domingo, 1 de maio de 2016

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/05/2016

ANO C


Jo 14,23-29

Comentário do Evangelho

O Sopro de Deus em nós

O trecho do evangelho deste domingo é parte do discurso de despedida de Jesus (13,31–14,31). Trata-se, aqui, de encorajar os discípulos para que não desanimem ante as perseguições, paixão e morte de Jesus. A paz que o Senhor oferece para a missão e a constância dos discípulos é a sua própria vida, pois ele é o “fazedor de paz” (Mt 5,9), o “príncipe da paz” que, entrando em sua cidade, Jerusalém, reconciliou pela sua entrega a humanidade com Deus. A paz é um dos primeiro dons do Cristo Ressuscitado. O Senhor promete a sua volta: “Voltarei a vós” (Jo 14,28). Não se trata de retorno à vida terrestre. A missão do Espírito Santo é tornar o Cristo presente a nós e sua palavra viva em nós. No Espírito Santo, a partida de Jesus não é sentida como ausência, pois ele estará conosco “todos os dias até os fins dos tempos” (Mt 28,20). O Espírito Santo, dom de Deus, não permite que a palavra de Jesus fique sem sentido ou caia no esquecimento; o Sopro de Deus em nós ensina e recorda tudo o que Jesus disse. A fé é necessária para manter viva em nós a Palavra do Senhor e não sucumbirmos diante das dificuldades na realização da missão, que é participação na missão daquele que, enviado pelo Pai, passou por este mundo fazendo o bem, sofreu a paixão e morreu crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia.
O Apocalipse, livro escrito em fins do primeiro século, busca encorajar os cristãos a permanecerem firmes na fé e a guardarem a palavra de Cristo em meio à perseguição. A Igreja, lugar da habitação de Deus, é iluminada pelo Senhor: “A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro” (Ap 21,23). A Igreja, fiel ao Senhor, não tem o que temer, pois o Senhor está no seu meio qual uma luz. Sob essa luz nenhum mal pode se esconder, e não há o que possa levá-la a tropeçar. A luz de Deus e do Cordeiro desvela as armadilhas do mal, as falsas doutrinas que buscam se impor como verdadeiras e necessárias. A questão sobre a circuncisão dos pagãos, como, queriam alguns, necessária para a salvação, leva os apóstolos a darem uma resposta apostolicamente criativa e teologicamente brilhante. É um duplo problema que está presente na questão apresentada: o da unidade da Igreja e o da salvação. Para a unidade da Igreja é fundamental a aceitação da diferença – a unidade só é possível por causa da diferença. Em segundo lugar, não é a Lei que salva, mas a fé em Jesus Cristo.
Que neste dia, o primeiro da semana, sejamos iluminados para que todos os demais dias sejam vividos neste mesmo clarão.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Espírito de iluminação, ensina-me e recorda-me todos os ensinamentos do Mestre Jesus, para que eu possa vivê-los com mais fidelidade.
FONTE: Paulinas em 05/05/2013

Vivendo a Palavra

No momento solene da despedida, o Mestre revela que sua unidade com o Pai deve ser estendida a toda Igreja: «para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti.» A nossa união é o testemunho que damos ao mundo que o Pai nos enviou o Filho Unigênito, feito carne em Jesus de Nazaré.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Meditando o Evangelho

O ESPÍRITO VERDADEIRO

Num contexto de ódio e de perseguição, a promessa feita por Jesus de dar aos discípulos o Espírito da Verdade reveste-se de suma importância. Foi a forma de protegê-los contra o erro e a mentira, ciladas montadas pelo mundo para desviá-los do bom caminho. Sem esta ajuda salutar, com muita probabilidade, deixar-se-iam levar pelas sugestões do falso espírito, chegando a renegar sua condição de discípulos. Pois, enquanto o Espírito da Verdade conduz ao Deus verdadeiro, o espírito da mentira conduz aos falsos deuses, aos ídolos.
O Espírito é designado como Paráclito, ajudante dos discípulos de Jesus. Assim, não seriam deixados à própria sorte, numa espécie de perigosa orfandade. A presença do Espírito de Verdade junto deles daria continuidade à de Jesus. Eles teriam sempre a quem recorrer, pois o Espírito estaria neles e "com eles para sempre".
A comunidade cristã sempre correria o sério risco de ser levada pelo espírito da mentira. Por isso, precisava da presença constante do Espírito da Verdade para manter-se sempre no bom caminho. Quanto maior esse risco, tanto mais necessária fazia-se a presença desse Espírito que conduz à verdade e à vida. Ele haveria de ser uma luz a expulsar as trevas, de modo a permitir aos discípulos caminhar com segurança rumo à casa do Pai.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, concede-me o dom do teu Espírito que, como luz, dissipa as trevas e me faz caminhar seguro pelos caminhos de teu Filho Jesus.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.html?data=2016-05-01

OUÇA AGORA A HOMÍLIA DIÁRIA

O amor a Deus exige de nós comprometimento

O amor a Deus nos leva ao comprometimento com a Palavra, leva-nos a ouvirmos o Senhor e guardarmos Sua Palavra
Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (João 14, 23).


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova

http://homilia.cancaonova.com/homilia/o-amor-a-deus-exige-de-nos-comprometimento/

REFLEXÕES DE HOJE


01 DE MAIO-DOMINGO
http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada

Ele vos recordará tudo… (Jo 14,23-29)

Uma das preocupações dos alunos sempre foi o risco de não se lembrarem de tudo o que o mestre havia ensinado. Na época em que ainda não havia gravações e meios eletrônicos, era preciso copiar, utilizar recursos mnemotécnicos, repetir incansavelmente as lições recebidas.
Parece que também os discípulos de Jesus vivenciaram esta situação: como gravar na memória todas as palavras que o Mestre pronunciara na presença deles? Como manter vivo o sentido de suas penetrantes parábolas? Como conservar a extensão e a amplitude dos gestos que Jesus realizara diante de seus olhos?
Na verdade, isto não era possível. A fluente correnteza de graça e verdade que os inundara por um período próximo a três anos de convivência com o Senhor certamente ultrapassava a capacidade daqueles homens simples, pescadores e guerrilheiros, agricultores ou cobradores de impostos. A limitada natureza humana certamente iria precisar de algum socorro do alto.
Pois é exatamente disto que Jesus lhes fala neste Evangelho. E, já em clima de despedida, anuncia-lhes a chegada de um novo Mestre, um pedagogo interior, sob o nome de Paráclito – termo que designava, entre os gregos, o advogado de defesa nos julgamentos. O prefixo para– deixa claro que se trata de alguém que se põe “ao lado” do homem e o acompanha todo o tempo.
Como diz Jesus, a função desse Defensor – o Espírito Santo de Deus! – será a de trazer de volta ao “coração” [re-cord-ar] as palavras do primeiro Mestre e o sentido profundo que certamente acabariam por perder. E não se trata de uma promessa feita a indivíduos isolados, mas à Igreja como um todo. A frase de Jesus é a garantia de que a comunidade dos fiéis será orientada pelo Espírito Santo, atualizando a rica herança de doutrina e espiritualidade entregue à Igreja dos Doze.
É esta piedosa assistência do Espírito que está por trás da exortação seguinte: “Não se perturbe nem se atemorize o vosso coração”… Sim, é o coração a sede da sabedoria. Não é tanto sobre a mente, sobre as funções cerebrais, que o Espírito vem atuar. Em seu sentido bíblico, a palavra “coração” não se reduz à bomba circulatória dos fisiologistas, nem ao poço sentimental dos poetas românticos. O coração bíblico é o âmago da pessoa, o centro do ser, em especial o núcleo volitivo, de onde brotam as decisões profundas d
o fiel.
Assistido pelo Paráclito, o coração recorda e ama…
Orai sem cessar: “Conservo no coração tuas promessas, Senhor!” (Sl 119,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
http://nsrainha.com.br/capela-virtual/liturgia-do-dia-01052016/

Oração Final
Pai Santo, não permitas que a rotina amorteça nosso encantamento pelo Mistério da Encarnação de teu Filho. Não nos deixes acostumar com teu Amor Misericordioso, mas dá-nos entusiasmo para acolhê-lo, vivê-lo e proclamá-lo aos irmãos de caminhada. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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