quarta-feira, 11 de abril de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/04/2018

ANO B


Jo 3,31-36

Comentário do Evangelho

O sopro de Deus

O discurso precedente é interrompido pela notícia do batismo de João e o de Jesus (vv. 22-30). Os versículos 31 a 36 são a retomada do discurso motivado pela visita, à noite, de Nicodemos, um notável entre os judeus. Aquele que vem do Alto tem não somente sua origem em Deus, mas é movido pelo “sopro” de Deus (cf. v. 6). O Espírito Santo, o sopro de Deus, é que faz contemplar e escutar o que é celeste. Como todo enviado, ele traz a marca, o selo, de quem o enviou. Sua mensagem é uma palavra apropriada, uma vez que ele fala do que viu e ouviu (cf. v. 32). É Deus que fala por meio dele; sua palavra é de Deus. O testemunho do Filho único de Deus está enraizado nesse dinamismo. Acolher o seu testemunho é fazer a experiência de que Deus é verdadeiro. Jesus é quem, pelo seu testemunho, pela sua vida, revela o Pai. A fé no Filho, que vive em comunhão com o Pai, dá a vida eterna. Não é mais a Lei que dá a vida (cf. Dt 30,15-18), mas a fé no Filho.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me dócil e acolhedor diante do testemunho de Jesus que nos revela a tua Palavra, empenhando-me a levar cada ser humano a entrar em profunda comunhão contigo.
Fonte: Paulinas em 11/04/2013

Vivendo a Palavra

“Aquele que acredita...” a promessa de Jesus é firme e vigora para sempre. Mas acreditar não é só admitir como verdade, nem mesmo proclamar publicamente a adesão. Acreditar é ‘dar o coração’ viver o caminho de Jesus, entregar-se ao serviço do próximo – de graça, como o Mestre – e, preferencialmente, do pobre e rejeitado pela sociedade dos homens.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/04/2013

VIVENDO A PALAVRA

O texto nos ensina a centralidade da nossa fé no Mistério de Jesus de Nazaré. O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos. Acreditar no mistério não é apenas professá-lo em voz alta nas assembleias, mas testemunhar a fé pela vida em seguimento ao Caminho de Jesus.

Reflexão

Devemos procurar Jesus para que, a partir do encontro pessoal com ele, possamos conhecer o próprio Pai. Quando isso acontece, deixamos de pertencer às coisas da terra, porque assumimos novos valores e encontramos em Deus uma nova motivação para viver: a motivação das coisas do alto. A fonte dessa motivação é o dom do Espírito Santo que é derramado sem medida sobre nós e faz com que reconheçamos nas palavras de Jesus as palavras do próprio Deus, que são fonte de verdadeira alegria e de felicidade eterna para todos os que crêem nelas e as colocam em prática no dia a dia.
Fonte: CNBB em 11/04/2013

Reflexão

O encontro com Jesus Cristo deve levar-nos a uma decisão: a favor dele ou contra. De fato, Jesus não é um enviado qualquer. É o principal, o Filho único, a quem Deus dá todo o poder. Ele diz as palavras do Pai: “Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus”. E traz em si a força ilimitada da própria vida de Deus, o seu Espírito, porque o Pai lhe dá “o Espírito sem medida”. Jesus vem como aquele que revela o Pai. Crer em Cristo é crer em Deus; recusar Cristo é recusar Deus. Somos convidados a rever nosso relacionamento com Cristo. Nossa decisão a favor de Jesus não se dá somente por pensamentos ou só por palavras. Implica as ações do dia a dia. É na vida concreta que devemos verificar se cremos ou não em Jesus Cristo.

Meditando o evangelho

JESUS E SUA MISSÃO

O diálogo com Nicodemos constituiu uma oportunidade para Jesus explicitar sua origem e missão. Ele veio do alto, do Pai. Portanto, seu horizonte existencial superava os limites da história humana e lançava raízes no próprio Deus. Foi assim que Jesus declarou sua divindade. Sua origem celeste e sua superioridade em relação a todos fazia-o tão próximo de Deus a ponto de revesti-lo dos atributos próprios da divindade.
Sua missão consistiu em dar testemunho do que aprendeu junto do Pai. Neste, suas palavras tinham sua origem. E seu testemunho era rigorosamente verdadeiro. Não aceitá-lo corresponderia a rebelar-se contra o próprio Deus. Afinal, Jesus recebera do Pai um mandato específico. Rejeitá-lo significaria rejeitar quem o enviou.
Toda a vida de Jesus teve como pano de fundo o amor que o Pai lhe dedicou. E este amor foi tão intenso que o Pai não hesitou em colocar nas mãos do Filho, inclusive o poder de julgar a vida de quem se negar a crer nele.
A contemplação do Ressuscitado coloca-nos diante de uma opção intransferível: aceitar, como veraz, o testemunho de Jesus e, com isso, obter a salvação; ou rejeitá-lo, e ser fadado à condenação eterna. Quem é prudente, opta pela salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de decisão, leva-me sempre a escolher o caminho da fé e da salvação, indicados pelo Filho, como o único capaz de me levar à reconciliação com o Pai.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Quem é mais?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nos versículos finais do capítulo 3 de São João, está o relato de uma polêmica envolvendo as comunidades Joaninas. É quase que a única passagem no Novo Testamento, onde é mencionado que Jesus Batizava na Judéia enquanto que João Batista batizava em Enon.
Como acontece ainda hoje, a Comunidade Joanina sentiu ciúmes e inveja porque alguém estava fazendo o mesmo que o seu mestre João, e logo começaram as discussões sobre a questão da purificação, a ponto dos discípulos de João irem “denunciar” o outro “Batista”que já estava ficando mais famoso que o próprio João.
Essa “rixa” entre as comunidades cristãs tradicionais, e as Joaninas, sempre houve e parece que o autor do quarto evangelho, pretendeu, com essa passagem encerrar essa discussão inútil e descabida, sobre quem era superior: Jesus de Nazaré ou João Batista.
E a conclusão final está no evangelho de hoje 3, 31-46 onde somente om primeiro versículo já pôs fim ao debate “Aquele que vem de cima, aquele que vem do Céu é superior a todos. E aqui voltamos lá no início da aula de catequese que Jesus deu a Nicodemos: “Se tenho vos falado de coisas terrenas e não acreditais, como podereis acreditar se eu vos falar de coisas Celestiais?”.
O fato é que, essa polêmica das comunidades Joaninas, conclui de maneira esplendorosa a aula de catequese de Jesus, que saindo da sala de catequese, foi para a prática. Céu, palavra largamente empregada por João, designa lugar de Deus, ora, se Jesus veio do Céu, e dá testemunho das realidades celestes, então ele é Deus!
Não há portanto, ao homem, nenhuma outra alternativa para desfrutar da amizade e do Amor que Deus oferece, que não seja a Fé em Jesus Cristo, Ele e comente Ele, nos dá a Vida Eterna, que no mesmo evangelho de João, é chamada de Vida Plena, porque supõe o homem na sua totalidade e não apenas o Espírito como imaginavam os gregos influenciados pelo Ganostecismo, para os quais o corpo é a prisão da Alma. A graça é Vivificante, inclusive para o corpo, por isso é Eterna e não sucumbe na morte biológica.
Fonte: NPD Brasil em 11/04/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Duvidar não é pecado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Duvidar não é pecado, mas faz parte do processo da caminhada de Fé, e ajuda a nos abrir mais para a Revelação Divina, que o diga os discípulos de Jesus naqueles primeiros tempos da caminhada da comunidade. Não há nenhum momento no relato do evangelho, em que os discípulos estão tranquilos, muito conscientes de tudo o que aconteceu, e sobre a missão que têm pela frente, com toda segurança possível. Nos relatos pós pascais eles sempre estão com medo, inseguros, espantados, demonstrando incerteza sobre o futuro.
A Comunidade primitiva não era formada por super-homens e super- mulheres, mas por pessoas exatamente iguais aos irmãos e irmãs de nossas comunidades, que faziam a experiência profunda da presença do Senhor, a partir da Fé, mas que nem por isso tornaram-se especiais, seguros de tudo o que faziam. Fé é confiar em Deus e caminhar, como fez Abraão, que não exigiu um relatório pormenorizado do que seria sua conturbada relação com Deus, mas simplesmente aceitou aquilo que veio.
Jesus está ali no meio deles, lhes deseja o Shalon da Paz, mas eles o confundem com um espírito, isso é, com uma visão fantasmagórica. Há aqui algo que precisamos entender, é o processo de continuidade e descontinuidade que ocorre na morte Biológica, continuaremos a ser a pessoa que construímos em nossa Vida em uma continuidade surpreendente, entretanto, será de uma forma e de um jeito diferente, um jeito novo de Ser. Claro que Jesus é diferente de nós, pois nele há a união hipostática das duas naturezas, a humana e a Divina, e nós apenas a humana, entretanto, o processo da morte é o mesmo e a pessoa será revelada naquilo que realmente ela é, a pessoa que somos e o corpo que temos são coisas diferentes pois a matéria chegará a sua finitude.
Os discípulos estão espantados e com medo, essa é uma realidade nova para eles, para mostrar que é igual a eles e que não se trata de um fantasma, Jesus se deixa tocar, e depois pede algo para comer. O evangelho em sua conclusão quer esclarecer as primeiras comunidades e a todos nós, que tudo o que aconteceu com Jesus não foi uma fatalidade e Deus nunca perdeu controle da situação, tanto é que quando tudo parecia perdido com a morte de Jesus, Deus age e reverte o quadro, apagando o "The End" da História da Salvação, que agora vai recomeçar com mais força porque prenuncia que o Mal nunca mais dominará o homem que se tornou novo em Jesus de Nazaré, que restitui-lhe a liberdade e a possibilidade de percorrer novo caminho, rumando para um novo céu e uma nova terra...

2. O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Houve uma discussão entre os discípulos de Jesus e os discípulos de João Batista. João conversa com os seus discípulos. A passagem de hoje é lida como continuação da fala de João Batista, mas de fato é continuação da conversa de Jesus com Nicodemos. O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos. É preciso, pois, crer no Filho para ter a vida eterna, porque o Filho fala as palavras de Deus. Ele veio do alto, veio do céu e dá testemunho do que viu e ouviu. Ele sabe o que é e como é a vida do outro lado. Quem acredita nele, acredita em Deus. Quem não acredita nele, a ira de Deus permanece sobre ele. Podemos acreditar em Jesus de forma explícita, completa e perfeita, sabendo quem ele é, aderindo a ele de todo o coração e praticando tudo o que ele ensinou, principalmente o mandamento do amor. Como tudo se centraliza na prática do amor fraterno, quem ama o próximo faz o que Jesus mandou e, de certa forma, crê em Jesus. No entanto, se a fé não for clara e determinada, ela pode fraquejar. Alguém pode desistir de amar quando o amor não é fundamentado na fé. Daí a necessária presença dos cristãos no mundo: para que ninguém desista de amar e perceba a importância da fé.

HOMÍLIA DIÁRIA

É necessário acolher e acreditar nas palavras de Jesus Cristo

Postado por: homilia
abril 11th, 2013

Mais uma vez estamos diante dos opostos, característicos de São João: céu/terra. Enquanto o homem Adão foi tirado da terra e por isso à terra pertence, o Homem Jesus vem do céu e por isso ao céu pertence. Suas palavras e ações são de onde Ele veio.
Neste texto de hoje, Jesus continua se dando a conhecer como sendo o único que veio do céu, que possui a vida e que Sua Palavra supera todas as outras. Pois Ele somente fala do que viu e ouviu do Seu Pai que está no céu. Quem aceita o Seu testemunho e crê n’Ele recebe o Espírito e tem a vida eterna, que é o extraordinário e maravilhoso dom de Deus.
O evangelista nos convida, no dia de hoje, a olhar para Jesus acolhendo as Suas palavras e transformá-las em um Evangelho vivo na nossa vida. Visto que são “palavras de vida eterna”. E se é verdade que fomos regenerados e renascidos na água e no fogo do Espírito, como diz São Pedro, devemos aspirar ao leite puro e espiritual, a fim de que por ele possamos crescer para a salvação.
Portanto, por Ele e n’Ele, toda a humanidade recebe não por direito, por mérito, mas por mera benevolência de Deus a vida eterna, ontem, hoje e sempre!
Oxalá, meu irmão e minha irmã, se hoje ouvíssemos a sua voz e não fechássemos os nossos corações! Mas que os abríssemos profundamente para acolher a Sua Palavra e transformá-la no Evangelho vivo em nossas vidas.
Acolhamos e acreditemos nas palavras d’Aquele que veio do Céu. Pois em nenhum outro nome podemos ser salvos, senão no nome de Jesus, Aquele que veio do céu.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 11/04/2013

Oração Final
Pai Santo, envia sobre nós o teu Espírito e nos dá força para transformar em testemunho de vida a fé que ainda não temos, mas tanto desejamos ter. E nos ensina, Pai amado, a sermos agradecidos pelo dom infinito do teu Filho Unigênito. Pelo mesmo Cristo Jesus, que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/04/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o mundo clama por testemunhas. Faze-nos, Pai amado, portadores da Boa Notícia de que o teu Reino está bem próximo – ele está dentro de nos! – para que o anunciemos com alegria a todos os que peregrinam ao nosso lado nesta volta que fazemos para o Lar Paterno. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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