domingo, 3 de novembro de 2019

LEITURA ORANTE DO DIA - 03/11/2019



LEITURA ORANTE

Mt 5,1-12 - O estilo de Jesus: as bem-aventuranças



Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Mt 5,1-12a,
e observamos o estilo de Jesus Mestre.
Quando Jesus viu aquelas multidões,
subiu um monte e sentou-se.
Os seus discípulos chegaram perto dele, e
ele começou a ensiná-los. Jesus disse:
- Felizes as pessoas que sabem que são
espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes as pessoas que choram,
pois Deus as consolará.
- Felizes as pessoas humildes,
pois receberão o que Deus tem prometido.
- Felizes as pessoas que têm fome e sede
de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará
completamente satisfeitas.
- Felizes as pessoas que têm misericórdia
dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
- Felizes as pessoas que têm o coração puro,
pois elas verão a Deus.
- Felizes as pessoas que trabalham pela paz,
pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as pessoas que sofrem perseguições
por fazerem a vontade de Deus,
pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
Refletindo
O "Sermão da Montanha" é como a Constituição do povo de Deus, o manifesto do Mestre Jesus Cristo. Os estudiosos da Bíblia o lêem com Moisés e o Sinai observando as correspondências. Jesus viu as multidões e sentado - atitude de que ensina - falou a elas. Este discurso é exigente, um convite a uma constante superação de si mesmo, uma denúncia às mesquinhezas e infidelidades e, ainda, oferece a misericórdia de Deus. Através daquela comunidade, Jesus Mestre se dirige a todas as comunidades de todos os tempos. Viver as bem-aventuranças é ser fermento de uma nova sociedade.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Releio o texto.
Reflito e me examino para ver se me enquadro entre
estes felizes de que fala Jesus.
Posso me questionar:
Sou espiritualmente pobre?
Humilde?
Procuro fazer a vontade de Deus?
Tenho o coração puro?
Trabalho pela paz? 
Meditando
Os bispos, em Aparecida, nos ajudaram a refletir sobre isto: "No seguimento de Jesus Cristo, aprendemos e praticamos as bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do próprio Jesus: seu amor e obediência filial ao Pai, sua compaixão entranhável frente à dor humana, sua proximidade aos pobres e aos pequenos, sua fidelidade à missão encomendada, seu amor serviçal até a doação de sua vida. Hoje, contemplamos a Jesus Cristo tal como os Evangelhos nos transmitiram para conhecer o que Ele fez e para discernir o que nós devemos fazer nas atuais circunstâncias." (DAp 139).

3. Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezo a Oração do Amor:
Senhor,fazei-me instrumento da vossa paz.
Onde há ódio que eu leve o amor.
Onde há ofensa que eu leve o perdão.
Onde há discórdia que eu leve a união.
Onde há erro que eu leve a verdade.
Onde há dúvida que eu leve a fé.
Onde há desespero que eu leve a esperança.
Onde há trevas que eu leve a luz.
Onde há tristeza que eu leve a alegria.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido, amar que ser amado,
pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Vamos olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vamos eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre e a sua Constituição, as bem-aventuranças.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patricia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
https://leituraorantedapalavra.blogspot.com/

Leitura Orante
TODOS OS SANTOS, 01 de novembro de 2019



BEM-AVENTURANÇAS: rosto visível da santidade

“Jesus explicou, com toda a simplicidade, o que é ser santo; fê-lo quando nos deixou as bem-aventuranças. Estas são como que o bilhete de identidade do cristão. Assim, se um de nós se questionarmos sobre «como fazer para chegar a ser um bom cristão», a resposta é simples: é necessário fazer – cada qual a seu modo – aquilo que Jesus disse no sermão das bem-aventuranças. Nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida”.
““A palavra «feliz» ou bem-aventurada» torna-se sinônimo de «santo», porque expressa que a pessoa fiel a Deus e que vive a sua Palavra alcança, na doação de si mesma, a verdadeira felicidade” 
(Papa Francisco, GE n. 63-64)

Texto Bíblico: Mateus 5,1-11

1 – O que diz o texto?

“Sejam santos, porque eu sou SANTO” (Lev 11,45)
Esta é a vocação fundamental à quais todos são chamados.santidade de Deus é a vocação universal de todos os seres humanos, cada um à sua maneira.
Deus colocou no coração de cada pessoa a busca da santidade. Uma busca que se experimenta como impulso vital, sopro do Espírito, aqui e agora, nas circunstâncias concretas da vida.
Nesse sentido, santos e santas são os portadores de vida, homens e mulheres que buscam viver intensamente; que acolhem a vida e a expandem, que bebem do prazer da vida e que ajudam os outros também a beberem, sabendo que a vida é dom, presente que compartilhamos todos, no mundo. São pessoas em cujo entorno se desatam correntes de vida, esperança, alegria de viver, reconciliação e amor. “Os (as) santos (as), como os poetas, vivem de encantamentos…”, encantados com a vida, com a beleza, com a verdade...
Os santos e as santas são as testemunhas (martyria) da vida, ou seja, aqueles (as) que, inspirados na santidade de Jesus, são presenças inspiradoras no mundo, portadores (as) de valores humanos e que constroem suas vidas sobre a rocha firme do amor incondicional e generoso; homens e mulheres que “vivem um caso de amor com a vida”.
A santidade é nossa verdade mais íntima e universal.
Por isso, falamos de “santidade primordial”, ou seja, a força radical da vida, o anseio de viver, a decisão de viver mais intensamente, o impulso expansivo que move a pessoa a sair de si mesma e a entrar em sintonia com os outros, com a criação e com Aquele que “é três vezes Santo”. É a “faísca da santidade de Deus” presente no mais profundo do seu ser e que se deixa transparecer no seu modo de viver. Para muitas pessoas, é sua forma habitual de vida; a “santidade primordial” vai se fazendo conatural ao longo da existência.
Queremos com isso dizer que santa é a vida e santo (a) é defendê-la; fascinante é ver grandes esforços para protegê-la e potenciá-la. Ao defender e propiciar a vida, a santidade primordial se revela como “humana”, pois santo (a) é “ser humano (a)” por excelência.
Nessa santidade primordial tornam-se presentes as “virtudes” admiráveis, tanto as tradicionais como as novas, em tempos de compromisso e libertação: solidariedade, serviço, simplicidade, disponibilidade para acolher o dom de Deus, força no sofrimento, compromisso até o martírio, perdão ao ofensor...
Somos santos (as). Não somos santos (as) porque sejamos irrepreensíveis, senão simplesmente porque somos, e vivemos nos movemos e somos sempre em Deus e Deus em nós, também quando nos sentimos medíocres e inclusive fracassados. Somos um tesouro em vasos de barro em formação, e Deus é o paciente oleiro na sombra mais profunda de nosso barro.

2 – O que o texto diz para mim?

“Viver a partir da santidade de Deus” representa a melhor definição da santidade cristã: reconhecer como quem recebe tudo de Deus, deixar-se amar e guiar por Ele, assemelharem-se a Ele para tornar visível, em mim, os sentimentos de compaixão e misericórdia que Ele tem para com todas as pessoas.
Em outras palavras, a santidade significa viver divino que há em mim.
Só descobrindo o que há de Deus em mim, poderei cair na conta da minha verdadeira identidade.
As bem-aventuranças não são leis para simplesmente evitar o mal, mas o potencial humano que, quando ativado, espalha criativamente, por todos os lugares, a Santidade, a Bondade e a Beleza divinas.  Expressa de modo conciso e explícito, o coração mesmo de Jesus e seu desejo ardente de contagiar a todos os que se encontravam com Ele.
Eu sei que, em muitos ambientes cristãos, quando se fala de santidade enfatiza-se muito mais a renúncia, a mortificação, o sofrimento, a austeridade, o sacrifício, a resignação..., ao passo que não é comum encontrar pessoas que, espontaneamente, associem santidade à alegria de viver e, em geral, a tudo aquilo que se faz sentir melhor, sentir-se bem e ser mais feliz.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Jesus propõe a ventura sem limites, a felicidade plena para seus (suas) seguidores (as). Deus não quer a dor, a tristeza, o sofrimento; Deus quer precisamente o contrário: que o ser humano se realize plenamente, que viva feliz... Jesus acreditava na vida, e queria que todos vivessem intensamente.
Sou santa, porque o meu verdadeiro ser é o que há de Deus em mim; embora a imensa maioria das pessoas não tenha consciência disso ainda, não posso deixar de manifestar o que sou. Sou santa pelo que Deus é em mim, não pelo que eu sou para Deus. É santa a pessoa que descobre o amor que chega até ela sem mérito algum de sua parte, mas deixa-se envolver por este amor expansivo e passa a viver uma presença amorosa.
Os (as) santos (as) foram e são humanos por excelência. E a plenitude do humano só se alcança no divino, que já está presente em mim.
Nesse sentido, posso dizer que as bem-aventuranças são a plenificação daquilo que é o mais humano em mim; elas são a quinta-essência da vivência da santidade, no caminho do seguimento e identificação com Jesus, a presença visível da santidade do Pai.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Jesus anuncia as Bem-aventuranças como um programa para viver a santidade; e o motivo primeiro é porque todas elas são, na verdade, o caminho da santidade universal (acima e além de toda religião, pois elas são simples e profundamente humanas). As Bem-aventuranças são como o mapa de navegação para minha vida; são o horizonte de sentido e o ambiente favorável para minha santificação, entendida como empenho para viver com mais plenitude, segundo o querer de Deus.
Dizer que são felizes os pobres, os que choram os mansos, os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça, os perseguidos... é um contrassenso para o meu contexto social, onde ditoso é aquele que mais acumula bens, que tem mais poder, mais prestígio..., sem se preocupar com a situação dos outros.
As bem-aventuranças se visibilizam no pequeno, no cotidiano, no próximo mais próximo, e me impulsiona a proclamar: a paz é possível, a alegria é uma realidade, a justiça não é um luxo, a mansidão está ao alcance da mão... Elas me dizem que nasci para a bondade, a beleza, a compaixão...
As bem-aventuranças devem ser escutadas e acolhidas como uma mensagem que brota do mais profundo da vida e que tem como finalidade apresentar, a qualquer pessoa, o mais humano que existe em si.
Ser feliz é deixar viver a criatura livre, alegre e simples presente dentro de mim. A santidade é, assim, o livre curso da vida, o fluxo contínuo da Vida em mim que se “entretece” com a vida dos outros.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

A chave da felicidade está em permitir que se revele o sentido da luminosidade presente nas profundezas de meu ser. O que me tira a energia e me torna estéril é afastar-me desse princípio vital que é o Divino em mim.
A santidade é luz expansiva do divino que se faz visível no “modo contemplativo” de viver.
Sua presença junto a mim é transparência da santidade de Deus.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Mateus 5,1-11
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Em santidade
Autor: Walmir Alencar
Intérprete: Walmir Alencar
CD: Em santidade – Ministério Adoração e vida
Gravadora: Paulinas Comep
Duração: 06:13

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