domingo, 13 de novembro de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 13/11/2016

Ano C


Lc 21, 5-19

Comentário do Evangelho

Ocasião para darmos testemunho.

O atraso da parúsia provocou muitas especulações acerca da “segunda vinda de Cristo”. Especulações estas que deram origem a um discurso milenarista. A expectativa da segunda volta de Cristo gerou, ainda, uma tradição de que alguns fenômenos atmosféricos anunciavam o fim do mundo e, mais, de que Deus seria o responsável, por causa de sua decepção ante a maldade do ser humano que ele criou. São Lucas, no entanto, vai se utilizar destes elementos para anunciar um tempo aberto na história para o testemunho: “Será uma ocasião para dardes testemunho” (v. 13).
A menção da destruição do Templo (vv. 5-6), que pode ser considerada uma profecia ex eventu, não é uma previsão do futuro, mas um modo de ajudar os discípulos e o leitor do evangelho a superarem as provações do tempo presente. Em outros termos, o que Jesus quer dizer é o seguinte: não importa o que aconteça, não se deve esmorecer, nem temer, nem ser envolvido pela perplexidade. É preciso apoiar a vida em valores verdadeiros e sólidos. Até o Templo, ornado com tantas pedras preciosas (cf. v. 6), desaparecerá, pois ele figura entre as coisas que passam. A vida do ser humano deve estar apoiada no que não passa nem decepciona: Deus. As palavras de Jesus, inspiradas numa linguagem apocalíptica, não predeterminam nenhuma data, mas fazem um apelo ao discernimento permanente. Jesus evita responder à pergunta: “... quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?” (v. 7). Mas alerta: “Cuidado para não serdes enganados…” (v. 8). Ele não responde à questão posta, pois a preocupação do discípulo não deve ser com o quando, mas com que atitude ter em meio às adversidades da vida e aos dramas da humanidade. Do discípulo é exigida uma atitude de confiança que nada pode abalar, nem mesmo as catástrofes naturais, nem as perseguições por causa do evangelho. A propósito das perseguições e da morte, é preciso pôr a vida nas mãos de Deus: em primeiro lugar, como dissemos, será uma ocasião de dar testemunho (cf. v. 13) e, em segundo lugar, de confiar que é Deus quem inspira, dá força e protege a causa de seus eleitos. Nos Atos dos Apóstolos, o próprio Lucas relata a atitude de Pedro e João, perseguidos pelas autoridades judaicas: “Quanto a eles, deixaram o Sinédrio muito alegres por terem sido julgados dignos de sofrer humilhações pelo Nome” (At 5,41). É na vitória de Jesus Cristo que deve estar apoiada a esperança dos cristãos: “No mundo tereis tribulações, mas coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Com São Paulo podemos, então, nos perguntar: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. E com ele respondermos: nada nem ninguém (Rm 8,31-39).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de constância, vem em meu socorro nos momentos de provação e dificuldade, quando a perseverança se torna difícil, e a fidelidade, um desafio.
Fonte: Paulinas em 17/11/2013

Vivendo a Palavra

Muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ Jesus nos alerta sobre falsos profetas. O dia do Senhor virá, mas nós não devemos nos preocupar em saber quando será. Vivamos a normalidade da existência, procurando fazer o bem, tendo sempre a consciência da presença amorosa do Pai em nós e entre nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/11/2013

Vivendo a Palavra

A maravilhosa aventura de seguir Jesus de Nazaré pelas estradas do Reino de Deus já nesta terra independe de nosso planejamento. Apenas nos entregamos a Deus com confiança, sem nos preocuparmos com o que fazer ou dizer, e o Espírito nos guiará para sermos testemunhas do Amor do Pai misericordioso.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão
«Cuidado para não serdes enganados» Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach
(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos fala da última vinda do Filho do homem. Aproxima-se o final do ano litúrgico e a Igreja nos apresenta a parúsia e, ao mesmo tempo quer que pensemos em nosso postimeiro: morte, juízo, inferno ou céu. O fim de uma viagem condiciona sua realização. Se quer ir ao inferno, poderá se comportar de uma maneira determinada de acordo com o término de sua viagem. Se escolhe o céu, deverá ser coerente com a Glória que quer conquistar. Sempre, livremente. Ao inferno não vai ninguém pela força; nem ao céu. Deus é justo e dá a cada pessoa o que ganhou, nem mais nem menos. Não castiga nem premia arbitrariamente, movido por simpatias ou antipatias. Respeita nossa liberdade. No entanto, devemos considerar que ao sair deste mundo a liberdade já não se poderá escolher. A árvore permanecerá estendida pelo lado em que ela caiu.
«Morrer em pecado mortal sem estar arrependidos nem acolher o amor misericordioso de Deus, significa permanecer separados Dele para sempre por nossa própria e livre escolha» (Catecismo da Igreja n. 1033).
Imagina a grandiosidade do espetáculo? Os homens e as mulheres de todas as raças e de todos os tempos com nosso corpo ressuscitado e nossa alma compareceremos diante de Jesus Cristo, que presidirá o ato com grande poder e majestade. Virá julgar-nos em presença de todo o mundo. Se a entrada não fosse gratuita, valeria a pena... Então se saberia a verdade de todos nossos atos interiores e exteriores. Então veremos de quem são os dinheiros, os filhos, os livros, os projetos e as demais coisas: «Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído» (Lc 21,6). Dia de alegria e de glória para uns; dia de tristeza e de vergonha para outros. O que não quer que apareça publicamente, agora é possível eliminá-lo com uma confissão bem feita. Não se pode improvisar um ato tão solene e comprometedor. Jesus nos o adverte: «Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles, Olhai, não os deixeis enganar» (Lc 21,8). Está preparado agora?
© evangeli.net M&M Euroeditors
http://www.liturgiadapalavra.com/2016/11/liturgia-e-homilia-diaria-evangelho-lc_12.html

Recadinho

A vida está difícil? - Aproveite a ocasião que Deus me dá para dar um bom testemunho, o de quem sabe viver na paz de Deus mesmo em meio a sofrimentos? - Diante das provações da vida, que significam para mim: paciência, constância, coragem, confiança em Deus, perseverança e firmeza? - Peço a Deus a graça de se forte em meio às contrariedades? - Diante das angústias da vida confio em Deus e procuro fortalecer minha esperança e fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 17/11/2013

Meditando o evangelho

A SALVAÇÃO PELA PERSEVERANÇA

Os discípulos de Jesus foram alertados contra os falsos alarmes de chegada do fim do mundo. O resultado disto era o medo, a insegurança e, de modo especial, o sentir-se bloqueado e desmotivado para fazer o bem. É perda de tempo dar ouvidos a quem se considera entendido nas coisas relativas ao fim do mundo, e quer se fazer de mestre dos outros.
As perseguições e dificuldades devem ser vistas pelos discípulos como ocasião para dar testemunho do Reino, sem a ilusão de que tudo acabará em breve. Por causa do nome de Jesus, eles seriam aprisionados, entregues às sinagogas judaicas, e levados diante de reis e governadores. Entre seus traidores estariam os seus próprios familiares e amigos. Seriam odiados, e muitos haveriam de sofrer morte violenta.
Em todas estas circunstâncias trágicas, os discípulos teriam a possibilidade de experimentar a proteção divina. Do Pai receberiam força para se defenderem diante dos tribunais, rebatendo as falsas acusações e testemunhando o nome de Jesus com denodo. E também, a força necessária para não se intimidarem e nem sucumbirem às investidas dos adversários.
Se forem capazes de perseverar, até o fim, no testemunho de Jesus, serão salvos. Desta forma, ficará patente sua adesão radical ao Reino e sua não compactuação com o mal e o pecado. Quem perseverar, experimentará a misericórdia salvífica do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito de constância, vem em meu socorro nos momentos de provação e dificuldade, quando a perseverança se torna difícil, e a fidelidade, um desafio.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2016-11-13

REFLEXÕES DE HOJE


13 DE NOVEMBRO-DOMINGO
Evangelhos Dominicais Comentados-Jorge Lorente
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

HOMÍLIA DIÁRIA

A vinda de Jesus deve nos trazer alegria

A vinda de Jesus, no meio de nós, deve criar uma boa sensação, uma grande confiança, uma feliz expectativa
“Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida” (Lucas 21,18).



Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova



http://homilia.cancaonova.com/homilia/a-vinda-de-jesus-deve-nos-trazer-alegria/


Liturgia comentada

Tudo será destruído! (Lc 21,5-19)

Neste Evangelho, nós somos colocados diante de uma daquelas passagens apocalípticas que costumam assustar muitos ouvintes. Face à admiração humana diante de obras grandiosas, como o Templo de Jerusalém, Jesus sentencia: “Não ficará pedra sobre pedra!”
Refletir sobre esta verdade ajuda a redimensionar nossa vida e nosso trabalho, ao percebermos a sua relatividade e sua total efemeridade. Tudo aqui é provisório. O definitivo só virá depois…
Assim comenta André Louf, em sua reflexão sobre este Evangelho: “O mesmo acontece com tudo o que construímos aqui em baixo, para Jesus e para seu Reino, com todos os nossos compromissos e nossas atividades, que passam necessariamente através dos sinais, ambíguos e provisórios, de nosso mundo presente, cuja figura passará um dia. Hoje estes engajamentos são necessários, mas não durarão para sempre. Na verdade, estão destinados ao fracasso final, diante do qual a única coisa a sobreviver será aquilo que a Palavra de Deus garante durar para sempre: o Amor que eles tornaram possível.”
Então, não vale a pena tanto esforço para erguer edifícios e urbanizar cidades, represar os rios e trabalhar os campos? – pergunta o fiel. Tanto esforço, tanto trabalho, tanto suor, tudo será inútil?
André Louf prossegue: “Mesmo o Templo de Jerusalém, mesmo nossas catedrais e igrejas, das quais necessitamos hoje para alojar nossa sede de Deus, virão dias em que delas não restará pedra sobre pedra, tudo será destruído. Mas tudo será transformado em morada espiritual, nos céus, graças ao amor que nelas terá habitado, aqui em baixo”.
Será tão difícil compreender que o céu – lá de cima – é construído com o amor diligente – aqui de baixo? Será impossível entender que não conta o resultado prático de nosso trabalho, mas a intensidade do amor que nele foi injetado?
Louf completa: “Um dos sinais de Jesus, ao qual nos afeiçoamos acima de todos, o sinal de que ele quis necessitar para nos mostrar seu amor até o fim, é a Eucaristia. Enquanto sinal do pão e do vinho partilhados, a Eucaristia é um sacramento provisório, mas sua realidade dura para sempre: o amor que é mais forte do que a morte, o amor que nenhum outro sinal saberia igualar: o amor de Jesus, que dá sua vida por aqueles que ele ama”.
Não admira que o apóstolo clamasse: as profecias desaparecerão… as línguas cessarão… a ciência vai passar… só o amor jamais acabará… (1Cor 13,8)
Orai sem cessar: “As águas da torrente jamais poderão apagar o amor!” (Ct 8,7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-13112016/

Oração Final
Pai Santo, infunde em nós a virtude da confiança – própria dos filhos com seus pais amados. Que não nos preocupemos com aparências, mas nos mostremos, com transparência, como testemunhas do quanto nos sentimos amados por Ti. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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