sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 04/02/2022

ANO C


Mc 6,14-29

Comentário do Evangelho

Primeiro mártir da moral

Quem não tinha ouvido falar de Jesus? Até Herodes o tinha! A fama de Jesus se espalhara (Mc 1,28). Se todo mundo falava e ouvia falar de Jesus, não havia unanimidade no que concerne a sua verdadeira identidade. O “fantasma” da morte de João perturbava Herodes, que era, no dizer de Lucas, um criminoso (Lc 3,19). João Batista, podemos dizer, é o primeiro mártir da moral. Por causa da denúncia de adultério de Herodes com Herodíades que ele foi encarcerado e brutalmente assassinado.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Paulinas em 07/02/2014

Vivendo a Palavra

Marcos expõe a fragilidade de Herodes, escondida pela aparente força do poder político. Um homem atormentado pela verdade exposta pelo Batista, a quem até gostava de ouvir, mas vencido pela vaidade e o orgulho de manter uma palavra dita em hora impensada. Oportuno lembrete para refletirmos sobre as nossas atitudes...
Fonte: Arquidiocese BH em 07/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

Marcos expõe a fragilidade de Herodes, escondida pela aparente força do poder político. Um homem atormentado pela verdade exposta pelo Batista, a quem até gostava de ouvir (embora incomodado…), mas vencido pela vaidade e o orgulho de manter uma palavra dita em hora impensada. Oportuno lembrete para refletirmos sobre as nossas atitudes...
Fonte: Arquidiocese BH em 07/02/2020

Reflexão

Todas as pessoas que participam da missão de Jesus, participam também do seu tríplice múnus: sacerdotal, profético e real. Participam do sacerdócio de Cristo através da busca da santificação pessoal e comunitária, da oração, da intercessão, etc. Participa do múnus profético através da palavra que denuncia o pecado e anuncia o Reino e participa do múnus régio pelo serviço aos irmãos e irmãs. A participação no múnus profético exige compromisso com a verdade e os valores morais, que atrai a ira de todos os que são contrários à proposta de Jesus, e, como no caso de João Batista, acarreta em ódio, vingança, perseguição e pode até levar à morte.
Fonte: CNBB em 07/02/2014

Reflexão

Com riqueza de detalhes, o evangelista põe em destaque a grandiosa figura de João Batista. Desta vez para falar de sua morte. Por sua fidelidade incondicional à vocação de precursor do Messias, por sua coerência de vida honesta e transparente, cai nas mãos do cruel Herodes Antipas. É retirado de circulação e enfrenta os horrores da cadeia. Mais tarde, tem a cabeça decepada, por ordem do mesmo rei. Cessa a voz do profeta; predomina o terror imposto pelo chefe do povo. Empobrece o mundo carente de Deus; sobressai o ódio e a prática da injustiça e da opressão. Retrato do mundo atual. Oxalá cristãos e cristãs, em número cada vez mais crescente, tomem como modelo o “maior entre os nascidos de mulher” (Mt 11,11), por sua audácia e palavras fortes em defesa dos oprimidos e marginalizados.
Oração
Senhor Jesus, teu precursor João encontra-se na cadeia, a mando de Herodes, que cultivava pensamentos e sentimentos contraditórios a respeito dele: prazer em ouvi-lo, medo, ódio, proteção. Ódio maior foi o de Herodíades, que mandou degolar o “justo e santo”, João Batista. Senhor, livra-nos do mal. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 07/02/2020

Reflexão

João Batista se tornou conhecido pela sua ousadia e coragem em denunciar aquilo que não condizia com seus princípios de vida como precursor da Boa-nova. Até depois de morto, perturba a consciência do poderoso Herodes. Com detalhes, o Evangelho de hoje descreve a morte de João Batista. Essa morte antecipa o destino de Jesus e de muitos de seus seguidores. Tudo começou numa festa de aniversário entre ricos e poderosos. Em banquetes de poderosos, muitas vezes, são tramadas mortes de inocentes. Os dois – João e Jesus – não temeram pagar o preço de sua liberdade em denunciar tudo o que vai contra o projeto de Deus a respeito da humanidade. Eles devem fidelidade somente a Deus. Ambos são símbolos da coerência que existe no cristianismo entre profetismo e martírio. Que seu exemplo inspire os discípulos e discípulas de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Aproveitamos as oportunidades para testemunhar nossa fé publicamente? - É fácil ser sempre claro e objetivo diante da verdade? - Há muito receio em dizer a verdade? - Há muita competição em nosso contexto de vida? - Será que muitas vezes não falta sinceridade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 07/02/2014

Meditando o evangelho

UM MÁRTIR DA VERDADE

A liberdade com que Jesus pregava, levou-o a ser confundido com João Batista. A corte do rei Herodes, por exemplo, quando ouviu falar de Jesus, pensou tratar-se de João Batista ressuscitado, operando maravilhas.
João Batista tornara-se conhecido pela sua defesa intransigente da verdade. Nem o rei escapou de ser denunciado, quando, de maneira arbitrária, tomou para si a mulher de seu irmão. O profeta João não hesitou em lançar-lhe em face: "Não lhe é permitido casar-se com a mulher de seu irmão".
Sua figura frágil não se intimidou diante da fúria de rei e de sua concubina. João Batista não podia pactuar com o pecado de quem quer que fosse. Não temia pagar o preço de sua liberdade. Ele devia fidelidade somente a Deus.
O destino de João preanunciava o de Jesus e de seus discípulos. Também esses últimos haveriam de contar com a rejeição e a morte, especialmente quando o serviço do Reino os colocasse em confronto com a prepotência dos poderosos. A atitude firme e corajosa do Batista serviria de modelo inspirador. Assim como ele não se curvou diante da iniquidade do rei, Jesus também não se curvaria. Os discípulos deveriam tomar esta atitude como modelo.
O serviço do Reino comporta o testemunho da verdade, mesmo com o risco de perder a vida.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que o testemunho de liberdade e coragem, demonstrado por João, seja fonte de inspiração para minha caminhada de discípulo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Guerra de Poderes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Evangelho nos mostra a conturbada relação de Herodes com Jesus. Claro que não há uma cronologia sequencial dos fatos aqui expostos, o que o evangelista ressalta muito bem é que os Poderosos desse mundo, aqui representados por Herodes, sempre se colocam acima de qualquer poder, mesmo o Divino, como donos absolutos da Vida podendo manipula-la á vontade, sempre é claro a seu favor.
Herodes não acreditava naquela onda de que o Batista, que ele mandara decapitar, atendendo o desejo de Salomé, a filha de sua amante Herodíades, teria ressuscitado em Jesus e voltara à vida para provocá-lo.
E qual é o pecado de Herodes? Exatamente o de colocar-se acima de Deus enquanto Rei, e mesmo que aprecie a quem prega, não pode voltar atrás em sua palavra, pois jurou durante um banquete no dia do seu aniversário. Celebrou a Vida decretando a morte do Justo que ousara denunciar o seu pecado de adultério.
A Eucaristia é um Banquete bem diferente do Banquete de Herodes, nela Jesus oferece a própria Vida para que toda Humanidade a tenha em abundância. Diferente de Herodes, Jesus mantém a sua Palavra, mesmo que isso represente perder a própria Vida. Se permanecesse fiel às Palavras de João Batista a quem tanto admirava, compreenderia que no Reino de Jesus, só ganha quem perde.
O homem da pós-modernidade conhece Jesus Cristo, o seu evangelho e o seu Reino, admira os valores cristãos e até os acha belos enquanto ideal de Vida, mas no momento em que, para decidir radicalmente a favor do Reino, correr o risco de perder algo, como Herodes prefere que prevaleça a mentira, a infidelidade e a morte do Justo, relativizando Jesus Cristo e seus ensinamentos, porque o seu egocentrismo só o leva a ver como absoluto seus interesses.
Os governantes e os legisladores do mundo, muitas vezes agem desse modo, decretando a morte do Justo, porque o seu testemunho é uma séria ameaça ao poder que ocupam. E assim, o banquete de morte se repete em todas as esferas, pois há sempre uma Herodíades caprichosa, querendo a cabeça dos que vivem e anunciam a Verdade absoluta.

2. João Batista ressuscitou dos mortos - Mc 6,14-29
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O rei Herodes estava convencido de que Jesus era João Batista ressuscitado. De fato, ele tinha mandado cortar a cabeça de João Batista. Este é o Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, com a samaritana Menace. Em seu reinado morreram João Batista e Jesus. No Evangelho de Lucas, Jesus se refere a Herodes como “aquela raposa”. Jesus não disse uma palavra quando Pilatos o enviou para ser interrogado por Herodes. É certo historicamente que João foi preso algum tempo depois do Batismo de Jesus e executado por ordem de Herodes Antipas. Jesus dá continuidade ao ministério de João no mesmo espaço geográfico governado por Herodes. A morte violenta do precursor transformou-se em sinal e alerta para o profeta que anunciava com o mesmo vigor a chegada do Reino de Deus. A pregação do Reino de Deus une estreitamente João Batista e Jesus. Conhecendo a história dos profetas e vendo o fim de João, Jesus de Nazaré, o Filho do Homem, podia prever a própria morte. O historiador Flávio Josefo dá a entender que Herodes tinha medo da força política de João Batista.
Fonte: NPD Brasil em 07/02/2020

HOMILIA

A VERDADE CUSTA A VIDA

Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão.  Permita meu irmão, minha irmã: Será que coisa como esta ainda acontece nos dias de hoje?  Será que os homens que cobiçam ou desejam a mulher do amigo, do irmão, já não existem?  Ver e admirar a beleza na mulher que acaba de passar, é até certo ponto normal, natural, porque se você é homem, isto faz parte da natureza. A beleza da mulher ou do homem deve levar você a louvar a Deus que fez as coisas boas e belas. Está no livro do Gêneses: Deus fez tudo bem e belo. Então é natural contemplar a beleza humana desde que esta contemplação nos leve à Deus. O que não é natural e correto, é você não se controlar diante da exuberância  e da beleza da mulher ou do marido de outra pessoa, e partir para a conquista dela. É animalesco. Quando você passa por cima do fato dela ser a mulher do seu irmão, ou do marido da sua irmã e parte para planejar um modo de se aproximar dela ou dele com o objetivo de possessão, aí está cometendo pecado contra um dos dez mandamentos que foram deixados por Deus a Moisés.
Trata-se de um pecado grave, pois atinge várias conotações, ou dimensões: primeiro: Aquela mulher linda ou homem lindo e saudável não lhe pertence, mas sim pertence a outro (a), ao seu ou a sua irmão em Cristo. Portanto, é pecado tirar qualquer coisa do seu irmão (a), principalmente sua mulher amada ou marido; Segundo: Ao conquistar a mulher do próximo, ou o marido da outra você destruiu um lar, uma família, fazendo infeliz os referidos filhos daquele casal; Terceiro: Você infringiu a Lei de Deus que diz: "O que Deus uniu, o homem não pode separar"; Quarto: Se você for casado (a), ou tem namorada (o), acabou de trair não só o marido daquela linda mulher, mais também traiu a sua esposa ou sua namorada, e destruiu duas famílias. Percebeu o estrago que você fez somente para satisfazer o seu instinto, o seu desejo, o seu egoísmo?
Até aqui nos referimos ou nos dirigimos ao homem, que cobiça a mulher ou o marido do próximo. Porém, como sabemos, existem não raros casos de mulheres que cobiçam,  atrai e conquista  o marido da próxima.  Sendo assim, da mesma gravidade.
Como homens e mulheres devemos respeitar a Lei de Deus, vamos nos controlar diante das tentações,  vamos respeitar aqueles que foram unidos no altar pelo representante de Deus na terra. Não vamos fazer o mal ao próximo, e principalmente trazer a infelicidade as crianças e adolescentes inocentes. Estamos falando dos filhos dos casais separados, aqueles que mais sofrem com as traições, e com a separação.
Outro pormenor do evangelho de hoje é que na verdade, quem articulou a morte de João, foram os poderosos da Galiléia. Mais usaram Herodíades e sua mãe para executar o plano assassino. Trata-se da repressão do poder local contra as ações denunciadoras e libertadoras. A execução de João tem três significados: Primeiro, ironizar um rei que apesar de toda sua pompa, no fundo não passava de um fraco. Também significou uma advertência aos discípulos de Jesus que estavam preparados para o apresentar como O messias, O filho de Deus, ou o próprio Deus. E em terceiro lugar, o martírio de João serviria para avisar, para assustar a todos, no sentido de que tomassem consciência de que tanto de João como de Jesus, ninguém deveria esperar glória nem poder, mas um serviço humilde e divino, seguido de martírio.
A vida de João Batista foi uma preparação para que a pessoa de Jesus Cristo fosse aceita. Ele veio preparar os caminhos. Por outro lado, sua vida é muito parecida com a aventura de Jesus. Ambos anunciaram o reino de Deus, foram perseguidos, contra eles houve a articulação dos poderosos, para tramar a morte de ambos, porém em espaço de tempo seguido ou diferente. Também, igualmente, ambos permaneceram na mente do povo até hoje. Jesus mais além. Ele sendo o próprio Deus, está presente de verdade em todos os lugares. Concluindo: O dom da vida não pertence aos poderosos, mas sim a Deus. Isto quer dizer, que alguém por mais poderoso que seja não tem o direito de tirar a vida de outra pessoa. A vida pertence a Deus.
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador e de dizer sempre a verdade. Ainda que isso me custe a vida como João Batista. É isso que vos peço Ó Pai do Céu. Daí-me força para não cair na tentação da beleza carnal.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/02/2014

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 07/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

A verdade abre as portas do coração de Deus!

Pode ter certeza de que, na casa de Deus, quando você é verdadeiro, independentemente da sua verdade, as portas do coração de Deus estarão sempre abertas para você!

”João dizia a Herodes: ‘Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão’. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia” (Mc 6, 18-19).

João Batista é, para nós, exemplo de autenticidade, amor e testemunho da verdade. Ele não segue as conveniências, porque nós, muitas vezes, queremos agradar e ser agradáveis com as pessoas e, por causa disso, nem sempre mantemos a coerência no pensamento, no sentimento e naquilo que falamos. Algumas vezes agimos dessa forma por medo de perder privilégios, amizades e assim por diante.
É importante observar o seguinte: João Batista disse a Herodes que não lhe era permitido viver com a mulher do seu irmão. O adultério que Herodes cometia era um gravíssimo, não só por estar vivendo com uma mulher que não lhe pertencia, mas também por estar sendo injusto com o seu irmão.
Sabem, meus irmãos, não é dever nosso julgar ninguém, condenar ninguém, jogar pedras nem atirar pedras em ninguém. Mas é uma obrigação nossa dizer a verdade quando for verdade; mostrar a verdade, quando esta precisa ser dita. E existe um instrumento que é muito importante ao se fazer isso: não se diz a verdade sem primar pela caridade. Nós não precisamos jogar as coisas na cara das pessoas, nós não precisamos humilhá-las nem as deixar para baixo.
Nós precisamos, sim, ajudar as pessoas a pensar, a raciocinar, a compreender como estão vivendo a sua vida. No entanto, não podemos achar tudo normal, não podemos chamar o errado de certo; nem podemos achar as coisas que não nos convêm, que não são de acordo com a vontade de Deus, como se fossem justas, corretas, aplaudir e dizer: ”É isso mesmo, é por aí!”. Não, a Lei de Deus é a Lei de Deus!
Quero dar uma palavra a muitos casais que vivem a realidade de uma segunda união. Eu louvo a Deus, porque eu sei que existem muitos casamentos em segunda união que são uma verdadeira bênção! O primeiro casamento não deu certo por ”n” motivos, de repente você é até mais feliz do que na primeira união. Então, a Igreja os acolhe, os ama e podem ter certeza de que no coração de Deus vocês têm um lugar que pertence só a vocês. Apenas  é importante frisar que nós temos que lutar pelo casamento, lutar pela primeira união, lutar por aquele casamento que você primeiro constituiu. O que nós não podemos é relaxar, casar e, de repente, já desfazer-se do casamento por qualquer motivo.
Eu olho para o coração daqueles que lutaram, que tentaram de todas as formas ter um casamento de acordo com a vontade de Deus, mas, por imaturidade de ambas as partes, ou de uma das partes, ou por outros motivos, pode ser que o relacionamento não tenha dado certo. O que não vale é você sair de um relacionamento e já começar outro. Dê tempo ao tempo, peça ajuda à Igreja, peça que Deus encaminhe o seu coração e pode ter certeza de que a bênção de Deus estará sobre você!
Nós não precisamos condenar ninguém, nós só precisamos mostrar a verdade. Lute para que você tenha um casamento único; e quando isso não for possível, seja qual for o motivo, peça que, na caridade, no amor, a Igreja o ajude! Pode ter certeza de que, na casa de Deus, quando você é verdadeiro, independentemente da sua verdade, as portas do coração de Deus estarão sempre abertas para você!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/02/2014

HOMÍLIA DIÁRIA

Incomodemos a nós e ao mundo vivendo a verdade

O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. (Mc 6,27-28)

O relato dramático de João, o Batista, é contado para nós com toda a exatidão dos acontecimentos. Primeiro, com aquilo que João provoca, ou seja, o incômodo, porque a Palavra de Deus e o Seu Reino provocam incômodo nas pessoas, no mundo, na sociedade, nos governantes. É por isso que Herodes está incomodado, perturbado, querendo saber quem é este Homem do qual todos falam.
Meus irmãos, não nos acomodemos, mas incomodemos o mundo anunciando a Palavra de Deus como fez João Batista.
Precisamos ser profetas, precisamos anunciar, porque quando nós não anunciamos, o mal cresce, o erro cresce; e aqui não é questão de acusar ninguém dos pecados, aqui é questão de anunciarmos a verdade do Reino, a verdade que salva e liberta, porque é muito mais fácil ficarmos naquela posição cômoda e dizer “o problema é dele, não é meu o problema”.
É muito mais fácil vivermos a nossa espiritualidade fechada no nosso mundo e não a anunciarmos. Não! João Batista não se acomodou, Ele incomodou, e incomodou muito, sobretudo Herodíades, cuja mãe estava vivendo de uma forma ilícita com Herodes, pois era mulher do irmão de Herodes e foi viver com o irmão deste. Isso incomodava? Claro que sim, pois viviam uma relação ilícita. Em vez de rever a vida, ela preferiu eliminar aquele que o incomodava.

Não nos acomodemos, mas incomodemos a nós e ao mundo vivendo a verdade

Sem cabeça, atendendo o pedido de Herodes, na ocasião do seu aniversário, a sua filha Herodíades dançou, e a dança agradou demais a Herodes, assim como o mundo, como a sensualidade e o prazer agradam demais as pessoas, por isso elas estão se vendendo tão facilmente. Das danças eróticas à sedução que os prazeres provocam, as pessoas estão se vendendo, comprando-se tão facilmente, e facilmente perdendo a cabeça.
O que três cabeças perdidas – a mulher, Herodes e a filha Herodíades – o que três “sem cabeças” fazem: pedem a cabeça de João Batista, aquele cuja cabeça foi usada unicamente para anunciar a verdade, para proclamar o Reino de Deus. A cabeça dele é cortada, colocada num prato e entregue à moça como um troféu, mas, na verdade, isso é uma infâmia, é um ultraje. Eu sei que a verdade, muitas vezes, é ultrajada, negada, a verdade é, muitas vezes, desrespeitada, mas nós não podemos perder a cabeça, o juízo, o bom senso, a retidão nem a moral.
O que nós precisamos é ter cabeça e coração em Deus para não nos desviarmos da verdade e vivermos em Cristo, mas a coerência de vida nem sempre é fácil.
Não nos acomodemos, mas incomodemos a nós e ao mundo vivendo a verdade.
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/02/2020

Oração Final
Pai Santo, que o Evangelho nos conduza a não julgarmos quem quer que seja, ainda que se trate dos Herodes dos nossos tempos. Que Tua Palavra nos ajude a manter a humildade diante das tentações do orgulho e da vaidade, tão presentes em nossa caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o Evangelho nos ensine a não julgar quem quer que seja, ainda que se trate dos ‘Herodes’ dos nossos tempos. E que a tua Palavra Viva nos ajude a manter a humildade e a mansidão diante das tentações do orgulho e da vaidade, tão presentes em nossa caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 07/02/2020

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