segunda-feira, 26 de maio de 2014

São Gregório VII - 25 de Maio


São Gregório VII
Papa
1020-1085
Hildebrando nasceu numa família pobre na cidade de Soana, na Toscana, Itália, em 1020. Desde jovem o atraía a solidão, por isso foi para o mosteiro de Cluny e se tornou monge beneditino. Depois estudou em Laterano, onde se destacou pela inteligência e a firmeza na fé. Galgou a hierarquia eclesiástica e foi consagrado cardeal.
Tornou-se o auxiliar direto dos papas Leão IX e Alexandre II, alcançando respeito e enorme prestígio no colégio cardinalício. Assim, quando faleceu o papa Alexandre II, em 1073, foi aclamado papa pelo povo e pelo clero. Assumiu o nome de Gregório VII e deu início à luta incansável para implantar a reforma, importantíssima para a Igreja, conhecida como "gregoriana".
Há tempos que a decadência de costumes atingia o próprio cristianismo. A mistura do poder terreno com os cargos eclesiásticos fazia enorme estrago no clero. Príncipes e reis movidos por interesses políticos nomeavam bispos, vigários e abades de forma arbitrária.
Desse modo, acabavam designando pessoas despreparadas e muitas vezes indignas de ocupar tais cargos. Reinavam as incompetências, os escândalos morais e o esbanjamento dos bens da Igreja.
Apoiado por Pedro Damião, depois santo e doutor da Igreja, o papa Gregório VII colocou-se firme e energicamente contra a situação. Claro que provocou choques e represálias dos poderosos, principalmente do arrogante imperador Henrique IV, o qual continuou a conferir benefícios eclesiásticos a candidatos indesejáveis.
O papa não teve dúvidas: excomungou o imperador. Tal foi a pressão sobre Henrique IV, que o tirano teve de humilhar-se e pedir perdão, em 1077, para anular a excomunhão, num evento famoso que ficou conhecido como "o episódio de Canossa".
Mas o pedido de clemência era uma bem elaborada jogada política. Pouco tempo depois, o imperador saboreou sua vingança, depondo o papa Gregório VII e nomeando um antipapa, Clemente III. Mesmo assim o papa Gregório VII continuou com as reformas, enfrentando a ira do governante. Foi então exilado em Salerno, onde morreu mártir de suas reformas no dia 25 de maio de 1085, com sessenta e cinco anos.
Passou para a história como o papa da independência da Igreja contra a interferência dos poderosos políticos. Sua última frase, à beira da morte, sem dúvida retrata a síntese de sua existência: "Amei a justiça, odiei a iniqüidade e, por isso, morro no exílio".
Muitos milagres foram atribuídos à intercessão de papa Gregório VII, que teve seu culto autorizado pelo papa Paulo V em 1606.

São Gregório VII (Pontificado: 1073 a  1085)

Comemoração litúrgica: 25 de maio.

Também nesta data: Santo Urbano I, PapaSão Beda Stª Maria Madalena de Pazzi

São Gregório não só foi  uma das figuras  mais importantes entre os Papas da Igreja Católica, bem como foi extremamente caluniado e perseguido  durante seu pontificado. É uma das figuras que mais defendeu  os direitos da esposa de Cristo.
O Século XI foi para a Igreja  um período de grande humilhação. Não fosse ela uma instituição divina, edificada sobre a rocha, os próprios filhos tê-la-iam destruído.
O Clero superior e inferior, em sua maioria, tinha esquecido de sua alta missão. A simonia (tráfico ou venda ilícita de coisas sagradas), corrupção e indisciplina, tinham tomado conta dos altos e baixos setores da Igreja.   Freqüentíssimos escândalos, e os príncipes seculares, quais lobos famintos, invadiam o aprisco do Senhor. Os reis Filipe e Augusto I da França, Boleslau II da Polônia, Henrique IV, imperador da Alemanha, eram verdadeiros monstros de crueldade e imoralidade. A palma, porém, coube ao imperador, que em crueldade, devassidão e ambição não achava semelhante.
Deus se amerciou de sua Igreja e deu-lhe um Papa, como as circunstâncias o exigiam. Foi no ano de 1073 que Hildebrando  (depois cognominado Gregório VII), assumiu a suprema dignidade papal. Ao receber essa notícia, São Pedro Damião, contentíssimo exclamou: "Agora será calcada a cabeça miliforme  da serpente peçonhenta, e será posto  um termo aos negócios torpes; o falsário Simeão Mago não mais cunhará moedas na Igreja; voltará ao tempo áureo dos Apóstolos, revigorará  a disciplina eclesiástica, serão derrubadas as mesas dos vendilhões..."
Gregório convocou o Concílio Lateranense e renovou as antigas leis da Igreja, que existiam, sobre o celibato dos sacerdotes, contra a simonia, e fez incorrer nas censuras eclesiásticas os bispos da França, que tinham rejeitado os decretos pontifícios, como impraticáveis e irrazoáveis. Dos bispos da Alemanha, só dois tiveram a coragem de aceitar e por em execução  as determinações do Papa. O mais descontente de todos foi o imperador da Alemanha, que pelas  proibições do Papa, se via prejudicado no negócio mais rentosos. Wiberto, arcebispo de Ravenna, ex-chanceler do imperador na Itália, promoveu uma conspiração contra o Papa. Na estação  da Missa da meia noite de Natal os conspiradores, chefiados por Cencio, invadiram a Igreja e apoderaram-se da pessoa do Papa, para levá-lo à prisão. O povo, porém, libertou seu Pastor e Cencio teria sido apedrejado, se Gregório não lhe tivesse generosamente perdoado.
Um segundo Concílio foi realizado em 1075, confirmou as determinações anteriores e fez intimação ao imperador para que respondesse pelos seus crimes, sob pena de excomunhão. Henrique respondeu com um decreto elaborado por bispos alemães: "Falso monge, carregado de maldição de todos os bispos e condenado pelo nosso tribunal, desce e renuncia à cadeia apostólica, indignamente usurpada".
Gregório, em vez de descer, lançou excomunhão  contra Henrique e os Prelados rebeldes. Os príncipes da Alemanha, há muito cansados da tirania e arbitrariedade do imperador, reunidos na Dieta de Tribur (1076), declararam-no deposto pelo prazo de um ano, caso não procurasse ser absolvido da excomunhão, tendo-lhe sido decretado que comparecesse à grande Dieta de Augsburgo, na qual devia justificar-se diante do Papa e da nação, com audiência marcada para 02 de fevereiro de 1077. Proibiram-no que se ausentasse da Alemanha antes da celebração da Dieta. Para evitar a humilhação de ser deposto, onde às claras iriam lhe expor seus crimes, tratou de clandestinamente obter a absolvição da excomunhão, dirigindo-se ao castelo da princesa Matilde, em Canossa, onde estava o Papa Gregório.  Em traje penitente, permaneceu descalço por três dias  em período de rigoroso inverno, esperando obter audiência do Papa, que negou-se a recebê-lo por saber que deveria apresentar-se à Dieta. Entretanto, graças às instâncias da condessa Matilde, acabou cedendo e recebeu Henrique, que aceitou as condições impostas mediante juramento, motivo pelo qual foi absolvido e recebeu a Sagrada Comunhão.  Mal saíra de Canossa, esquecendo-se das promessas, aliou-se aos príncipes e bispos inimigos do Papa e, uma vez na Alemanha, moveu guerra contra seus adversários. Reuniu um concílio de bispos rebeldes  em Mogúncia (1080), os quais elegeram papa o bispo Wiberto de Ravenna, que tomou o nome de Clemente III.  Rodolfo de Suábia, pereceu na batalha de Volksheim e Henrique marchou sobre Roma, para tirar vingança do Papa. Só depois de um assédio de dois anos, tomou a cidade, onde recebeu a corôa imperial das mãos do antipapa. Gregório retirou-se para Salermo, onde morreu em 25 de maio de 1085. As últimas palavras foram: "Amei a Justiça e odiei a iniqüidade, eis porque morro no exílio".
Henrique não foi feliz com as conquistas. Graves distúrbios chamaram-no para a Alemanha onde achou os filhos em franca rebelião contra o pai. Perseguido e amaldiçoado pelos filhos, Henrique teve um fim triste, ao passo que Deus glorificou por estupendos milagres o túmulo do seu fiel servo Gregório.
Reflexões
"De Pedro a João Paulo II, contam-se  duzentos e sessenta e três Papas.  Número que não superlotaria uma modesta capela e não obstante, quanto se ignora a  respeito de cada um deles, das suas atitudes pessoais e de  seus  pronunciamentos “ex-cathedra” assistidos pelo Deus Espírito Santo!  Apoiados nesta ignorância, muitos se atrevem, periodicamente e de forma sistemática, dentre outros temas consumados, combaterem o celibato clerical. Até o ano 1074, padre  não somente casava, como se dava em casamento. É de se imaginar o caos advindo desse costume, que culminou com a excomunhão de  todos os padres casados, pelo Papa Gregório VII, hoje São Gregório. Dessa purgativa excomunhão, pouco ou nada se ouve falar. Causa espécie a  mudez  sobre um fato de  tamanha  grandeza.  Todavia, transcorridos  65 anos  da  excomunhão dos padres casados, em 1139, sob o pontificado de Inocêncio II, realizado o Segundo  Concílio de Latrão, ficou estabelecido a  obrigatoriedade do celibato  para  o clero.     Esta resolução, como se nota, não aconteceu de uma hora para outra, porém,  só após 65  anos de longos, amadurecidos  e  aprofundados estudos, sob os auspícios do Espírito Santo."
http://www.paginaoriente.com/santos/greg72505papa.htm
São Gregório VII
NascimentoNo ano de 1028
Local nascimentoToscana
OrdemPapa
EspiritualidadeNascido de uma família pobre, chamava-se Hildebrando. Foi monge beneditino e fez um estágio no famoso Mosteiro de Cluny, do qual era Abade, São Hugo. Foi colaborador do Papa São Leão IX e mais tarde ascendeu ao trono pontifício, no qual desenvolveu um grande plano de reformas, para revigorar o fervor e a disciplina da Igreja e para defendê-la contra as ingerências do poder civil. Ao ser eleito papa, tomou o nome de Gregório VII, em 30 de junho de 1073 a 25 de maio de 1085. Enfrentou com grande coragem e firmeza o imperador alemão Henrique IV e sofreu perseguições, não sendo poupado pela calúnia. Em 1075 escrevia ele ao amigo São Hugo, abade de Cluny: "Estou cercado de uma grande dor e de uma tristeza universal, porque a Igreja Oriental deserta da fé; e se olho das partes do Ocidente, ou meridional, ou setentrional, com muito custo encontro bispos legítimos pela eleição e pela vida, que dirijam o povo cristão por amor de Cristo, e não por ambição secular". Esta decadência era conseqüência direta das investiduras, que consistiam no ato jurídico pelo qual o rei ou nobre confiava a uma autoridade eclesiástica um cargo da Igreja com jurisdição sobre um território. Em virtude do sistema feudal, os eclesiásticos eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao rei ou aos nobres. O símbolo desta luta foi a humilhação a que se obrigou Henrique IV, imperador da Alemanha, e para que o Papa lhe retirasse a pena de excomunhão, apresentou-se ao Pontífice vestido de saco, descalço, com uma corda no pescoço e ajoelhou-se diante dele. A luta não terminou ali. Henrique IV vingou-se. Fez-se coroar por um antipapa e marchou contra Roma. Abandonado por todos, até pelos cardeais, São Gregório morreu no exílio, pronunciando as célebres palavras: Amei a justiça e odiei a iniqüidade, e por isso morro no exílio. Morreu fora de Roma, pronunciando a célebre frase: "Amei a justiça e odiei a iniqüidade; por isso morro no exílio". É sem dúvida um dos maiores Papas de toda a História da Igreja.
Local morteDalerno (Itália)
MorteNo ano de 1085
Fonte informaçãoSanto nosso de cada dia rogai por nós
OraçãoMeu Senhor, pelos méritos do Santo papa Gregório VII, eu Vos peço maior fidelidade à Vossa Doutrina e aos Vossos ensinamentos. Peço-Vos perdão pelas vezes em que não colaborei na construção de uma Igreja mais unida e fraterna. Rogo a Virgem Maria, Mãe da Igreja, que interceda por mim junto a Vós, para que meu testemunho seja verdadeiramente cristão. Assim seja. São Gregório VII, rogai por nós.
DevoçãoÀ propagação da fé
PadroeiroDas reformas da Igreja
Outros Santos do diaSão Beda (presb); Urbano, Bonifácio IV( Papas); Maria Madalena de Pazzi, (virgem); Madalena Sofia (fund); Besmes, Dionício, Zenóbio (bispos); Pasícrates, Valêncio, Máximo, Venerando (mártires); Vicenta (fund); Ema (abadessa).
FONTE: ASJ

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