domingo, 3 de novembro de 2019

LEITURA ORANTE DO DIA - 02/11/2019



LEITURA ORANTE

Jo 11, 17-27 A vida nova!



Preparamo-nos para a Leitura Orante, com todos
os internautas, invocando o Espírito Santo:
Espírito Santo,
dai-nos o dom da Ciência,
para distinguir o único necessário
das coisas meramente importantes.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Jo 11,17-27, e observamos o
conteúdo das palavras de Jesus Mestre.
Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. [...] Muitos judeus tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão. Logo que Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. Marta, então, disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. Jesus respondeu: “Teu irmão ressuscitará”. Marta disse: “Eu sei que ele vai ressuscitar, na ressurreição do último dia”. Jesus disse então: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?” Ela respondeu: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que deve vir ao mundo”.
O Evangelho, neste recorte, diz que há 4 dias Lázaro tinha sido sepultado. Este número indica que a corrupção adianta. O diálogo de Marta com Jesus manifesta a crença já comum sobre a ressurreição final. Ela reconhece Jesus com o título de Cristo e Filho de Deus, "aquele que há de vir". Jesus lhe garante que a morte não é um fim: "Quem crê em mim, ainda que morra, viverá".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Onde depositamos nossa fé?
Qual o sentido da vida para nós?
Na sociedade em que vivemos, somos convidados a
preservar a vida, cultivá-la, e, até, estendê-la.
O que pretendemos dela?
Os bispos, em Aparecida, disseram: "De que serve ao homem ganhar o mundo, mas perder a própria vida?" (Mt 16,26). Jesus Cristo nos oferece muito, inclusive muito mais do que esperamos. À Samaritana, ele dá mais do que a água do poço. À multidão faminta ele oferece mais do que o alívio da fome. Entrega-se a si mesmo como a vida em abundância. A vida nova em Cristo é participação na vida de amor do Deus Uno e Trino. Começa no batismo e chega à sua plenitude na ressurreição final.” (DAp 357).

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos,  com toda a igreja:
Senhor Jesus, Tu és o Caminho!
Em meio a sombras e luzes,
alegrias e esperanças, tristezas e angústias,
Tu nos levas ao Pai.
Não nos deixes caminhar sozinhos.
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Verdade!
Desperta nossas mentes
e faze arder nossos corações com a tua Palavra.
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade.
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti!
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida!
Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida,
No vigor do Espírito Santo,
Faze-nos teus discípulos missionários!
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser:
Alegres  no Caminho  para a Terra Prometida!
corajosas testemunhas da Verdade libertadora!
promotores da Vida em plenitude!
Amém!

4. Contemplação (Vida e Missão):
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Como Jesus, vamos procurar a vida nova  e, procurar vivê-la em plenitude.

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com/

Leitura Orante
FIÉIS DEFUNTOS, 02 de novembro de 2019



FINADOS: todos vivem n’Aquele que vive

“...que eu nada perca daquilo que me deu,
mas que o ressuscite no último dia” (Jo 6,39)

Texto Bíblico: João 6,37-40

1 – O que diz o texto?

Ao celebrar o “Dia dos mortos”, todas as culturas e religiões, cada uma à sua maneira, intuíram o que não se pode dizer, ou o que só pode ser dito com muito recato: que a morte é passagem, eclosão, nascimento; que nela entramos nesse processo definitivo de libertação, de transformação, de acesso à Plenitude da Vida, à Comunhão dos santos, à Santidade de Deus...
Este dia, em que fazemos “memória daqueles (as) que já vivem a Páscoa definitiva”, é uma ocasião privilegiada para considerar a morte como evento humano e cristão; sabemos do seu aspecto doloroso, mas, a experiência cristã insiste que ela deve ser entendida também como um gesto de generosidade: “morrer é deixar um lugar para os outros”.
Participando da morte de Jesus, podemos também fazer de nossa morte um ato de decisão, de entrega, de oblação. A certeza de nossa fé em Cristo, morto e ressuscitado, nos ajuda a tirar do coração os medos, os impulsos egoístas de busca de segurança, a ilusão de sermos imortais, e encontrar uma paz profunda que nos permita fazer de nossa vida uma oferenda gratuita para a vida de outros.
O Evangelho nos ajuda a descobrir que o cuidado doentio da própria vida atenta contra a qualidade humana e cristã dessa mesma vida. Aqui descobrimos outra lei profunda da realidade: alcança-se a maturidade da vida à medida que ela é entregue para dar vida a outros.
Sabemos que toda expressão de vida flui para a morte. No entanto, porque sabemos que somos mortais e dotados de liberdade, nós, seres humanos, nos interrogamos sobre o sentido da vida; somos capazes de vivê-la como um projeto, fruto de nossa decisão e podemos transformar a morte no último e supremo ato de nosso viver.
A consciência de que se morre por alguma grande e nobre causa despoja a morte de seu caráter de catástrofe absurda, não somente aos olhos de quem vai morrer, mas também aos olhos dos que o amam.
A morte se transforma em “fator de criação de vida”, em “boa notícia” para aqueles que se atreveram a viver como Jesus viveu. Viveram para dar vida e morreram para defendê-la. Viveram a vida como entrega e sua morte foi uma consequência lógica de seu modo de vida. Levaram a existência até os limites de suas possibilidades e fizeram dela uma semente permanente de vida. A lembrança da vida e da morte dessas pessoas continua semeando vontade de viver com autenticidade. Elas derrotaram a morte.

2 – O que o texto diz para mim?

O ser humano não deve admitir sua morte como uma derrota humilhante, mas, do mesmo modo que pode dar direção à sua própria vida, deve também incluir o ato de morrer, o último ato de sua vida, o ápice de sua existência temporal.
A morte somente pode ter um sentido e significação se a vida também os tiver; quando alguém sabe “para quê e para quem vive”, realizando sua original missão, pode morrer em paz.
Aqueles que vivem intensamente enfrentam com grande serenidade seu envelhecimento e a proximidade da morte, vendo nela mais uma etapa no processo normal de seu amadurecimento e de sua realização.
Conscientes de ter vivido por alguma causa, de ter levado uma vida plena, podem dar sentido e significado espontâneos ao último ato de sua existência, a morte. É o modo como alguém vive que qualifica a morte. Há mortes que, para além da inevitável dor que causam aos familiares e amigos, provocam paz, agradecimento, vontade de viver seriamente, despertam impulsos para se levantar e sair da superficialidade e da mediocridade.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

O modo de viver de Jesus recebe o sim definitivo de Deus e me mostra que a vida entregue para dar vida é o caminho para derrotar a morte e continuar vivendo. No acontecimento infinitamente doloroso da morte de Jesus se revela e se promete o sentido último do viver e do morrer humano. “Jesus morreu de tanto viver”.
Fazer “memória” desta morte é abrir-se para a vida, não somente para aquela vida plena do mundo futuro, mas também a mais profunda qualidade desta vida presente: bondade e esperança lúcidas, solidariedade alegre, compaixão ousada, liberdade arriscada, proximidade santificadora...
Como seguidora de Jesus, não me limito a assistir passivamente o fato da morte. Confiando n’Aquele que é Fonte de Vida, acompanho meus entes queridos com amor e com minha oração, nesse misterioso encontro com Deus. Na liturgia cristã pelos mortos não há desolação, rebelião ou desesperança. Em seu centro, só uma oração de confiança: “Em vossas mãos, Pai de bondade, confiamos à vida do nosso ser querido”.
E afirmar a ressurreição não é consolo ilusório, nem evasão do compromisso com a história e com a vida. É decisão firme de continuar o projeto de Jesus, de defender a vida onde quer que esteja ameaçada, de arriscar-se pelos mais fracos e excluídos para que tenham vida, curando feridas, levantando corações, semeando esperanças, tirando da Cruz aqueles que nela estão dependurados...

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, a ressurreição me faz experimentar que esta vida peregrina revela-me como tempo da gestação concedido a cada ser humano para que, dentro desse imenso ventre cósmico, quer na vida ou quer na morte, eu possa sentir sempre envolvida pelo Amor criativo d’Aquele que é sempre Vida. Nesse sentido, “ninguém morre”, pois todos “vivem n’Aquele que vive”.
Portanto, “recordar” (visitar de novo com o coração) os entes queridos que já fizeram a “grande travessia”, me capacita a uma nova visão da morte e a assumi-la como acontecimento que faz parte de minha vida. Afinal, todos morrem, mas nem todos sabem viver.
- A primeira consequência positiva do “fazer memória” é que a morte me faz viveagradecidaquando tomo consciência da morte, eu me dou conta de que a vida é um verdadeiro milagre, que cada instante aqui deve ser vivido como um presente e devo  saboreá-la o máximo possível, porque não sei quando se acabará.
- A segunda, é que a morte põe as coisas em seu devido lugar: a morte desloca, sim, mas também realoca, porque me faz tomar consciência daquilo que é o mais importante em minha vida e o que de verdade merece a pena. Ela me faz repensar como me relaciono como uso às coisas, o dinheiro, onde investir a vida, quais são os verdadeiros valores, etc...
- E por último, a morte me ajuda a tomar decisões em favor da vida e a me comprometer. S. Inácio de Loyola, nos Exercícios Espirituais, aconselha como critério para decidir, me imaginar à hora da morte e pensar qual decisão gostaria de ter tomado. Essa decisão leva irremediavelmente a um compromisso por toda a vida, pois ela me torna consciente de que esta vida passa, e passa rápido, e não quero ficar presa às afeições desordenadas, mas desejo investir toda minha vida em um projeto que me dê sentido e me implique totalmente.
A fé cristã não é masoquista ou sádica quando me ensina a bem morrer. Assim me dá maior responsabilidade diante da minha própria vida.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

“Fazer memória agradecida” de tantos familiares, amigos ou pessoas mais próximas que viveram intensamente e que, generosamente, partiram e “deixaram um cantinho deste mundo” mais iluminado.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: João 6,37-40
Pe. Adroaldo Palaoro, sj 

Sugestão:
Música: Descanse em paz – fx 06
Autor: Frei Luiz Turra
Intérprete: Coral Imaculada Conceição
CD: Vida agora e sempre
Gravadora: Paulinas Comep
Duração: 03:28

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