quinta-feira, 7 de setembro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/09/2017

ANO A


Mt 1, 1-16.18-23
(breve Mt 1, 18-23)

Comentário do Evangelho

Em Jesus, uma nova história do universo começa.

A genealogia tinha para os antigos uma importância capital, pois ela inseria a pessoa no tecido social e histórico de um povo. À diferença de Lucas, que remete a origem de Jesus a Deus (Lc 3,23-38), Mateus a faz remontar a Abraão (v. 1). A finalidade é mostrar que ele é plenamente membro do povo de Israel. Davi também é mencionado no primeiro versículo porque, para os judeus, o Messias seria descendente de Davi, e para a fé cristã Jesus é descendente de Davi segundo a carne (Rm 1,3; Lc 1,32). A Abraão é prometida a bênção da qual todas as nações seriam beneficiadas. Desse modo, fazer remontar a genealogia de Jesus a Abraão é um modo de afirmar o caráter universal da missão de Jesus. Mais ainda, para o cristão a genealogia de Jesus visa fazer compreender que nele se resume toda a história passada de Israel. Em Jesus, uma nova história do universo começa. Segue-se à genealogia o anúncio do anjo a José sobre o nascimento de Jesus. A maternidade de Maria é obra do Espírito Santo (v. 18). Se José pensa deixar Maria ir livremente, é porque ele tem consciência do mistério de Deus presente na gravidez dela. É exatamente nisso que ele é justo: não quer tomar para si o que Deus reservou para Ele. Mas a palavra do anjo, isto é, a revelação de Deus, converte a atitude pretendida de José, e ele acolheu Maria como sua esposa da forma que o anjo havia mandado (v. 24).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.
Fonte: Paulinas em 08/09/2014

Vivendo a Palavra

Natividade de Nossa Senhora: celebrar seu nascimento é dar graças pela vida de Maria. Sem acrescentar nenhum título, simplesmente agradecendo ao Pai Misericordioso que nos deu Maria – a melhor de nossa raça – aquela que acreditou e, fazendo-se serva do Senhor, tornou-se Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/09/2014

Reflexão

Jesus se insere na história da humanidade e, ao fazê-lo, também passa a ter uma história. Ele é verdadeiramente homem e assume em tudo a condição humana, menos o pecado. Ao comemorarmos o nascimento da Virgem Maria, estamos comemorando um fato da história do próprio Cristo, pois o seu nascimento está condicionado ao dela, uma vez que ele é seu descendente, já que ela é sua mãe. Com isso, podemos perceber o Senhor da história se inserindo e agindo na própria história da humanidade, para nela realizar o seu plano de amor e salvação.
Fonte: CNBB em 08/09/2014

Recadinho

Em que consiste sua devoção a Nossa Senhora? - Que título dado a ela mais lhe agrada? - O que poderíamos oferecer a ela, celebrando seu aniversário? - O que é Maria em sua vida? - Faça-lhe uma prece.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em Nacional em 08/09/2014

Meditando o evangelho

A PLENIFICAÇÃO DA HISTÓRIA

A genealogia visa mostrar a centralidade de Jesus na história do povo de Israel. Tudo converge para ele e nele tudo tem origem.
Chamar Jesus de filho de Davi e filho de Abraão corresponde a situá-lo nos primórdios da História. Enquanto filho de Davi, seria a realização das antigas promessas feitas ao grande rei, fundador da dinastia de Judá, que recebera a promessa divina de perpetuidade. Seria, também, sinal da fidelidade de Deus, que jamais esquece uma palavra dada. Nele o povo de Israel teria seu definitivo líder.
O título filho de Abraão faz dele mediador das bênçãos divinas, segundo a promessa feita, outrora, ao grande patriarca. Javé havia empenhado sua palavra, por ocasião da vocação de Abraão: "Em teu nome, serão abençoadas todas as famílias da Terra". Jesus, qual novo Isaac, apontava para a realização das promessas divinas, embora, à primeira vista, pudessem parecer irrealizáveis. Nele a humanidade reencontrava o caminho das bênçãos, após ter vagado pelo caminho do pecado, e, por conseguinte, também do castigo.
Portanto, Jesus une em si duas linhas de tradição teológica do povo: a davídica e a abraâmica. Em cada uma delas, frisa-se um aspecto de sua atuação. Enfim, as esperanças foram realizadas! As promessas divinas encontraram seu ponto mais alto de realização.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que paira sobre o Messias, desperta minha inteligência para que compreenda a centralidade de Jesus, ponto de convergência de toda a história humana.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Nascimento de Maria
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Qual a expectativa de São Joaquim e Santa Ana, quando Maria nasceu? A mesma de qualquer casal dos nossos tempos, uma alegria muito grande e um olhar cheio de esperança para o futuro daquela criança. Joaquim e Ana eram um casal como tantos outros em meio ao Povo de Israel, como bons Judeus, traziam na alma e no coração a esperança de uma libertação Messiânica e nem imaginavam que a criança que acabara de nascer iria ser extremamente importante naquele acontecimento extraordinário, que foi a vinda do Messias, predito nas escrituras e nos profetas.
Pelo decorrer da história percebe-se que os Pais de Maria foram excelentes educadores e viviam com grande piedade e zelo a religião de Israel. Hoje em dia os pais acham tão difícil educar um filho ou uma filha na Fé cristã, mas se tivermos a pretensão de mudar o mundo para melhor, é preciso dar a nossa contribuição na educação e formação religiosa dos filhos, Maria foi muito bem preparada pelos pais e por isso Deus se encantou com ela, com a sua ternura, com a sua Fé, com o seu modo de ser filha. É bem verdade que em um primeiro momento as coisas não deram muito certo, mais ou menos entre 13 e 14 anos a menina apareceu grávida e já era noiva do José. Acontecimentos inesperados ou às vezes desagradáveis acontece na vida de todas as famílias, a questão é, como as pessoas se portam diante desses fatos, é isso que vai demonstrar se a pessoa tem uma Fé verdadeira e madura.
Tanta coisa poderia ter dado errado. José poderia rejeitar Maria para sempre, Os pais poderiam não entender o ocorrido, os parentes e vizinhança poderiam olhar com desdém para Maria, isso sem falar que José poderia denunciá-la ao sinédrio para ser julgada pelo pecado de adultério, e se condenada poderia morrer apedrejada em praça pública como dizia a Lei de Moisés.
Por que e como as coisas deram então tão certas? Primeiro porque Deus estava no comando, era seu Plano de Salvação que estava em jogo naquele momento, segundo porque as pessoas envolvidas, Maria, José, os pais Joaquim e Ana, tiveram equilíbrio e acima de tudo uma confiança inabalável em Deus, sabendo ler nos acontecimentos á sua Santa e Soberana Vontade, não questionando, não duvidando, mas abrindo-se ao mistério de sua graça.
Como faz falta ao homem de hoje essa confiança e abertura á Graça de Deus, esta serenidade e Fidelidade de Maria, José, Joaquim e Ana, quantos acontecimentos inesperados na vida de nossas famílias, que se compreendidos á luz da Fé marcariam o início de algo totalmente novo, porque o Espírito Santo que gerou no ventre de Maria o Verbo Divino, renova, restaura a tudo e a todos. A Família e a sua Vocação a Santidade é o melhor caminho para solucionar todos os graves problemas que levam a Humanidade a perder-se na miséria do pecado, ontem, Joaquim e Ana, Maria, José, hoje nós cristãos, podemos sim, se o quisermos, darmos início a um mundo novo, a partir do nosso testemunho e comprometimento em construir esse Reino que um dia Jesus inaugurou...

2. Origem de Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Celebramos hoje o aniversário de Nossa Senhora. Teria nascido em Jerusalém, nas imediações da igreja de Sant’Ana. Seus pais Joaquim e Ana foram mais tarde para Nazaré. Depois da morte de São José, Maria foi morar com Jesus em Cafarnaum. Confiada aos cuidados do apóstolo São João pelo próprio Jesus na cruz, viveu um tempo em Éfeso, voltou para Jerusalém e residiu no monte Sião, na atual igreja da Dormição, onde faleceu. Foi sepultada no Vale do Cedron, e de lá foi levada ao céu em corpo e alma. Quatro são os títulos de Maria: Mãe de Deus, Imaculada Conceição, Sempre Virgem e Assunta Céu, sendo o principal o de Mãe de Deus. José e Maria eram da família de Davi.

HOMÍLIA DIÁRIA

A morada de Deus entre nós iniciou-se com Maria

A morada de Deus entre nós iniciou-se com Maria, por isso nós precisamos reconhecer a importância de Nossa Senhora no plano e nos desígnios salvíficos de Deus.
“Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos” (Romanos 8, 29).
Hoje celebramos a Natividade de Nossa Senhora, o dia do nascimento da Virgem Maria. O nascimento tão importante, como é o de cada um de nós; fazemos festa, celebramos, comemoramos. Nós queremos celebrar o nascimento da Mãe de Jesus e Mãe nossa!
Nós precisamos reconhecer a importância de Maria no plano e nos desígnios salvíficos de Deus. A leitura que ouvimos na Carta de Paulo aos Romanos, uma das opções da primeira leitura para a Missa de hoje, nos diz justamente isso: aqueles a quem Deus amou desde sempre, a esses Ele predestinou a serem conforme à imagem do Seu Filho Jesus.
Precisamos entender “predestinação” no sentido universal da palavra. Todos nós somos predestinados à salvação, chamados por Deus para ser salvos. Mas há também o significado de predestinação como escolha. Sim, Deus escolhe alguns para que sejam cooperadores, colaboradores d’Ele no plano da salvação. Ainda que todos nós sejamos chamados a colaborar, há aqueles que, de um modo mais direto, contribuem mais incisiva e plenamente com toda a sua vida no processo de salvação da humanidade.
Maria assume um plano, ou melhor, um plano singular nos desígnios de Deus. Ela foi escolhida no coração do Pai, pensada por Ele desde o momento do pecado e da queda dos nossos pais [Adão e Eva] no paraíso. A ela foi destinado o papel de ser a nova mulher, a nova Eva, aquela que seria a Mãe do Filho de Deus, o Salvador de toda a humanidade. A escolha de Maria é dom gratuito e amoroso de Deus; foi Ele que a amou, foi Ele que a escolheu, que a chamou!
Algumas pessoas, por preconceito, por visões erradas, por mentalidades distorcidas, têm muita dificuldade para amar Maria. Deixe-me dizer uma coisa a você: não tenha medo de amá-la. Assim como o anjo disse a José: “não tenha medo de receber Maria como sua esposa”, eu digo agora a você: não tenha medo de amar Maria, pois quem a amou primeiro foi Deus. Se Deus a amou muito, nós não podemos amá-la pouco!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 08/09/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a venerar a Mãe de Jesus e a cultivar carinhosamente sua memória, mas, sobretudo, dá-nos sabedoria, força e coragem para imitá-la na humildade e na generosa entrega ao serviço dos irmãos. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/09/2014

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