quarta-feira, 28 de novembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 27/11/2018

ANO B


Lc 21,5-11

Comentário do Evangelho

Dar lugar à novidade de Jesus

O Templo era a sede do judaísmo, no tempo de Jesus. Jesus já denunciara que o Templo tornara-se um antro de ladrões. A palavra de Jesus sobre a destruição do Templo, além do fato histórico, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus. As religiões excludentes, que consolidam grupos privilegiados religiosos ou raciais, são descartadas para a grande revelação do Deus de amor universal, que chama a si todos os povos e todas as raças, comunicando-lhes sua vida divina e eterna. Após a menção do Templo, Jesus descarta que o advento de falsos profetas ou de guerras e abalos telúricos sejam sinais da proximidade do fim. Os discípulos devem despertar para a presença atual do Filho do Homem, na pessoa de Jesus, transformando o mundo por sua palavra e sua prática amorosa.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança.
Fonte: Paulinas em 27/11/2012

Vivendo a Palavra

O Evangelho lembra que as coisas do mundo são efêmeras. Tudo passa! Mas o tempo que flui nos é emprestado para que durante sua breve permanência nós construamos nossa morada eterna. E Jesus de Nazaré nos ensina o jeito de fazê-lo. Unidos à comunidade, sigamos o Cristo – Caminho, Verdade e Vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/11/2012

VIVENDO A PALAVRA

O Evangelho lembra que as coisas do mundo são efêmeras. Tudo passa! Mas o tempo que flui nos é emprestado para que durante sua breve permanência nós construamos nossa morada eterna. E Jesus de Nazaré nos ensina o jeito de fazê-lo. Unidos à comunidade, sigamos o Cristo – Caminho, Verdade e Vida.

Reflexão

Não podemos por na realidade material o sentido final da nossa vida e a causa da nossa felicidade, pois o mundo material é transitório e só encontra o seu verdadeiro sentido enquanto é relacionado com o definitivo, ou seja, o mundo espiritual, e contribui para que a pessoa encontre nos valores que não são transitórios a causa da sua vida e da sua felicidade. Assim, devemos ser capazes de submeter os valores transitórios aos valores definitivos, pois somente eles podem nos garantir a nossa plena realização.
Fonte: CNBB em 27/11/2012

Reflexão

Jesus prediz a destruição de Jerusalém e do Templo: “Não ficará pedra sobre pedra”. Quando Lucas escreve o evangelho, por volta do ano 80, a “cidade santa” e o Templo já tinham sido destruídos. Uma curiosidade que atravessa os séculos é: quando será o fim, isto é, a vinda do Filho do Homem? Jesus não define data. Apenas procura mostrar que a história segue seu curso com guerras e revoluções, terremotos, fome, peste. São flagelos, infelizmente constantes, que marcam a vida da humanidade. Vão aparecer charlatães assustando o povo, com suas enganadoras previsões. Jesus avisa: “Cuidado para não serem enganados”. No meio desse turbilhão de tragédias naturais e notícias falsas, o evangelho nos propõe Jesus como o verdadeiro libertador, o único Mestre a quem devemos seguir e servir.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

NÃO FICARÁ PEDRA SOBRE PEDRA

A imponência do templo de Jerusalém não impressionava Jesus. As belas pedras e os ex-votos que o adornavam, não passavam de exterioridade. Seu fim se aproximava.
A pregação de Jesus contra o templo situava-se na tradição dos antigos profetas de Israel, que o desmitificaram, anunciando-lhe a destruição. O templo podia vir a baixo, pois havia perdido sua finalidade, passando a acobertar as injustiças cometidas contra o povo. O Deus de Israel fora substituído pelos ídolos. Não tinha sentido acobertar com a capa da fé uma idolatria desenfreada, com sérias conseqüências para a vida do povo pobre.
A situação não era muito diferente no tempo de Jesus. O templo e o sacerdócio estavam sob o domínio de uma aristocracia pouco preocupada com os pobres do País. O templo não era mais a casa do Deus verdadeiro, e sim, de falsos deuses que não questionavam a injustiça cometida contra os indefesos, nem a marginalização em que se encontrava grande parte da população. Eram os deuses dos privilegiados e beneficiados pelo sistema. Portanto, não era o Deus do Reino anunciado por Jesus.
A destruição do templo eliminaria a falsa segurança religiosa de muita gente. E evitaria que se servissem do nome de Deus para acobertar maldades cometidas em nome da fé. É blasfêmia fazer o Deus verdadeiro compactuar com a injustiça.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, destrói todas as falsas seguranças religiosas às quais, porventura, eu esteja apegado, e faze-me acolher as exigências do Deus verdadeiro.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Entrevista com Mateus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

____São Mateus, esse evangelho que é atribuído ao Senhor, fala do Fim do Mundo?
____(Mateus rindo...) Claro que não! O nosso Mestre e Senhor Jesus falava de um fato histórico que iria ocorrer no ano 70, quando o templo de Jerusalém foi destruído totalmente.

___Mas para o judeu, a destruição do templo era o fim do mundo, certo?
___(Mateus) sem dúvida! O templo era o centro não só religioso, mas também econômico e político. Não chegava nem aos pés do primeiro, construído pelo Rei Salomão, mesmo assim era belo e a comunidade Judaica falava dele com alegria e um santo orgulho, como essas pessoas que comentam com o Mestre sobre ele.

___São Mateus, mas além de profetizar o fato histórico, deve haver algo a mais, senão o Senhor e suas comunidades não teriam refletido e escrito sobre esse fato, que a primeira vista parece não ter nenhum significado especial. Certo?
___(Mateus) Claro, é isso mesmo ! Nenhuma Instituição Humana, mesmo as de caráter Religioso, não são o Reino de Deus, mas apenas um Sinal Sacramental da Salvação que o Reino oferece. O Reino em sua base, que se fundamenta na Justiça e no direito, é eterno e imutável, já as instituições estão sujeitas aos percalços da História Humana e o fim de uma Instituição não significa o Fim do Reino de Deus.

___Opa São Mateus, agora a gente levou um susto, quer dizer que a Igreja Instituição, fundada pelo próprio Jesus, Nosso Senhor e Salvador, vai acabar um dia?
___(Mateus rindo...) Cadê a Igreja Imperialista, cadê a Igreja Medieval? Cadê o Modelo de Igreja antes do Concílio Vaticano II? De certo modo ela não acabou? Não surgiram novos métodos de ser igreja, fala-se até em uma nova evangelização...

____Mas tem muita gente hoje querendo viver do saudosismo de Modelos de Igreja do passado....
____Mateus - Pois é, aí é que está o grande perigo, de se valorizar mais a própria Instituição e sua estrutura, do que os valores do Reino e do Evangelho, que são eternos. Naquele tempo, os Judeus não admitiam que houvesse alguma outra religião que não tivesse o templo como centro de tudo. E o templo acabou...

___Mateus, e esses acontecimentos tenebrosos, que envolvem conflitos humanos e até intempéries da natureza, o que significam?
___Mateus - Toda mudança é traumatizante, você mesmo acabou de dizer que ainda há pessoas de dentro da Igreja, que aí em 2012 ficam olhando para o passado, para a Instituição daquele tempo, porque ficaram abalados com as mudanças e não conseguem olhar e aceitar os desafios do presente... O Mestre citou tais fatos, que nos deixam abalados, para exemplificar essa dificuldade.

___Ah bom... Agora ficou claro, podemos então compreender que a Instituição, com toda a sua estrutura e complexidade, é apenas um meio e não o fim, pois este é o Reino de Deus que jamais passará, enquanto que as nossas Instituições...
____Mateus - Isso mesmo, não anunciem aos homens a Instituição, mas o Reino, que é coinstruído com os valores ensinados no evangelho. Chupem e se deliciem com a Laranja doce e saborosa, e deixem a “casca” de lado, ela é apenas a proteção do que está dentro.

2. Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Templo desempenha um papel importante no Evangelho de Lucas. Ele está em seus últimos dias, terminando sua missão e função de sinal visível da Glória de Deus. Ezequiel já tinha visto a Glória, a Sheqináh do Senhor, sair do Santo dos Santos e ir para a Babilônia, onde estava o povo exilado. Pouco a pouco a Casa do Senhor deixa de ser uma construção de pedra, fixa num determinado lugar. O verdadeiro Templo de Deus é o próprio Senhor Jesus Cristo e com ele todos os que formam o seu corpo. A destruição do Templo indica o fim do tempo e o início da eternidade. Jesus não é um líder clarividente, que revoluciona estruturas arcaicas. Ele é a presença visível de Deus entre nós. Os judeus, que ainda esperam pelo Messias, sabem que, quando ele vier, tudo será diferente. Para os cristãos, ele já veio. É Jesus, que nos ensinou a trabalhar para que o mundo comece a ser diferente. Ainda não estamos no céu, mas o céu já está entre nós.

HOMILIA DIÁRIA

O cenário deste mundo passa

Postado por: homilia
novembro 27th, 2012

No Evangelho de hoje, este discurso de Jesus introduz a narrativa da Paixão, uma tradição com características próprias, que circulava entre as primeiras comunidades. A segunda vinda do Senhor estava próxima e era preciso preparar-se, porque muitos sinais a antecederam.
O Templo era a sede do Judaísmo no tempo de Jesus. Ele já denunciara que o Templo tornara-se um “antro de ladrões”. Sua Palavra sobre a destruição do Templo, além do fato histórico, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus. As religiões excludentes, que consolidam grupos privilegiados religiosos ou raciais, são descartadas para a grande revelação do Deus de amor universal, que chama a Si todos os povos e raças, comunicando-lhes sua vida divina e eterna.
A fala de Jesus é motivada pela admiração que a grandiosidade do Templo causava nas pessoas. Todo poder tem como arma a ostentação de riqueza. A ostentação do Templo levava as pessoas a admirarem, se curvarem e se submeterem. Porém, toda ostentação será destruída, pedra por pedra, torre por torre.
Após a menção do Templo, Jesus descarta que o advento de falsos profetas ou de guerras e abalos telúricos sejam sinais da proximidade do fim.
Assim, os discípulos devem despertar para a presença atual do Filho do Homem, na pessoa de Jesus, transformando o mundo por Sua Palavra e Sua prática amorosa.
Pai, Seu Filho Jesus é sinal da sua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação da sua misericórdia, e só n’Ele colocar toda a minha segurança, pois o cenário deste mundo passará e deixará ruínas. Só no céu encontraremos todas as belezas eternas.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 27/11/2012

Oração Final
Pai Santo, nós agradecemos pelo tempo que de existência que nos ofereces. Dá-nos sabedoria, Pai amado, para vivê-lo intensamente, conscientes de sua impermanência e na alegria de servirmos aos companheiros que peregrinam conosco nesta terra encantada – já sinal do teu Reino eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/11/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós agradecemos pelo tempo que de existência que nos ofereces. Dá-nos sabedoria, amado Pai, para vivê-lo intensamente, conscientes de sua impermanência e na alegria de servirmos aos companheiros que peregrinam conosco nesta terra encantada, sinal e já início do teu Reino eterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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