domingo, 17 de outubro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 17/10/2021

ANO B


29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano B - Verde

“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” Mc 10,45

Mc 10,35-45

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Na comunidade dos discípulos de Jesus não tem lugar para a ambição, o poder e o domínio. O exemplo do Senhor é daquele que fez de sua vida uma grande oferta de serviço aos irmãos e irmãs. É esse o pensamento que deve inspirar as relações dentro da Igreja: estar a serviço.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, que graça o Senhor nos concedeu de nos reunirmos neste dia a Ele dedicado! Celebramos sua vitória sobre o pecado e a morte e que nos garantiu a Vida verdadeira! A Páscoa de Cristo é nossa páscoa, certeza de que as forças da morte já não prevalecem sobre nós.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A liturgia de hoje nos ajudará a compreender que o verdadeiro sentido do amor cristão é o serviço. Um cristão autêntico se distingue, portanto, pela coragem de doar-se à serviço do próximo, promovendo vida abundante. Hoje, comemorando o “Dia Mundial das Missões”, rezemos pelos missionários e missionárias, intercedendo a graça de sermos evangelizadores através do serviço fraterno.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, que graça o Senhor nos concedeu de nos reunirmos neste dia a Ele dedicado! Celebramos sua vitória sobre o pecado e a morte e que nos garantiu a Vida verdadeira! A Páscoa de Cristo é nossa páscoa, certeza de que as forças da morte já não prevalecem sobre nós. Neste dia mundial das missões, unimo- nos em oração para que o Senhor faça crescer em nossa Igreja o espírito missionário que nos faz sair ao encontro dos irmãos.

SOMOS UMA IGREJA MISSIONÁRIA

No próximo Domingo, celebraremos o Domingo das Missões, em toda a Igreja, em cada paróquia e comunidade. A Igreja de Jesus Cristo é missionária por sua própria natureza. Por isso, rezamos de maneira especial pelos missionários que dedicam suas vidas ao anúncio e testemunho do Evangelho nos mais variados ambientes e contextos sociais e culturais.
Todos os membros da Igreja, a partir do Batismo, receberam o chamado a serem missionários ao longo da vida. E a vocação missionária pode ser desempenhada de muitas maneiras: alguns são sacerdotes ou religiosos, servindo as comunidades locais da Igreja, ou partindo para frentes missionárias em lugares distantes. Outros são missionários no casamento e na família, edificando lares cristãos, verdadeiras “igrejas domésticas”, e transmitindo a fé aos filhos. Outros ainda são missionários leigos, como profissionais inseridos nas muitas estruturas e situações da vida social e profissional, ou assumindo responsabilidades públicas e esforçando-se para testemunhar o Evangelho de Cristo nessas diversas situações da vida civil.
Somos todos discípulos de Jesus Cristo e também seus missionários, testemunhas do Reino de Deus, que já está no meio de nós. A Igreja conta com a participação de cada um de seus membros no desempenho da missão recebida de Jesus Cristo mediante a participação ativa e alegre na própria comunidade local, que é o primeiro lugar para vivermos como discípulos- missionários de Jesus Cristo. A Igreja precisa ser positivamente missionária, ou deixa de ser a Igreja de Cristo.
No próximo Domingo, faremos um gesto concreto de apoio ao trabalho dos missionários, participando na coleta “para as missões”, feita em todas as igrejas católicas do mundo. Com o fruto da “coleta missionária”, poderão ser apoiados os trabalhos dos missionários em regiões carentes e mais necessitadas, onde eles dependem muito de nossa generosa partilha. Em muitos lugares, de fato, os missionários só conseguem fazer seu trabalho se forem ajudados por nós, que já somos católicos.
Hoje acontece, em todas as dioceses do mundo, o início da preparação da próxima assembleia do Sínodo dos Bispos, que será realizada em outubro de 2023. O Papa Francisco pede que todas as comunidades católicas participem dessa preparação da assembleia do Sínodo. Por isso, o bispo de cada diocese celebra hoje uma Missa especial com o seu povo para abrir o “caminho sinodal” na própria diocese.
Este fato também tem um forte significado missionário, pois a missão da Igreja é de todos. Ninguém é missionário sozinho e a missão da Igreja é “trabalho feito em mutirão”, do qual todos os membros da Igreja tomam parte, cada um a seu modo. E o Espírito de Deus anima e fecunda toda a ação missionária da Igreja. Jesus, missionário de Deus Pai para o mundo, não realizou sozinho a sua missão, mas chamou os apóstolos e muitos discípulos, enviando-os a pregar e testemunhar o Evangelho. Os apóstolos, por sua vez, fizeram o mesmo e, em cada grupo ou comunidade de fé, constituíram outros missionários e encarregados de continuarem e ampliarem a missão e o serviço do Evangelho. E hoje não deve ser diferente.
O Papa Francisco nos chama a sermos uma Igreja mais “sinodal”, que valoriza a participação e a ação de cada um de seus membros. A Igreja é um povo de discípulos missionários de Jesus Cristo e ninguém deve ficar numa atitude passiva, apenas recebendo os benefícios oferecidos. Todos receberam dons, que devem fazer frutificar em benefício do corpo inteiro.
Ouviremos falar muito sobre isso daqui por diante, nos próximos anos. Esse é um aspecto importante da renovação da Igreja, tão necessária em nossos dias. Que a preparação da próxima assembleia do Sínodo dos Bispos nos ajude a tomar consciência disso e a sermos uma Igreja cada vez mais missionária.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

A MISSÃO DE ANUNCIAR JESUS CRISTO

“... A missão da Igreja não é a propagação duma ideologia religiosa, nem mesmo a proposta duma ética sublime. No mundo, há muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Diversamente, através da missão da Igreja, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir; e, por isso, aquela representa o tempo propício da salvação na história. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus torna-Se sem cessar nosso contemporâneo, consentindo à pessoa que O acolhe com fé e amor experimentar a força transformadora do seu Espírito de Ressuscitado que fecunda o ser humano e a criação, como faz a chuva com a terra. «A sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 276)... O mundo tem uma necessidade essencial do Evangelho de Jesus Cristo. Ele, através da Igreja, continua a sua missão de Bom Samaritano, curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída. E, graças a Deus, não faltam experiências signifi cativas que testemunham a força transformadora do Evangelho.”
(Trecho da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões)
Fonte: NPD Brasil em 21/10/2018

MISSÃO A SERVIÇO DA HUMANIDADE

Hoje celebramos o Domingo das Missões, também conhecido como “Jornada Missionária Mundial”. O Papa pede que toda a Igreja dedique este Domingo à campanha missionária, à realização de ações concretas de apoio ao trabalho dos missionários e à tomada de consciência sobre a dimensão missionária da Igreja e da vida cristã.
O Dia Mundial das Missões é uma iniciativa que já dura quase um século e tem trazido muitos frutos para as comunidades cristãs ainda jovens e sem recursos para desempenharem sua própria missão. No próximo ano, será celebrado o 100º Dia Mundial das Missões, instituído pelo Papa Bento XIV em 1919; e o Papa Francisco já pediu para que toda a Igreja celebre, em outubro de 2019, um “mês missionário extraordinário”.
Também hoje, cada membro da Igreja é convidado a fazer um gesto concreto de apoio ao trabalho dos missionários, mediante a coleta missionária. Além de rezar pelas missões e pelos missionários, devemos também apoiar economicamente as iniciativas missionárias da Igreja, sobretudo em países onde o Cristianismo ainda está pouco presente, ou onde passa por perseguições. Sejamos generosos e façamos a nossa parte!
anunciar Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador a todos os povos. O anúncio e o testemunho do Evangelho foram explicitamente ordenados por Cristo aos apóstolos no envio missionário deles: “ide por todo o mundo, anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). O Espírito Santo lhes foi prometido em função do testemunho de Jesus Cristo em toda parte (cf. At 1,8).
A Igreja precisa renovar-se com urgência na missão. O Papa Francisco não se cansa de nos recordar que, sem a ação missionária, a Igreja perde a vitalidade e deixa de fazer aquilo que Jesus lhe ordenou. Nosso sínodo arquidiocesano é um convite a fazermos, em São Paulo, um “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária”. Precisamos de uma verdadeira “conversão missionária” em nossa Igreja em São Paulo.
O anúncio missionário do Evangelho e o testemunho da vida cristã são serviços prestados pelos cristãos à humanidade e à sociedade local. O Evangelho de Cristo é um bem para a cidade e para o convívio social. Por isso, ele não deve ser escondido entre nós, mas partilhado generosamente com todos.
Neste ano do Laicato, recordamos especialmente que a presença dos cristãos leigos no tecido social é uma presença missionária importante. Que o Espírito de Cristo ilumine e fortaleça o testemunho missionário dos leigos também na cidade de São Paulo.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Fonte: NPD Brasil em 21/10/2018

Comentário do Evangelho

Crítica ao exercício do poder

Encontramos em cada um dos três evangelhos sinóticos (Mt, Mc, Lc) três "anúncios da Paixão", nos quais Jesus adverte seus discípulos sobre as provações que ele pressente que sobrevirão em Jerusalém, para onde se dirigem. Em sequência aos segundo e terceiro anúncios, os evangelistas Mateus e Marcos narram a aspiração dos discípulos por usufruírem o poder. Estes evangelistas fazem, assim, um contraste entre o projeto libertador de Jesus, vulnerável à repressão dos poderosos, e a incompreensão desses discípulos apegados à mentalidade de disputa e conquista do poder. O episódio narrado no evangelho de hoje vem em seguida ao terceiro anúncio da Paixão. Jesus e os discípulos estão se dirigindo a Jerusalém e o ministério de Jesus se aproxima do fim. Depois de cerca de três anos de convívio (outono de 27 à primavera de 30), os discípulos ainda manifestam incompreensão em relação à novidade de Jesus. É João, um dos discípulos mais próximos de Jesus, e seu irmão, Tiago, que manifestam suas aspirações em estarem à direita e à esquerda de Jesus, imaginando que ele assumiria o poder (a "glória") em Jerusalém. Porém, quando Jesus é suspenso na cruz, são dois marginalizados que estão à sua direita e à sua esquerda, em duas cruzes.
Diante das pretensiosas e equivocadas reivindicações dos discípulos e das contendas entre eles, Jesus faz uma crítica do exercício do poder neste mundo. Rejeitando, de maneira generalizada, o abuso de poder dos chefes das nações e de seus grandes, Jesus reafirma a novidade do Reino. Enquanto a sociedade é dividida entre poderosos opressores e oprimidos explorados, Jesus propõe a conquista da unidade a partir da humildade e do serviço, resgatando-se a vida dos mais excluídos e marginalizados.
Na visão judaico-deuteronômica, é pelo castigo e sacrifício que se purificam os pecados. O profeta Isaías (Segundo Isaías) apresenta o povo exilado na Babilônia sob a imagem do "Servo de Javé", que por seu sofrimento seria justificado e glorificado com o poder, conforme o "projeto do Senhor" (primeira leitura). Sob esta mesma visão, o sofrimento final de Jesus foi também assim interpretado. A carta aos Hebreus (segunda leitura), a partir da imagem dos sacerdotes que ofereciam os sacrifícios no Templo de Jerusalém, atribui a Jesus ressuscitado o caráter de "eminente sumo sacerdote que atravessou os céus"; esta eminência está no fato de que "Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha" (Hb 9,14), ao mesmo tempo como sacerdote e vítima. Louvar a cruz de Jesus como instrumento meritório de salvação da humanidade é consequência da doutrina sacrifical do Antigo Testamento. Esta compreensão não corresponde à realidade do Deus de amor, que tudo cria pelo amor e a todos comunica sua vida divina e eterna pelo amor carinhoso, paterno e materno.
Na encarnação, Deus nos deu seu Filho, Jesus. E o próprio Jesus dedicou sua vida, convivendo com os discípulos e as multidões, para a libertação e o resgate da vida de todos, neste mundo. A vida de Jesus é um testemunho do amor que tudo transforma e gera a vida que permanece para sempre.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, leva-me a escolher sempre o caminho do serviço feito na gratuidade, para eu me sentir grande junto de ti.
Fonte: Paulinas em 21/10/2012

Vivendo a Palavra

Tais como novos Tiago e João, também nós estamos ainda impregnados pela mentalidade mercantilista do mundo e, bem no fundo do coração, ainda pensamos em recompensas. Precisamos assumir alegre e corajosamente o espírito da gratuidade que caracteriza o Reino do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/10/2012

VIVENDO A PALAVRA

Tais como novos Tiago e João, também nós estamos ainda impregnados pela mentalidade mercantilista do mundo e, bem no fundo do nosso coração, continuamos pensamos em recompensas. Precisamos assumir alegre e corajosamente o espírito da generosa gratuidade que caracteriza o Reino do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/10/2018

Reflexão

A ATIVIDADE MISSIONÁRIA DA IGREJA

Dando continuidade à proposta de – mensalmente ao longo deste ano, neste espaço de O DOMINGO-CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS – recordar o Concílio Ecumênico Vaticano II ao comemorarmos 50 anos de seu início, escolhemos para este mês o decreto Ad Gentes, que versa sobre a atividade missionária da Igreja.
Sendo a Igreja missionária por natureza, cabia ao Concílio Ecumênico Vaticano II apresentar orientações sobre o assunto. Isso ele o fez com o decreto Ad Gentes, que se ocupa com a atividade missionária da Igreja, “chamada com mais instância a salvar e renovar toda criatura para que tudo seja restaurado em Cristo, e nele os homens constituam uma só família e um só povo de Deus”. Acrescenta o documento: “(…) por toda parte difunda o reino de Cristo, que domina e contempla os séculos, e prepare os caminhos para a sua chegada”. E ensina: “A Igreja cumpre sua missão quando em ato pleno se faz presente a todos os homens ou povos, a fim de levá-los à fé, à liberdade e à paz de Cristo, pelo exemplo da vida, pela pregação, pelos sacramentos e demais meios da graça”.
Sobre a natureza da missão, sublinha: “É uma só e a mesma, em toda parte e em qualquer situação, apesar de exercida diversamente conforme as circunstâncias”. Justifica essa advertência: “Como Cristo, por sua encarnação, se ligou às condições sociais e culturais dos homens, assim deve a Igreja inserir-se em todas essas sociedades para que a todas possa oferecer o mistério da salvação e da vida trazida por Deus”.
Destaca a atuação do leigo ao afirmar: “Para atingir tudo isso, têm máxima influência e merecem especial menção os leigos, isto é, os cristãos que, incorporados a Cristo pelo batismo, vivem no século. Imbuídos do Espírito de Cristo, devem eles animar as coisas temporais, por dentro, como um fermento e organizá-las para que se conformem cada vez mais a Cristo”.
O documento sublinha igualmente a importância da ação missionária e do evangelho na vida e na história humana: “A atividade missionária tem íntima conexão também com a própria natureza humana e suas aspirações. Com efeito, ao dar a conhecer Cristo, a Igreja revela, por isso mesmo, aos homens a genuína verdade da sua condição e da sua integral vocação, pois Cristo é o princípio e o modelo da humanidade renovada e imbuída de fraterno amor, sinceridade e espírito de paz, à qual todos aspiram… Na história humana, mesmo do ponto de vista temporal, o evangelho foi um fermento de liberdade e de progresso e apresenta-se sempre como fermento de fraternidade, de unidade e de paz”.
Concluímos com este magnífico parágrafo: “A atividade missionária é nada mais nada menos que a manifestação ou epifania do plano divino e o seu cumprimento no mundo e em sua história”
D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador
Fonte: Paulus em 21/10/2012

Reflexão

Após o terceiro anúncio da paixão, os irmãos Tiago e João solicitam um lugar de destaque no reinado de Jesus. Isso mostra que os discípulos ainda não se desvencilharam da tentação do poder e do triunfo e não entenderam a proposta de Jesus. O Mestre esclarece que sua comunidade está fundamentada sobre a lei do serviço e não na busca do poder. Com isso, Jesus propõe novo modelo de autoridade, não baseado sobre os modelos autoritários dos regimes humanos, mas sobre o serviço mútuo, generoso e sincero, motivado pelo próprio exemplo. Jesus deseja e propõe uma sociedade onde não haja domínio de um sobre o outro. A tentação dos discípulos é conceber um Messias autoritário e poderoso, tão pernicioso quanto os regimes dominadores. Jesus nos libertou para não sermos mais escravos de nenhum poder e para compreendermos que a força do poder é o serviço e a doação generosa. A comunidade e cada um dos seguidores são convidados a seguir o exemplo dele, que não mediu esforços para promover a vida dos mais desvalidos e abandonados da sociedade.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 21/10/2018

Reflexão

Educados, mas também movidos por interesses pessoais, Tiago e João expressam seu pedido a Jesus: querem lugar de honra na sua glória. Não sabem o que estão pedindo. Ainda não entenderam que, para chegar à glória, precisam “beber o cálice”, isto é, passar necessariamente pelo sofrimento e pela morte (cf. Lc 24,26). Quanto a beber o cálice, isso é certo. Quanto à honra e ao poder, calma lá, pois o Reino é graça, e não um direito do homem nem um dever de Deus. O Mestre, então, salienta como os governantes das nações as dominam e oprimem. Esse modelo é contrário à proposta do seu Reino, no qual quem quiser ser grande deve ser o servidor dos outros. O maior servidor do Reino é o próprio Jesus: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a própria vida…”.
Oração
Senhor e Mestre, ao longo da vida, somos tentados a buscar a fama, o poder, os elogios, enfim, a glória deste mundo. Tu nos indicas outra direção, a do serviço em favor dos outros. E esclareces: “O Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditando o evangelho

A GRANDEZA DE SERVIR

O Reino de Deus introduziu nova ordem de relações entre as pessoas, muito diferente da mentalidade do mundo. Para quem é mundano, a grandeza consiste em exercer o domínio sobre as pessoas, e mostrar-se cheio de poder, porque a submissão lhe parece fruto do medo. O serviço prestado ao tirano não resulta de um ato amoroso, mas revela-se uma pesada obrigação.
O Reino, pelo contrário, segue na direção oposta. O domínio transforma-se em serviço. O dominado assume a feição do irmão a quem se deve amar e servir. O poder não é utilizado para oprimir, antes, para libertar. A relação de escravidão transforma-se em relação de fraternidade. A grandeza, portanto, para o discípulo do Reino não consiste em ser servido mas em servir e oferecer a própria vida para que o outro possa crescer.
Foi por esta razão que Jesus convidou Tiago e João a mudarem de mentalidade e pensarem segundo os critérios do Reino. O pedido que fizeram ao Mestre talvez escondesse o desejo de exercerem poder sobre os demais companheiros de discipulado, numa espécie de dominação. Pretendiam ocupar um lugar de destaque junto de Jesus, para usufruir do poder. Jesus denunciou esta maneira errada de pensar.
O discípulo deve espelhar-se nele, enviado pelo Pai para colocar-se a serviço da humanidade e dar a vida pela salvação de todos. Esta é a sua grandeza!
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, leva-me a escolher sempre o caminho do serviço feito na gratuidade, para eu me sentir grande junto de ti.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O Filho do Homem veio para servir e dar a vida...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Por três vezes Jesus anuncia sua Paixão, Morte e Ressurreição. No primeiro anúncio ele diz que “o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser morto e, depois de três dias, ressuscitar”. O segundo anúncio é mais breve: “O Filho do Homem é entregue às mãos dos homens e ele os matarão e, morto, depois de três dias ele ressuscitará”. No terceiro anúncio, mais extenso e mais denso, Jesus diz aos Doze: “Eis que estamos subindo para Jerusalém, o Filho do Homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos escribas; eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios, zombarão dele e cuspirão nele, o açoitarão e o matarão, e três dias depois ele ressuscitará”.
Pedro não aceitou o primeiro anúncio e reagiu. Depois do segundo, escreve o evangelista que “eles não compreendiam essa palavra e tinham medo de interrogá-lo”. Feito o terceiro anúncio, Tiago e João se aproximam e pedem que Jesus lhes conceda, na sua glória, sentar-se um à sua direita e outro à sua esquerda. Até então os apóstolos demonstraram não ter compreendido que Jesus tivesse que sofrer a sua Paixão e Morte. Ao fazerem seu pedido, Tiago e João parecem ter aceitado que Jesus ia passar por muito sofrimento antes de morrer. Não era o que os apóstolos esperavam, quando decidiram seguir Jesus. Certamente pensavam mais em honra e poder do que em sofrimento e rejeição.
No entanto, se devia ser assim, que fosse. A glória viria depois. Se Jesus não pretendia ocupar o trono de Davi nesta terra, nele se sentaria um dia em sua glória no Reino de Deus. Tiago e João não tinham nada a esperar de Jesus neste mundo, mas por que não garantir então um bom lugar no mundo futuro? Foi quando decidiram pedir para se sentarem à direita e à esquerda do trono de Jesus em sua glória. Demonstraram ser espertos não com a esperteza dos filhos da luz, mas com a esperteza dos filhos deste mundo. Se antes tinham discutido para saber quem deles era o primeiro, a busca do primeiro lugar continuava ativa em suas vontades. Ainda não entenderam que o lugar de Jesus é o último, junto dos últimos deste mundo.
São Marcos nos leva ao ápice de seu Evangelho, quando Jesus parece gritar aos ouvidos dos apóstolos: “Vocês sabem que os que são considerados chefes das nações as dominam, eos seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vocês não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vocês seja aquele que serve, e quem quiser ser o primeiro entre vocês seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”. “Entre vocês não será assim.” Eis mais uma jaculatória a ser repetida muitas vezes durante o dia: “Entre nós não será assim”, porque assim continua sendo!
Fonte: NPD Brasil em 21/10/2018

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. ENTRE VÓS NÃO SEJA ASSIM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O dirigente de uma comunidade de denominação cristã, deve ter sempre a prudência e sabedoria de Deus, para não acabar incorrendo no mesmo erro dos apóstolos. A exortação rigorosa de Jesus neste evangelho de São Marcos precisa soar constantemente aos nossos ouvidos: “Entre vós não deve ser assim...”
Infelizmente, muitas comunidades cristãs vão se tornando a cada dia que passa uma cópia autêntica das instituições do mundo, onde o modo de viver das lideranças e ministros, distoam do evangelho, porque se busca poder, prestígio, fama, sucesso e outras honrarias.
Há certas distinções e privilégios no seio da comunidade, que são uma verdadeira afronta ao evangelho de Cristo. Em certas liturgias pomposas, o carisma que deveria traduzir-se em serviço a favor dos irmãos e irmãs, acaba se tornando motivo de ostentação e até estrelismo em alguns casos, pois desde os ministros até a equipe de leitores, instrumentistas e cantores, ás vezes louva-se não a Deus, mas si mesmo.
Não podemos como Igreja anunciadora do evangelho, nos omitir e temos sim de reconhecer, com o coração dilacerado de dor, que esta é uma realidade dos nossos tempos, porque já não basta termos perdido a capacidade de nos indignar diante da falsidade de muitos políticos e homens públicos, ainda acabamos consentindo entre nós este grave pecado.
Os apóstolos Tiago e João, que posteriormente viriam a se tornar santos mártires, derramando o sangue por causa do evangelho de Cristo, naquele primeiro momento não tinham ainda entendido a proposta de Jesus com o seu reino novo.
Pois de maneira até ousada e petulante, quiseram exigir dele os cargos mais importantes, sentando-se um à sua direita e outro à sua esquerda, quando viesse o seu reino de glória. “Vocês não sabem o que estão pedindo” –censurou-lhes o Senhor.
O cálice que Jesus iria tomar era amargo como fel e o Batismo que iria receber seria nas águas turbulentas da rejeição e da humilhação. Tiago e João aceitaram tomar desse cálice e receber esse batismo, mas realmente, naquele momento, continuavam sem fazer a menor ideia do que aquilo iria significar em suas vidas.
Imaginavam um messias poderoso e vencedor, imbatível e implacável contra os homens maus, mas as profecias de Isaías já falavam de um homem esmagado pela dor e sofrimento; pensavam em ser os primeiros, os mais importantes do grupo, para terem dos demais o prestígio e o reconhecimento; mas Jesus ensina que devem se fazer escravos para servir a todos.
Esperavam um messias dominador que tomaria para si todos os reinados e impérios do mundo, e Jesus lhes profetiza que o Filho do Homem entregará sua vida para resgatar a muitos, sua preciosa vida, sua dignidade messiânica, suas prerrogativas de Filho do Altíssimo, tudo em seu corpo seria esmagado na cruz do calvário, para trazer a salvação àqueles que ele amou até o fim.
Jesus profetiza que os dois discípulos um dia irão experimentar a amargura do cálice das tribulações, rejeição, incompreensão e até a morte, passarão assim pelo Batismo de sangue, derramado por causa do seu evangelho, mas mesmo que façam tudo isso, que trilhem o mesmo caminho que ele irá trilhar, o lugar á direita ou a esquerda depende unicamente do Pai. Esse lugar ao seu lado, no reino de Deus, já está reservado aos homens que realmente acreditarem e mudarem a mentalidade e o coração, por causa do Reino. Antes de ser uma conquista, esse lugar é dom de Deus.
A reação dos demais, que ficaram indignados com Tiago e João, mostra como todos ainda estavam longe de entenderem a missão, a pessoa e os ensinamentos de Jesus, que com todo carinho, amor e paciência, como um professor dedicado, percebendo que a classe ainda não tinha aprendido a lição, vai repeti-la com muita calma, sem exasperar-se.
Eles sonhavam com prestígio e poder no meio do grupo, Jesus fala em serviço. Quem quiser ser grande entre vós, e ser o primeiro, seja o escravo de todos, porque o Filho do Homem não veio para ser servido mas para servir e dar a sua vida como resgate de muitos. Assim, Jesus desmonta diante deles qualquer esquema de poder, não fala em vitória mas em fracasso e derrota, não fala em tomar e conquistar o mundo, mas em dar a vida.
Comunidade cristã é por excelência lugar de serviço, de dar a vida pelos irmãos, de entregar-se a serviço do evangelho de Cristo, com toda coragem e desprendimento. Esse modo de se viver na comunidade, sempre representa a perda de algo. Quantos desistem no meio do caminho e cheios de mágoa desabafam: “Perdi meu tempo”.
Dar a vida é dar o nosso tempo que é tão precioso, porém não o façamos almejando ganhar algo, mas sim para imitar o Nosso Mestre e Senhor, Jesus de Nazaré, aquele que não é um Deus distante, mas que sabe compadecer-se de nossas dores e fraquezas, como afirma o apóstolo Paulo na segunda leitura dessa liturgia, porque ele foi provado em tudo como nós, à exceção do pecado.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Podeis beber o cálice que eu vou beber? - Mc 10,35-45
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No capítulo décimo de Marcos, Jesus faz o terceiro anúncio da paixão. No primeiro, Pedro não gostou do que ouviu e reagiu. No segundo, os Doze discutiam quem era o maior. Neste terceiro, parecem ter compreendido que Jesus de Nazaré não é um Messias triunfante, mas o Servo Sofredor, que devia passar por muito sofrimento e pela morte antes de ser glorificado. Mas, não neste mundo e sim na glória eterna, quem iria ocupar os primeiros lugares? Tiago e João se adiantaram aos outros dez e pediram a Jesus que, na eternidade, eles pudessem se sentar um à sua direita e outro à sua esquerda. Se não devemos ser os primeiros aqui, podemos tentar no outro lado. São Mateus, que gosta de polir as cenas ásperas, diz que foi a mãe de Tiago e de João quem pediu a Jesus os primeiros lugares no céu. Os outros não gostaram evidentemente e ficaram zangados com Tiago e João. “Isso não se faz!”. Ficaram zangados porque os dois foram mais rápidos que eles, e quem chega primeiro parece ter razão ou ter a consideração de quem decide. “Não senhor! Entre vocês não deve ser assim”. Mais uma vez Jesus tenta ensinar a eles que o último lugar é o lugar dos seus discípulos. O mundo está cheio de dominadores e impostores. “Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos”. A eclesiologia de Jesus é fantástica. Em sua comunidade os chefes se paramentam com avental de serviço. E o que dizer de sua cristologia? “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”. Para os cristãos, os cantos do Servo Sofredor no Livro de Isaías retratam Jesus Cristo. No Quarto Canto, em sintonia com o anúncio da paixão e morte de Jesus no Evangelho, o Servo entrega a sua vida em sacrifício pelo pecado e justifica a muitos carregando as suas transgressões. Sua existência é prolongada em seus discípulos, seus descendentes. Jesus é o sumo sacerdote da Carta aos Hebreus, que entra no céu depois de ter experimentado o que significa a natureza humana. Por isso ele é capaz de se compadecer de nossas fraquezas, porque também ele foi provado. Podemos nos aproximar com confiança do trono da graça para obter misericórdia e tudo o que precisamos em nossa vida. Que possamos ter um bom lugar no céu, sem ser necessariamente à direita e à esquerda do Senhor. Permaneçamos, pois, firmes na obediência da fé que professamos, aceitando de boa vontade que nosso modelo não é o poder do mundo. A inclinação que temos para o poder é sinal de fraqueza. Tudo o que é motivado pela concorrência e pela inveja se torna negativo e tira dos nossos relacionamentos a qualidade que poderiam ter. O pecado do mundo se mostra no poder e na dominação. Jesus experimentou as consequências do pecado do mundo que pesaram sobre ele até levá-lo à morte de cruz. Mas foi assim que ele livrou o mundo do pecado. “Com a sua experiência, o meu servo, o justo, fará que a multidão se torne justa, pois é ele que carrega os pecados dela”. Fará uma Igreja livre numa sociedade sem dominações.

REFLEXÕES DE HOJE

21 DE OUTUBRO-DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 21/10/2018

HOMILIA DIÁRIA

O importante para o discípulo é aprender a servir

Postado por: homilia
outubro 21st, 2012

Jesus anuncia a Sua morte como consequência de toda a Sua vida. Enquanto isso, Tiago e João sonham com poder e honrarias, suscitando discórdia e competição entre os outros discípulos.
Jesus mostra que a única coisa importante para o discípulo é seguir o Seu exemplo: servir e não ser servido. Na nova sociedade que Jesus projeta, a autoridade não é exercício de poder, mas a qualificação para o serviço que se exprime na entrega de si mesmo para o bem comum.
Marcos – com grande habilidade – vai mostrando ao longo do relato evangélico as diferentes compreensões e reações que os ouvintes de Jesus vão manifestando, e nestas mostras de Marcos também estão incluídas as dos próprios discípulos.
Pois bem, reflitamos sobre o que aconteceu com Tiago e João: Marcos já havia anunciado que eles estavam a caminho de Jerusalém e Jesus ia adiante deles. Por via das dúvidas, Jesus recorda que não se trata de uma viagem de recreio à capital: pela terceira vez anuncia o que lhe acontecerá em Jerusalém. Jesus vai na frente. Nunca um mestre ia atrás de seus discípulos. Contudo, Marcos sublinha este detalhe não para dar a entender alguma posição privilegiada de Jesus. Prova disso é o que é dito no versículo 45, a autodefinição de Jesus. Ele vai na frente porque está convencido do que está fazendo. Considera que é o momento de aparecer em Jerusalém, de chegar até onde tem que chegar Seu ministério de serviço.
Expõe-se quem vai adiante. Os discípulos se assombraram. Iam atrás d’Ele, mas tinham medo. Somente depois do “final feliz” – a ressurreição ou glorificação de Jesus – aparecem Tiago e João para fazer a “reserva” dos postos mais importantes do Reino que Ele inaugurará.
No relato de Marcos, os dois irmãos falam diretamente com o Mestre. Em Mateus, o pedido inusitado é deixado para ser formulado pela mulher de Zebedeu. Qualquer crítica recairia sobre ela, teria sido ideia dela: a mãe (Ah! As mães…) Qualquer coisa, tirariam o corpo fora e ficaria por isso mesmo!
O que nos mostra a pretensão dos dois irmãos? Primeiro, que não entendem absolutamente nada do que Jesus quer instaurar. Passam por cima de tudo o que haviam visto e ouvido ao longo do tempo de formação com o Mestre. Em segundo lugar, as expectativas deles sobre o Reino de Deus – o reinado que Jesus pretende instaurar – têm já um modelo preconcebido em suas consciências, a ponto de não permitirem nenhuma modificação, não obstante tudo aquilo em que Jesus tanto insistira. Terceiro, para eles o modelo do reinado de Deus é uma versão aperfeiçoada dos reinos temporais. Quarto, no reinado de Deus, instaurado por Jesus, será mantido (achavam eles) o mesmo esquema de dominação da relação sócio-econômica: senhores e escravos, ricos e empobrecidos, dominadores e dominados. Quinto, não há compromisso nem ao menos intenção de envolvimento pessoal na instauração desse reinado, isso é competência do chefe, ele “arrisca a pele” e eles aproveitariam; quem vai beber o cálice é Ele.
A resposta de Jesus é simples: esse detalhe não lhe compete. Isso é decisão do Pai. Além disso, recorda-lhes que antes da glorificação é necessário beber o cálice, o “lançar-se nas águas” não admite recuo. Mais uma vez, Jesus tem de corrigir a visão triunfalista, nacionalista e militarista do messianismo. A nova era inaugurada por Jesus tem de prescindir de qualquer rastro de domínio.
Ingenuamente, os discípulos pensavam que uma mudança de dominador traria vantagens e benefícios pessoais e coletivos. Jesus corrige essa forma de pensar; por melhor que seja quem domina, a estrutura como tal continua sendo prejudicial.
O Messias pode ser o próprio Filho de Deus e até ser muito bom, muito santo, mas se seu reinado seguir o mesmo esquema de “dominadores/dominados”, senhores e escravos, aí não haverá santidade que valha.
Está aí, portanto, a novidade do Reino instaurado por Jesus. Seu reinado se exerce a partir do serviço e do entregar-se em prol dos dominados e dos escravizados pelos poderes temporais.
Se quisermos nos aproximar da instauração do reinado de Jesus não nos resta outra alternativa: renunciar a todas as estruturas e instâncias onde exercemos domínio e nos pormos a serviço dos irmãos. É a única coisa que pode garantir um pouco de credibilidade num mundo, dividido entre dominadores e dominados, entre senhores e servos.
Senhor Jesus, leva-me a escolher sempre o caminho do serviço feito na gratuidade, para eu me sentir grande junto de Ti.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 21/10/2012

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos cuidar do outro que está ao nosso lado

Servir é colocar-se à disposição do outro, cuidar dele, ter compaixão dos sofrimentos de uma humanidade que padece na miséria

“Mas, entre vós, não deve ser assim; quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos” (Marcos 10,43-44).

Se tem uma missão que o discípulo de Jesus precisa aprender é a de servir. No serviço está o resumo daquilo que é a nossa entrega para Deus. Estamos a serviço do Reino e do amor d’Ele. Olhemos para Jesus, que se tornou servo de toda a humanidade, dedicou Sua vida, Seu apostolado e missão para salvar almas, para resgatar e libertar o ser humano, para colocar-se a serviço dos mais pobres, mais necessitados e humilhados.
Aprendamos com Jesus que servir não é esperar que outros venham nos fazer, pois servir é se colocar à disposição do outro, cuidar dele, ter compaixão dos sofrimentos de uma humanidade que padece na miséria, na fome e em todas as necessidades espirituais e materiais.
Precisamos cuidar um do outro, porque serviço é, acima de tudo, saber cuidar. Quantas pessoas sofridas e maltratadas estão sendo deixadas de lado perto de nós, longe de nós e ao nosso lado!
É preciso cuidar do outro, que está ao nosso lado; às vezes, está no banco da igreja, sentado a nossa frente, atrás de nós, mas não damos atenção para ele. Servir é colocar-se à disposição e dizer: “Eis-me aqui, Senhor. Do que o Senhor precisa de mim?”.
Eu olho para as nossas igrejas, comunidades e pastorais, há pessoas que a tanto tempo estão no caminho de Deus e não sabem servir, querem apenas serem servidas, olham para a igreja como se ela fosse uma instituição que estivesse ali para satisfazer as suas necessidades.
Quando nos encontramos com Jesus, aprendemos com Ele a sermos servidores do povo de Deus. Que o Senhor nos dê o espírito de serviço, doação, entrega e cuidado para com as coisas d’Ele e para com Seus filhos, precisam de nós e do nosso cuidado.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 21/10/2018

Oração Final
Pai Santo, nós queremos ser a tua Igreja neste mundo. Faze-nos compreender que ser Igreja não é aprender e memorizar lições ou mandamentos, mas seguir o Mestre pelas estradas desta vida. E que o nosso único Mestre seja o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo..
Fonte: Arquidiocese BH em 21/10/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós queremos ser a tua Igreja neste mundo. Faze-nos compreender que ser Igreja não é aprender e memorizar lições e mandamentos, mas seguir Jesus de Nazaré. Nós Te pedimos, amado Pai, por Ele mesmo, que passou pelas estradas desta vida fazendo o bem, anunciando a chegada do teu Reino de Amor e é o nosso único Mestre, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/10/2018

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