Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria
de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem
tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em
1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a
sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e
alma à glória celestial.”
Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para
o Ocidente, chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se chegou
ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o Senhor
reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe,
principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.
Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido
muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do
Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério
público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a
morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de
Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua
morte.
É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a
Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos
e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de
idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte
no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia
e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
Conheça 10 fatos sobre a Assunção de Nossa Senhora. Assista ao vídeo!
Assunção de Nossa Senhora, dogma de fé
Festa
Origens
A Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria é celebrada no dia 15 de agosto, desde o século V, com o significado de “Nascimento para o Céu”, ou, segundo a tradição bizantina, de “Dormição”. Em Roma, essa festa era celebrada desde meados do século VII, mas foi preciso esperar até 1° de novembro de 1950, quando Pio XII proclamou o Dogma da Assunção de Maria, elevada ao céu em corpo e alma.
Cumprimento da fé
No Credo Apostólico, professamos a nossa fé na “ressurreição da carne” e na “vida eterna”, fim e sentido último do caminho da vida terrena. Esta promessa de fé cumpriu-se em Maria, sinal de “consolo e esperança” (Prefácio). Trata-se de um privilégio de Maria, por ser intimamente ligado ao fato de ser Mãe de Jesus: visto que a morte e a corrupção do corpo humano são consequências do pecado, não era oportuno que a Virgem Maria – isenta de pecado – fosse implicada nesta lei humana. Daí o mistério da sua “Dormição” ou “Assunção ao céu”.
Maria elevada ao céu
O fato de Maria ter sido elevada ao céu é motivo de júbilo, alegria e esperança para nós: “Já e ainda não”. Uma criatura de Deus, Maria, já está no Céu e, com Ela e como ela, também nós, criaturas de Deus, estaremos um dia. Portanto, o destino de Maria, unida ao corpo transfigurado e glorioso de Jesus, será o mesmo destino de todos os que estão unidos ao Senhor Jesus, na fé e no amor.
A importância do corpo
A Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, em corpo e alma ao Céu, é um sinal eloquente do que, não só a “alma”, mas também a “corporeidade” confirmam que “tudo era muito bom” (Gn 1,31), tanto que, como aconteceu com a Virgem Maria, também a “nossa carne” será elevada ao céu. Isto, porém, não quer dizer que somos isentos do nosso compromisso com a história; pelo contrário, é precisamente o nosso olhar, voltado para a Meta, o Céu, a nossa Pátria, que nos dá o impulso para nos comprometermos com a vida presente, nas pegadas do Magnificat: felizes pela misericórdia de Deus, atenciosos com todos nossos irmãos e irmãs, que encontramos ao longo do caminho, começando pelos mais fracos e frágeis.
Proclamação do Dogma
“Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos S. Pedro e S. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (Pio XII, Munificentissimus Deus, 1º de novembro de 1950).
Páscoa
Maria encontra-se na glória de Deus; Ela alcançou a Meta, onde, um dia, todos nos encontraremos. Eis porque, hoje, Maria é sinal de consolação e esperança, pois, se Ela, criatura como nós, conseguiu, também nós conseguiremos. Mantenhamos nosso olhar e coração fixos naquela Mulher, que nunca abandonou seu Filho Jesus e, com Ele, agora, goza da alegria e da glória celeste. Confiemos em Maria! Que Ela nos ajude a percorrer o caminho da vida, reconhecendo as grandes coisas, que Deus faz em nós e em torno de nós, sendo capazes de engrandecê-Lo, com o Canto da nossa existência!
Minha oração
“Santíssima Mãe, Teu amor nos alcança e nos consola, Teu dogma aponta a verdade da ressurreição e a importância do corpo, assim como demonstrou o Teu filho. Ajudai-nos a crescer na fé e a nos tornarmos convictos desses fatos proclamados. Amém!”
Maria Assunta ao céu , rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em de Agosto
- Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, a comemoração de São Tarcísio, mártir. († c. 257)
- Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Estratão, Filipe e Eutiquiano, mártires. († data inc.)
- Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Simpliciano, bispo. († 401)
- Comemoração de Santo Alípio, bispo de Tagaste, na Numídia, atualmente na Argélia, que foi discípulo de Santo Agostinho.(† c. 430)
- Em Hildesheim, na Saxónia, região da Alemanha, Santo Alfredo, bispo. († 874)
- Em Alba Regia, na Panónia, hoje Szekesfehervar, na Hungria, Santo Estêvão, rei da Hungria. († 1038)
- Em Cracóvia, na Polónia, São Jacinto, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1257)
- Em Savigliano, no Piemonte, região da Itália, o Beato Aimão Taparélli, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1495)
- Em Pallanza, próximo de Novara, também na Itália, a Beata Juliana de Busto Arsízio, virgem da Ordem de Santo Agostinho. († 1501)
- Em Roma, Santo Estanislau Kostka, natural da Polónia, admitido no noviciado por São Francisco de Borja. († 1568)
- Na cidade de Wendo, próximo de Busira, na actual República Democrática do Congo, o Beato Isidoro Bakanja, mártir. († 1909)
- Em Chalchihuites, na região de Durango, no México, os santos mártires Luís Batis Sáinz, presbítero, Manuel Morales, pai de família, Salvador Lara Puente e David Roldán Lara. († 1926)
- Em Barbastro, próximo de Huesca, no território de Aragão, na Espanha, os beatos Luís Masferrer Vila, presbítero, e dezenove companheiros, mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. († 1936)
- Em Almazora, localidade próxima de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato José Maria Peris Polo, presbítero da Sociedade dos Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir. († 1936)
- Em Madrid, também na Espanha, a Beata Maria do Sacrário de São Luís Gonzaga (Elvira Moragas Cantarero), virgem da Ordem das Carmelitas Descalças e mártir. († 1936)
- Também em Madrid, o Beato Domingos Maria de Alboraya (Agostinho Hurtado Soler), presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores. († 1936)
- Em Motril, localidade próxima de Granada, no litoral da Espanha, o Beato Vicente Soler, presbítero da Ordem dos Agostinhos Recoletos e mártir. († 1936)
- Em Palma de Gandia, localidade da região de Valência, também na Espanha, o Beato Carmelo Sastre Sastre, presbítero e mártir. († 1936)
- Em Tárrega, povoação próxima de Barcelona, também na Espanha, o Beato Jaime Bonet Nadal, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936)
- Em Madrid, também na Espanha, o Beato José Santoja Pinsach, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936)
- Em Málaga, também na Espanha, os beatos mártires Manuel Formigo Giráldez, presbítero da Ordem de Santo Agostinho, e Francisco Míguez Fernández, presbítero da Sociedade Salesiana. († 1936)
- Em Caldas de Oviedo, nas Astúrias, também na Espanha, o Beato Severiano Montes Fernández, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e mártir. († 1936)
- Em Pádua, na Itália, o Beato Cláudio (Ricardo Granzotto), religioso da Ordem dos Frades Menores. († 1947)
Fontes:
- vatican.va e vaticannews.va
- Martirológio Romano – liturgia.pt
- Liturgia das Horas
- Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]
– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova
– Produção e edição: Melody de Paulo
Assunção da Virgem Maria
Assunção da Virgem Maria
Não há maior glória do que a que recebeu
Maria, escolhida para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus. De seu ventre
virginal nasceu o Salvador da humanidade. Por isso, Deus lhe reservou a melhor
das recompensas. Terminado seu tempo de vida terrestre, Maria foi
"assunta", isto é, levada ao céu em corpo e alma. O que a tradição
cristã diz é que Ela nem mesmo morreu, apenas "dormiu". Narra também
que foram os anjos Gabriel e Miguel que A levaram ao céu. Deus queria conservar
a integridade do corpo daquela que gerou seu Filho.
A solenidade da Assunção da Virgem Maria existe
desde os primórdios do catolicismo. No início era celebrada a Dormição de Nossa
Senhora. Esta festa veio a ser oficializada para os católicos orientais no
século VII com um edito do imperador bizantino Maurício. No mesmo século a
festa da Dormição foi introduzida também em Roma pelo Papa Sérgio I, de origem
oriental. Foi em 687, quando, em procissão, foi até a basílica de Santa Maria
Maior, celebrar o Santo Ofício. Mas foi preciso transcorrer um outro século
para que o nome "dormição" cedesse o lugar àquele mais explicito de
assunção", usado até os nossos dias.
Em 1950 foi solenemente definido este dogma de
Maria, pelo Papa Pio XII. Pela singular importância de Sua missão como Mãe de
Jesus, Maria não só foi proclamada Rainha do céu, quando levada para viver ao
lado de Deus, mas proclamada Mãe da Igreja, portanto de todos nós.
Na Assunção da Virgem Maria, vemos a nossa
esperança de ressurreição já realizada. Nela a Igreja atinge a plenitude do
triunfo final, a vitória definitiva sobre a morte e o mal. Por isto esta festa
é uma das solenidades mais comemoradas pelos católicos. Depois da Assunção,
Nossa Senhora com maternal benevolência participa com Sua oração e intercessão
na obra de seu Filho: a salvação da humanidade. Ela que é a mediadora de todas
as graças.
Não
há maior glória do que a que recebeu Maria, escolhida para ser a mãe de Jesus,
o Filho de Deus. De seu ventre virginal nasceu o Salvador da humanidade.
Por isso, Deus lhe reservou a melhor das
recompensas. Terminado seu tempo de vida terrestre, Maria foi
"assunta" isto é, levada ao céu em corpo e alma. O que a tradição
cristã diz é que Ela nem mesmo morreu, apenas "dormiu". Narra também
que foram os anjos Gabriel e Miguel que a levaram ao céu. Deus queria conservar
a integridade do corpo daquela que gerou seu Filho.
A solenidade da Assunção da Virgem Maria existe
desde os primórdios do catolicismo. No início era celebrada a Dormição de Nossa
Senhora. Esta festa veio a ser oficializada para os católicos orientais no
século VII com um edito do imperador bizantino Maurício. No mesmo século a
festa da Dormição foi introduzida também em Roma pelo Papa Sérgio I, de origem
oriental. Foi em 687, quando, em procissão, foi até a basílica de Santa Maria
Maior, celebrar o Santo Ofício. Mas foi preciso transcorrer um outro século
para que o nome "dormição" cedesse o lugar àquele mais explicito de
assunção, usado até os nossos dias.
Em 1950 foi solenemente definido este dogma de
Maria, pelo Papa Pio XII. Pela singular importância de sua missão como Mãe de
Jesus, Maria não só foi proclamada Rainha do céu, quando levada para viver ao
lado de Deus, mas proclamada Mãe da Igreja, portanto de todos nós.
Na Assunção da Virgem Maria, vemos a nossa
esperança de ressurreição já realizada. Nela a Igreja atinge a plenitude do
triunfo final, a vitória definitiva sobre a morte e o mal. Por isso esta festa
é uma das solenidade mais comemoradas pelos católicos.
Depois da Assunção, Nossa Senhora com maternal
benevolência participa com sua oração e intercessão na obra de seu Filho: a
salvação da humanidade. Ela que é a mediadora de todas as graças.
Nossa
Igreja celebra hoje, Maria. Ela aparece pela última vez nos escritos do Novo
Testamento no primeiro capítulo dos Atos dos Apóstolos: Ela está no meio dos
apóstolos, em oração no cenáculo, aguardando a descida do Espírito Santo.
Proclamado
como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pelo Papa Pio XII no ano de
1950, declarando que Maria não precisou aguardar, como as outras criaturas, o
fim dos tempos para obter também a ressurreição corpórea, quis por em evidência
o caráter único da sua santificação pessoal, pois o pecado nunca ofuscou, nem
por um instante, o brilho de sua alma. A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem
Maria, foi assunta em corpo e alma à glória clestial.
Esta celebração foi decretada no Oriente no século VII, com decreto do imperador bizantino Maurício. Neste mesmo século a festa da Dormitio (passagem para a outra vida), também foi introduzida em Roma pelo Papa oriental, Sérgio I. Passou-se então um século antes que o termo dormitio cedesse o lugar ao nome Assunção de Nossa Senhora aos Céus. Sendo assim, os santos que já têm a visão beatífica, estão de certo modo aguardando a plenitude final da redenção, que em Maria já se dera com singular graça da preservação do pecado.
Complemento: e Solenidade
da Assunção de Nossa Senhora
No dia 15 de agosto a Igreja celebra a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. É a terceira e última solenidade de Maria durante o ano na Igreja universal. Dia 8 de dezembro ela celebra a Imaculada Conceição e, dia 1º de janeiro, Nossa Senhora, Mãe de Deus. Pelo fato de o dia 15 de agosto não ser feriado, a Igreja celebra esta festa no domingo depois do dia 15. Sua Liturgia é muito rica.
Assunção
de Nossa Senhora, ou Nossa Senhora assunta ao céu, ou ainda Nossa Senhora da
Glória, está entre as festas de Nossa Senhora muito caras ao nosso povo. Faz
parte da piedade popular do Catolicismo tradicional. Esta é também a vitória de
Maria, celebrada nesta festa da Assunção. Ela não obteve nenhuma medalha de
ouro, nos jogos olímpicos; simplesmente está coroada de Doze estrelas, na
fronte, por ter assumido e vencido, no seu papel de Mãe de Jesus e Mãe da
Igreja.
Fonte: Catolicanet em 2013
Nossa Senhora da Assunção
Nossa Senhora da Assunção
(Dia das Mil Ave-Marias)
Comem. litúrgica - 15 de agosto (Domingo seguinte).
Também nesta data: Santos Alípio, Tarcísio e Jacinto.
Veja detalhes do Dogma da Assunção de Nossa Senhora
A festa da Assunção de Nossa Senhora é uma das mais antigas da Igreja. No ano de 600 já a Igreja Católica festejava este dia de glória de Maria Santíssima. A festividade de hoje lembra como a Mãe de Jesus Cristo recebeu a recompensa de suas obras, dos seus sofrimentos, penitências e virtudes. Não só a alma, também o corpo da Virgem Santíssima fez entrada solene no céu. Ela, que durante a vida terrestre desempenhou um papel todo singular, entre as criaturas humanas, com o dia da gloriosa Assunção começou a ocupar um lugar no céu que a distingue de todos os habitantes da celeste Sião.
Só Deus pode dar uma recompensa justa; só Ele pode remunerar com glória eterna serviços prestados aqui na terra; só Ele pode tirar toda a dor, enxugar todas as lágrimas e encher nossa alma de alegria indizível e dar-nos uma felicidade completa. Que recompensa o Pai Eterno não teria dado àquela que por ele mesmo tinha sido eleita, para ser a Mãe do Senhor humanado? Se é impossível descrever as magnificências do céu, impossível é fazermos idéia adequada da glória que Maria Santíssima possui, desde o dia da Assunção. Se dos bem-aventurados do céu o último goza de uma felicidade infinitamente maior que a do homem mais feliz no mundo, quanta não deve ser a ventura daquela que, entre todos os eleitos, ocupa o primeiro lugar; aquela que pela Igreja Católica é saudada: Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, Rainha dos Profetas, Rainha dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, Rainha de todos os Santos!
Que honra, que distinção, que glória não recebeu Maria Santíssima pela sua gloriosa Assunção! Esta distinção honra também a nós e é o motivo de nos alegrarmos. Maria, que agora é Rainha do Céu, foi o que nós somos, uma criatura humana e como tal, nasceu e morreu, como nós nascemos e devemos morrer; mais que qualquer outra, foi provada pelo sofrimento, pela dor. Pela glória com que Deus a distinguiu, é honrado o gênero humano inteiro e por isso a elevação de Maria à maior das dignidades no céu é o motivo para nos regozijarmos. Outro motivo ainda de alegria temos no fato de Maria Santíssima ser a Medianeira junto ao trono divino.
O protestantismo não se cansa de repetir que a Igreja Católica adora os Santos. Doutrina da Igreja Católica é que os Santos podem interceder por nós, e que suas orações tem grande valor aos olhos de Deus; por isto, devemos invocá-los e pedir-lhes a intercessão. Esta doutrina, baseada na Sagrada Escritura, é além disto mui racional. Os Santos não são iguais em santidade e por isto seu valor de intermediários não é o mesmo. Entre todos os habitantes da Jerusalém, a mais santa, a mais próxima de Deus é Maria Santíssima. A intercessão de Maria deve, portanto, ser mais agradável a Deus e mais valiosa para nós. São Bernardino de Siena chama Maria Santíssima a “tesoureira da graça divina”; Santo Afonso vê em Maria o “ refúgio e a esperança dos pecadores”, e a Igreja Católica invoca-a sob os títulos de “ Mãe da divina graça, Porta do céu. Advogada nossa”. Maria Santíssima é a nossa Mãe, nossa grande medianeira, pelo fato de ser a Mãe de Jesus Cristo, nosso grande mediador.
O dia de sua gloriosa Assunção é para nós um grande “Sursum corda”. Levantemos os nossos corações ao céu, onde está nossa Mãe. Invoquemo-la em nossas necessidades, imitemo-la nas virtudes. Desta sorte, tornando-nos cada vez mais semelhantes ao nosso grande modelo, mais dignos seremos da sua intercessão e mais garantidos da nossa salvação eterna.
A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade, que foi acreditada desde os primeiros anos do cristianismo, e declarada Dogma em 1950 pelo Papa Pio XII. Eis um trecho de um sermão de São João Damasceno, sobre o mistério da ressurreição e Assunção de Nossa Senhora: “Quando a alma da Santíssima Virgem se lhe separou do puríssimo corpo, os Apóstolos presentes em Jerusalém, deram-lhe sepultura em uma gruta do Getsêmani. Tradição antiqüíssima conta que, durante três dias, se ouviu doce cantar dos Anjos. Passados três dias não mais se ouviu o canto. Tento entretanto chegado também Tomé e desejando ver e venerar o corpo, que tinha concebido o Filho de Deus, os Apóstolos abriram o túmulo mas não acharam mais vestígio do corpo imaculado de Maria, Nossa Senhora. Encontraram apenas as mortalhas, que tinham envolvido o santo corpo, e perfumes deliciosos enchiam o ambiente. Admirados de tão grande milagre, tornaram a fechar o sepulcro, convencidos de que Aquele que quisera encarnar-se no seio puríssimo da Santíssima Virgem, preservara também da corrupção este corpo virginal e o honrara pela gloriosa assunção ao céu, antes da ressurreição geral”
REFLEXÕES
Lembremo-nos ainda que hoje é o dia das Mil Ave-Marias. Esta prática salutaríssima, vêm dos nossos avós, por antiga tradição católica. É preciso difundir cada vez mais, principalmente no seio da família este dia tão especial, para que nossos pósteros levem adiante esta chama tão preciosa de graça e de bênção de valor inimaginável. É muito salutar passar o dia rezando, intensa e continuamente as Ave-Marias em honra a Maria Santíssima. É como que fazer um retiro espiritual em meio às nossas atividades cotidianas. Delas podemos alcançar por intercessão de Maria, copiosas bênçãos e graças espirituais ou mesmo as temporais que nos afligem nesta peregrinação terrestre. Coloquemos hoje, nas mãos amorosas de Nossa Senhora, todas as nossas dificuldades, aflições e intenções mais íntimas. Façamos o possível para, pelo menos, lembrar-nos de repetir continuamente a oração da Ave-Maria, ainda que mentalmente, desde o alvorecer até o anoitecer. Ainda que o ideal fosse não só contar as Ave-Marias, mas meditar todos os respectivos mistérios do Rosário, as nossas atividades diárias, no automóvel, no trabalho, na escola, no lar, podem impedir meditação adequada. Não importa, o que vale é passarmos o dia rezando, sempre que pudermos, essa oração poderosa tanto para os ataques do mal, quanto para obtermos as graças daí advindas.
Como deve ser suave a morte como termo de uma vida santa! Se queres ter uma morte santa, imita a Maria Santíssima na prática das virtudes, principalmente na fé, na confiança em Deus, no amor a Deus e ao próximo, na humildade, paciência e mansidão, na incomparável pureza, na conformidade absoluta à vontade de Deus. Não há nenhuma destas virtudes, cuja prática esteja acima das tuas forças. Não te importa que os homens te desprezem, se Deus te dá tua estima. Que importa se os homens te abandonarem, sendo Deus teu amigo e protetor? É indiferente que sejas rico ou pobre, se possuíres a Deus. Que são os sofrimentos, tribulações, pobreza, fome, sede e doença em comparação com uma boa morte, que te transportará para uma glória e felicidade sem fim? Quem mais participou da Paixão de Jesus Cristo do que sua Santa Mãe? Há, entre os Santos todos, um só, que tenha sofrido como Maria Santíssima? Não é Ela a Rainha dos Mártires? Não obstante é a bendita entre as mulheres, a Esposa do Espírito Santo, a eleita da Santíssima Trindade.
Também nós havemos de seguir o caminho da cruz, para nos tornarmos dignos da eterna glória. À Vista de Maria Santíssima ao pé da cruz e seu divino Filho pregado no lenho da ignomínia, devem emudecer nossas queixas, nossos desânimos.
Fonte: Página Oriente em 2016
Assunção
de Nossa Senhora
Espiritualidade | O termo dormitio (passagem da santa Mãe de Deus para a outra vida) é o mais antigo no que se refere ao desfecho da vida terrena de Maria e após um século da introdução da festa em Roma pelo papa oriental Sérgio I viria a ser denominado como Assunção de Nossa Senhora. Maria não precisou aguardar o fim dos tempos para obter a ressurreição corpórea, pois o pecado nunca passou perto de sua alma. A sua união com Cristo mostra a vitória sobre os principais inimigos do gênero humano: a morte e o pecado. A vitória de Maria sobre o pecado, se completa com a vitória em corpo e alma. A Assunção é, pois, a participação do corpo e da alma na glória celeste, a plenitude da Vida cristã no pós-morte. |
Fonte informação | Santo nosso de cada dia, rogai por nós |
Oração | Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por Cristo, Senhor nosso. Amém. Repitamos todos: Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós. |
Padroeiro | África do Sul |
Outros Santos do dia | Outros santos do dia: Tarcísio (Mártires); Alípio, Amulfo (bispo); Alícia e Margarida (Monjas); Alfredo e João (bispo); Jacinto (patr) e Ártires. Fonte: ASJ em 2013 |
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