segunda-feira, 15 de maio de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 15/05/2017 A 20/05/2017

Ano A



15 de Maio de 2017

Jo 14,21-26

Comentário do Evangelho

O amor é a expressão máxima da vida cristã.

Há algo na vida cristã que precede todas as coisas e o ser humano: o amor de Deus. O amor é a expressão máxima da vida cristã. Daí que o primeiro na vida cristã não é fazer algo por alguém. O primeiro é aceitar que se é amado e escolhido por Deus. O agir em favor de alguém é fruto do reconhecimento desse amor primeiro (1Jo 4,19). Daí que para o cristianismo, o amor não é uma ideia, nem boas intenções. O amor é um modo de viver. Amar Jesus, como diz o evangelho de hoje, é acolher e viver sua palavra (vv. 21.23.24). O mundo a que Judas se refere é tudo o que se opõe ao desígnio salvífico de Deus; é símbolo do fechamento do ser humano ao Deus revelado em Jesus Cristo. É em razão desse fechamento e da recusa em ouvir a palavra de Jesus que o mundo não é capaz de reconhecer a manifestação de Deus em Jesus. O Espírito Santo prometido será para os discípulos um “Defensor”, pois sua missão é, comparativamente, a de hermeneuta, de intérprete das palavras e gestos de Jesus. É o Espírito Santo, enviado pelo Pai, quem fará os discípulos compreenderem o sentido de toda a existência de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, faze-me capaz de amar efetivamente, através de gestos concretos de solidariedade para com os pobres e excluídos.
Fonte: Paulinas em 19/05/2014

Vivendo a Palavra

Vivemos o tempo do Espírito Santo. Ele nos ensina todas as coisas e nos faz recordar o que Jesus disse. Ele não falou de si mesmo, mas do Reino do Céu – não como realidade distante no tempo ou no espaço, mas já presente em nós, embora ainda por ser conquistado. Estejamos atentos aos sinais desse Reino. Eles estão bem perto de nós!

Reflexão

Segundo o Evangelho de hoje, o amor a Jesus Cristo se manifesta no acolhimento dos seus mandamentos e na observância dos mesmos. Com isso, percebemos que Jesus não quer a submissão do homem a ele, mas comunhão do homem com ele. Quando o homem acolhe os seus mandamentos, na verdade está descobrindo os valores que são o seu fundamento e assumindo esses valores como causa primeira da sua felicidade. Assim, a observância dos mandamentos não significa mera obediência, mas caminho para a construção da felicidade pessoal e comunitária, e este caminho é perfeito porque tem a sua origem no próprio Deus.

Recadinho

Você acha que é difícil viver o cristianismo? Por quê? - Você tem devoção ao Espírito Santo? - Busca sempre a Luz do Espírito para agir bem? - Seu coração é templo do Espírito Santo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 19/05/2014

Meditando o evangelho

O AMOR A JESUS

Amar a Jesus é deixar-se guiar por suas palavras e inspirar-se em seu modo de vida. Este é um amor prático e efetivo, demonstrado no dia-a-dia. É um amor comunicativo que supera os limites da relação com Jesus e se amplia até atingir toda a humanidade. É um amor universal que não exclui ninguém. É um amor que privilegia os pobres e excluídos, vítimas da marginalização e do desamor.
Quem se entrega a este projeto de amor a Jesus será amado pelo Pai, porque se torna instrumento do amor dele pela humanidade. De fato, o Pai, por meio de seu Espírito, planta em cada coração humano a semente do amor. E quando esta semente frutifica, é Deus mesmo quem se faz presente, de maneira concreta, na vida de pessoas concretas. Assim se explica por que cada ser humano se torna morada de Jesus e do Pai, onde eles se sentem "em casa".
Por outro lado, quem não se predispõe a amar, segundo o exemplo de Jesus, demonstra não dar ouvidos às suas palavras. E, não atender a palavra de Jesus é, em última análise, desprezar a palavra do Pai que o enviou. O discipulado não é feito de palavras, mas sim de ações concretas. É discípulo do Mestre quem se deixa arrastar pelo exemplo de amor que ele nos deu.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, faze-me capaz de amar efetivamente, através de gestos concretos de solidariedade para com os pobres e excluídos.

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Deus ilumina as incoerências de nossa alma

A Palavra de Deus é a luz que ilumina as incoerências da nossa alma e do nosso coração! É a luz de que nós precisamos para viver corretamente neste mundo tão injusto e desonesto!
“Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (João 14, 23).
Amar a Deus, amar a Jesus, se nós fizermos uma enquete, hoje, nas nossas igrejas e nas nossas capelas e perguntarmos para as pessoas: “Você ama Jesus?” Eu tenho certeza de que a resposta da enquete será 100% “Eu O amo”. Da mesma forma, se você perguntar para si mesmo: “Você ama Jesus?”. É óbvio que todos iremos dizer: “Eu O amo”. Pelo menos, achamos que O amamos.
Mas qual é o critério que o próprio Senhor nos dá para medirmos ou para sabermos se o nosso amor não é apenas um amor racional ou apenas um sentimento, mas é concreto, porque não basta você dizer para a pessoa: “Olha, eu te amo”, quando ela vê que as suas obras, os seus gestos e suas atitudes não revelam nenhum gesto verdadeiro de amor ou não dá nenhuma prova deste amor por ela.
Jesus é muito claro conosco: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda a minha palavra” (João 14, 23-24). Então, aprenda isto: nós não podemos dizer que amamos o Senhor da boca para fora; pois amar Jesus quer dizer observar os Seus mandamentos e guardar a Sua Palavra.
Como alguém vai guardar aquilo que não conhece? Então a primeira coisa para isto: nós precisamos voltar a ter intimidade com a Palavra de Deus e a levar a sério. Porque pode ser que você até escute a Palavra na Santa Missa, escute a homilia, abra a Bíblia de vez em quando, reze suas orações, seus atos de penitência, mas não é essa a prova de amor para Deus! A prova de amor para com o nosso Deus é observar, guardar e dar o melhor de nós para vivermos segundo a Palavra do Senhor.
Muitas vezes, vai ser necessária certa violência conosco, com nossa vida, com nosso comportamento, porque nem sempre o nosso modo de agir está de acordo com a vontade de Deus, nós até sabemos o que devemos fazer, mas a nossa vida não revela aquilo que nós cremos.
A Palavra de Deus é a luz que ilumina as incoerências da nossa alma e do nosso coração. A Palavra de Deus é a luz de que nós precisamos para viver corretamente neste mundo tão injusto e desonesto. Isso é bom, meus irmãos, não é ser igual a todo o mundo!
Viver a vontade de Deus não é simplesmente dizer: “Eu faço caridade ou isto ou aquilo!”. Viver a vontade de Deus é guardar a Sua Palavra, é não desprezar a Palavra de Deus.
Quando Deus fala de amor é amor; de perdão é de perdão; pureza é pureza, e assim por diante! Guardar a Palavra de Deus não é viver de acordo com aquilo que achamos conveniente, e o que não damos conta de viver dizer: ”Não, a Palavra é muito exagerada e pesada para mim!”. Não! As palavras de Deus são de vida eterna, são palavras que nos salvam. Se quisermos amar o Mestre, deveremos guardar Sua Palavra!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/05/2014

Oração Final
Pai Santo, aumenta a nossa fé, para que saibamos encontrar, cheios de encantamento, a tua Presença na natureza que nos envolve, na humanidade e na sua história, nos sinais dos tempos, na Igreja e, sobretudo, no Cristo – teu Filho Unigênito que se fez humano como nós em Jesus de Nazaré e contigo reina na unidade do Espírito Santo.


16 de Maio de 2017

Jo 14,27-31a

Comentário do Evangelho

Não há o que temer!

A paz é dom de Jesus Cristo ressuscitado (Jo 20,19.26), não ao modo do mundo. Não há aparência nem hipocrisia na paz oferecida e dada pelo Senhor. Ele mesmo é o Príncipe da paz. Quem dá a verdadeira paz é o Senhor vitorioso sobre o mal e a morte. Não há o que temer! Foi ele quem engajou toda a sua vida na reconciliação do gênero humano, tarefa que os discípulos devem continuar (cf. Mt 5,9). A partida de Jesus é para o Pai, mas a sua ausência não será sentida como abandono, já que, pelo Espírito Santo, estará sempre presente (cf. Mt 28,20). O retorno de Jesus ao Pai deveria ser motivo de alegria para o discípulo, uma vez que faz parte do desígnio de Deus. A paixão e morte de Jesus, que são obra de Satanás, “chefe deste mundo” (v. 30), não devem afligir os discípulos, pois a vitória de Jesus é certa. Depois da ressurreição, a vitória de Jesus Cristo sobre o mal e a morte será o conteúdo específico da pregação cristã. A entrega de Jesus será para o mundo o testemunho de seu amor e da sua comunhão com o Pai.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, confirma em mim o dom da paz recebida de teu Filho Jesus, de forma que, revestido desta fortaleza, eu possa caminhar, sem medo, ao teu encontro.
Fonte: Paulinas em 20/05/2014

Vivendo a Palavra

A Paz de Cristo não é a paz que o mundo oferece. É importante que nos lembremos disso para escolhermos nosso caminho. Nós estamos seguindo a Jesus de Nazaré, ou aos nossos instintos, ansiosos por mais poder, dinheiro e prazeres? Jesus prometeu e cumpre: Ele está no meio de nós. Façamos nossa opção por segui-lo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2014

Reflexão

No Evangelho de hoje, Jesus nos mostra um dos aspectos mais importantes do amor que é o desejo do bem maior para o outro. O mundo nos apresenta uma falsa idéia de amor que é o amor possessivo: quando amamos uma pessoa, queremos que ela esteja constantemente ao nosso lado porque assim somos felizes. Na verdade estamos pensando na nossa felicidade e não na da pessoa amada. Jesus diz: "Se me amasseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu". Assim, de fato, somos nós, uma vez que nos entristecemos quando a felicidade maior do outro não é como gostaríamos que fosse. Na verdade, confundimos paixão e sentimentalismo com amor verdadeiro.

Recadinho

Você colabora para que haja paz onde vive (família, trabalho, sociedade...)? - Você procura aproximar-se quando nota que há alguém precisando de sua presença, sua palavra amiga? - Você transmite esperança e paz de Deus? - Você aproveita sempre as ocasiões de transmitir uma mensagem de paz? - Reza pela paz?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 20/05/2014

Meditando o evangelho

A ALEGRIA DA PARTIDA

Jesus procurou evitar que sua partida para junto do Pai, a sua morte, fosse motivo de perturbação para os seus discípulos. Na perspectiva deles, isto resultaria na perda de um amigo querido, com quem haviam estabelecido um relacionamento de profunda confiança.
Não era isso, porém, que preocupava Jesus. No seu horizonte, despontava a ação malévola do Príncipe deste mundo, cuja ação enganadora visaria desviar os discípulos do caminho do Mestre, causando-lhes toda sorte de dificuldades. De fato, a perspectiva de perseguição não deixava de ser preocupante. Se os discípulos tivessem consciência do que isto significava, teriam mais razão ainda para entristecer-se e perturbar-se.
Apesar da incerteza do futuro, os discípulos deveriam alegrar-se. Ao partir, Jesus os precederia no caminho que todos haveriam de trilhar também. E, na casa do Pai, lhes prepararia um lugar.
A partida de Jesus era inevitável e inadiável. Sua permanência terrena junto aos seus não podia prolongar-se indefinidamente. Uma vez concluída sua missão terrena, era hora de começar sua missão celeste. Aos discípulos caberia levar adiante a missão do Mestre. A compreensão disto deveria afastar deles todo medo e toda tristeza. Embora sendo uma dura experiência, os discípulos tinham motivos para se alegrar com a partida de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de segurança, que a ausência física de Jesus não me deixe perturbado, e sim, seja motivo de alegria, para mim, porque sei que ele nos precedeu junto do Pai.

HOMILIA DIÁRIA

Que vivamos no mundo a profundidade da paz do Senhor

A paz do Senhor nos ajuda a viver em meio aos conflitos, à violência e às tribulações da nossa vida cotidiana, sem jamais desanimar!
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (João 14, 27).
O Mestre Jesus deseja, hoje, nos batizar na Sua paz, deseja que o nosso coração esteja imerso na paz que vem do coração de Deus. E todos nós sabemos o quanto necessitamos da paz; paz de consciência, paz no coração, porque, quando não temos a paz, a perturbação toma conta de nós, os conflitos invadem a nossa alma, o nosso coração e as nossas relações uns com os outros.
Algumas vezes, nos escandalizamos com as constantes guerras que há em todas as partes do mundo, e não percebemos o quanto essas guerras começam no coração de cada um de nós. Quando estamos inflamados e incitados pelo mal, que há dentro de nós, ele promove guerra. O mal, que está em nós, provoca calamidades, disputas, competições e rivalidades dentro de nossas casas, de nossas famílias e dos nossos grupos. E dentro do nosso interior, quando perdemos a paz, não conseguimos ficar bem e acabamos vencidos a cada momento por nossos próprios conflitos interiores.
Por isso o Mestre hoje quer nos encher da Sua paz; e não é a paz dissimulada que o mundo dá, não! É uma paz que vem do mais profundo do coração de Deus, a qual não permite que o nosso coração seja perturbado nem intimidado.
Essa paz nos ajuda a viver em meio aos conflitos, em meio à violência, em meio às tribulações da nossa vida cotidiana sem jamais desanimar.
Da maneira que se encontra o seu coração hoje, que ele seja visitado por Deus, que ele seja envolvido pelo amor misericordioso do Senhor, que nos enche com a Sua paz, que nos inflama com Sua paz, que nos dá a Sua paz mais profunda, para sermos no mundo mais do que vencedores, para vivermos no mundo a profundidade do Reino de Deus!
Que a paz do Senhor, hoje, venha ao seu coração, à sua casa e à sua família!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 20/05/2014

Oração Final
Pai Santo, faze de nós fontes de Paz – da tua Paz! Que o mundo sinta a nossa alegria de viver como manifestação da tua Presença de Pai que também é Mãe e, assim, descubra que o Reino de Amor, que um dia alcançaremos em plenitude, já apresenta seus sinais desde agora. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/05/2014


17 de Maio de 2017

Jo 15,1-8

Comentário do Evangelho

Somente a videira pode dar vida aos ramos.

Os capítulos 13 e 14 e os capítulos 15 e 16 possuem de tal forma temas recorrentes que estes dois últimos capítulos parecem ser quase uma duplicata dos dois precedentes. Seja como for, para o leitor habitual do evangelho essas repetições servem para aprofundar temas importantes do quarto evangelho. O nosso texto de hoje é uma alegoria. A afirmação do v. 1 parece apresentar a possibilidade de haver uma “videira falsa”. No entanto, o evangelho não informa explicitamente ao leitor do que, propriamente, se trata e o que seria essa videira falsa. Jesus é o tronco ao qual os ramos, símbolo dos discípulos, estão ligados. Ligado à videira é que os ramos recebem a seiva que possibilita produzir bom fruto. Somente a videira pode dar vida aos ramos; somente Jesus pode dar verdadeira vida aos discípulos que nele produzem os frutos da caridade, do amor fraterno. Daí o apelo de Jesus de que os discípulos “permaneçam” nele. Nesses poucos versículos, o verbo “permanecer” aparece oito vezes. Com isso é apresentado o tema importante do trecho que estamos considerando: trata-se de aceitar se deixar inabitar por Jesus e por sua palavra e viver a vida nele. Característica do discípulo é a comunhão com o Senhor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, que minha união contigo leve-me a produzir, sempre mais, os frutos de amor e de justiça esperados por ti.
Fonte: Paulinas em 21/05/2014

Vivendo a Palavra

A sociedade contemporânea nos convida ao individualismo. Na fé não deve ser assim: Jesus, na rica metáfora dos ramos da videira, quer nos alertar que a Comunidade é o nosso lugar de aprender e praticar o Amor que Ele viveu entre nós. Separado da fogueira, o fogo logo se apaga.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/05/2014

Reflexão

O verdadeiro evangelizador tem plena consciência de que ele não atua por suas próprias forças. Também sabe que a missão à qual participa não é uma missão sua ou mesmo humana. Jesus é o grande missionário do Pai e todos nós participamos da tríplice missão de Jesus pela graça do Batismo. Por isso, só podemos produzir frutos para o Reino de Deus, frutos que permanecem para a vida eterna, se estamos unidos a Jesus para participar da sua obra. Se nos separamos de Jesus, deixamos de realizar a obra do Reino para realizar a nossa própria obra, e o resultado disso é o fracasso de todos os nossos esforços.

Recadinho

Você pode dizer que é um ramo que produz frutos? - Em que consiste sua participação na vida da Igreja? - Como se pode alimentar da vida de Deus? - Ser cristão é progredir sempre. Sua comunidade progride? - O que acontece quando na comunidade há galhos secos, improdutivos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 21/05/2014

Meditando o evangelho

A VIDEIRA E OS RAMOS

A imagem da união dos ramos à videira ilustra o tipo de relacionamento a ser estabelecido entre Jesus e a comunidade dos discípulos, e, ao mesmo tempo, funciona como um alerta para as tentações futuras.
A parábola sublinha alguns pontos fundamentais. Para os discípulos produzirem frutos de amor e justiça, é mister que permaneçam unidos ao Senhor. Dele é que provém a "seiva" necessária para perseverar no caminho difícil do serviço gratuito ao próximo. Quem, apesar de se proclamar discípulo, for incapaz de fazer frutificar o amor, será rechaçado pelo Pai, o agricultor. Um relacionamento puramente exterior e formal com Jesus não tem sentido. É indigno da condição de discípulo ser infrutífero. Permanecendo unido a Jesus, produzirá os frutos esperados. Então, o Pai trata-lo-á com amor, procedendo à poda, para que produza ainda mais frutos. A expectativa do Pai é ver os discípulos do Filho perseverar no amor, expresso em gestos cada vez mais exigentes e comprometidos.
A parábola serve, também, de alerta contra a tentação de buscar adesões fora de Jesus. Seriam adesões estéreis, pois só na medida em que permanecerem unidos a Jesus, conseguirão agir conforme o desejo do Pai. Não existe alternativa possível.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de adesão ao Senhor, une-me cada vez mais profundamente a Jesus, para que eu possa produzir os frutos que o Pai espera de mim.

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos permanecer em Cristo para dar frutos

Cristo nos convida a permanecermos n’Ele para produzirmos os frutos que sejam do agrado do Pai, os frutos do Reino de Deus.
“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim” (João 15, 4).
O Evangelho da videira, no qual Jesus mesmo se proclama como a videira verdadeira, lembra o papel da agricultura na história de Israel, porque Israel é a verdadeira videira de Deus, mas a videira que, muitas vezes, não produz bons frutos, de modo que Jesus é a única videira, a verdadeira videira, que produz os frutos do gosto do Pai.
O que leva a videira a produzir os frutos é a sua união íntima com o Agricultor, é a sua união com o Pai. Uma vez que Jesus está ligado ao Pai, está unido a Ele, uma vez que Jesus tem essa união íntima com Seu Pai, Ele produz os frutos que o Pai deseja; os frutos verdadeiros, os frutos que agradam ao Pai.
O Senhor Jesus nos diz que, se nós também queremos produzir os frutos que sejam do agrado do Pai, os frutos saborosos, os frutos do Reino de Deus, se nós realmente não queremos produzir frutos velhos, estragados, sem gosto ou sem sabor, nós precisamos permanecer n’Ele!
Ele repete este verbo: “permanecer”, para dar realmente o sentido da mística da espiritualidade cristã, que consiste em uma união íntima com a pessoa de Jesus. Estar ligado a Jesus, unido a Ele, para que possamos produzir os verdadeiros frutos de uma vida em Deus.
A união íntima com Jesus é o convite para que vivamos uma espiritualidade voltada à oração, à escuta da vontade do Pai, ao conhecimento da Palavra de Deus, à reflexão e à meditação. Quando nós adoramos Jesus, produzimos em nós os frutos que o Pai deseja, porque já não vivemos por nós, é Jesus quem vive em nós. E uma vez que Ele vive em nós, podemos viver a vida de Deus em nós.
Nós, muitas vezes, não pensamos como Deus, até conhecemos a vontade d’Ele, mas não temos força, disposição nem uma profunda convicção de como realizar a vontade d’Ele em nossa vida. Quando nós guardamos os Mandamentos de Deus, quando vivemos essa união íntima com o Senhor, nós produzimos os frutos que o Pai deseja.
Que possamos permanecer no Senhor, que nós não saiamos da presença do Senhor, porque Ele há de conduzir os nossos passos!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova

Oração Final
Pai Santo, faze-nos fraternos com os irmãos, companheiros que nos deste na comunidade humana. Quer na Igreja, quer na sociedade, que nós sejamos testemunhas do Amor – o teu Amor! – o mesmo que foi vivido pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 21/05/2014


18 de Maio de 2017

Jo 15,9-11

Comentário do Evangelho

A fonte do amor é o Pai

Nosso texto é sequência da parábola da vinha (15,1-8). Tal parábola dá o apoio simbólico para a segunda parte do discurso (VV. 11-17), que é, podemos dizer, uma meditação sobre o amor tipicamente cristão. O amor é o fruto esperado de quem permanece unido à videira. A parábola é um apelo à unidade do discípulo com o seu senhor: “... permanecei em mim e eu permanecerei em vós … Aquele que permanece em mim, e eu nele, dá muito fruto” (VV. 4.5b).
A fonte do amor é o Pai (cf. v. 9). O autor da Primeira carta de João diz que “Deus é amor” (1Jo 4,16). O Pai ama criando, gerando a vida, entregando o próprio Filho: “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho único” (Jo 3,16). É com esse mesmo amor que o Filho, a verdadeira videira, amado pelo Pai, nos ama: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo” (13,1). Uma das características do discípulo é que ele é aquele que “permanece” no/com seu Senhor. “Permanecer” é estar arraigado, profundamente unido, a tal ponto de poder viver o mesmo dinamismo do amor. Já o dissemos mais acima, o amor não é ideia; ele engaja a pessoa amada e a que ama num compromisso profundo: “Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor” (v. 10). O amor assim entendido é o caminho da verdadeira felicidade. Esta é a finalidade de todo o discurso: “Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa” (v. 11). Mas não nos esqueçamos de que esta alegria é alegria de Cristo, portanto, dom.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, completa a alegria que o Espírito Santo faz brotar em mim, pois estou disposto a permanecer unido a ti e a teu Filho, e a ser fiel aos teus mandamentos, apesar das adversidades.
Fonte: Paulinas em 02/05/2013

Vivendo a Palavra

Jesus valoriza a alegria. Ele a quer completa para os discípulos. A alegria talvez seja a manifestação mais natural do Amor que habita em nós. Uma alegria sem efusivas manifestações exteriores, mas que se possa ver na paz interior, na vontade de servir aos irmãos, no ardor da esperança e na fé no Deus que é Pai.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/05/2013

Recadinho

Como você manifesta seu amor a Deus? - Você ama o próximo? Que tipo de amor? De pai, mãe, filho… - Amar implica em se sacrificar. Dê um exemplo. - Cite uma pessoa em sua comunidade que muito se sacrifica pelo próximo. - Você tem muitos amigos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/05/2014

Reflexão

Os mandamentos que Deus nos deu na verdade constituem-se na grande manifestação do seu amor, pois os mandamentos de Deus nos possibilitam a descoberta dos valores que podem fazer o homem verdadeiramente feliz. O cumprimento dos mandamentos tem dois significados: o primeiro é a correspondência ao amor de Deus que nos amou primeiro, e o segundo é trilhar os caminhos para a verdadeira felicidade, pois o amor faz com que permaneçamos unidos a Deus, que é a única fonte da verdadeira alegria, a alegria plena, que é a alegria da perfeita comunhão com aquele que nos ama com amor eterno.

Meditando o evangelho

FIRMES NO AMOR

O amor que Jesus nutriu por seus discípulos é reflexo do amor que ele mesmo recebeu do Pai. Amor eterno, permanente, total, exclusivo. Amor sem imposição ou pré-requisitos. Amor absolutamente gratuito. Foi assim que Jesus amou os seus, tal como aprendera na escola do Pai.
A exortação que Jesus dirigiu aos seus - "Permaneçam no meu amor!" - tem duas vertentes. A primeira refere-se ao relacionamento Jesus-discípulo, a segunda, ao dos discípulos entre si.
O discípulo ama Jesus com o mesmo amor com que é amado por ele. Aqui não há lugar para relacionamentos interesseiros, como os de muitos cristãos que fazem consistir sua fé na busca contínua de favores divinos. Nem há lugar para atitudes de temor, como acontece com quem se julga estar sempre a ponto de ser punido por Deus. O puro amor a Jesus vai além dessas deturpações.
No relacionamento com os seus semelhantes, o discípulo oferece amor idêntico ao que recebe de Jesus. Não exige nada em troca. Não procura enquadrar o outro em seus esquemas preconcebidos. Não estabelece limites. Pelo contrário, acolhe o outro como ele é, oferecendo-lhe o melhor de si, possibilitando-lhe o crescimento, a fim de que possa realizar-se plenamente.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de amor fiel, ajuda-me a permanecer na fidelidade ao amor de Jesus, dando o melhor de mim aos meus irmãos e às minhas irmãs.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Amor e Retribuição
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Estamos habituados a pensar no amor como um sentimento que nos obriga a retribuir de alguma maneira ao amor de quem nos ama, e que tem suas razões de ser. Olhamos para Jesus, o Filho de Deus e poderíamos nos perguntar, que razões Jesus dá para que o Pai o ame...
Mil razões... Jesus merece ser amado pelo Pai, é Filho Fiel, obediente, que prioriza a Vontade do Pai, que se move a partir do Pai, que se aniquila, se rebaixa e se deixa esmagar, para cumprir toda a Vontade Daquele que o enviou....Um Filho assim, que dá todas as razões para ser amado, todo mundo queria ter um... que fosse desse jeito. Sendo bom, fiel e justo, santo e perfeito, Jesus pode contar com o Amor do Pai, que é sempre intenso e grandioso. Enfim, podemos concluir com nossa lógica humana, que o Pai o ama porque Ele de fato é bom...o Amor de Deus pelo Filho Jesus é real, concreto, verdadeiro, sem dúvida alguma...
Neste evangelho, ao falar com seus discípulos sobre esse amor, Jesus afirma algo que desnorteia a todos: Assim como o Pai me ama, eu também vos amo! Assim... desse mesmo modo... do mesmo jeito, com a mesma intensidade . Que motivos damos todos os dias para que Deus manifeste todo esse amor por cada um de nós? Certamente nenhum...
Mas há duas palavras chaves, duas recomendações de Jesus neste evangelho, a seus discípulos de ontem e de hoje. Perseverar e ser constante no amor de Cristo. Só há um modo de ser constante e perseverante nesse amor: é guardar os mandamentos que Jesus nos deu...Se antes, a perseverança e a constância para com Deus, dizia respeito á observância da Lei, agora o amor é a Lei...
Não somos amados porque somos bons, ou porque, de algum modo damos motivos para que Deus nos ame. Não há razão para que Deus nos ame desse jeito tão apaixonado... E o amor ao próximo, com essa mesma intensidade é a maneira que o discípulo tem, de corresponder a este amor Divino.
Fonte: NPD Brasil em 02/05/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Como permanecer no amor de Jesus?

Postado por: homilia
maio 2nd, 2013

“Como meu pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor” (Jo 15,9).
Que coisa maravilhosa, que coisa linda é Jesus nos convidando para permanecer no Seu amor! Mas como permanecer no amor d’Ele?
O versículo 10 já responde: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor”. Então, não adianta dizer que nós amamos Deus, enchermos a boca para dizer: “Senhor, como eu O amo, minha vida Lhe pertence”. A maneira concreta, prática de amarmos o Senhor é guardando os Seus mandamentos, aqueles que conhecemos, ainda criancinhas, na catequese, desde amar a Deus sobre todas as coisas, até não mentir, não roubar e guardar a castidade.
Os mandamentos são a nossa regra de vida, nossa maneira de nos relacionarmos com Deus diante de uma sociedade hipócrita, injusta. Não existe melhor maneira de sermos cristãos do que colocarmos em prática os mandamentos do Senhor, a começar pelo primeiro: “Colocar Deus em primeiro lugar”. Ele tem de ser o primeiro nas nossas atitudes, nos nossos pensamentos e gestos.
Aquele que ama o Senhor precisa também amar seu próximo de forma muito concreta.
Deus permita, no dia de hoje, que conheçamos a graça do Seu amor por nós, percebendo o tanto que Ele nos ama. Hoje, esforcemo-nos para amá-Lo sobre todas as coisas e, amando-O, saibamos concretizar o Seu amor em nossos irmãos.
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova

Oração Final
Pai Santo, dá à tua Igreja a verdadeira alegria, aquela que vem da certeza de que somos muito amados por Ti. E nos dá, também, força para proclamarmos ao mundo esse grande Amor, com o testemunho da nossa Esperança. Por Jesus, Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/05/2013


19 de Maio de 2017

Jo 15,12-17

Comentário do Evangelho

O Filho é portador do amor do Pai.

Nos versículos anteriores da alegoria da videira verdadeira, o imperativo para os discípulos era de se deixar “in-habitar” (= permanecer) pelo amor de Jesus Cristo. O texto do evangelho de hoje é enquadrado pelo tema principal dessa parte do discurso: o amor fraterno (vv. 12.17). Na origem do amor do Filho pelos discípulos está o amor de Deus pelo Filho. O Filho é portador do amor do Pai e, pela sua vida, inclusive a sua vida entregue, ele o manifesta a todo o mundo. O amor é exigência e condição de uma vida cristã autêntica, sem hipocrisias. A medida do amor fraterno é a medida do amor de Jesus pelos seus discípulos. No seu amor pelos seus, ele deu a sua própria vida (cf. Jo 13,1). Os “amigos”de Jesus são, além dos discípulos, o leitor do evangelho, nós todos por quem o Senhor entregou a sua vida e revelou a verdadeira face do Pai. Os relatos de vocação dos Doze, nos quatro evangelhos, mostram que a iniciativa do chamado é Jesus (v. 16; cf. Mc 1,16-20; 3,13-19; Jo 6,70). Para poder produzir fruto do amor fraterno, os que são escolhidos devem partir, aceitar serem enviados pelo Senhor para testemunhar o seu amor. Nesse sentido, toda a comunidade cristã é missionária.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, seja o amor de Jesus minha única fonte de inspiração para pôr em prática o mandamento do amor mútuo. Que eu me esforce por amar, como tu amas!
Fonte: Paulinas em 23/05/2014

Vivendo a Palavra

A Igreja desejada por Jesus é uma comunidade de amigos, de gente igual. Fomos todos escolhidos e chamados pelo Pai. O desempenho de funções diferentes não justifica privilégios, como bem lembrou Paulo na metáfora dos órgãos do corpo. O Amor é espontâneo, indiscriminado, gratuito e libertador.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/05/2014

Reflexão

Jesus não quer que nós sejamos seus servos, mas seus amigos. O servo trabalha em função do seu salário e não tem nenhum compromisso com o seu senhor além do vínculo do trabalho. O amigo é comprometido com o outro, acredita nos seus valores e luta com ele na conquista de um ideal comum. Assim, quando Jesus nos chama de amigos, ele quer dizer que está compromissado conosco na construção do ideal do Reino de Deus e quer que todos nós também sejamos seus amigos, comprometidos com ele na construção da civilização do amor.

Recadinho

Você tem Jesus como um amigo, companheiro de caminhada? - Você realmente se sacrifica pelo próximo oferecendo sua amizade? - Você conhece seus verdadeiros amigos? - Procura ser amigo de verdade? - Consegue distinguir facilmente os bons dos falsos amigos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 23/05/2014

Meditando o evangelho

NÃO SERVOS, MAS AMIGOS

Jesus rompeu a visão rígida de discipulado que vigorava em sua época, recusando-se considerar seus discípulos como servos, por considerá-los como amigos. Ele não era um rabino a mais, preso a esquemas incompatíveis com o Reino. Sua postura foi inovadora.
O esquema servo-senhor era-lhe insuficiente para expressar seu modo de considerar os discípulos. Um patrão não tem satisfações a dar a seus empregados, uma vez que são considerados como meros executores das ordens recebidas. Os laços de comunhão entre eles são frágeis, pois o empregado, quase sempre, quer ver-se livre da tutela do seu patrão. A um e outro falta o amor.
O esquema amigo-amigo revela o que Jesus pretende ser para os seus discípulos. A amizade comporta afeto, comunhão de interesses e busca de ideais comuns. Embora correndo o risco de ser rompida, a amizade autêntica tende a ser estável. Nela, um amigo não se sente tutelado pelo outro. Tudo se fundamenta na liberdade e no respeito.
Ao convocar seus discípulos, Jesus quis, logo, estabelecer laços de amizades com eles. Chamou a cada um por decisão pessoal. Comunicou-lhe tudo quanto aprendeu do Pai. Assumiu-os como colaboradores em sua missão. Não lhes impôs normas ou regras, a não ser o mandamento do amor mútuo. Manifestou-lhes, até o extremo, seu bem-querer, a ponto de dar a vida por eles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que constrói amizade reforça os laços que me unem a Jesus e aos meus semelhantes.

HOMILIA DIÁRIA

O amor é o vínculo que nos une a Deus!

O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor!
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos” (João 15, 12-13).
Da mesma forma, se não existir amor entre aqueles que convivem, habitam no mesmo espaço e compartilham da mesma vida em uma comunidade, ela tenderá à ruína. O amor é a base, o alicerce, o sustentáculo da vida daqueles que querem viver a vontade do Senhor! Aqui não se trata de um amor poético, romântico, sentimental ou afetuoso; é o amor decisão, o amor respeito, o amor que, acima de tudo, nos leva a ver a presença de Jesus no outro, apesar dos limites e das fraquezas dele.
É o amor que exige perdão, superação, reconciliação; não é um amor que nos obriga a gostar e a “engolir” o outro, porque não há outro jeito; mas é o amor que nos ensina a conviver em paz com nós mesmos e com o outro, ainda que não estejamos muito a fim disso, ainda que as nossas ideias, os nossos pensamentos e sentimentos não caminhem na mesma direção. Amar o outro é uma exigência para se tornar discípulo de Jesus!
Amar ao próximo não é uma questão facultativa, subjetiva ou muito menos ainda o amor criterioso em que eu só amo a quem eu quero e a quem está de acordo com os meus critérios. O amor ao próximo é, em primeiro lugar, aos que estão mais próximos de nós, aos que convivem e trabalham conosco e aos que abraçam uma mesma dimensão de vida.
Qualquer realidade humana, qualquer comunidade paroquial, comunidade de vida em que o amor não existe mais, a vida, o relacionamento e a própria comunidade estão condenados ao fracasso.
Se Deus pode reerguer algo entre nós, Ele pode, deseja e quer fazer isso com a ajuda da via chamada amor. Que ele seja o vínculo que nos une a Deus, que o amor seja o vínculo que nos una uns aos outros!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 23/05/2014

Oração Final
Pai Santo, fortalece entre nós a amizade fraterna, tão desejada por Jesus de Nazaré. Que nós não nos coloquemos em posições de destaque, mas não nos neguemos a usar a serviço dos irmãos os dons que nos emprestas. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 23/05/2014


20 de Maio de 2017

Jo 15,18-21

Comentário do Evangelho

Perseguidos por causa de Jesus.

A missão cristã encontra resistência, oposição e perseguição em razão da união dos discípulos com o Senhor (Mt 10,24-25; Jo 13,16; 15,20). É bastante provável que, em nosso texto de hoje, “mundo” represente a sinagoga que persegue os cristãos até a morte (cf. At 7; 9,1-2). No envio dos discípulos, Jesus os prevenia para a possibilidade de resistência violenta contra a missão cristã (Lc 10,3; Mt 10,16). Já no prólogo do evangelho João anuncia a rejeição do Verbo de Deus (1,5.10). No diálogo catequético-batismal de Jesus com Nicodemos, Jesus apresenta o motivo da rejeição da luz por parte dos homens: “porque suas obras eram más” (3,19). É em razão da configuração da vida à Cristo que o discípulo é perseguido (cf. v. 18). Mas é nessa comunhão com o Senhor que o discípulo deve encontrar o apoio para enfrentar a rejeição, a perseguição e até a ameaça da própria vida, e não sucumbir diante das adversidades próprias da missão. A razão da perseguição ou do ódio do mundo por aquilo que é de Deus é dupla: ignorância e falta de fé. Os perseguidores desconhecem o Pai e, por isso, não reconhecem que Ele enviou Jesus (v. 21).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, faze-me forte para enfrentar o ódio e a perseguição do mundo, sem abrir mão de minha fidelidade a ti e a teu Reino, a exemplo de Jesus.
Fonte: Paulinas em 24/05/2014

Vivendo a Palavra

A nossa presença no mundo – lembrando que nós não somos do mundo! – serve para dar sabor à vida, assim como o sal: na medida certa. Serve para iluminar, como a luz ilumina os caminhos dos viajantes e os tesouros artísticos que encantam a nossa alma. Por isto, deve ser uma presença discreta, mas firme e consciente.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/05/2014

Reflexão

Todas as pessoas vivem segundo uma hierarquia de valores que norteiam a sua existência. Esta hierarquia de valores é determinada pelas experiências da vida, pela educação recebida, pela cultura em geral e pelos conhecimentos adquiridos. Quando uma pessoa é de fato alguém de fé, a fé passa a ser o elemento fundamental da sua hierarquia de valores, toda a sua vida é direcionada para ela e todos os esforços são no sentido de defender e assumir esses valores. Mas quem vive segundo a hierarquia de valores proposta pelo mundo, defende com todas as suas forças os valores do mundo e combate os valores da fé, odiando quem é de Jesus.

Recadinho

O que você faz para melhorar o mundo? - O que faz para que sua fé aumente? - Qual é o último milagre de que ouviu falar? - Você está sempre atento para que sua fé seja acompanhada de obras? - Você pede que Deus lhe aumente a fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 24/05/2014

Meditando o evangelho

SEM MEDO DE SER ODIADO

O Mestre Jesus procurou consolar e encorajar os seus discípulos diante da perspectiva do ódio e da perseguição. Sem criar neles o complexo de vítima, levou-os a encarar o futuro, com realismo: assim como o seu testemunho despertou a fúria de seus adversários, o mesmo aconteceria com os seus enviados.
Que tipo de personalidade pressupõe-se que o discípulo deva ter, se considerarmos as palavras de Jesus?
Antes de tudo, o discípulo deve ser alguém inabalavelmente comprometido com o Mestre, colocando-o como centro de sua vida, e com o Reino. Supõe-se que deva possuir uma personalidade destemida, se não audaciosa, alheia às influências negativas e pessimistas, perspicaz para detectar e denunciar as artimanhas do maligno, precavendo-se delas, predisposta a testemunhar a sua fé até o martírio, se for o caso.
Sem isto, o discípulo não terá a mínima condição de defrontar-se com o mundo, e sair vitorioso. Sua vida será sempre uma batalha, pois foi arrancado do mundo. Por isso, o mundo não o perdoa. Sua missão consistirá em desmontar as estruturas contrárias ao projeto de Deus, saneando-as com o amor e a justiça. Seu destino será como Jesus: levar adiante esta luta sem tréguas, da qual deverá sair vencedor.
Basta ao discípulo contemplar a vida do Mestre, e, por ela, pautar a sua.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de encorajamento, diante da perspectiva de ser odiado e perseguido, reveste-me de coragem, para eu não permitir que as forças do mal tenham poder sobre mim.

HOMILIA DIÁRIA

O mundo tem sucumbido diante do consumismo desenfreado!

Nós vivemos em um mundo que tem sucumbido diante do consumismo desenfreado, no qual imperam as leis do prazer, do ter e do poder a qualquer custo!
“Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia” (João 15, 19).
Os discípulos de Jesus, mesmo vivendo neste mundo, trabalhando, se alimentando e seguindo os passos de tudo aquilo que se faz neste mundo, não são deste mundo. E quando se refere ao mundo, Jesus está realmente condenando a mentalidade mundana e perversa que se opõe à vontade de Deus e à mentalidade do comum, do que é normal, daquilo que todo o mundo faz.
Para ser discípulo de Jesus nós não podemos ter a mente e a mentalidade do mundo, nós precisamos ter a mente e os sentimentos de Cristo. Nós precisamos buscar as coisas que são do alto, do céu, onde Cristo está sentado à direita do Pai.
Sabem, meus irmãos, nós vivemos em um mundo onde, na verdade, Deus já foi colocado de escanteio, senão para fora deste mundo! Nós vivemos em um mundo que realmente sucumbe diante de um consumismo desenfreado, onde imperam as leis do prazer, do ter e do poder a qualquer custo!
Quem se faz discípulo de Jesus, é necessário que se coloque contra a correnteza, contra essa mentalidade mundana e não se deixe perverter por ela, se convencer dela ou ser levado por ela. A mentalidade do mundo é sedutora, nos convida às facilidades, ela tem as portas abertas, escancaradas. E, infelizmente, é a mentalidade que corrói e destrói a vontade de Deus no mundo em que vivemos!
Quem se põe a ser discípulo de Deus, discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo, se opõe e se contrapõe a essa mentalidade mundana e perversa e não se deixa levar pelo pensamento da maioria, não se deixa levar pelo simples fato ou pela simples conversa de que todo mundo faz isso ou aquilo; que isso que é o comum, que isso é o normal. Não, corremos um sério risco, meus irmãos, de nos iludirmos e nos enganarmos.
Quem se põe a fazer a vontade de Deus se opõe à mentalidade deste mundo! Deus guarda os que são Seus, Ele protege aqueles que são chamados a fazer a Sua vontade, e, ao mesmo tempo, nos preserva da corrupção e da maldade deste mundo.
Chamados e escolhidos pelo Senhor que possamos viver em tudo a vontade de Deus em nossa vida!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 24/05/2014

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a alegria de viver. Que nós nos conscientizemos de que somos amados por Ti – e isto nos basta! – e transmitamos aos companheiros de caminhada a leveza e a elegância de uma existência regida pelo teu Amor. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/05/2014


Nenhum comentário:

Postar um comentário