Caetano Errico
Bem-aventurado
1791-1860
Fundou
a congregação:
Missionários dos Sagrados Corações
A cidade de Secondigliano,
grande e populosa, do norte de Nápoles, Itália, é mais conhecida como uma
região de mafiosos do que de santos.
Os problemas dos seus habitantes são inúmeros,
entre os quais estão as facções da máfia, a corrupção social e política que,
somados, desestruturam o sistema de serviços e a consciência, propiciando a
formação de gangues de todos os tipos de tráficos. Mas ela também tem boas
obras. Como a de padre Caetano Errico, que fundou, em 1833, a Congregação dos
"Missionários dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria".
A estátua de padre Caetano é bem visível de
qualquer ângulo da cidade. Com a mão direita, ele abençoa; com a esquerda,
empunha o crucifixo. A sua figura é imponente, não apenas pela beleza plástica
da escultura. Ele era, realmente, um homem grande, alto e bem forte, um gigante
na santidade e na figura humana.
Em 1791, essa cidade era pequena, uma planície com
muito ar puro e úmido no final da tarde, chamada de Casale Régio da Cidade de
Nápoles. Foi nesse ano que Caetano Errico nasceu, no dia 19 de outubro, o
segundo dos nove filhos de Pasqual, modesto fabricante de macarrão, e de Maria.
Quando mostrou vocação para a vida religiosa, logo obteve apoio da família. Aos
dezesseis anos, ingressou no seminário e, em 1815, recebeu a ordenação
sacerdotal.
Desde então, seu apostolado foi todo feito na
igreja paroquial de São Cosme e São Damião, da sua cidade natal.
Em 1818, durante a pregação, teve inspiração
divina para fundar uma congregação religiosa. Iniciou, imediatamente, pela
construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores. Entre inúmeras
dificuldades, a igreja foi erguida e abençoada doze anos depois, em 1830. Mas
teve de esperar outros cinco anos para adquirir a imagem de madeira de Nossa
Senhora das Dores e colocá-la no altar, onde permanece até hoje.
Além do trabalho pastoral da igreja, agora Caetano
se ocupava com a construção da Casa para abrigar a nova congregação de padres.
Decidiu que seria dedicada em honra dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. E nela
empenhou toda a sua vida, que durou sessenta e nove anos de idade. Morreu em 29
de outubro de 1860.
Padre Caetano Errico foi homem de oração, de
penitência, dedicava muito tempo ao atendimento das confissões e auxiliava
materialmente, com suas obras, os marginalizados e pobres de toda a cidade e
redondeza. Hoje, essa herança é distribuída através dos padres Missionários dos
Sagrados Corações. Mas a memória e veneração a padre Caetano está muito
presente e ainda é muito forte na população.
O culto e as graças atribuídas à sua santidade
começaram quando ele ainda estava no seu leito de morte. Tanto que no interior
da Casa-mãe da Congregação foi preciso instalar um museu para abrigar as
doações dos elementos testemunhais dos devotos, que lembram as graças
alcançadas. E é curioso como o povo não permite que a imagem do fundador seja
retirada do altar, onde foi colocada, para a sua simples apresentação, quando
chegou. Era para ficar no museu, mas todos a querem ver ali, ao lado de Nossa
Senhora das Dores.
O papa João Paulo II proclamou bem-aventurado
Caetano Errico em 2002, e designou o dia de sua morte para a homenagem
litúrgica.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=622
CAETANO ERRICO
Presbítero, Fundador, Beato
(1791-1860)
Tornou-se
santo, passando toda a sua vida nas ruas difíceis do bairro napolitano de
Secondigliano ondenasceu em 1791 e ali faleceu em 1860 e no confessionário
onde, de braços abertos, acolhia sobretudo quem tinha cometido faltas graves.
Assim viveu Caetano Errico, fundador dos missionários dos Sagrados Corações de
Jesus e Maria.
Ainda
em vida, já era chamado "o santo" e "o superior", por se
ter tornado a referência natural para todas as famílias.
A
sua canonização João Paulo II beatificou-o a 14 de Abril de 2002 é um sinal de
esperança para Secondigliano que tem na igreja da "Addolorata", por
ele construída, uma recordação concreta e visível da sua obra.
No
início do seu sacerdócio, foi professor de escola municipal e deu vida a uma
pastoral inovativa, assistindo os doentes do Hospital dos Incuráveis de Nápoles
e comprando-lhes os remédios; ajudando os mais necessitados; sustentando as
famílias que não htmtinham dinheiro para pagar a renda, evitando que caíssem nas
mãos de usurários; visitando os encarcerados e procurando garantir-lhes uma
reinserção social. Num difícil contexto social inventou uma pastoral a favor
dos analfabetos e também das adolescentes sem dote que arriscavam cair em mãos
mal intencionadas.
A
caridade e o amor pelos pobres e débeis foram os trilhos do seu sacerdócio,
consciente de que na Igreja se ocupa um lugar para servir. Conhecia bem a arte
da consolação, a paternidade de se sentar ao lado dos pecadores e desesperados
para os ajudar a encontrar o horizonte do amor de Deus. Uma missão que tem as
suas raízes na pobreza, que conheceu desde pequeno em família.
As
suas palavras dirigidas a quantos não viviam na legalidade, convidando-os a
reconhecer-se pecadores para se reconciliar com Deus e os homens, permanecem
ainda válidas: "Ide para os braços do Pai, declarando-vos culpados e o
Deus de bondade e misericórdia riquíssimo, não vos expulsará da sua face e da
sua presença".
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