seus santuários, do mesmo modo Jesus vai fazê-lo ao chegar próximo da cidade santa: “Como estivesse perto, viu a cidade e chorou sobre ela, dizendo: ‘Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz!’” (Lc 19,41-44; Ez 21,2-6). Jesus vai a Jerusalém para julgá-la!
Fonte: Paulinas em 01/10/2013

Vivendo a Palavra

Como nós, também os apóstolos ainda tinham muito a aprender. E Jesus, que caminhava pela derradeira vez para a Cidade Santa, onde seria crucificado, transborda sua mansidão e ensina o que é o Amor – o seu Amor: devemos amar não apenas os amigos, mas também os diferentes, até os inimigos que não nos quiserem receber.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2013

VIVENDO A PALAVRA

Assim como nós, hoje, também os apóstolos ainda tinham muito a aprender. Jesus, que caminhava pela derradeira vez para a Cidade Santa, onde seria crucificado, transborda sua mansidão e ensina o que é o Amor – o seu Amor: devemos amar não apenas os amigos, mas também os diferentes, até os inimigos que não nos quiserem receber.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2019

Reflexão

A mentalidade dos homens é bem diferente da mentalidade de Deus e o Evangelho de hoje nos mostra muito bem essa verdade. Deus não abandona o homem ao poder do pecado e da morte, mas vem em seu socorro através do seu próprio Filho que, com sua morte, destrói o pecado e a morte, e conquista para todos nós a vida. Os apóstolos agem de maneira completamente diferente. Diante da resistência do povo da Samaria em receber Jesus, querem que caia fogo do céu e devore a todos. Os homens querem punição e morte, enquanto Deus quer misericórdia e vida.
Fonte: CNBB em 01/10/2013

Reflexão

Começa aqui a grande subida de Jesus para Jerusalém, para a cruz, para o céu. Ao longo do percurso, acontecem ensinamentos, encontros, milagres, controvérsias. A figura do discípulo se torna central. O verdadeiro discípulo é aquele que segue seu Mestre no caminho da renúncia a si mesmo e da solidariedade ativa com os pobres, os pequenos, os excluídos. Não é o que acontece com Tiago e João, ainda apegados aos antigos rancores entre judeus e samaritanos. Com efeito, diante da recusa de hospedagem dos samaritanos, esses dois discípulos propõem que sejam exterminados. O apelo deles ao poder divino está a serviço da vingança odiosa. Jesus reprova esse espírito de intolerância dos discípulos e mantém a firme resolução de caminhar para Jerusalém, onde vai entregar a própria vida em favor de todos.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 01/10/2019

Reflexão

Começa aqui a grande subida de Jesus para Jerusalém, para a cruz, para o céu. Ao longo do percurso, acontecem ensinamentos, encontros, milagres, controvérsias, e a fi gura do discípulo se torna central. O verdadeiro discípulo é aquele que segue seu Mestre no caminho da renúncia a si mesmo e da solidariedade ativa com os pobres, os pequenos, os excluídos. Não é o que acontece com Tiago e João, ainda apegados aos antigos rancores entre judeus e samaritanos. Com efeito, diante da recusa de hospedagem dos samaritanos, esses dois discípulos propõem que sejam exterminados. O apelo deles ao poder divino está a serviço da vingança odiosa. Jesus reprova esse espírito de intolerância dos discípulos e mantém a firme resolução de caminhar para Jerusalém, onde vai entregar a própria vida em favor de todos.
Oração
Ó Jesus Messias, tomas “a firme decisão de partir para Jerusalém”, onde entregarás a vida por nós. Tiago e João, indignados com os samaritanos, querem a ruína deles. Quanto a ti, Senhor, vieste para salvá-los, e não para destruí-los. Ajuda-nos, Senhor, a ser tolerantes nos contratempos da vida. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 28/09/2021

Reflexão

Mesmo diante da rejeição, os discípulos jamais devem agir para eliminar quem pensa diferente deles. É risco de todos os tempos, e hoje se faz muito presente, um tipo de “cristianismo sem o Cristo”, que ambiciona triunfar apenas as próprias ideias. Pior seria se um cristão disseminasse ódio. O fogo que realmente vale a pena é o fogo do amor, que une todos os povos. A expressão máxima desse amor se deu na cruz e se plenificou na ressurreição de Jesus Cristo.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditação

Ao querer evangelizar alguém, será que não corremos o risco de ser insistente demais perturbando em vez de demonstrar amor verdadeiro? --e que o respeito deve estar acima de tudo? perturbando em vez de demonstrar amor verdadeiro? Lembra-se que o respeito deve estar acima de tudo? - Comente o dito popular: “Pega-se mais mosca com uma gota de mel que com um barril de vinagre!” - Lembra-se que Deus não força ninguém, não castiga, não obriga? - Acha difícil demais seguir o Evangelho?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 01/10/2013

Meditando o evangelho

A CAMINHO DE JERUSALÉM

A viagem rumo a Jerusalém representou uma guinada importante nas andanças missionárias de Jesus. Lá se encontrava o centro da religião judaica: o templo com todo o universo que se estabeleceu ao redor dele, especialmente os defensores da fé, a aristocracia sacerdotal e outros grupos empenhados em manter viva a tradição religiosa.
Entretanto, no correr do seu ministério, Jesus introduziu uma visão nova de relação com Deus, a partir do ideal de Reino, que acabou por relativizar, ou mesmo, invalidar inúmeros elementos da fé tradicional. A prática de Jesus não seguia os padrões da piedade em voga. De fato, ele não era um revolucionário, demolidor das veneráveis instituições religiosas do povo. A novidade de sua ação consistia em viver, na qualidade de Filho, os elementos da fé judaica de modo radical, ultrapassando o prescrito na letra da Lei. A ação de Jesus se pautava pelo espírito que inspirava a fé judaica e, há muito, havia sido esquecido. Este projeto de vida, porém, era contestado pelas lideranças religiosas da época. E Jesus não tinha dúvida da rejeição que lhe estava reservada. Não nutria ilusões a respeito do seu futuro. Isto, porém, não o impediu de seguir adiante, no caminho querido pelo Pai.
Já no início da viagem, Jesus fez a experiência de rejeição. No entanto, assim como os samaritanos, que o rejeitaram, foram poupados, também o seriam as autoridades de Jerusalém.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, dá-me força e coragem para seguir em frente, no caminho querido pelo Pai, mesmo quando eu me sentir incompreendido e rejeitado.
Fonte: Dom Total em 01/10/2019 e 28/09/2021

Comentário ao Evangelho

O FANATISMO CONDENADO

As divergências entre judeus e samaritanos eram bem conhecidas, no tempo de Jesus. Por razões históricas, eles se tinham na conta de inimigos, recusando-se a se reconciliar. Atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém, era sempre perigoso. Podia-se contar, com certeza, com a hostilidade dos samaritanos.
Mesmo assim, Jesus tomou a decisão de atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém. E, mais, seus discípulos entraram num povoado samaritano, pedindo hospedagem para o Mestre. A rejeição foi imediata. Os samaritanos recusaram-se a dar-lhes acolhida, pois souberam que estavam a caminho de Jerusalém.
Tiago e João, apelidados de "filhos do Trovão", desafogam seu fanatismo, pedindo que o Mestre destrua os inóspitos samaritanos, com fogo enviado do céu. A intolerância desses dois discípulos era sintoma de seus ideais messiânicos, feitos de gestos espetaculares, nos moldes dos antigos profetas. O profeta Elias, por exemplo, havia destruído com o fogo do céu os emissários do rei, enviados para prendê-lo. Coisa semelhante desejavam ver Tiago e João!
O pedido dos discípulos foi rechaçado por parte Jesus. Antes, eles foram severamente repreendidos, por sua dureza de coração. Seu fanatismo era fruto da incompreensão do projeto do Mestre. A rejeição dos samaritanos era insignificante diante da que ele haveria de padecer em Jerusalém.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Serenidade, a marca do Discípulo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há uma virtude que é essencial em um Discípulo: a serenidade! Jesus está na reta final da sua missão que terá o ponto culminante em Jerusalém e enviou á frente, pelo caminho, seus discípulos. Já se faz tarde e é preciso pensar em uma pousada para dar continuidade no dia seguinte á caminhada. Samaria seria o ponto de parada e os discípulos incumbidos dessa providência, Tiago e João enfrentam a hostilidade de Samaritanos, que se recusam a receber como hóspede um homem que vai para Jerusalém, pois Judeus e Samaritanos não se davam, eram como duas torcidas de dois grandes times, em dia de clássico, cada um por um caminho senão a briga era inevitável e o ódio explodia.
Tiago e João ficam indignados e perguntam a Jesus se este não quer que eles roguem uma boa praga sobre aqueles ingratos, fazendo chover fogo do céu em suas cabeças... Pronto! Perderam a serenidade diante da rejeição a Jesus! Em nossas comunidades sempre há os defensores ferrenhos da Igreja, da Verdade, do Bispo e do Padre, se alguém falar alguma coisa contra á religião, já querem partir para a ignorância. Uma vez presenciei um membro de comunidade, que se atracou com um Espírita, por causa da devoção a Nossa Senhora Aparecida. Já vi também na fábrica, pessoas perderem a amizade por causa de discussões religiosas. Se o Cristão perder a serenidade, diante das contrariedades, a missão vai por água abaixo pois perde-se o foco da mesma.
Lucas nos apresenta Jesus determinado, decidido, resoluto a cumprir a missão que terá o seu desfecho em Jerusalém, nada mais o irá deter, muito menos aquela rejeição dos Samaritanos, que também, juntamente com toda humanidade, irão ser Salvos pela sua obra. Discípulo que não aguenta as contrariedades, que perde a estribeira diante de fatos como este, demonstra não ter maturidade suficiente na Fé, agindo sob impulso da paixão, em um fanatismo que destrói a essência de qualquer religião.
Samaritanos também se salvam, os que hoje rejeitam o evangelho, os que atacam a nossa Igreja, os que ridicularizam com as coisas Sagradas da nossa Igreja, inclusive os Ministérios, também poderão ser salvos, pois, responder rejeição com rejeição, ódio com ódio, preconceito com preconceito, jamais será digno de um cristão porque contradiz o Mandamento maior do Amor, que a tudo perdoa, compreende e dialoga. Em nenhum momento de sua vida Jesus odiou os que o rejeitaram e o condenaram á morte, ao contrário, do alto da cruz, agonizante, pediu ao Pai que os perdoasse, porque não sabiam o que estavam fazendo. O equilíbrio na Fé nos permite estarmos sempre abertos ao diálogo com o “diferente”. O nosso querido Papa Francisco vem fazendo isso com grande maestria. Vamos imitá-lo!

2. Puseram-se a caminho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém.” Aqui começa o relato da subida de Jesus com seus discípulos para Jerusalém, próprio de São Lucas. O evangelista descreve a viagem em seis etapas bem definidas. Subindo até Jerusalém, Jesus vai formando os seus discípulos. A primeira etapa começa com Jesus enviando mensageiros à sua frente para prepararem hospedagem. A equipe missionária de Jesus era organizada. Esta primeira etapa começa com samaritanos e termina com samaritanos. Os samaritanos não receberam Jesus porque ele se dirigia a Jerusalém. Tiago e João, num ímpeto de zelo, perguntaram se Jesus queria que eles fizessem chover fogo do céu sobre aqueles samaritanos. No fim da etapa, Jesus contará a parábola do bom samaritano. Os samaritanos da aldeia não acolheram Jesus por ser judeu e estar indo para Jerusalém, mas o bom samaritano da parábola o acolheu no pobre homem assaltado e jogado na estrada. Jesus não aprovou a atitude de Tiago e João. Ambos parecem sentir-se muito poderosos, talvez porque fizessem parte dos discípulos de Jesus. Certamente não será com fogo do céu e destruição dos opositores que eles resolverão os problemas da vida. Necessitamos todos de um pouco de paciência histórica.

3. O FANATISMO CONDENADO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

As divergências entre judeus e samaritanos eram bem conhecidas, no tempo de Jesus. Por razões históricas, eles se tinham na conta de inimigos, recusando-se a se reconciliar. Atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém, era sempre perigoso. Podia-se contar, com certeza, com a hostilidade dos samaritanos.
Mesmo assim, Jesus tomou a decisão de atravessar a Samaria, rumo a Jerusalém. E, mais, seus discípulos entraram num povoado samaritano, pedindo hospedagem para o Mestre. A rejeição foi imediata. Os samaritanos recusaram-se a dar-lhes acolhida, pois souberam que estavam a caminho de Jerusalém.
Tiago e João, apelidados de "filhos do Trovão", desafogam seu fanatismo, pedindo que o Mestre destrua os inóspitos samaritanos, com fogo enviado do céu. A intolerância desses dois discípulos era sintoma de seus ideais messiânicos, feitos de gestos espetaculares, nos moldes dos antigos profetas. O profeta Elias, por exemplo, havia destruído com o fogo do céu os emissários do rei, enviados para prendê-lo. Coisa semelhante desejava ver Tiago e João!
O pedido dos discípulos foi rechaçado por parte Jesus. Antes, eles foram severamente repreendidos, por sua dureza de coração. Seu fanatismo era fruto da incompreensão do projeto do Mestre. A rejeição dos samaritanos era insignificante diante da que ele haveria de padecer em Jerusalém.
Oração
Espírito de tolerância, ajuda-me a ser compreensivo e paciente nas experiências de fracasso, sem nutrir desejos de ódio e de vingança.
Fonte: NPD Brasil em 01/10/2019

Liturgia comentada

Fogo do céu... (Lc 9,51-56)
A memória religiosa dos hebreus registra alguns exemplos não muito edificantes. O “zelo furioso” do profeta Elias é um desses casos. Seu remédio para a idolatria dos adoradores de Baal foi passar a fio de espada 450 profetas daquela divindade cananeia (cf. 1Rs 19). Para acabar com o pecado, acaba-se com o pecador...
Nada mais estranho aos projetos de Deus, que “não se compraz com a morte do pecador, mas antes com a sua conversão, de modo que tenha a vida” (cf. Ez 33,11). É difícil separar o zelo pela ortodoxia de algum impulso de odiosa intolerância.
O episódio do Evangelho de hoje deve ser situado no contexto da secular inimizade entre judeus e samaritanos, existente desde o repovoamento da Palestina no Séc. VIII a.C. Os samaritanos eram mal vistos por seu sincretismo religioso e práticas supersticiosas, além de “competirem” com o culto de Jerusalém, construindo um Templo rival no Monte Garizim.
Natural que também reagissem com sentimentos similares. Há o registro histórico de uma incursão de samaritanos em Jerusalém, na véspera da Páscoa, para jogar a carcaça de um cachorro sobre os muros do Templo, tornando o local ritualmente impuro e impedindo a celebração pascal.
Assim, quando perceberam que Jesus e seu grupo iam para Jerusalém, os aldeões de Samaria lhes recusaram pousada. Inflamados, dois discípulos se oferecem a Jesus para invocarem o fogo do céu sobre os “inimigos”. O Mestre não só os repreendeu, mas, daquele dia em diante, com boa dose de humor, passou a chamar Tiago e João de “Boanerges”, isto é, “filhos do trovão” (cf. Mc 3,17).
Ainda hoje, com todo o nosso (pós)modernismo, temos discípulos de Elias, Boanerges do 3º milênio. Falo de cristãos que se sentem em permanente combate contra outras Igrejas ou denominações religiosas. Assumindo uma reação de defesa, sofrem ao terem notícia do crescimento de outros grupos e mostram-se avessos a todo tipo de diálogo e convivência. Claro que não seria esta a atitude de Jesus, se vivesse hoje entre nós...
Ah! O fogo do amor seria bem mais apropriado que o fogo do céu!
Orai sem cessar: “Que todos sejam um, Pai, como estás em mim e eu em ti.”  (Jo 17,21)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 01/10/2013

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 01/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Viva o amor em tudo aquilo que faz

Que Santa Teresinha nos ajude a viver as pequenas coisas do cotidiano e a simplicidade de vida. E a melhor maneira é vivendo o amor em tudo aquilo que fazemos.

“’Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?’ Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. E partiram para outro povoado” (Lc 9,54-56).

Hoje, celebramos o início do mês de outubro. No primeiro dia deste mês, temos a graça de celebrar Santa Teresinha do Menino Jesus. Essa jovem carmelita desde menina quis consagrar sua vida a Deus e tinha um grande sonho de ser missionária, anunciar o amor do Senhor em todos os cantos da Terra. Ela tinha um anseio, um desejo ardente de proclamar o amor divino em todos os corações. Mas pensou: ‘Como poderei fazer isso, como poderei estar em todos os lugares para anunciar o Evangelho?’.
Quando ela abriu a Carta de São Paulo aos Corintios, no capítulo 13, sobre o amor, ela entendeu que para viver a intensidade da sua vocação ela precisava amar, e que o amor encerra em si todas as vocações. Para quem desejava ser tudo, precisava viver intensamente uma única coisa: a intensidade do amor de Deus na sua vida.
Santa Teresinha viveu até os 24 anos de vida, quando deu sua vida a Deus no Carmelo. Como carmelita ela viveu para se consumir pelas missões, pela oração, pelos sacrifícios; oferecendo sua vida pelo sacerdotes, pelos missionários, por aqueles que se dedicavam a pregar a causa pelo Evangelho.
Vivendo dessa forma, amando cada missionário, amando a sua vocação, amando suas coirmãs, ela entendeu que seria uma grande missionária. Por isso, a Igreja a reconhece como doutora e padroeira das missões. Teresinha é aquela que, nas pequenas coisas, sobreviveu à grandiosidade do amor de Deus.
Nós queremos, hoje, pedir ao Senhor a graça e a intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, a fim de que ela nos ajude a viver as pequenas coisas do cotidiano, a viver a simplicidade de vida, que ela nos ajude a nos empenharmos pela missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todos os cantos do mundo. A melhor maneira de viver isso é vivendo o amor em tudo aquilo que fazemos.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós, rogai pela Igreja, rogai pelas missões!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/10/2013

HOMILIA DIÁRIA

Somos chamados e vocacionados para o Céu

“Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então, ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém” (Lucas 9,51).

A beleza é Jesus saber que está chegando o seu tempo de ir para o Céu. Não é o tempo da Sua morte, porque a morte pela morte é uma tragédia, e não fomos feitos para a morte, não devemos esperar por ela nem a buscar.
O que devemos esperar, ansiar e trabalhar é para irmos para o Céu, porque, assim como chegou e está chegando o tempo de Jesus ser levado para o Céu, o nosso tempo também está chegando. Que seja 50 ou 60 anos, que seja um dia ou que sejam horas, o importante é que o nosso coração tenha ânimo e gosto pelo Céu. Se não tivermos desejo pelo Céu, viveremos no temor da morte com tudo aquilo de tristeza que a morte causa dentro de nós.
Jesus, sabendo que o Seu tempo de ir para o Céu estava chegando, partiu para Jerusalém, porque Ele precisava enfrentar a vida como ela deveria ser enfrentada, Ele deveria ir para a Sua cidade. Em Jerusalém, Ele enfrentaria os opositores, aqueles que, de fato, estavam contra Sua vida, contra Sua pregação e mensagem.

Somos chamados a construir o Céu aqui na Terra, para que, depois da vida na Terra, assumamos a plenitude do Céu na eternidade

Jesus abraçou a Sua causa e a Sua missão, por isso é importante não nos esquecermos: para irmos para o Céu, precisamos viver a comunhão com Deus, mas não podemos tirar os nossos pés do chão, não podemos deixar de realizar e viver intensamente a nossa missão.
Não podemos viver escondidos no casulo do medo, preocupados, tensos, porque a vida vai se corroendo e se consumindo, sendo levada pela ditadura do medo. De forma nenhuma, podemos nos expor ao mal, ao perigo, à morte, nem viver sob o temor dela. Precisamos viver caminhando para o Céu, cumprindo a nossa missão, assumindo as nossas responsabilidades e enfrentando a vida com os seus desafios.
Somos chamados a construir o Céu aqui na Terra, para que, depois da vida na Terra, assumamos a plenitude do Céu na eternidade. Que a nossa vida seja movida por essa esperança, por essa certeza e essa confiança plena de que fomos feitos para o Céu.
É para o Céu que devemos ir, é para o Céu que devemos nos preparar a cada dia. Não devemos caminhar no temor da morte, mas na esperança alegre e feliz de que é para o Céu que somos vocacionados e chamados para o Senhor da vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/10/2019

HOMILIA DIÁRIA

É preciso repreender a fofoca de nossa vida

“Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?’ Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. E partiram para outro povoado” (Lucas 9,54-56).

Jesus está a caminho de Jerusalém, é na cidade de Jerusalém que Ele vai ser crucificado, morto e que vai subir para a glória do Céu. Então, na verdade, Jesus está a caminho do céu.
Para ir à Jerusalém, Ele enviou mensageiros para que preparassem o seu caminho, ou seja, Ele precisaria passar em vários lugares, descansar para prosseguir a viagem. Mas, quando chegou em um povoado de samaritanos, aquele grupo de samaritanos não quis acolher Jesus, porque Ele deixava a impressão de que estava indo para Jerusalém. Para os samaritanos, o centro era ali mesmo, na Samaria, era ali que Jesus devia ficar. Então, como havia uma oposição entre samaritanos e judeus, por questões históricas, culturais e religiosas… Enfim, Jesus não para nessas divisões humanas, mas os humanos param nas suas próprias divisões; os humanos, como nós, paramos nos preceitos e nos preconceitos que nós criamos.
Porque eles não quiseram acolher Jesus é que os discípulos perguntaram: “Senhor, quer que nós mandemos fogo do céu para destruir?”, não é um milagre que eles querem, eles querem se vingar. Eles querem do Senhor a autorização para se vingarem por não serem acolhidos.

Sua vida é uma má vida se você é cercado de pessoas incendiadas pelo fogo da fofoca

Sei que esse é o sentimento que cresce também em nós quando não somos aceitos, acolhidos, quando não somos compreendidos, quando somos rejeitados. Quando o sentimento do desprezo vem em nós, um fogo se ateia dentro de nós, o fogo da raiva, da vingança, o fogo de querer desejar o mal para o outro. Nem sempre falamos, mas quase sempre desejamos, porque o fogo se acende em nós; e é com esse fogo que queremos, muitas vezes, destruir reputações e pessoas. Esse fogo, muitas vezes, se acende, é o que nós chamamos de “o fogo da maledicência” ou o “fogo da fofoca”. Quando estamos fofocando, estamos semeando o fogo da destruição, estamos falando mal das pessoas, estamos querendo mal às pessoas, é óbvio que você fala mal de quem você não quer bem, de quem na sua cabeça tem sempre a suposição que lhe fez algum mal.
É verdade que existem pessoas tão más, tão tomadas por esse fogo do inferno, esse não é do céu, pois fala mal até de quem lhe fez bem. É duro quando esse fogo sai de você, esse fogo não é do espírito, não é de Deus, mas esse fogo é o fogo do inferno.
Toda e qualquer fofoca é diabólica, toda e qualquer situação onde estamos falando mal do irmão estamos acendendo as labaredas do inferno, porque estamos semeando, às vezes, uma faisquinha é suficiente para um fogo inteiro se acender, para uma floresta toda ser incendiada.
Você falou mal de uma pessoa aqui e não vai ficar nessa pessoa, isso vai se espalhar, vai crescer; e, geralmente, você, quando acende um “foguinho”, quando você joga uma pitada de cigarro, você não assume a responsabilidade por toda a floresta que se queimou: “Só falei uma coisinha”. Desculpe, mas a coisinha que você falou incendiou uma floresta toda, por isso, Jesus está repreendendo. E você precisa repreender todos os sentimentos de fofoca, de maledicência, de falar mal, de querer mal, seja nos pensamentos, nos sentimentos e nas palavras.
Repreenda isso em você, mas repreenda isso em quem está ao seu lado. Marido, repreenda sua mulher quando ela vier trazer fofoca para você; mulher, repreenda seu marido, repreenda seus filhos e repreenda, inclusive, suas amigas e seus amigos. Sua vida é uma má vida se você é cercado de pessoas incendiadas pelo fogo da fofoca.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/09/2021

Oração Final
Pai Santo, nós somos tentados a revidar ofensas recebidas, a julgar e condenar nosso próximo. Envia, Pai Amado, o teu Espírito sobre nós, que somos a tua Igreja nesta terra, para que sejamos capazes do Amor – Amar como amou Jesus, o Cristo teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós somos tentados a revidar ofensas recebidas, a julgar e condenar o nosso próximo. Envia, amado Pai, o teu Espírito sobre nós – que desejamos ser a tua Igreja nesta terra abençoada –, e assim seremos capazes do Amor verdadeiro, que é espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador. Amaremos como amou Jesus, o Cristo, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/10/2019

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