quarta-feira, 25 de agosto de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/08/2021

ANO B


Mt 23,27-32

Comentário do Evangelho

Deus não se deixa levar pela aparência.

Os vv. 27-28 repetem a mesma ideia dos versículos anteriores: a hipocrisia dos escribas e fariseus; neste capítulo 23, o objeto da lamentação de Jesus é a oposição entre interior e exterior. Mas a aparência de justiça, ao empenhar-se nas práticas religiosas só para serem vistas pelos homens, não impede Deus de penetrar no coração, na verdade de cada pessoa. Deus não se deixa levar pela aparência. É este o apelo de Jesus aos discípulos: “Guardai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens só para serdes vistos por eles” (6,1).
Deus vê no segredo (cf. 6,4.6.18). Nos versículos 29-32, Jesus lamenta a hipocrisia dos escribas e fariseus, porque eles utilizam da glória dos profetas em benefício próprio.
O seu rigor legalista e, em razão dele, suas faltas presentes, os tornam coniventes com a morte dos profetas. Não é exatamente o que farão ao condenar Jesus como blasfemo?
É bom que tenhamos claro que não é a observância da Lei que é atacada por Jesus, mas a sua deformação.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 28/08/2013

Vivendo a Palavra

Celebrando hoje a festa de Santo Agostinho, nós sentimos como a condenação de Jesus aos doutores da Lei e fariseus orientou sua caminhada de conversão: Agostinho procurou viver o amor de forma cada vez mais transparente e é, para nós, Igreja de Jesus, exemplo de como vencer a hipocrisia do mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

Celebrando hoje a festa de Santo Agostinho, nós sentimos como a condenação de Jesus aos doutores da Lei e fariseus orientou sua caminhada de conversão: Agostinho procurou viver o amor de forma cada vez mais transparente e é, para nós, Igreja de Jesus, exemplo de como vencer a hipocrisia do mundo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2019

vIVENDO A PALAVRa

Jesus revela a incoerência dos doutores da Lei e fariseus. Não são o que mostram exteriormente. Ao contrário, o exterior deles oculta o interior, e Jesus o ilustra com duas imagens: a primeira é a figura do sepulcro belo por fora e cheio de podridão por dentro; a segunda faz referência aos túmulos que as lideranças religiosas edificavam para os profetas. Prestaram-lhes homenagem como a pessoas beneméritas, no entanto, eles próprios os haviam eliminado. Na linguagem coloquial, Jesus teria dito aos doutores da Lei e fariseus: essa cara de anjo não me engana! Com efeito, estão se organizando para matar o maior dos profetas, o Messias, e na sequência os discípulos dele. Façam-no! Quem sabe batendo forte na canga de suas consciências, Jesus consiga fazê-los desistir de seus planos malignos.

Reflexão

Devemos sempre estar alertas em relação à nossa vivência da fé porque, se não nos cuidarmos, podemos criar um abismo muito grande entre o que falamos e o que vivemos ou, pior ainda, podemos viver uma religiosidade de aparências, uma religiosidade ritual em detrimento de uma real vivência de fé, de uma resposta pessoal aos apelos que nos são feitos para que assumamos os compromissos do nosso batismo a partir de uma vida verdadeiramente profética que denuncie os contra-valores do mundo e anuncie a verdade dos valores que foram pregados por Jesus Cristo. Deste modo, a nossa vida religiosa não será simplesmente ritual, mas também compromisso.
Fonte: CNBB em 28/08/2013

Reflexão

Jesus revela a incoerência dos doutores da Lei e fariseus. Não são o que mostram exteriormente. Ao contrário, o exterior deles oculta o interior. Jesus o ilustra com duas imagens. Primeiramente, a figura do sepulcro belo por fora e cheio de podridão por dentro. A segunda figura faz referência aos túmulos que as lideranças religiosas edificavam para os profetas. Prestaram-lhes homenagem como a pessoas beneméritas, no entanto eles próprios os haviam eliminado. Na linguagem coloquial, Jesus teria dito aos doutores da Lei e fariseus: Essa cara de anjo não me engana! Com efeito, estão se organizando para matar o maior dos profetas, o Messias, e na sequência os discípulos dele. Façam-no! Quem sabe batendo forte na canga de suas consciências, Jesus consiga fazê-los desistir de seus planos malignos!
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 28/08/2019

Reflexão

Jesus revela a incoerência dos doutores da Lei e fariseus. Não são o que mostram exteriormente. Ao contrário, o exterior deles oculta o interior, e Jesus o ilustra com duas imagens: a primeira é a figura do sepulcro belo por fora e cheio de podridão por dentro; a segunda faz referência aos túmulos que as lideranças religiosas edificavam para os profetas. Prestaram-lhes homenagem como a pessoas beneméritas, no entanto, eles próprios os haviam eliminado. Na linguagem coloquial, Jesus teria dito aos doutores da Lei e fariseus: essa cara de anjo não me engana! Com efeito, estão se organizando para matar o maior dos profetas, o Messias, e na sequência os discípulos dele. Façam-no! Quem sabe batendo forte na canga de suas consciências, Jesus consiga fazê-los desistir de seus planos malignos.
Oração
Divino Mestre, Jesus Cristo, repreendes os doutores da Lei e os fariseus porque “por fora parecem justos para as pessoas, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e injustiça”. São “sepulcros caiados”. Ajuda-nos, Senhor, a ser justos, misericordiosos e transparentes em pensamentos e atitudes. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditação

Exteriormente revelo aquilo que vai em meu coração? - Procuro demonstrar bondade, fraternidade, sinceridade? - Pratico e insisto para que pratiquem a justiça para com todos? - Será que apenas enfeitando a carroça o burro andará mais depressa? - Minha imagem espiritual, interior, é correspondente àquilo que aparento exteriormente?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 28/08/2013

Meditando o evangelho

AS APARÊNCIAS ENGANAM

O modo de vida dos mestres da Lei e dos fariseus era falso. O que realmente eram passava despercebido, pois que se apresentavam carregados de méritos e de virtudes. Jesus não se deixou impressionar por isto. Pelo contrário, decididamente desmascarou a fragilidade das aparências. A máscara de homens justos e sábios escondia uma gama de hipocrisias e iniqüidades. Suas vítimas primeiras eram as pessoas ingênuas e de boa-fé.
Jesus se dava conta disto, comparando a contradição entre o que eles ensinavam e o que faziam; ou seja, seus ensinamentos não eram acompanhados pela prática da justiça. Detectava, também, uma deformação por parte dos mestres da Lei e fariseus: estes seguiam as trilhas abertas por seus antepassados os quais, em sua maldade, eliminaram os profetas que, por inspiração divina, denunciavam as injustiças. Eram seus sucessores, e seu comportamento não era diferente. Também eles se levantariam contra aquele que lhes estava denunciando a maldade, e o eliminariam.
Jesus não tinha dúvida quanto à reação que sua denúncia haveria de suscitar, contra si mesmo e contra os seus discípulos. A liberdade com que desmascarava os que se consideravam baluartes da fé, não ficaria sem resposta. Apesar de serem merecidas as denúncias feitas contra os mestres da Lei e os fariseus, estes haveriam de preferir eliminar quem os denunciava a se converterem.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, seja o meu agir expressão do que vivo e creio, de modo a não enganar ninguém quanto àquilo que realmente sou.

Comentários do Evangelho

1 - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! - Severino Alves

irmãos e irmãs,
Jesus parece estar furioso no Evangelho de hoje. Certamente está farto das coisas que os fariseus andavam fazendo. No texto Jesus compara estas pessoas a sepulcros caiados: "que por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão". Os sepulcros nos tempos bíblicos em algumas situações eram erigidos como se fossem monumentos em homenagens aos mortos, com alguma sofisticação, ou mesmo pilhas de pedras bem arranjadas. Em ambos os casos eram caiados, de forma que os transeuntes enxergassem de longe e evitassem a contaminação ritual que acontecia se se entrasse em contato com alguma coisa morta. Jesus chamou os fariseus de sepulcros caiados por causa da vida de hipocrisia que levavam, mostrando uma imagem espiritual elevada sendo que no interior viviam em estado de sujeira e pecado. Poderíamos dizer que hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. Ou seja, o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência. A pessoa hipócrita pode ser considerada falsa, fingida, muitas vezes desleal, infiel, traiçoeira, incoerente, injusta que quer se passar por justa, ou outros sinônimos não atrativos. Certamente não gostaríamos de uma convivência aproximada com pessoas que tenham comportamentos assim. Isso deve nos alertar, já que pode ser que tenhamos atitudes que se assemelham às ações dos fariseus e nem percebamos. Sabemos que têm muitas pessoas que vivem uma vida de aparência. Falam a verdade, mas não vivem a verdade. Pessoas que vivem nas diversas áreas de trabalho e na convivência social mostrando uma face de amor e justiça, mas na convivência diária ocorre outra realidade. Pregadores, professores, líderes em geral que pregam, ensinam e sugerem costumes que eles mesmos não vivem. Ou seja, não há coerência entre o que pregam e o que vivem. Já na família, sabemos que muitos aparentam uma paz e um modo de vida que no dia-a-dia não vivem em seus lares. Mas precisamos ter muito cuidado, pois Jesus continua a nos interpelar, assim como fez com os Mestres da Lei e os fariseus a respeito da sinceridade de suas ações. Vejamos o que nos diz o Salmo 139: "Iahweh, tu me sondas e me conheces; Conheces meu sentar e meu levantar; de longe penetras o meu pensamento (...); A palavra ainda não me chegou à língua, e tu, Iahweh, já a conheces inteira (...); Para onde ir, longe do teu sopro? Para onde fugir, longe da tua presença?" Assim, saibamos que diante de Deus não podemos ser hipócritas, já que Ele conhece nossos corações, nossas intenções, nossos pensamentos, nossos sonhos, desejos, frustrações, alegrias e tristezas. A Carta aos Hebreus 4,13 nos diz: "E não há criatura oculta à Sua presença; tudo está nu e descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas". Assim, que a verdade, o amor, a bondade, a franqueza e a transparência sejam princípios básicos nas nossas vidas.
Que Deus nos abençoe e guarde.
Um forte abraço para todos.
Fraternalmente,
Severino Alves

2 - Sepulcros caiado - Maria Cecília

É bom relembrar que este texto faz parte do capítulo 23 do Evangelho de Mateus, onde Jesus pronuncia sete "ais", contra escribas e fariseus. Ao pronunciar cada "ai" para um grupo ou para alguém, Ele expressa sua mágoa com as atitudes tomadas e faz uma advertência para as más conseqüências que essas atitudes acarretarão.
A reflexão de hoje é sobre o sexto e o sétimo "ai"de Jesus.
No sexto "ai" (v. 27), a indignação de Jesus contra mestres da Lei e fariseus é tão grande, que Ele os compara a "sepulcros caiados", pois têm a aparência exterior de um túmulo recém pintado de branco que tenta esconder uma realidade interior cheia de podridão. São eles aqueles que aparentando ser boas pessoas, escondem uma realidade de mentiras, pecados e nada comprometida com os preceitos morais.
No sétimo "ai" (vv. 29-36), Jesus fala das edificações (sepulcros e sacrários), que ficam ao redor de Jerusalém, para os profetas martirizados. Ele acusa escribas e fariseus de serem descendentes (física e espiritualmente) dos responsáveis por esses martírios.
É desta forma, expressando seus "ais", que Jesus mostra sua mágoa pela forma como escribas e fariseus fazem mau uso de sua liderança religiosa que deveria estar a serviço da comunidade e não servindo para exaltação e interesse próprio.
Este são os mesmos perigos que permeiam nossas comunidades, ainda hoje, e que prejudicam a vida espiritual de muitos. Certamente Jesus diria novamente um "ai", se participasse das comunidades de agora.
Maria Cecília

3 - Sepulcros caiados - José Salviano

Era costume do povo judeu, por ocasião das grandes festas, pintar ou caiar os sepulcros para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.
Assim, a comparação com o sepulcro tem dois significados: Primeiro, a diferença entre a aparência dos escribas e fariseus e a realidade do seu interior. Isto porque eles aparentavam ser santos, justos, quando na verdade, Jesus sabia tudo o que eles realmente pensavam e faziam. O segundo significado, é  o foco de contaminação. Jesus compara com a doutrina dos judeus é contaminadora.
Irmãos. Muitos de nós também somos iguais a um cadáver que foi maquiado, como as mulheres costumam fazer quando vão a uma grande festa. Passam creme no rosto, batom e outras "coisitas mais".  Um defunto maquiado, está bonito por fora, mais por dentro está em degradação para não dizer podre ou apodrecendo. São parecidos com aqueles que por fora é só sorriso, falsa gentileza, falsa cortesia e falsa educação. Porém dentro da sua mente é só ódio, perversidade e maldade.  A polícia explica que o pior dos bandidos é aquele que chega de mansinho, com toda gentileza, conquista a nossa pessoa nos fazendo confiar nele. Num momento seguinte, ele nos assalta, ou faz outro tipo de mal.
Aconteceu outro dia caso semelhante em uma cidade do Sul. Um cara agarrou uma garota na rua, de noite, e estava tentando beijá-la... No mesmo instante apareceu outro sujeito, e deu uns socos e chutes no malfeitor que saiu correndo. A garota ficou toda agradecida, disse que estava indo para a casa da avó, e aquele bom rapaz que era muito gentil e respeitoso, disse que também estava indo naquela direção, e ofereceu uma carona.
A garota disse que sentiu muita confiança no cara e entrou no carro. Conversaram, ele dizia para ela não andar sozinha a noite porque era muito perigoso e outras coisas que a deixara mais segura em estar na sua companhia. De repente o primeiro cara surgiu não se sabe de onde com uma arma na mão e obrigou o motorista a abrir a porta, entrou no carro, e começou a dar as ordens. Vira aqui, vira ali, até chegar numa rua pouco movimentada...
Quando a garota acordou morrendo de frio, estava semi-nua dentro de uma perua Kombi velha.  Permaneceu ali encolhida até o dia amanhecer, quando ia passando um casal, ela pediu socorro e eles a levaram para casa.  Os dois caras fizeram tudo combinado. Um aborda, o outro se faz de bonzinho e defende a vítima, depois os dois se juntam novamente...
A menina disse que no assoalho da perua havia um pedaço de pano umedecido que cheirava éter ou coisa parecida. Era o mesmo pano que um dos deles havia tirado disfarçadamente do bolso e depois disso ela afirma não ter se lembrado de mais nada. Ela acredita que eles a apagaram colocando em seu nariz alguma substância química para cheirar.
Prezados irmãos. Não se sabe se realmente tudo aconteceu de acordo com a versão daquela jovem.  Mais uma coisa é certa. Realmente, muitos de nós somos como os escribas e fariseus. Bonitos por fora e por dentro...
Sal
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 28/08/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Síndromes do Farisaísmo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A gente olha para os Fariseus e os Escribas, em seu contexto religioso e ficamos surpresos: ”Como podem ser tão falsos e incoerentes com aquilo que creem e pregam?”
Em maior ou menor escala, nós cristãos desde segundo milênio, temos também a Síndrome do Farisaísmo, quando não ligamos pensamento e ação, quando não há nenhum vínculo entre Fé e Vida. Não precisa se ir muito longe para encontrar um fariseu, ás vezes o homem ou a mulher que atua na Pastoral ou no  Movimento, e que são um testemunho espetacular de casal que vive bem a sua Fé, na fidelidade ao Evangelho, no amor a Eucaristia e a oração,  e são até solicitados ás vezes a darem conselhos a outros casais que têm dificuldades em seu relacionamento. Mas lá um belo dia a “Casa Cai” e o casal se separa...
O maridão que era um agente de pastoral firme e exemplar vai se embora com uma mocinha do grupo de jovens, troca a esposa e filhos por um amor ardente, movido pela paixão. Essa ruptura entre ambos não ocorreu de um dia para outro. Já fazia tempo que a relação ia de mal a pior. Por que não pediram ajuda? Por que não procuraram um sacerdote? Precisavam manter a aparência da fama conquistada na comunidade. Imaginem o casal que ajuda a resolver casos difíceis e faz orações poderosas, admitir que estão quase se separando, porque não se entendem mais.
Farisaísmo não é “doença” só de leigo. Há membros do clero que há tempo apenas mantém a aparência de vocacionado, nada sobrou de sua vocação ingênua, baseada em fantasias de endeusamento do seu Ego, e que não resistiu á dura realidade do dia a dia. Ser Padre ou Diácono por causa do “status” dentro da própria igreja. Pregar a Palavra de Deus faz parte da Vida Ministerial, mas a vivência cristã, pautada pela sinceridade, autenticidade de uma Fé íntegra, há muito se perdeu, e os seus maus testemunhos falam mais alto que suas belas pregações.
Há farisaísmo nas relações, tanto do clero como do Laicato, que deveriam ser pautadas pela fraternidade e misericórdia, mas que na verdade são marcadas tristemente pela inveja, ciúmes, disputas e contendas que parecem não ter mais fim. Depois, leigos e Clero vão para a Santa Assembleia, ouvir a Santa Palavra, em torno da mesma mesa, demonstrando que tudo está bem, quando na verdade, até ali na Assembleia Litúrgica dão vazão ao egoísmo e egocentrismo de Egos exaltados.
O Farisaísmo nas reuniões de Conselho, de Leigos que querem ser os “Donos da Bola” nos assuntos em pauta, o Farisaísmo da guerrinha fria que ainda persiste, entre os defensores de uma Eclesiologia mais tradicional, ou Progressista, contra Movimentos de Linha pentecostal, dentro da própria Igreja, e a guerra se amplia, saindo das discussões do dia a dia, indo para a grande Mídia, onde um tenta minimizar o “sucesso” do outro. Estou olhando para a nossa Igreja, mas em todas as Igrejas Cristãs, o Farisaísmo nefasto traz cada vez mais divisões diabólicas.
Nas realizações ou empreendimentos arquidiocesanos, não se veste a camisa da Unidade e Comunhão com o Bispo, mas enfileira-se neste ou naquele grupo, liderado por este ou aquele pensamento. E isso fora as ideologias estranhas que alguns “Iluminados” querem colocar no cristianismo, contrariando a Sã Doutrina. Todos nós Cristãos, em menor ou maior escala, contribuímos para a conservação desse Farisaísmo, quando deixamos de falar a Verdade, quando nos omitimos na comunidade, quando preferimos deixar o barco correr, sem dar a nossa opinião, porque temos medo de magoar esse ou aquele.
O Papa Francisco tem combatido incansavelmente essa Igreja do estrelismo, do alisamento do Ego, que nada mais é do que fruto do Farisaísmo presente em nosso meio. Humildemente peçamos perdão! E eu o faço em primeiro lugar...

2. Ai de vós, hipócritas!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”, diz o ditado popular. As aparências enganam. Nem tudo o que reluz é ouro, nem tudo o que balança cai. Jesus chama os hipócritas de seu tempo de sepulcros caiados. Sepulcros bonitos e bem arrumados por fora encobrem cadáveres em decomposição. Ao longo da história, profetas foram rejeitados e mortos. Nós não teríamos feito isso, diríamos hoje, reconhecendo o que fizeram os antigos. Somos então descendentes de quem matou profetas? A série de “ais” contra os hipócritas termina com esta cena: “Vocês reconhecem que são filhos dos que mataram os profetas? Completem, então, a medida de seus pais”, isto é, matem este profeta que está falando. É uma referência à morte de Jesus. Os ataques contra a hipocrisia, que se encontram neste capítulo de Mateus, são dirigidos diretamente aos fariseus e aos escribas. No entanto, no momento da prisão, dos diversos interrogatórios, e da morte de Jesus, os fariseus praticamente não estão presentes. São João os menciona discretamente e faz referências a seus soldados. A presença marcante é de anciãos e Chefes dos Sacerdotes.
Fonte: NPD Brasil em 28/08/2019

Liturgia comentada

Por fora parecem belos... (Mt 23,27-32)
O povo antigo tinha um dito para nos alertar: “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. Neste Evangelho de tonalidade assustadora, Jesus emprega uma linguagem ainda mais forte: “sepulcros caiados”. Para os judeus, quem esbarrasse em um túmulo, ficaria ritualmente impuro e deveria passar por complicado processo de purificação. Daí o costume de caiar os sepulcros, de modo que ficassem bem visíveis e ninguém os tocasse por descuido. No entanto, mesmo limpinhos por fora, nada mudava sua podridão interior. Não adianta salvar as aparências...
Jesus se vale dessa imagem crua para denunciar a falsidade dos homens da religião judaica que “vendiam uma imagem” exterior de piedosos quando, por dentro, alimentavam sentimentos contrários à Lei de Deus, como a autossuficiência, a vaidade e a avareza. É para eles – os religiosos de fachada - que Jesus reserva o adjetivo “hipócritas” (cf. Mt 23,13; Mc 2,16).
Em sua juventude, quando morava em Nazaré, é bem provável que Jesus tenha visitado uma das cidades de cultura helenizada, ali mesmo na Galileia, como Tiberíades ou Cesareia de Filipe, onde peças de teatro eram representadas nas arenas. Nestas, os atores usavam máscaras sobre o rosto (trágica e cômica) e simulavam tristeza ou alegria, lágrimas ou gargalhadas, conforme o seu papel. Claro, eram sentimentos fingidos, não correspondiam ao íntimo dos artistas.
Jesus se vale desta situação (a de estar “debaixo da máscara”) para definir a atitude dos fariseus que rondavam o Templo de Jerusalém. Não havia nenhuma sinceridade em seu culto, em seus jejuns, em suas orações de pé, à vista de todos, tampouco em suas esmolas lançadas bem do alto para que as moedas retinissem nas arcadas do santuário e todos as percebessem... (Cf. Lc 21,1-4)
Por oposição, Jesus de Nazaré se mostra atraído pela oração daquele publicano anônimo que se humilha e confessa o próprio pecado (Lc 18,13), e ainda elogia o publicano Zaqueu, disposto a reparar suas falcatruas, com uma frase de admiração: “Hoje a salvação entrou nesta casa!” (Lc 19,9) Na contramão de nossa sociedade, Jesus quer apenas a sinceridade de coração: só os corações que se abrem à luz podem receber os cuidados do Senhor, que incluem a cura e o perdão.
Os que parecem bons (escribas e fariseus) são rejeitados. E para escândalo dos honestos, aqueles que parecem maus (prostitutas e publicanos) ouvem promessas de salvação. Qual será o nosso grupo?
Orai sem cessar: “Senhor, sabeis tudo de mim...!” (Sl 139,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Fonte: NS Rainha em 28/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

Sua  alma anda inquieta?

A alma que anda inquieta precisa encontrar um repouso, um sentido para tudo aquilo que faz. Que o nosso coração inquieto repouse no coração do Pai.

Celebramos, na liturgia de hoje, Santo Agostinho. Lembrávamos, no dia de ontem, a mãe dele, Santa Mônica, e também vimos que tudo o que ele é, foi e será para a Igreja é graças às lágrimas e às orações convincentes de Mônica.
Santo Agostinho andou perdido nos caminhos da vida e deu muito trabalho para sua mãe. Ele viveu distante, longe como um filho errante, perdido nas estradas da vida.
Quando lemos a grande obra escrita por ele, a qual retrata sua vida e lembra as lágrimas de sua mãe, chamada ‘As confissões’, o santo mesmo se manifesta: “O meu coração estava inquieto, enquanto não repousava em Deus”. Mas que inquietação era essa? De uma alma que buscava, nos prazeres, nas satisfações da vida, nas alegrias do mundo, o sentido para a sua vida, mas nunca o encontrava.
“Eram prazeres momentâneos”, recorda Santo Agostinho em sua obra ‘As confissões’. “Eram prazeres de horas, coisas que me faziam curtir a vida, no entanto, ela só encurtava e eu não encontrava nenhum sentido e nenhuma direção.”
A alma que anda inquieta, perturbada, encontra-se sem sentido muitas vezes; faz muitas coisas, corre para lá e para cá, mas precisa encontrar um repouso, precisa encontrar um sentido para tudo aquilo que faz. E foi no coração de Deus, no coração de Jesus que Agostinho encontrou seu referencial.
Foi o coração do Senhor que converteu o coração do jovem Agostinho. Aquilo que antes para ele era prazeroso, tornou-se algo fatigante; aquilo que antes lhe causava repugnância e não o fazia sentir nenhum prazer pelas coisas de Deus, tornou-se o sentido e o prazer para sua vida.
Por isso Agostinho consagrou a sua vida inteiramente a Deus, tornou-se bispo de Hipona. Ele trouxe ensinamentos iminentes para a Igreja da sua época e para a Igreja de todos os tempos.
A Igreja bebe da sabedoria que vem do coração convertido deste santo, um coração que experimentou as doçuras de Deus e, por isso, sua alma tornou-se um referencial para todos nós.
Nós que estamos no caminho da conversão, da mudança de vida, precisamos, a cada dia, nos encontrarmos com o Senhor. Que o nosso coração inquieto, perturbado, repouse no coração do Pai.
Deus abençoe você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

O mais importante é cuidarmos do nosso interior

Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça” (Mateus 23,28).

Vivemos na sociedade das aparências, onde o que importa é o que aparenta ser, o que demonstramos ser: a cara, a fantasia que usamos, a maquiagem que retocamos, a roupa que estamos vestindo.
A roupa branca e o tau que uso no pescoço não significam nada, são apenas sinais externos daquilo que deveria ser a minha vida interior, daquilo que eu preciso viver com intensidade e seriedade na minha própria vida. Isso vale para todos nós, porque, muitas vezes, estamos nos preocupando com as coisas externas e não estamos vivendo interiormente.
Algumas pessoas são muito boas com as pessoas que estão fora, com os amigos, com quem encontram na rua, mas dentro de casa não conseguem viver a paciência, a misericórdia e a tolerância.

O trabalho interior que vivemos a cada dia da nossa vida é cuidar dos sentimentos do coração

Muitas vezes, estamos pregando amor e misericórdia, mas não conseguimos viver o amor nas atitudes de uns para com os outros, com as pessoas que estão próximas de nós.
Ter amor por você, que está longe, que está me ouvindo de qualquer lugar, é muito simples, até porque não nos encontramos. Então, tudo o que você vê de mim é bonito e aparente. Agora, onde eu vivo, de fato, a minha fé e a minha religião? Com quem convive comigo, com quem está comigo, com quem compartilho o trabalho, com quem compartilho a vida no dia a dia, com quem compartilho a mesma igreja que vou.
Como testemunhamos a religião que vivemos? Não podemos viver a religião da aparência, porque se o mundo das aparências é uma tristeza, a religião das aparências é uma desgraça, é a perda total da graça. A hipocrisia é aquilo que mais destrói o melhor dos sentimentos religiosos. Aparentamos ser aquilo que, de fato, não somos.
O trabalho interior que vivemos, a cada dia da nossa vida, é cuidar dos sentimentos do coração, dos afetos da alma, das atitudes que nós temos, da forma como lidamos uns com os outros para que não aparentemos ser aquilo que não somos.
Que nossa religião seja de atos, atitudes e de uma busca sincera e verdadeira de conversão a cada dia.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/08/2019

Oração Final
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Ensina-nos a proclamá-la aos companheiros peregrinos através de palavras sábias e, sobretudo, pelo testemunho de uma vida sóbria e coerente com o caminho trilhado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Ensina-nos a proclamá-la aos companheiros peregrinos através de palavras modestas, sábias e, sobretudo, pelo testemunho de uma vida sóbria e coerente com o caminho trilhado pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/08/2019

oRAÇÃO FINAl
Divino Mestre, ajuda-nos a sermos justos, misericordiosos e transparentes em pensamentos e atitudes. Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário