Dia Internacional da Mulher
O Brasil tem dados positivos e
negativos a respeito da
emancipação feminina. No governo
de Getúlio Vargas, as mulheres
tiveram direito ao voto pela primeira
vez, em 1932, doze anos antes das
francesas.
No dia 8 de março de 1857,
as tecelãs de uma fábrica de tecidos de Nova York, iniciaram uma greve,
reivindicando redução da carga diária de trabalho, salários equiparados aos dos
homens e tratamento digno. Foi deflagrado um incêndio criminoso na fábrica, mas
as mulheres não conseguiram sair, porque as portas foram fechadas pelo lado de
fora. Cerca de 130 operárias morreram e muitas ficaram feridas. O Dia
Internacional da Mulher foi criado em homenagem a essas heroínas da luta pela emancipação
feminina.
Esse foi um dos
fatos históricos mais significativos na luta das mulheres pela igualdade de
direitos em nossa sociedade machista. No decorrer da história, há outros fatos
importantes que ilustram essa luta, como o que ocorreu durante a Revolução
Francesa, com a escritora e revolucionária Olympe de Gouges. Em 1791, ela
escreveu um panfleto intitulado Declaração dos direitos da mulher e da cidadã,
no qual pregava que a ignorância e o esquecimento dos direitos da mulher, bem
como o desprezo por estes eram as únicas causas das desgraças públicas e da
corrupção dos governantes. Olympe foi guilhotinada em 1793, como resultado de
seu ativismo.
Antes dela, em
1792, a inglesa Mary Wolstonecraft escreveu um dos grandes clássicos da
literatura feminista: A reivindicação dos direitos da mulher, no qual defendia
uma educação para meninas que aproveitasse seu potencial humano.
Na Inglaterra do
século XIX, a mulher chegou a ser considerada um "problema social",
pois o número de mulheres solteiras estava excedendo o número de homens. O
governo chegou a cogitar o envio delas às colônias inglesas, onde havia
predominância de homens, tamanho o descaso que tinha pela figura humana da
mulher.
De fato, a
sociedade machista vedou a participação das mulheres na sociedade e coibiu o
exercício de sua cidadania. As conquistas femininas, ao longo da história, são
o resultado de muito ativismo e sofrimento. Ao perceber o seu importante papel
na sociedade e sua condição enquanto ser humano, a mulher deu início à sua luta
pela igualdade de direitos.
O Brasil tem dados
positivos e negativos a respeito da emancipação feminina. No governo de Getúlio
Vargas, as mulheres tiveram direito ao voto pela primeira vez, em 1932, doze
anos antes das francesas. Nesse mesmo ano, a nadadora Maria Lenk foi a primeira
atleta brasileira a participar de uma Olimpíada. No tênis, a Maria Ester Andion
Bueno tornou-se a primeira mulher a vencer, em 1960, os quatros torneios do
Grand Slam (Australian Open, Wimbledon, Roland Garros e Us Open). Em 1988, o
"lobby do batom", movimento feminista que apresentou propostas
suprapartidárias aos parlamentares, liderado por feministas e pelas 26
deputadas federais constituintes, obteve importantes avanços na Constituição
federal, garantindo igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres
perante a lei.
As mulheres
brasileiras já representam mais da metade da população do país, participando da
população economicamente ativa com o mesmo percentual. Contudo, somente as
mulheres enfrentam jornada dupla de trabalho como profissionais e donas de
casa. Embora esses dados sejam extremamente representativos, a nossa sociedade
ainda sofre com os resquícios do machismo e do preconceito. Ainda é comum
encontrar mulheres que ganham salário menor que o dos homens, embora
desempenhem a mesma função. Além disso, a violência contra a mulher é outro
fator alarmante que precisa ser combatido com energia por nossas autoridades.
Diante de tudo o
que ainda precisa ser mudado, o importante é saber que, ao respeitar os
direitos da mulher, todos estarão contribuindo para a construção de uma
sociedade mais justa, saudável, feliz e pacifista.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=datacomemorativa
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