quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/01/2021

ANO B


Mc 2,1-12

Comentário do Evangelho

Dificuldades da missão

Com o texto de hoje tem início o que chamamos, no evangelho de Marcos, as "controvérsias galileanas" (Mc 2,1-3,6), que devem ser compreendidas como disputas, dificuldades e oposições com as quais Jesus se deparou na realização de sua missão. Em geral, as dificuldades provinham da interpretação e da consequente prática da Lei. Quem pode perdoar os pecados, a não ser Deus? Os escribas têm razão, pois "só Deus pode perdoar pecados". Jesus, no entanto, não disse outra coisa ao afirmar ao paralítico "os teus pecados são perdoados". O passivo divino revela que o sujeito da ação de perdoar é Deus. Mas como parte da aliança nova, em que a lei será posta no fundo do ser e escrita no coração (cf. Jr 31,33), está o perdão de toda culpa (Jr 31,34). Jesus sente-se investido desse poder. A fé dos quatro homens que carregavam o paralítico provoca a reação de Jesus. Eles parecem representar os discípulos, cuja missão é conduzir as pessoas ao Senhor e suplicar por elas. Deus é bom para com todos.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, cura os pecados que me paralisam e me impedem de caminhar para ti. Realiza em minha vida a maravilha do perdão.
Fonte: Paulinas em 18/01/2013

Vivendo a Palavra

Jesus ensina aos discípulos que o perdão dos pecados é, para o paralítico – e para todos nós! – mais importante do que a cura da enfermidade. Uma lição que precisamos aprender para partilhar com os companheiros peregrinos nesta terra, a caminho do Reino definitivo do Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina aos discípulos que o perdão dos pecados era para o paralítico – e para todos nós! – mais importante do que a cura da enfermidade. Por isso lhe dá prioridade. Uma lição que precisamos aprender para partilhar com os companheiros peregrinos nesta terra, enquanto estamos a caminho do Reino definitivo do Amor.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/01/2019

vIVENDO A PALAVRa

A nossa Fé é posta à prova: para nós, hoje, o que seria mais fácil dizer a um irmão doente: ‘Os seus pecados estão perdoados’, ou ‘Levante-se, pegue a sua cama e ande?’ Jesus delegou-nos como discípulos missionários de sua Igreja, o poder de perdoar e de curar. «Vocês farão obras maiores do que essa!» Precisamos acreditar e ousar, para que brilhe em nós e através de nós a Luz que não é nossa: é a Luz do Cristo.

Reflexão

As pessoas do tempo de Jesus têm muita dificuldade para acreditar que ele tenha poder de perdoar pecados. Isso acontece porque perdoar pecados é algo que compete unicamente a Deus, e as pessoas da época de Jesus, principalmente as autoridades religiosas, não o reconheceram como o Filho de Deus. Hoje em dia, porém, vemos acontecer o contrário. Parece que o perdão dos pecados é algo tão comum que a maioria das pessoas não valoriza mais isso como algo excepcional que Deus realiza em nossas vidas, vulgarizando a graça sacramental e não dando o devido valor ao Sacramento da Reconciliação.
Fonte: CNBB em 18/01/2013

Reflexão

Multidões se aproximam para ouvir Jesus. Neste episódio, são tantas as pessoas na casa, que lançam mão de algo inédito para colocar um paralítico aos pés de Jesus. O esforço dos quatro homens da maca demonstra solidariedade com o enfermo e fé no poder de Deus. Os quatro carregadores, figura dos quatro pontos cardeais, representam aqui as pessoas de todas as partes do mundo. Com sua palavra poderosa, o Filho do Homem perdoa os pecados do paralítico e o faz caminhar. Esse gesto de salvação integral (cura espiritual e física) provoca a indignação de alguns doutores da Lei: “Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, senão Deus?”. Entretanto, acima de tudo, o fato leva as pessoas a glorificarem o Senhor: “Ficaram todos admirados e glorificavam a Deus, dizendo: ‘Nunca vimos coisa assim!’”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus e18/01/2019

Reflexão

Multidões se aproximam para ouvir Jesus. Neste episódio, são tantas as pessoas na casa, que lançam mão de algo inédito para colocar um paralítico aos pés de Jesus. O esforço dos quatro homens da maca demonstra solidariedade com o enfermo e fé no poder de Deus. Os quatro carregadores, fi gura dos quatro pontos cardeais, representam aqui as pessoas de todas as partes do mundo. Com sua palavra poderosa, o Filho do Homem perdoa os pecados do paralítico e o faz caminhar. Esse gesto de salvação integral (cura espiritual e física) provoca a indignação de alguns doutores da Lei: “Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, senão Deus?”. Entretanto, acima de tudo, o fato leva as pessoas a glorificarem o Senhor: “Ficaram todos admirados e glorificavam a Deus, dizendo: ‘Nunca vimos coisa assim!'”.
ORAÇÃO
Ó Jesus, Filho do Homem, enquanto anunciavas a Palavra, trouxeram-te um paralítico, para que o curasses. Antes lhe perdoaste os pecados, pois Deus te deu poder para efetivar tanto a cura física quanto a espiritual. Liberta-nos, Senhor, de todo pecado e de toda espécie de paralisia. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditando o evangelho

SOB O PESO DO PECADO

A insistência sobre o tema do perdão dos pecados chama a atenção, na cena da cura do homem paralítico. Assim que Jesus o vê descer através de um buraco aberto no teto, declara que seus pecados estão perdoados. Esta declaração provoca alguns escribas que estavam por perto. Para eles, a palavra do Mestre soava como uma verdadeira usurpação de algo reservado exclusivamente a Deus. Portanto, Jesus era um blasfemo! A maneira como ele rebate a maledicência dos escribas é significativa: cura o paralítico para provar que "o Filho do Homem tem, na Terra, o poder de perdoar os pecados". O gesto poderoso de cura parece insignificante diante do poder maior de perdoar os pecados. E Jesus, de certo modo, parece sentir-se mais feliz por perdoar os pecados do que por curar. Por quê?
O perdão dos pecados tem, também, uma função terapêutica. Trata-se da cura do ser humano na dimensão mais profunda de sua existência, ali onde acontece seu relacionamento com Deus. Sendo esta dimensão invisível aos olhos, as pessoas tendem a se preocupar mais com as dimensões aparentes de sua vida, buscando a cura quando algo não está bem no âmbito corporal. Jesus vê além, preocupando-se por libertar quem pena sob o peso do pecado, mais do que sob o peso da doença. O primeiro é muito mais grave. Permanecer no pecado significa viver afastado de Deus e correr o risco de ser condenado. Este é o motivo por que o Mestre, antes de mais nada, que ver o ser humano liberto de seus pecados.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, cura os pecados que me paralisam e me impedem de caminhar para ti. Realiza em minha vida a maravilha do perdão.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Jesus perdoa os pecados e cura um paralítico
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus curou a sogra de Pedro, curou um leproso e agora perdoa os pecados e cura um paralítico. Alguns escribas o criticaram: “Só Deus pode perdoar pecados”. A paralisia não é necessariamente resultado de um pecado. O paralítico não é necessariamente pecador. No entanto, o pecado paralisa. É preciso tirar o pecado do mundo e só Deus pode fazê-lo. O demônio quer a nossa paralisia, o nosso desânimo, a nossa desistência. Jesus, porém, nos diz: “Levanta-te e anda!”. Que o pecado não nos paralise!
Fonte: NPD Brasil em 18/01/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. NOSSOS PARALÍTICOS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Certa ocasião, quando refletíamos esse evangelho em grupo, alguém perguntou se na casa onde Jesus estava pregando, havia elevador ou coisa parecida, se olharmos o relato em si mesmo, vamos acabar fazendo outras perguntas como, “Será que eles não podiam pedir licença para passar no meio das pessoas e entrar na casa? ” E mais ainda, seria normal que as pessoas que estavam aglomeradas à entrada, quando vissem o esforço dos quatro homens, subindo na parede com o paralítico deitado em uma cama, oferecessem ajuda, buscando uma alternativa mais fácil...
O próprio Jesus, não poderia ter dado um jeito de sair para atender o paralítico, sem precisar tanto esforço de subir e ainda ter de abrir um buraco no telhado? Fazer perguntas como essas, é muito importante para a nossa reflexão, pois vamos e convenhamos, o modo que eles encontraram para colocar o paralítico à frente de Jesus, não foi o mais fácil, aliás, correu-se até o risco de um grave acidente.
Hoje em dia a gente sabe que nossos templos existentes, ou os que estão em construção, devem ter em seu projeto, a construção de rampas, para facilitar o acesso de nossos irmãos deficientes. Mas com certeza, não é este o tema do evangelista, ele está querendo dizer alguma coisa as suas comunidades e aos cristãos do nosso tempo.
Dia desses, alguém bastante estressado dizia-me que certas pessoas só atrapalham a vida da comunidade, porque são muito radicais, geniosas, incomodam a rodos, e o tempo todo só arranjam encrencas e mais encrencas, concluindo, dão muito trabalho, são sempre do contra, enfim, chatas e duras de engolir, e que sem elas, a comunidade é uma maravilha, o conselho deveria tomar providência, ou quem sabe, o padre impor a sua autoridade.
Pessoas com essas características não caminham, e ainda dificultam a vida de quem quer caminhar: pronto, já começamos a descobrir os paralíticos e paralíticas de nossas comunidades, irmãos e irmãs que não se emendam de seus defeitos, nunca mudam o seu jeito de ser, não se convertem e precisam, portanto, serem acolhidas e carregadas. Há irmãos na comunidade que a gente tem prazer de encontrar, é sempre uma alegria imensa, mas há também esses, que nos perturbam, incomodam, e a gente não fica à vontade, se estão conosco em uma reunião da pastoral ou do movimento, a troca de “farpas” será inevitável...
Há no texto duas coisas que chamam a nossa atenção, primeiro o esforço desse quarteto, subir pela parede, desfazer o telhado e descer a cama com cordas. Jesus elogia-lhes a fé, parece até que fez o milagre como retribuição a tanto esforço. Eles tinham fé em Jesus Cristo, sabiam que se o levassem diante dele, seria curado, mas por outro lado, embora o texto não cite isso, a gente percebe que o amavam muito, tiveram com ele muita paciência, sei lá quantos quilômetros tiveram que andar carregando aquela cama que deveria ser pesada, e ainda, ao deparar com a multidão aglomerada à frente da casa, poderiam ter desistido, já tinham feito a sua parte. Mas a força do amor e da fé, fez com que não desistissem, e se preciso fosse, seriam capazes de derrubar a casa.
Os quatro são uma referência para as nossas comunidades, onde muitas vezes falta-nos o amor e a fé, para carregar nossos paralíticos e superar os obstáculos, passando por cima dos preconceitos. Nas comunidades há pessoas amorosas, pacienciosas, que aceitam conviver com todos, amando-os como eles são, sem exigências, preconceitos ou radicalismo, mas há também a turma de “nariz empinado”, como aqueles doutores da lei, que não crê em um Deus que é misericórdia, e que perdoa pecados, seguem normas e preceitos, até trabalham na comunidade, mas são extremamente exigentes com os “paralíticos”, acham-se perfeitos e não aceitam a convivência com os imperfeitos.
Jesus elimina o problema pela raiz, “Filho, teus pecados te são perdoados...”, a cura física vem em segundo plano, e se a enfermidade impede que o paralítico se aproxime de Jesus, a comunidade os carrega, possibilitando que ele também faça a experiência do Deus que perdoa, ora, se houver na comunidade intolerância, preconceitos, e ranços ocultos, como é que essas pessoas poderão experimentar o amor, o perdão e a misericórdia? Os intolerantes têm sempre um olhar extremamente crítico e severo, para com os paralíticos, e não aceitam que outras pessoas tenham por eles amor e ternura, manifestada na paciência e tolerância.
Por isso Jesus ordena – levanta-te, toma o teu leito e vai para casa. Deus nunca faz as coisas pela metade, na obra da salvação, Jesus não fez simplesmente uma reforma no ser humano, mas o transforma em uma nova criatura, na graça santificante do Batismo, fazendo com que deixe de se relacionar com Deus na religião normativa, porque crê no Deus que é todo amor e misericórdia, que perdoa pecados e os liberta com a sua santa palavra, em Jesus de Nazaré.

2. Filho, os teus pecados são perdoados - Mc 2,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Cafarnaum. Muita gente em torno de Jesus. Um paralítico carregado por bons amigos, cheios de fé. Descem-no pelo teto. Jesus, primeiro, lhe perdoa os pecados. Depois, cura-o da paralisia. Reação silenciosa dos escribas. Só Deus pode perdoar pecados. Jesus é Deus? A paralisia é consequência do pecado? Jesus se revela. Elogia a fé dos amigos do paralítico. Conhece os pensamentos dos escribas. Perdoou os pecados, e o homem continuou paralítico. Talvez para distinguir entre culpa e castigo.

HOMILIA DIÁRIA

Uma fé unida à compaixão

Postado por: homilia
janeiro 18th, 2013

Estamos no princípio do Evangelho de São Marcos – Mc 2, 1-12 – e o evangelista apresenta-nos Jesus como Aquele que se autodenomina “Filho do Homem”, perdoa pecados e realiza sinais prodigiosos. Local: Cafarnaum, provavelmente na cada de Pedro e familiares, inclusive a sua sogra. Casa que hospedava Jesus, como se fosse um “quartel-general”, devido a sua localização estratégica para a evangelização.
Ali ocorreu um testemunho de fé extraordinário e não pelo fato de estar presente uma multidão a procurar e rodear Jesus. Até porque existiam pessoas, como muitos fariseus e mestres da Lei que estavam “colados” em Jesus e atentíssimo a todas as suas palavras e gestos, para então poder acusá-lo futuramente.
De fato, ontem e hoje, estar na presença do Senhor não significa, já ter fé. Mas aconteceu naquele tempo, que cinco pessoas que não conseguiam nem se aproximar fisicamente de Jesus fizeram de tudo para isto conseguir, em benefício de um deles, o que mais sofria. Fé e compaixão precisam ser conjugadas!
Então, movidos pela fé e coragem, subiram na casa, que abrigava o pregador da Boa Nova do Pai das Misericórdias, abriram o teto, feito de taipa e colocaram um homem paralítico diante do Senhor da Vida, que assim confirmou-lhes: «Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados são perdoados”» (v. 5).
Que graça, aqueles quatro homens de fé conseguiram para o amigo doente! Com aquelas palavras o Filho do Homem se revelou, como o Filho de Deus, pois os judeus bem sabiam que somente Deus passaria a perdoar os pecados, quando chegasse o fim dos tempos! E como não existe luz sem sombra, desta vez a manifestação da Luz do Mundo, acabou por identificar as sombras existentes em muitos corações que estavam naquele local. A ponto inaugurar no Evangelho de São Marcos polêmica entre a compaixão e poder de Jesus e os corações que se enquadravam numa revelação, que Jesus faria, talvez um pouco mais tarde: «Hipócritas! O profeta Isaías profetizou bem a vosso respeito: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”» (Mt 15, 7-8).
O final deste drama para os que se fizeram adversários da Verdade se deu no julgamento mentiroso contra Jesus e a sua morte no Gólgota, enquanto para os discípulos de Jesus… O fim, tornou-se novo início com a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Certeza de Salvação para todos!
Retornando ao princípio do Evangelho de São Marcos, ficamos impressionados como a sabedoria e o poder amoroso do Bom Pastor não recuava perante os ataques dos lobos e manobras dos mercenários, daquele tempo, como nos dias atuais. Quando a urgência é a salvação das almas a reação do Senhor foi e continua a ser esta: «Ora para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados – disse ao paralítico – eu te digo: levanta-te, pega a tua maca e vai para casa!» (Mc 2, 10-11).
A Boa Nova é atual! Pois Jesus, no poder do Espírito Santo e pela sua Igreja, continua a perdoar os pecados, como bem exprime a explicação do Credo: «O Símbolo dos Apóstolos liga a fé no perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que Cristo ressuscitado lhes transmitiu o seu próprio poder divino de perdoar os pecados: “Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos (Jo 20, 22-23)» (CIC 976).
Para finalizarmos, rapidamente voltemos a nossa atenção para este versículo: «O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos ficaram admirados e louvavam a Deus dizendo: “ Nunca vimos coisa igual!”» (Mc 2, 12). Aquele que somente conseguiu chegar na presença do Senhor mediante a fé unida à compaixão, agora precisou também participar com uma fé que o abriu para o milagre, a ponto de levantar-se, pegar a sua maca e suscitar no coração das pessoas o louvor e glória a Deus.
Evangelizar é um ato de compaixão! Pois existem neste mundo, muitos paralíticos – miraculados ou não fisicamente pela fé – que estão de pé, se deixando encontrar pelo Bom Pastor, e n’Ele repousam de corpo e alma. Enquanto muitos sadios, fisicamente, ainda jazem sobre macas de uma vida desgarrada. Claro que nenhuma meditação, que trate da atual e possível relação com Jesus pode se esquecer deste bom conselho: «Portanto, quem julga estar de pé tome cuidado para não cair» (1Cor 10, 12).
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 18/01/2013

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos caminhar em direção à Palavra de Deus que nos liberta

Libertemo-nos de todas as paralisias para que a Palavra de Deus nos deixe de pé

“Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde Ele se encontrava” (Marcos 2, 3-4).

A primeira coisa que nós queremos contemplar é a ação de Jesus. Porque as pessoas se reuniam para ouvir a Jesus, para ouvir a proclamação da Palavra de Deus, pois era o que Jesus fazia: anunciava a Palavra de Deus.
E quando a Palavra de Deus é anunciada, o reino d’ Ele acontece, pois, os corações são libertos e as almas são redimidas. A ação de Deus atualiza a presença d’Ele no meio de nós, porque o Reino de Deus acontece pela proclamação da Palavra. E Jesus fazia justamente isto: proclamava a Palavra de Deus.
Aquele paralítico não tinha condição de ouvir a Palavra. Por que? Porque ele estava realmente paralisado, e a paralisia o prendia, ele não conseguia chegar até Jesus para ouvi-Lo. Mas ele queria O ouvir, porém, tinha os limites físicos. E, além da dificuldade, da impossibilidade de andar para chegar onde Jesus estava, também havia uma enorme multidão que o impedia, era uma verdadeira parede. E, muitas vezes, aquela multidão não se abria para que outros mais necessitados pudessem chegar até Jesus.
No entanto, mãos abençoadas são providência para que a Palavra de Deus chegasse naquele homem. E o que fazem? Levam a sua maca por cima do telhado. E aqui está a sabedoria, a busca dos meios necessários para se chegar até a graça Deus. Se não podemos chegar a Deus “por baixo”, podemos chegar “por cima”; se não podemos por cima, tentemos “dos lados”, mas precisamos chegar até Deus; e fazer com que a Palavra d’Ele, a Sua graça nos encontre.
Desculpa, mas não podemos ficar paralisados nas nossas dificuldades! Porque Jesus enfrentou todas as barreiras para chegar até nós, e Ele está no meio de nós. Não posso permitir que a minha vida fique paralisada. “Ah, mas eu tenho muitos problemas, muitas dificuldades, muita coisa para fazer”, desse modo, as barreiras crescem.
Se as barreiras para aquele paralítico era a sua condição física e aquela multidão, hoje, as nossas barreiras são outras: nossos problemas, nossas ocupações e múltiplas tarefas; nossos medos, temores, receios e, muitas vezes, nossa falta de iniciativa.
Vamos por cima do telhado, vamos por baixo e, se não dermos conta, peçamos ajuda. Que alguém nos carregue, nos leve, mas precisamos tomar a iniciativa para chegar até Jesus e para que a Sua Palavra chegue até nós. Senão, ficaremos prostrados; seremos tomados por uma onda de desânimo, de tristeza, de abatimento que há no mundo em que vivemos. A Palavra de Deus nos liberta. Se palavra d’Ele ainda não chegou, preciso me acorrer e correr atrás dela, onde quer que ela se encontre.
Libertemo-nos de todas as paralisias para que a Palavra de Deus nos deixe de pé.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 18/01/2019

Oração Final
Pai Santo, nós te agradecemos pelo perdão que nos concedes, trazido pelo teu Filho Unigênito. Faze-nos generosos para partilhar com os peregrinos desta vida a certeza do teu Amor inefável e a esperança de que caminhamos em busca do teu Abraço misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós te agradecemos pelo perdão que nos concedes, trazido pelo teu Filho Unigênito. Faze-nos generosos para partilhar com os peregrinos desta vida o Dom desse teu Amor inefável e a esperança de que caminhamos em busca – mas já na certeza – do teu abraço misericordioso. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/01/2019

oRAÇÃO FINAl
Pai querido, sabemos que Tu és a Origem e a Fonte da Luz e da Fraternidade. Dá-nos o dom do encantamento pelo Cristo, o mesmo ardor que o povo sentiu diante de Jesus de Nazaré, quando curou aquele paralítico. E nos ensina também, amado Pai, o cuidado com os irmãos, de modo especial com os excluídos pela pobreza, a doença e os preconceitos. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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