quinta-feira, 4 de maio de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 07/05/2017

Ano A


Jo 10,1-10

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Todos os anos, no quarto Domingo da Páscoa lemos o Evangelho do Bom Pastor, cada ano um trecho diferente. Celebramos, também, neste quarto Domingo da Páscoa, o dia mundial de oração pelas vocações. Jesus é, ao mesmo tempo, o Bom Pastor e a única porta por onde as ovelhas entram e saem com segurança. Somos chamados a ouvir e a seguir os passos do Bom Pastor que nos conduz pelos caminhos da vida e da salvação. A missão do Bom Pastor é trazer vida plena às ovelhas do seu rebanho; as ovelhas, por sua vez, são convidadas a escutar o Pastor, a acolher a sua proposta e a segui-lo. É dessa forma que encontrarão a vida em plenitude. Vivendo esta liturgia na alegria da vocação e do nosso compromisso de povo vocacional, queremos rezar incessantemente para que o Senhor continue chamando muitos ao seu seguimento, e que estes sejam disponíveis e generosos em sua resposta.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, somos o rebanho que Senhor, Bom Pastor, reuniu. Conduzidos por Ele, viemos aqui buscar o alimento de nossa salvação, que é Ele mesmo. Seremos saciados pelo alimento de sua Palavra e de seu Corpo e Sangue. E assim, atraídos por Ele, também por Ele seremos enviados para dar testemunho de sua Páscoa. Neste dia em que a Igreja reza pelas vocações, juntemo-nos como irmãos e irmãs, suplicando que o Bom Pastor e Senhor da Messe envie operários à sua messe.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A figura do pastor que guia suas ovelhas era familiar a Israel, povo nômade; alimentou em tempos sucessivos a meditação religiosa das relações pessoais com Deus. Seus chefes deviam ser servos do único pastor; mas, com muita freqüência, seguindo interesses egoístas e perspectivas políticas errôneas, trairam, desviaram, depredaram o rebanho de Deus. Jesus se apresenta como o pastor segundo o coração de Deus, aquele que foi anunciado pelos profetas. Conhece intimamente o Pai e transmite esse conhecimento aos seus (evangelho). Por isto, ele é a "porta", o mediador. Conhece intimamente também a nossa condição, porque como "cordeiro" carregou os pecados de todos nós (2ª leitura). Conduz os seus com a autoridade de quem ama e deu sua vida: e eles, na fé, escutam a sua voz e seguem suas pegadas. Seu sacrifício "pela multidão" exclui qualquer privilégio e abre a salvação a todos os homens.

Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, da Caridade, do Jejum e da Oração, preparemo-nos para a Páscoa do Senhor!

Fonte: NPD Brasil

Comentário do Evangelho

Jesus é a "Porta".

Hoje, quarto domingo do tempo da Páscoa, é o domingo do Bom Pastor. No entanto, a afirmação mais importante do texto do evangelho deste dia é que Jesus é a “porta das ovelhas”, expressão repetida duas vezes ao longo do texto (vv. 7.9). O contexto do capítulo 10 de João é a controvérsia de Jesus com os fariseus; eles são, no quarto evangelho, os adversários por excelência de Jesus e que, juntamente com os sumos sacerdotes, querem matá-lo; são eles, igualmente, que julgam que Jesus é um blasfemo.
Uma das particularidades do evangelho é a afirmação de Jesus “eu sou”. Essa assertiva evoca Ex 3,7ss, em que Deus se apresenta a Moisés na sarça ardente como “Eu sou”. Portanto, trata-se, aqui, da afirmação da divindade de Jesus. Essa afirmação, no evangelho, é seguida sempre de uma imagem: porta, bom pastor, pão da vida, pão descido céu, caminho, verdade, vida. Essas imagens nos permitem entrar no mistério de Jesus Cristo, enviado do Pai para dar vida ao mundo, através dos vários aspectos de sua ação salvífica. Jesus é a porta. De que porta se trata? Da porta de um cercado, sem teto. Ele é a porta e como toda porta ele permite entrar e sair; uma porta que abre e que fecha. Quando a porta é fechada é para proteger as ovelhas de seus predadores e ladrões; quando a porta é aberta o pastor vai à frente das ovelhas para conduzi-las às pastagens. Quem conduz o povo de Deus é o próprio Senhor. Quem nos conduz ao redil e é a porta que protege o povo contra os inimigos é o Senhor. As ovelhas, de cujo redil Jesus é a porta, seguem unicamente o Pastor cuja voz elas conhecem, pois sabem que, caminhando à sua frente, ele lhes conduzirá à verdadeira pastagem (cf. Sl 22). As ovelhas não seguem a voz de um estranho. O discípulo, ou se preferirem, a comunidade dos discípulos é caracterizada como aquela que, protegida e conduzida pelo Pastor, ouve unicamente a sua voz, sem se deixar seduzir ou enganar pela voz de estranhos. Jesus é a porta. Para nós que cremos, somente por Jesus é que temos acesso à salvação; somente nele e por ele encontramos proteção contra o “inimigo da natureza humana”. Somente seguindo os passos do Bom Pastor podemos encontrar e sermos nutridos pelo alimento capaz de sustentar a vida e nos livrar da morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me um discípulo dócil de Jesus, o verdadeiro pastor que arriscou a própria vida para me salvar. Somente ele poderá conduzir-me para ti.
Fonte: Paulinas em 11/05/2014

Vivendo a Palavra

Ensinando aos discípulos a “Entrar pela porta”, Jesus quer que vivamos com autêntica simplicidade, sejamos compassivos, que haja coerência entre o que dizemos acreditar e o que praticamos. Em resumo, que nossa fé se mostre nas relações com o próximo e o mundo. Este é o jeito de testemunhar que o Reino do Pai já está em nós, embora ainda não em plenitude.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/05/2014

Recadinho

Você tem autoridade sobre alguém? Como a exerce? - Você conhece alguém que recebeu um chamado especial, uma vocação especial de Deus? Quem? E como vive? - Por que às vezes é difícil seguir a Cristo? - Deus nos vigia como o pastor vigia suas ovelhas! Explique esta frase. - Mencione as principais qualidades que tem a ovelha e as virtudes do pastor.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 11/05/2014

Meditando o evangelho

VALE A PENA CRER NO RESSUSCITADO

Jesus não foi a única pessoa a abordar os discípulos e a convidá-los para o seu seguimento. Eram muitas as concepções teológicas e políticas, no tempo de Jesus. E todas procuravam arrebanhar adeptos. Como sempre acontece nestas circunstâncias, existiam propostas de todo o tipo. Era preciso estar atento para não se deixar enganar. A proposta de muitos era comparável à atitude de ladrões e salteadores, cujo interesse pelas pessoas não era senão o de tirar proveito delas, e de explorá-las.
A atitude de Jesus, pelo contrário, fundava-se numa preocupação autêntica: guiar e proteger cada um de seus discípulos. O Mestre conhecia intimamente a todos eles. Não se poupava quando se tratava de tomar a defesa deles. Seu grande desejo era que tivessem vida e vida em abundância. Portanto, estava todo a serviço de seus seguidores.
A Ressurreição confirmou as palavras de Jesus e lhe possibilitou tornar-se o bom pastor da comunidade, para além dos limites do tempo e do espaço. Mais do que nunca, ele podia comunicar a seus discípulos a vida plena recebida do Pai. Quem se predispusesse a segui-lo podia estar certo de que não haveria de se decepcionar. Jesus não era um estranho, era o Filho por quem o Pai havia demonstrado um amor infinito ao ressuscitá-lo. Por isso, estava em condições de satisfazer os anseios mais profundos de seus seguidores.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, dá-me discernimento para seguir sempre a ti, bom pastor, porque, junto a ti, poderei ter vida abundante.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. UM ESTRANHO NO REDIL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eu achava estranho esse evangelho do Bom Pastor no tempo pascal, parece que interrompem-se bruscamente as narrativas das famosas aparições de Jesus Ressuscitado ao discípulos, tão cheias de mistério e encanto, para falar de um assunto que não tem nada a ver, mencionando palavras repetitivas como redil, porta, pastor, ovelhas... E alguns adjetivos como, estranho, ladrão, assaltante, que nos faz imediatamente pensar nos outros, naqueles que são de fora do rebanho, nos que hostilizam a Igreja e o Reino de Deus, são esses que devemos ter cuidado, mas não!... Jesus fala com os de “dentro”, ou seja, com a comunidade, e aqui precisamos tomar muito cuidado, para não nos julgarmos como membros exclusivos de um Rebanho de qualidade superior a todos os demais, os “queridinhos e prediletos” de Deus.
E uma boa chave de leitura aparece logo no início do evangelho: Jesus é a Porta!Para entrar no Redil, para fazer parte da comunidade da Igreja, só há uma porta: Jesus Cristo, é ele que no dia do nosso Batismo nos introduz na comunidade. Não posso ser Cristão por razões ideológicas, ou para sentir-me bem com a minha consciência, vivendo em paz, sem preocupações nesta vida. Não posso tão pouco participar da comunidade e das celebrações apenas por preceito, pois existe aí o perigo dos nossos interesses falarem mais alto, conheci dois casos diferentes, em um deles, porque mudaram as músicas que vinham sendo cantadas, um instrumentista enfiou o violão no saco e saiu pisando duro, dizendo que nunca mais botaria os pés na igreja, e conheci um acordeonista, que ao contrário, começando a tocar em celebrações sertanejas, tornou-se um membro ativo da comunidade e tomou gosto pela vida em comunhão, ai está a grande diferença entre, ser freqüentador da comunidade, e ser um Seguidor de Jesus de Nazaré. Quem tornou-se cristão por causa de Jesus, após ter feito com ele uma experiência profunda de Vida em comunhão, passou pela Porta, mas aqueles que são meros freqüentadores, e não fizeram ainda essa experiência querigmática com o Senhor, são os que pularam a janela, entraram as escondidas pelos fundos, e quando chega a crise, esses mercenários são os primeiros a darem no pé, porque sentem que vão perder algo.
Mudam de igreja, de comunidade, de paróquia, de grupo, e nunca se encontram, há os que mudam até de família, passam a vida procurando a perfeição do cristianismo, e não encontrando acabam caindo no desânimo e frustração descobrindo mais tarde, que quem tinha de mudar eram eles, e não as pessoas.
Quando nossos interesses falam mais alto que as coisas do Reino de Deus, nos tornamos estranhos no ninho, ladrões e assaltantes, porque roubamos o espaço e o tempo da assembléia, das pastorais e movimentos, só para vender nossa imagem fazendo o nosso marketing pessoal. Tornamo-nos estranhos ao rebanho porque a nossa conduta e procedimento, e o jeito de pensar, não reflete de forma alguma o santo evangelho, a vida de comunhão ou a koinonia como diz o termo grego.
Ao contrário, quem passa pela Porta que é Jesus Cristo, torna-se também um pastor, aquele que cuida, mostra o caminho, socorre os fracos e feridos, que na comunidade são tantos, e se for preciso, carregam no colo as ovelhinhas que não podem caminhar, exatamente como faz esse Bom Pastor que é Jesus Cristo. As ovelhas o seguem, porque ouvem e conhecem sua voz, ou seja, a relação com ele é marcada por uma grande intimidade, de quem conhece a voz, isso é, a Palavra de Deus, e que por isso se torna um discípulo.
Claro que o evangelho desse 4º Domingo da Páscoa, fala forte no coração dos jovens despertando uma possível vocação, projetando esse pastoreio na Vocação Sacerdotal, mas é preciso essa compreensão mais ampla de que somos todos ovelhas e pastores, somos cuidados mas também somos cuidadores, em um amor co-responsável, que vai ao encontro do outro porque o aceita como irmão no Senhor Jesus.
E há na segunda leitura dessa liturgia, uma afirmação do apóstolo Pedro, que reforça essa comunhão de vida: Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que , mortos aos nossos pecados vivamos para a Justiça.
Ser comunidade é carregar o outro em nossa vida, com todos os seus pecados e defeitos, fazer isso por puro amor, amor que aceita, que compreende, que perdoa sempre e é misericordioso, pois carregar o outro com seus carismas e perfeições, não requer nenhum sacrifício e é até agradável.A exemplo de Jesus, Nosso Deus e Senhor, sejamos todos pastores e que aprendamos a amar a todos, mesmo os “estranhos” do Redil, pois o amor poderá salvá-los, levando-os a uma experiência sincera com Jesus.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Eu sou a porta das ovelhas
(O comentário do Evangelho aEste é o meu filho amado, escutai-o!baixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Quarto Domingo da Páscoa ocupa um lugar central neste tempo litúrgico. O Ressuscitado, que se deixa ver por testemunhas escolhidas, é o nosso Bom Pastor. Este é, sem dúvida, o título mais significativo que os primeiros cristãos deram a Jesus. Aparece nos Evangelhos e nas primeiras pinturas das catacumbas romanas. O Pastor se dedica às ovelhas e cuida delas com carinho. Aquele que governa e é bom governante é também Pastor de seu povo. Ovelha e Pastor expressam uma relação, e não uma situação social. Ser ovelha de Jesus significa entregar-se com total confiança e repousar no regaço do Bom Pastor.
Aquele que foi batizado foi tocado pela graça e percebeu que não pode viver a não ser para Deus. Experimenta uma verdadeira conversão e uma forte decisão de não fomentar a corrupção deste mundo. No entanto, apesar da nossa boa vontade inicial, andamos pela vida como ovelhas desgarradas à procura da felicidade muitas vezes onde ela não está. O Pastor e Guarda das nossas vidas está atento ao que acontece conosco. Embora às vezes enganados e atordoados, acabamos por encontrar a porta do verdadeiro repouso. Jesus é a porta das ovelhas. Habituados à sua voz, nós o reconhecemos prontamente. Ele lá está. Ele sempre está a nossa espera.
Conhecemos a voz do Bom Pastor sem nunca tê-la ouvido no tempo em que viveu neste mundo. Agora nós a reconhecemos no contato com ele na Eucaristia, na meditação prolongada das Sagradas Escrituras, na oração perseverante. Em nossa fraqueza, rezamos: “Não nos deixeis cair em tentação”. Com facilidade nos deixamos enganar, atraídos pela aparência do bem ou pelo desejo de solução imediata de nossos problemas. Com facilidade trocamos o Cristo da cruz por um fictício Cristo da prosperidade. O Bom Pastor bate à porta, o porteiro abre e as ovelhas reconhecem o seu pastor. Há, porém, quem não entra pela porta e rouba as ovelhas.
“Bom Pastor” é por excelência o título de Jesus Ressuscitado. Assim o viram os primeiros cristãos, assim o vê a nossa liturgia. Nele não há nada de assustador, de grandioso, de dominador. Mais tarde ele será apresentado como um grande Senhor. Antes, porém, ele é só o Bom Pastor. No sermão de Pentecostes, Pedro deu a Jesus os títulos de Cristo e Senhor, mas em sua primeira carta ele o chama de Pastor e Guarda das nossas vidas. Trata-se do mesmo Cristo sofrido, injuriado, crucificado, que carrega os nossos pecados em seu próprio corpo e nos cura. Senhor e Pastor, Senhor que é Pastor.

Pai Santo, dá-nos coragem e força para proclamar com a vida nossa fé no teu Filho Unigênito, feito humano como nós em Jesus de Nazaré. Ensina-nos, Pai amado, palavras sábias para responder a quem nos perguntar as razões da nossa fé e esperança. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/05/2014

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