segunda-feira, 8 de maio de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 08/05/2017 A 13/05/2017

Ano A



8 de Maio de 2017

Jo 10,11-18

Comentário do Evangelho

Um Pastor segundo o coração de Deus

Jesus entra na corrente dos profetas que denunciam os falsos pastores e anunciam para Israel um pastor segundo o coração de Deus, compassivo, misericordioso. No século VI a.C., Jeremias denunciava que os falsos pastores, os reis aos quais era atribuído o título de pastor, conduziram o povo para longe do Deus único e verdadeiro; levaram o povo a adorar os ídolos e a abandonar os mandamentos de Deus. A aflição do povo, o desejo de um único e verdadeiro pastor para que as ovelhas não se desgarrassem, fará com que Deus, diante da fraqueza e da infidelidade dos que estavam à frente do povo, prometa conduzir, ele mesmo, a porção de sua herança, qual um pastor. Essa promessa nós a vemos realizada em Jesus, Bom Pastor. Jesus é o Pastor segundo o coração de Deus, Pastor compassivo e misericordioso que conduz e protege as suas ovelhas. Não somente isso, mas Jesus é o Bom Pastor porque entrega livremente a própria vida em favor de suas ovelhas. A cada celebração da Eucaristia recordamos essa palavra do Senhor: “Isto é o meu corpo entregue por vós… isto é o meu sangue derramado por vós”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba entregar-me com toda confiança nas mãos de teu Filho – o bom Pastor –, pois só assim estarei seguro de estar trilhando o caminho para ti.
Fonte: Paulinas em 12/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

Relembremos os costumes do tempo de Jesus. Ele usa a imagem do pastor e suas ovelhas. Era o que havia de mais carinhoso e gentil, uma verdadeira troca de calor entre o que cuida e aqueles que são cuidados, para preservá-los do frio nas noites veladas ao relento. Uma imagem bonita para ser seguida hoje por todos os irmãos.

Reflexão

Deus afirmou, através do Profeta Jeremias, que ele daria ao seu povo pastores segundo o seu coração e, mais tarde, pela boca do Profeta Ezequiel, que ele mesmo seria o pastor do seu povo. O Evangelho de hoje nos mostra que Deus está cumprindo a sua promessa, pois o Filho, segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é quem afirma: "Eu sou o bom pastor". É o próprio Deus que se coloca a serviço das pessoas com a finalidade de reuni-las num único rebanho. E hoje a Igreja, o Corpo Místico de Cristo, é a continuadora da obra do Pastor, de modo que nela o ser humano é convidado a participar da divina missão do pastoreio.

Recadinho

Jesus faz um paralelo entre um pastor e um empregado. Um age em busca em primeiro lugar de seu salário. O outro age como dono das ovelhas. Qual a diferença entre o modo de agir deles? - O que acontece quando não se trabalha por amor? - O que devemos fazer pelas ovelhas que não pertencem ao rebanho de Cristo? - Você ajuda na evangelização? Como? - Qual a atividade de Igreja que mais lhe agrada?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 12/05/2014

Meditando o evangelho

O BOM PASTOR

A atitude mais dignificante de um pastor consiste em estar disposto a dar a sua vida em defesa do rebanho. Esquecendo-se de si mesmo, luta para garantir a sobrevivência de suas ovelhas, embora venha a morrer. Não existe forma melhor de comprovar a condição de guia do rebanho! Só quem age assim merece o título de pastor.
No trato com seus discípulos, Jesus inspirava-se neste modelo de pastor. Conhecia os que havia chamado para estar com ele e partilhar a sua missão e o seu destino. Colocava-se no meio deles como amigo e servidor, interessado em que tivessem vida abundante – a vida eterna, oferecida pelo Pai. Cuidava para que a ação perversa dos adversários – certas alas radicais do farisaísmo, as autoridades religiosas e políticas etc. – não viesse a prejudicá-los. Defendia-os dos ataques dos inimigos, calando a boca de acusava falsamente seus discípulos. Colocava-se a serviço deles, desejoso de que fizessem uma verdadeira experiência de Deus, reconhecido como Pai misericordioso. Lutava para congregar quem vivia disperso, vagando por caminhos impróprios, por ser mal-orientados.
Toda esta ação de Jesus resultava do cumprimento da ordem que recebera de seu Pai: ser Mestre para guiar a humanidade para ao reencontro com Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu saiba entregar-me com toda confiança nas mãos de teu Filho – o bom Pastor –, pois só assim estarei seguro de estar trilhando o caminho para ti.

HOMILIA DIÁRIA

Jesus, o Bom Pastor, dá a vida por nós!

Ainda que sejamos a ovelha machucada, ferida, maltratada, Jesus, o Bom Pastor, dá a vida para curar o nosso coração e para restituir a nossa vida!
”Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (João 10, 11).
Nós queremos continuar contemplando a imagem maravilhosa de Jesus, o Bom Pastor. Sabem, meus irmãos, faz parte da cultura hebraica, faz parte realmente do sistema de economia dos judeus, a figura das ovelhas. Porque é muito comum vermos, na região de Israel, as ovelhas, que estão nas principais regiões daquele país. E é claro que para cuidar das ovelhas existe o pastor, que está ali observando cada uma delas, alimentando-as, vendo o que elas precisam, as conduzindo para que estejam no redil, cuidando das que estão doentes ou das que se perdem.
A figura do pastor é uma figura muito cara, ele é muito bem visto pelo trabalho que faz e pela forma como ele cuida das suas ovelhas. E assim como existe o pastor, que cuida das suas ovelhas no campo, Jesus diz a nós que Ele também é um Pastor, mas Ele não é um pastor qualquer, Ele é o Bom Pastor! E por que Ele é um Bom Pastor? Porque Ele é capaz de dar a vida por Suas ovelhas, Ele não só cuida, ama, trata e dá o que a ovelha precisa, mas o fundamental: todas as vezes que preciso for, Ele dá a vida pelas ovelhas!
Dar a vida pelas ovelhas não significa apenas morrer por elas, Ele também é capaz de morrer e morreu por Suas ovelhas num gesto supremo de amor e de entrega total por aqueles a quem Ele ama, pois Ele dá a vida por cada uma a cada dia, Ele se sacrifica, cuida dela. E, mesmo que a ovelha seja rebelde, mesmo que a ovelha fuja, Ele vai atrás dela para poder cuidar dela.
Do mesmo modo como Jesus é o Bom Pastor, eu e você precisamos ser também “a boa ovelha”, precisamos nos deixar ser cuidados pelo nosso Bom Pastor; precisamos permitir que Ele, com todo o amor e ternura, cuide de nós. Ainda que sejamos a ovelha machucada, ferida, maltratada, o Bom Pastor dá a vida para curar o nosso coração, para restituir a nossa vida, para dar um vigor novo à nossa vida de ovelha!
O Bom Pastor não olha para as Suas ovelhas no plural, no rebanho, no coletivo. Ele as olha de forma individual, cada ovelha é única, por isso Ele a toma pela mão, a conduz nos Seus braços e lhe dá todo o amor, carinho e ternura. Porque Ele quer que Suas ovelhas estejam bem cuidadas, tratadas, alimentadas, mas, sobretudo, que elas tenham vida plena e abundante em Deus!
Que o Bom Pastor nos abençoe!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos conscientes de que somos ovelhas da tua Igreja, mas também somos pastores. Por muito pequeno que seja nosso rebanho, ajuda-nos, Pai amado, a assumir seu cuidado, oferecendo aos companheiros do Caminho testemunho de Compaixão, de Esperança e de Fé. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

OU

Jo 10,1-10

VIDE:

- HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 07/05/2017

- LEITURA ORANTE DO DIA - 07/05/2017

- HOMÍLIA DIÁRIA - Jo 10,1-10 - (CANÇÃO NOVA) - 07/05/2017


9 de Maio de 2017

Jo 10,22-30

Comentário do Evangelho

“Eu e o Pai somos um”

Os judeus querem uma resposta clara, sem rodeios. No entanto, nenhuma resposta seria convincente: Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!” E em nenhum evangelho Jesus diz claramente ser o Messias. Ao invés de falar diretamente à questão, Jesus passa a falar de suas ovelhas. Lembremo-nos de que em todo o Antigo Testamento o povo de Israel se compara a um rebanho e Deus, a um pastor (cf. Sl 23[22]). As ovelhas que escutam a voz são as que conhecem o pastor. A afirmação de Jesus sobre a vida eterna estarrece os judeus, pois quem pode dar a vida eterna a não ser Deus? Nas mãos de Deus as ovelhas estão em segurança; nas mãos do Filho, as ovelhas jamais se perderão. Jesus afirma ainda uma união profunda entre ele e o Pai: “Eu e o Pai somos um”. Tal afirmação soava como blasfêmia e escândalo a muitos dos ouvintes.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.
Fonte: Paulinas em 13/05/2014

Vivendo a Palavra

A presença de Jesus incomodava as autoridades. Ele não preenchia o perfil do Messias esperado. Mas os sinais que fazia diziam que sim – era Ele! Também nós nos confundimos com os sinais do Reino de Deus, colocando-o longe, em outro tempo e lugar. Mas, ainda que não em sua plenitude, Ele já está aqui!
Fonte: Arquidiocese BH em 13/05/2014

Reflexão

Colaborar na missão salvífica de Jesus através da ação pastoral da Igreja significa levar as pessoas a reconhecerem nele o Deus vivo encarnado para a salvação de todos os que nele crerem. Para que esta ação surta efeito, o anúncio é necessário, mas por si só é insuficiente. Não basta apenas falar de Jesus, é preciso obras, é necessária a vivência dos valores evangélicos, o amor precisa ser concretizado. Mas acima de tudo, é necessária a consciência de que somos participantes da divina missão de salvação dos homens e que quem realiza esta obra não somos nós, mas sim o próprio Deus, é ele quem pastoreia através de nós. Somos na verdade canais de graça para que os homens ouçam a voz de Jesus, sintam-se integrantes do seu rebanho e o sigam rumo à vida eterna.

Recadinho

Você recebeu de Deus uma vocação. Qual? - Conhece alguém que recebeu a vocação para a vida religiosa? Como a vive? - O que você mais admira na vocação sacerdotal? - Você reza pelas vocações sacerdotais e religiosas? Com que frequência? Como? - Conhece algum jovem (rapaz ou moça) que manifesta desejo de seguir uma vocação especial de serviço? Você incentiva?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 13/05/2014

Meditando o evangelho

O TESTEMUNHO DAS OBRAS

A acolhida do Ressuscitado não podia prescindir da consideração da vida terrena de Jesus. Aí ele testemunhou, por meio de obras, que sua existência estava radicada no Pai. A profunda unidade entre Jesus e o Pai explicava sua capacidade de falar e fazer coisas jamais vista por seus contemporâneos.
Jesus procurava deixar claro que dependia do Pai e apresentava-o como origem e destino de toda sua ação.
Assim sendo, a Ressurreição precisava ser entendida como desdobramento desta relação. Jesus que vivera em total unidade com o Pai não podia concluir sua existência como um fracassado, na cruz. O Pai, num gesto de amor, o ressuscitou! A vida que fluiu ao longo do ministério de Jesus, em benefício de quem deu crédito às suas palavras, fluía, agora, de maneira plena e ilimitada, por meio do Ressuscitado, por obra do Pai.
A Ressurreição possibilitou, a quem havia questionado a identidade de Jesus ao ver os prodígios que realizava, refazer sua interpretação. Entretanto, a comunidade cristã, ao proclamar sua fé, viu-se às voltas com toda sorte de interrogações levantadas a respeito da identidade do Ressuscitado. Não era possível dar uma resposta a quem se recusava a valorizar o testemunho da vida de Jesus como revelação convincente do amor do Pai por ele.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, leva-me a compreender o amor que o Pai manifestou por ti, ao longo de teu ministério e, especialmente, na tua Ressurreição.

HOMILIA DIÁRIA

Você tem ouvido a voz do Bom Pastor ou a do mundo?

Precisamos da sabedoria, do silêncio interior, da meditação e da contemplação para escutarmos a voz do Bom Pastor, Aquele que nos conduz e não nos deixa perdidos nas estradas da vida!
”As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão” (João 10, 27-28).
Nós continuamos a meditar a figura do Bom Pastor e hoje esse mesmo Pastor nos diz a que as Suas ovelhas escutam a Sua voz, seguem a Sua voz; conhecem a voz do Pastor e vão atrás d’Ele.
Dentro de nós, do coração de cada um de nós, existem muitas vozes gritando, clamando, chamando-nos para fazer isso ou fazer aquilo. Nós precisamos escutar a voz do Bom Pastor, d’Aquele que dá a vida por cada um de nós e não nos deixarmos nos confundir, sermos enganados, iludidos, inebriados; porque, no meio do caminho, é muito fácil nos confundirmos.
Muitas vezes, escutamos o que o outro diz, aquilo que o outro fala, nós damos vozes e atenção a qualquer coisa que escutamos e deixamos de ouvir a voz do Bom Pastor. Deixamos de ouvir aquilo que Jesus quer falar ao nosso coração para escutarmos o que as pessoas estão nos falando.
Às vezes, isso é tão confuso dentro de nós, causa tanta confusão em nosso interior, sobretudo no mundo do “disse não me disse”, no mundo da confusão, da mentira, da futrica, da conversa fiada, das ilusões, sobretudo no mundo em que as pessoas não tomam consciência do que falam (se eu não gosto de alguém ou falo mal dessa pessoa em assim, eu confundo as pessoas com as coisas que falo), que nos deixamos nos enganar. Deixamo-nos seduzir, deixamos que outras vozes confundam o nosso coração!
Aquele que é do redil de Jesus, aquele que faz parte do rebanho de Jesus, não se deixa enganar: escuta, discerne, peneira e conclui – “Isso é de Deus! Isso não é de Deus! Isso faz bem a mim, isso não faz bem a mim!”.
Aquele que é de Deus não toma decisão precipitada, não se deixa levar por suas emoções, pelo calor dos acontecimentos, pelas vozes das emoções que estão ali clamando dentro do coração, com raiva, com medo, tensão e preocupação. Não! Quem é de Jesus acalma o coração, acalenta a alma, procura, no silêncio da oração, escutar a voz de Deus!
Nós nos confundimos e erramos muito no caminho da vida, na estrada que prosseguimos, porque escutamos as vozes confusas que clamam em nós. O que precisamos é da sabedoria, do silêncio interior, da meditação e da contemplação para escutarmos a voz do Bom Pastor, Aquele que nos conduz e não nos deixa perdidos nas estradas da vida! Ao nos deixar guiar pela sabedoria divina, Ele nos conduz pelos prados verdejantes, ainda que tenhamos que passar pela aridez, pelo vale tenebroso da sombra da morte, nós não temeremos, porque a mão do Senhor, a voz d’Ele há de nos conduzir.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/05/2014

Oração Final
Pai Santo, ajuda a nossa incredulidade para acolhermos com alegria e gratidão o teu Reinado de Amor que nos foi trazido pelo Ungido, feito humano em Jesus de Nazaré. Que pelo testemunho de vida nós anunciemos a tua compaixão por todos os homens. Pelo mesmo Jesus, o Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/se-tu-es-o-messias-dize-nos-abertamente/


10 de Maio de 2017

Jo 12,44-50

Comentário do Evangelho

“Quem me vê, vê aquele que me enviou”

A perícope de hoje contrasta com a precedente (12,37-43), em que o tema é a incredulidade. Apesar de ter realizado muitos sinais, muitos judeus não creram nele (cf. v. 34). A razão da incredulidade: cegueira e dureza de coração (cf. v. 40; ver também Jo 9,41). Aqui, Jesus toma a palavra. Ele é o enviado do Pai e, como tal, é portador da palavra do Pai: “… aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus” (Jo 3,34). Pelo paralelismo apresentado nos versículos 44 e 45, “crer” e “ver” são, no quarto evangelho, sinônimos. Trata-se da visão própria da fé, que ultrapassa o aparente e penetra a realidade em sua profundidade. A fé possibilita a experiência de que estar diante de Jesus é estar na presença de Deus: “Quem me vê, vê aquele que me enviou” (v. 45). Esse paralelismo permite ainda compreender a profunda unidade que une o enviado àquele que o enviou. Por isso, Jesus poderá dizer: “O Pai e eu somos um” (10,30).Ouvir Jesus é ouvir, como dissemos, o Pai: “… o que eu falo, eu o falo de acordo com o que o Pai me disse” (v. 50).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, como discípulo da luz, quero deixar-me sempre guiar por teu Filho. Só, assim, as ciladas do demônio não prevalecerão sobre mim. Vem em meu auxílio!
Fonte: Paulinas em 24/04/2013

Vivendo a Palavra

Através do Filho, o Enviado, nós acreditamos no Pai Misericordioso, que O enviou. Hoje nós somos os enviados por Jesus de Nazaré. Que os nossos irmãos peregrinos possam crer na Boa Notícia do Reino de Deus que nós anunciamos com alegria não só com palavras, mas com o testemunho de nossas vidas.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2013

Reflexão

Jesus é o grande comunicador do Pai. Ele veio ao mundo não para fazer a própria vontade, mas veio como enviado do Pai para realizar as obras de Deus, e ele foi fiel à sua missão. E a missão que o Pai atribuiu a Jesus é uma missão salvífica: a missão de retirar a humanidade do reino das trevas e introduzi-la no reino da luz. Ser cristão significa ouvir as palavras de Jesus, reconhecer o caráter divino que está presente nela, sentir-se apelado por ela para não mais viver nas trevas do erro, do pecado e da morte, mas sim na luz da verdade, da vida e do amor e responder de forma positiva a este apelo para que, crendo nas palavras de Jesus, creiamos firmemente naquele que o enviou para a nossa salvação.

Meditando o evangelho

CRER EM JESUS E NO PAI

A fé em Jesus está estreitamente ligada com a fé no Pai, e a fé no Pai conduz à fé em Jesus. Ambos os níveis da fé estão em mútua dependência. Considerados isoladamente, perdem toda a sua consistência.
A fé em Jesus tem fundamento na sua condição de enviado do Pai. Enquanto enviado, é portador de uma missão específica. As palavras a serem proclamadas não são suas. Compete-lhe somente anunciar o que lhe foi comunicado. Por outro lado, o poder de realizar obras prodigiosas também lhe foi conferido. Portanto, os milagres realizados por ele apontam para o Pai, fonte de todo poder.
Todavia, a ação de Jesus não foi puramente mecânica, como se ele fosse um instrumento passivo nas mãos do Pai. Pelo contrário, lançou-se, de corpo e alma, na missão recebida, assumindo como obra própria tudo quanto realizava. Havia uma profunda sintonia entre a pessoa de Jesus e sua ação. Ele não agia por mera formalidade.
Embora querida pelo Pai, a ação de Jesus revelava sua identidade com ele. Por isso, a profissão de fé no Pai leva, necessariamente, à profissão de fé no Filho Jesus. Por outro lado, sendo Jesus manifestação do Pai, na história humana, quem nele crê, está no caminho seguro para chegar ao Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito do Pai e do Filho, conduze-me a uma fé sincera em ambos, de modo que eu saiba contemplar, no rosto de Jesus, o rosto Pai.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A Palavra que nos julga...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Estou revendo uma novela dos anos 90 chamada "Roque Santeiro", nela, o maldoso e cruel Sinhozinho Malta, a cada maldade arquitetada perguntava aos seus cupinchas, "Estou certo ou errado?" balançando a pulseira do relógio, em um gesto que demonstrava um excessivo autoritarismo, e ninguém ousava dizer que ele estava errado...
Quando ouvimos falar de um Deus diante do qual chegaremos para ser julgados, dá um "friozinho" na barriga, principalmente sabendo que não haverá recurso e nem apelação, o julgamento será definitivo e irá selar toda a eternidade. Entretanto, diferente dos tribunais da terra, onde muitas vezes prevalece a mentira por causa de um ardil muito bem planejado da Defesa ou da Acusação, e que consiste em ter na manga da camisa ou no bolso do colete uma elemento surpresa para ser utilizado na audiência, nenhum homem ou mulher da humanidade inteira poderá alegar falta de conhecimento, ou medo de que Deus use de um elemento surpresa, de algo que não sabemos, para nos condenar...
Ele falou as claras, manifestou-se nitidamente no seu Filho Jesus Cristo, sabiamente chamado pelo evangelista João de "Verbo Divino", e aqui, também para que ninguém alegue que se esqueceu dessa Palavra de Deus e do seu ensinamento, Jesus nos deu o seu Espírito Santo, para sempre "refrescar a nossa memória e o nosso coração", isso é, poderá passar milênios de história da nossa Humanidade, a Palavra permanecerá sempre intacta e atualizada, nenhum ser humano terá diante de Deus qualquer desculpa, para Abrandar o julgamento.
Ouvir a Palavra de Jesus é ouvir a Palavra do Pai, ver a Jesus e fazer com ele experiência mais sensacional e espetacular de nossa Vida, é ver e experimentar o próprio Pai.
Quem viver de maneira permanente essa experiência, tornar-se-á conhecido do Pai e não precisará temer o julgamento. Entretanto, ouvir e ver, conhecê-lo e experimentá-lo, é decisão que compete a cada homem tomar, mediante a fé e o bom uso do seu Livre arbítrio.
Desprezar e rejeitar a Jesus, menosprezar o seu evangelho, sua Palavra libertadora, sua Luz maravilhosa, e viver de qualquer jeito, empurrando a existência com a "barriga", ignorando o seu sentido, a origem da Vida e o seu ocaso, é condenar-se já nesta vida, é tomar a decisão errada, criando uma situação que depois não poderá ser revertida...
Uma coisa é certa e comprovada, sem acolher esta Palavra, nem vale a pena viver...
Fonte: NPD Brasil em 24/04/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Temos acolhido ou rejeitado as palavras de Jesus?

Postado por: homilia
abril 24th, 2013

Estamos diante de uma verdade inegável. Pela última vez, Jesus visita Jerusalém e fala publicamente por ocasião da festa da Páscoa dos judeus. Clamado rei pelo povo quando entra na cidade, em alto e bom som Jesus começa o seu discurso de identificação com o Pai do Céu, exortando a todos para que permaneçam unidos a Ele escutando e acolhendo Sua palavra, assim como Ele e o Pai são um: “Eu e o Pai somos um”.
A partir desta expressão, concluímos que entre Jesus e o Pai que O enviou há tal comunhão de vida, palavra e juízo, que ouvir e ser julgado por um é ouvir e ser julgado pelo outro.
Retomando o que João disse no prólogo, acolhê-Lo é acolher a Luz que vem de Deus. Pois Ele é a Luz do mundo, e quem crer n’Ele não permanece nas trevas, mas terá a luz da vida. É ter a vida que vem do próprio Deus. Crer em Jesus é crer em Deus Pai. Ele só fala o que o Pai lhe mandou e ordenou que dissesse ou fizesse: “Eu não tenho falado em meu próprio nome, mas o Pai, que me enviou, é quem me ordena o que devo dizer e anunciar”.
Quero chamar a sua atenção, meu irmão, nas palavras de Jesus: “A palavra que eu falei o julgará no último dia”, ou seja, as palavras de Cristo nos haverão de julgar. O julgamento não será feito por Jesus, mas sim pela própria acolhida ou rejeição da Sua palavra.
Aproximemo-nos, acolhamos e sejamos dóceis a elas [palavras de Jesus]. Saiba que a participação – ou não – na vida eterna é opção minha e sua. Deus conta com a minha e a sua adesão na fé e com o nosso dom de amor a serviço da vida, a qual, assumida em Deus, é eterna. Quanto mais entramos em comunhão de vida, palavra e critérios com Jesus e o seu Reino, mais compreenderemos a expressão: “Ver Jesus é ver o Pai”, e preparados estaremos para a nossa união indivisível com Cristo, no Pai e no Espírito Santo.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção NOva em 24/04/2013

Oração Final
Pai Santo, que fizeste da tua Palavra encarnada em Jesus o nosso juiz no último dia, dá-nos especial veneração por eia. Que nós a guardemos no coração, que a vivamos nos relacionamentos humanos e a anunciemos com amor aos irmãos peregrinos, nós te pedimos, Pai querido, pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2013


11 de Maio de 2017

Jo 13,16-20

Comentário do Evangelho

O discípulo é servo e a vida coerente com essa vocação é o caminho da felicidade.

É durante a última ceia e depois de lavar os pés dos discípulos que Jesus pronuncia essas palavras que lemos no evangelho de hoje. Tema semelhante ao enunciado no v. 16 encontramos em Mateus 10,24-25. Um dos aspectos do discurso de Jesus, depois de lavar os pés de seus discípulos, é apresentar o específico do discípulo. Em nosso caso há dois aspectos a ressaltar: o discípulo é servo e, como tal, renuncia a todo desejo de poder e prestígio. A consciência de sua condição de servo e a vida coerente com essa vocação é o caminho da felicidade. Na configuração da vida do servo ao seu Senhor está a felicidade. Para o relato, a predição da traição de Jesus por parte de um dos discípulos tem por finalidade prevenir os discípulos e, com isso, o leitor contra o escândalo que pudesse levar a certo esmorecimento, ao mesmo tempo que dá uma chave de leitura para compreender o fato (cf. Sl 41,10). É, inclusive, um modo de dizer que a Escritura se cumpre em Jesus. Até mesmo a traição pode ser ocasião de fé na pessoa de Jesus (cf. v. 19).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, inculca no meu coração a certeza de que só tu és Senhor, e que entre os seres humanos deve reinar igualdade e solidariedade, sem opressão.
Fonte: Paulinas em 15/05/2014

Vivendo a Palavra

Jesus diz que são felizes os que sabem discernir entre o que envia e o seu mensageiro. E nos ensina a acolher no Filho, enviado, o Pai, que o envia. Receber o ser humano Jesus de Nazaré é acolher o Cristo, o Filho Unigênito do Pai. Seguir o seu Caminho é viver, desde agora, os primeiros sinais do Reino.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/05/2014

Recadinho

Qual a grande lição de Jesus? - Você se examina frequentemente para saber se está sendo humilde? - Você procura mais ouvir do que falar? - Como você transmite Cristo ao próximo? - Sua vida é um serviço constante?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 15/05/2014

Meditando o evangelho

O AMIGO TRAIDOR

A traição de Judas não pegou Jesus de surpresa. O comportamento do discípulo deve ter chamado a atenção do Mestre. Sem dúvida, havia em Judas algo revelador de sua pouca sintonia com ele.
O gesto desse discípulo não deixa de ser intrigante. Por que trair um Mestre como Jesus, que superava, em sabedoria e poder, todos os demais até então conhecidos? Por que uma atitude tão mesquinha em relação a quem se mostrara tão misericordioso e compassivo?
Só existe uma resposta para este questionamento: a liberdade de Judas. Embora escolhido por Jesus para fazer parte do círculo dos íntimos aos quais tinham sido confiados os ministérios necessários para o anúncio do Reino, o traidor não foi capaz de abrir mão de seus esquemas mentais, e contar, efetivamente, com Jesus. Embora convivesse com o Mestre, este, porém, não exercia influência sobre ele. Pelo contrário, Judas deixava-se influenciar pelas forças demoníacas do dinheiro e do poder político.
A traição, neste caso, situa-se num contexto de esperanças frustradas. Judas preferiu dar ouvido ao tentador. Foi sua desgraça! Deixou-se dominar pelos salteadores, ao invés de dar ouvido à voz do Pastor!
O gesto tresloucado de Judas é um alerta para os discípulos de todos os tempos. Ninguém está isento de passar de amigo a traidor. Sem obediência total à voz do pastor, não existe discipulado que se sustente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de arrependimento toca o meu coração, para que eu me penitencie pelas vezes que traí o amigo Jesus.

HOMILIA DIÁRIA

Não se entregue ao desânimo, à tristeza e à depressão!

Não desperdice sofrimento, não se entregue ao desânimo, à tristeza ou à depressão. Que cada sofrimento o aproxime mais do coração do Mestre!
”Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (João 13, 20).
Amados irmãos e irmãs, a Palavra de Deus hoje, que vem ao nosso encontro, é para animar, fortalecer e encorajar o nosso coração a fim de nos ajudar a compreender melhor os sofrimentos, os dramas, as perseguições pelos quais, nós, seguidores do Senhor, passamos na vida. Porque nós nos enganamos quando achamos que quem serve a Deus não sofre e não passa por perseguições, por dramas e dificuldades. Nós achamos que servir a Deus é estar imune aos males deste mundo. É que, na verdade, os servidores ou seguidores do Senhor, muitas vezes, sofrem dez vezes mais do que todo o mundo.
Não é castigo, pelo contrário, é diferente disso, porque no nosso sofrimento, em nossas dores, em nossas angústias, nós somos consolados por Aquele que mais sofreu, por Aquele que mais amou, por Aquele que deu Sua vida por nós, porque Ele mesmo diz que nós não estamos acima d’Ele. Nós não somos mais do que o Senhor; nós não somos mais do que Ele em Sua glória, nem somos menos do que Ele no Seu sofrimento.
É claro que nós nem sofremos um terço daquilo que o Senhor sofreu e passou, mas pelo fato de sermos Seus discípulos, nós O seguimos na alegria e na tristeza. Nós O seguimos na glória, mas nós também O seguimos na cruz.
Não é possível seguir o Reino de Deus ou conquistá-lo só com vantagens, com glórias e vanglórias. O Reino de Deus se conquista com muitas tribulações, superando cada uma no martírio, no sofrimento, sabendo ter a paciência devida para lidar com cada situação.
Nós que nos fizemos servos por amor ao Senhor Nosso Deus, não nos achemos dignos de nos compararmos a Ele no amor que teve pela humanidade. Nós, na nossa indignidade, recebemos cada provação, cada sofrimento, como uma oportunidade de seguirmos, nem que seja de longe, aquilo que foi o Senhor na Sua Paixão, que foi o Senhor na Sua Morte redentora pelo mundo.
Não desperdice o sofrimento, não se entregue ao desânimo, à tristeza ou à depressão! Permita que cada sofrimento, dor e provação o aproximem mais do coração do Mestre, que muito nos amou e sofreu por nós!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 15/05/2014

Oração Final
Pai Santo, que nos amas ao ponto de dar-nos teu Filho Unigênito, ajuda-nos com as luzes do teu Espírito a acolher, em Jesus de Nazaré, o Cristo prometido aos Patriarcas, predito pelos Profetas e cantado pelos Sábios como teu Enviado para a nossa plena libertação. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 15/05/2014


12 de Maio de 2017

Jo 14,1-6

Comentário do Evangelho

Só há um modo de vencer o medo, pela fé

O evangelho de hoje é parte do discurso de despedida de Jesus, que tem sua origem na última ceia (13,31–14,31). Evidentemente, o anúncio da paixão e morte de Jesus e a predição da traição de Judas deixaram os discípulos confusos, agitados, assustados. A finalidade do discurso de Jesus é encorajar os discípulos para que não desanimem nem percam a esperança diante de sua paixão e da morte injusta, violenta e escandalosa. Efetivamente, o medo, a perturbação e a frustração põem em risco a unidade e podem levar a abandonar o seguimento de Jesus e os ideais propostos. No momento da paixão e aos pés da cruz, somente uns poucos, segundo João, permaneceram: a mãe de Jesus, Maria Madalena, Maria de Cléofas e o discípulo que Jesus amava (19,25-27). Os demais fugiram! Só há um modo de vencer o medo, pela fé (cf. v. 1). A fé permite manter viva a palavra e a promessa do Senhor, mesmo nos momentos dramáticos da existência humana. Os discípulos são convidados a fazer um novo êxodo: do medo à fé; da perturbação à paz dada pela confiança na palavra de Jesus. É a promessa feita pelo Senhor (v. 3) que sustenta essa Páscoa.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, meu coração anseia por estar em comunhão contigo, em tua casa, lugar que Jesus preparou para mim. Que eu persevere sempre no caminho que me leva a ti.
Fonte: Paulinas em 16/05/2014

Vivendo a Palavra

Uma promessa de Jesus boa para ser lembrada em nossos momentos de angústia: “existem muitas moradas na casa de meu Pai!” Cuidemos para que a nossa mensagem não transmita dúvidas ou ansiedade, mas a firme esperança, a certeza de que caminhamos, já aqui, no terreno sagrado do Reino do Pai, onde um dia estaremos plenamente.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/05/2014

Reflexão

Jesus está prestes a concluir a missão para a qual foi enviado pelo Pai e sabe que a sua presença histórica no meio dos homens está perto do fim. Por isso, ele inicia a preparação dos apóstolos para que reconheçam a sua nova forma de ser presença na vida das pessoas, assim como para receberem o Espírito Santo e serem conduzidos por ele na sua missão evangelizadora. Jesus inicia esta preparação mostrando aos discípulos que ele jamais os abandonará, mas irá preparar um lugar para onde ele mesmo conduzirá todas as pessoas que ele ama a fim de conviverem eternamente com ele.

Recadinho

Qual o caminho de realização que Deus lhe inspirou para sua vida? - Você se sente feliz e realmente se realiza fazendo o que faz e vivendo como vive? - Você se considera um privilegiado de Deus? - Você tem ocasião de indicar o caminho de Deus para outras pessoas? - Como e em que circunstâncias você faz isso?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 16/05/2014

Meditando o evangelho

NÃO SE PERTURBE!

O discípulo do Ressuscitado vê-se confrontado com duas situações que, se mal compreendidas, poderão ser causa de perturbação. Por um lado, tem diante de si um projeto, cujas exigências e conseqüências são preocupantes: pautar a própria vida pelo ideal do Reino, num mundo hostil e refratário ao amor, tem um preço a ser pago. Por outro lado, o discípulo pergunta-se pelo fim de tudo isto, pela meta para onde caminha. O sentido da caminhada e o ânimo com que ela é feita, dependem de uma certa lucidez. Caso contrário, o discípulo deixar-se-á vencer pelo desânimo.
Jesus tomou a iniciativa de tranqüilizar os discípulos, apelando para a fé: "Assim como vocês acreditam em Deus, acreditem também em mim". Suas palavras elucidavam as dúvidas que povoavam o coração deles. Acolhidas na fé, essas palavras surtiriam o efeito tranqüilizador desejado.
Para os discípulos, abriu-se uma perspectiva de comunhão escatológica com o Pai. Simbolicamente, Jesus referiu-se à casa com muitas moradas. O vocábulo casa evoca afeto, convivência, intimidade. As muitas moradas significam a disposição do Pai para acolher a todos, sem exceção. Quem chegar na casa do Pai, será recebido por ele.
Esse lugar de acolhida será preparado por Jesus, o qual precederá os seus discípulos. Com uma tal certeza, pode-se deixar de lado todo receio. Basta seguir o caminho aberto por Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de tranqüilidade afasta para longe de mim toda perturbação, e faze-me confiar plenamente nas palavras de Jesus, que já nos preparou um lugar na casa do Pai.

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é a única verdade neste mundo de mentiras!

Neste mundo cheio de mentiras, de meias verdades, Jesus é a verdade única da humanidade, na qual devemos depositar todo o nosso coração e toda a nossa confiança!
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (João 14, 6).
Jesus hoje começa o Seu Evangelho dizendo: ”Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também” (João 14, 1). Sabem, meus irmãos, as tribulações batem à nossa porta, a cada dia, com roupas ou com aparências diferentes, com o espírito de perturbação, de inquietação, de intranquilidade e nas diversas circunstâncias da vida que, muitas vezes, nos surpreendem a fim de tirar a paz do nosso coração.
O nosso Mestre hoje vem para nos consolar, mas, ao mesmo tempo, também para ordenar ao nosso coração de discípulos e de seguidores d’Ele: “Não perturbe o vosso coração, não permita que o vosso coração perca a paz que conquistei para ele”. Nós até podemos ser atribulados, mas nós não somos esmagados, porque é o Senhor que nos segura pela mão. Nós podemos até ser perseguidos, mas a nossa fé ninguém pode tirar de nós! Nós podemos ser até maltratados pelas pessoas, muito maltratados, mas a nossa dignidade ninguém tira de nós!
Nós somos seguidores de Jesus, o caminho, a verdade e a vida! Nós nos perdemos nas estradas da vida perguntando qual é a direção, qual é o caminho pelo qual nós devemos andar. Olhe fixo em Jesus, não tire de Jesus a direção do seu olhar, por mais atribulado que esteja o caminho, por mais obscuro que sejam os caminhos dessa vida ou as estradas pelas quais passamos, o importante é não tirarmos o olhar de Jesus, olhar fixo n’Ele.
Porque, no meio de um mundo confuso, cheio de mentiras, de meias verdades, Jesus é a verdade única e verdadeira da humanidade, na qual devemos depositar todo o nosso coração e toda a nossa confiança. Quando olhamos para a vida humana esmagada, sofrida, corrompida, a vida humana descartável, sendo tratada de qualquer jeito, quando olhamos para a própria vida e perguntamos: “O que fazemos da vida? O que fazer da vida? Como dar qualidade para a nossa vida?”, vemos que a qualidade da nossa vida está em encontrar o sentido da nossa própria existência. E é por isso que nós não podemos tirar o nosso olhar de Jesus, porque Ele nos trouxe vida e vida plena; trouxe sentido para a nossa existência. A nossa vida é Jesus e quando fazemos d’Ele a nossa vida, a nossa existência tem outro sabor, outro rumo e outra direção!
Jesus Mestre, Tu és o caminho, a verdade e a vida; ilumina os nossos passos para não perdermos a direção do caminhar. Jesus, nosso Mestre, Senhor da nossa vida, tire a perturbação que agita a nossa mente e o nosso coração e faça de nós discípulos fiéis de Tua Palavra!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova

Oração Final
Pai Santo, dá-nos ânimo, força e persistência para seguirmos o Caminho, a Verdade e a Vida que nos enviaste pelo Filho Unigênito, e profunda inspiração para testemunharmos perante os companheiros de jornada a nossa fé no mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/05/2014


13 de Maio de 2017

Jo 14,7-14

Comentário do Evangelho

Em Jesus descortina-se o rosto de Deus

A intervenção de Tomé, o gêmeo, permitiu a Jesus declarar: “Eu sou o caminho, a verdade e vida” (v 6). Jesus é o caminho pelo qual se chega à vida verdadeira; é nele que se revela a verdade de Deus. Chegar a Deus, conhecer a Deus somente por ele.
Outra “provocação” de Jesus suscita uma nova intervenção dos discípulos; agora, Filipe: “Senhor, mostra-nos o pai, isso nos basta” (v. 8). Somente conhecendo Jesus, entrando em comunhão com ele, é possível conhecer o Pai. Ante o desejo manifestado por Filipe de ver o Pai, Jesus expressa o seu desapontamento: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?” (v. 9).
Moisés também fez esse pedido audacioso: “Rogo-te que me mostres a tua glória” (Ex 33,18). Falta fé: “Não acreditas…?” (v. 10). A fé permite reconhecer que, diante de Jesus, estamos na presença de Deus. Em Jesus descortina-se o rosto do Deus invisível. As palavras de Jesus são palavras do Pai; são palavras que revelam o Pai, que mostram o Pai. Suas obras, o que ele faz, dão testemunho de que ele está no Pai e o Pai, nele.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, expressão consumada de teu amor misericordioso por todos os que desejam estar perto de ti.
Fonte: Paulinas em 27/04/2013

Vivendo a Palavra

Quem me viu, viu o Pai, diz Jesus. Deus quis se aproximar de nós até se tornar humano. O Reino já está em nós – em mim e nos irmãos! Mas nós teimamos em colocá-lo bem distante, lá no alto ou no futuro, inacessível. Aceitar o Reino anunciado pelo Cristo Jesus nos compromete com os irmãos e com a natureza.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2013

Reflexão

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem Jesus, pois ele é verdadeiramente o único caminho que nos leva ao Pai. Ninguém pode de fato conhecer o Pai se não for através de Jesus, pois ele é a Verdade que nos revela o Pai, ele é o próprio Ícone do Pai, ele vive em perfeita comunhão com o Pai, quem conhece Jesus, conhece o Pai e quem conhece o Pai, conhece Jesus. Nós também participamos dessa comunhão na medida em que nos tornamos ícones de Cristo e, participar dessa comunhão é que nos garante a vida em plenitude, a vida eterna, que é a participação na vida divina.

Meditando o evangelho

JESUS E O PAI

Não se pode de compreender a existência de Jesus, prescindindo de sua íntima comunhão com o Pai. Suas palavras e seus gestos foram sempre referidos ao Pai. A consciência de ser o Filho enviado estava sempre presente em tudo quanto fazia. E mais: tinha consciência de estar chegando a hora de voltar para junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado como a transparência do Pai. Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê também o Pai. Ouvi-lo, significa ouvir o Pai. Contemplar seus milagres, corresponde a contemplar o Pai manifestando seu amor pela humanidade. É, pois, inútil pretender ter acesso a Deus, prescindindo de Jesus.
Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o Pai. As palavras de Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer identificação, e não corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão entre ambos não redunda da fusão de um no outro.
Apesar disto, Jesus não titubeou em fazer esta afirmação ousada: "Quem me vê, vê o Pai". Da contemplação da vida de Jesus, é possível chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus, ou seja, a maneira como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera deles.
Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus. Jesus é o caminho pelo qual chegamos até o Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de discernimento ilumina minha mente e meu coração para que eu possa reconhecer o Pai na contemplação do Filho Jesus.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Jesus e o Pai
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O problema de Filipe era o mesmo das comunidades cristãs do primeiro século da Igreja. Ainda presos ao passado e a tradição de Israel o Povo da Antiga Aliança, esperavam uma manifestação gloriosa e esplendorosa de Deus Pai, através de Jesus Cristo. No Antigo Testamento as manifestações Teofânicas, com ventos, fogo, fumaça e intempéries da natureza, eram comuns na manifestação Divina.
Para Filipe e essas comunidades ainda não tinha "caído a ficha", Jesus e o Pai são um, Deus Pai e Deus Filho, com o Espírito Santo uma única pessoa e um só Deus.
A queixa de Jesus é antes de mais nada uma bela chamada de atenção "Há tanto tempo estou convosco e ainda não me conheceis, Filipe?"A Fé em Jesus Cristo não é estática mas dinâmica, vamos a cada dia o experimentando e assim o nosso conhecimento vai se aprofundando. Olhamos o Homem Jesus de Nazaré, igual a nós em tudo á exceção do pecado, contemplando e caminhando com ele vamos para o Pai, que Nele já chegou até nós.
A Fé em Deus é confirmada e comprovada nas obras reveladoras do Pai, assim é com Jesus e assim deve ser com cada um de nós. Talvez o leitor fique perplexo diante da afirmativa de Jesus, de que, quem Nele crê fará obras ainda maiores do que aquelas que Ele realizou. Podemos na linha do tempo estar longe do Jesus histórico, mas Jesus age em cada Batizado, formamos o corpo místico da Igreja onde Ele é a cabeça, portanto nossas obras não são isoladas, mas na ação da Igreja onde o Senhor é quem age e por isso as obras são ainda maiores do que aquelas que ele realizou há dois mil anos atrás.
Se hoje há muitas barreiras e desafios a serem vencidos para um trabalho missionário, há também facilidades, principalmente nos Meios de Comunicação, quando utilizados de maneira responsável e criteriosa à serviço da evangelização.
Fonte: NPD Brasil em 27/04/2013

Oração Final
Pai Santo, ilumina a nossa visão para que possamos discernir os sinais do teu Reino na viagem encantada que fazemos pelo planeta que nos deste para cuidado e desfrute. Ensina-nos a gratidão, especialmente pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 27/04/2013


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